segunda-feira, 7 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 69 - Item 189 Variedades especiais para os efeitos físicos – Médiuns de aparições*.

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 69 - Item 189 Variedades especiais para os efeitos físicos – Médiuns de aparições*.


(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

Por
ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

SEGUNDA PARTE

DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS

CAPITULO XVI

*MÉDIUNS ESPECIAIS*

*Item 189 Variedades especiais para os efeitos físicos – Médiuns de aparições*.

Relembramos que a mediunidade apresenta infinitas variedades de expressão e que a divisão dos médiuns em médium de efeitos físicos e de efeitos inteligentes é aplicada para facilitar o nosso entendimento. Recordamos ainda, que a mediunidade de efeitos físicos se expressa através de médiuns considerados especiais, que são aptos a produzirem fenômenos que se traduzem por efeitos sensíveis aos órgãos dos sentidos, tais como, ruídos, movimentos, deslocamentos de corpos sólidos. Para que tais efeitos se processem, é necessária a intervenção de uma ou mais pessoas dotadas da especial aptidão (médiuns especiais) que por efeito de sua constituição, possibilitam maior emanação de fluido animalizado, mais ou menos fácil de combinar-se com o fluido universal, com os fluidos próprios do plano dos Espíritos, com os quais, por ação da vontade dão vida factícia ou momentânea a determinados objetos, produzindo os fenômenos citados anteriormente.

*Médiuns de aparições* – Os que podem provocar as aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para os assistentes. Muito raros.

Transcrevemos a seguir as questões 100 – 27ª e 104 do capítulo VI (O Livro dos Médiuns) sobre as manifestações visuais – aparições.

*100-27ª Pode-se provocar a aparição dos Espíritos?*

"Isso algumas vezes é possível, porém, muito raramente. A aparição é quase sempre espontânea. Para que alguém veja os Espíritos, precisa ser dotado de uma faculdade especial”.

*104*. O Espírito, que quer ou pode fazer-se visível, reveste às vezes uma forma ainda mais precisa, com todas as aparências de um corpo sólido, a ponto de causar completa ilusão e dar a crer, aos que observam a aparição, que têm diante de si um ser corpóreo. Em alguns casos, finalmente, e sob o império de certas circunstancias, a tangibilidade se pode tornar real, isto é, possível se torna ao observador tocar, palpar, sentir, na aparição, a mesma resistência, o mesmo calor que num corpo vivo, o que não impede que a tangibilidade se desvaneça com a rapidez do relâmpago. Nesses casos, já não é somente com o olhar que se nota a presença do Espírito, mas também pelo sentido tátil. 

Dado se possa atribuir à ilusão ou a uma espécie de fascinação a aparição simplesmente visual, o mesmo já não ocorre quando se consegue segurá-la, palpá-la, quando ela própria segura o observador e o abraça, circunstâncias em que nenhuma dúvida mais é lícita. 

Os fatos de aparições tangíveis são os mais raros; porém, os que se têm dado nestes últimos tempos, pela influência de alguns médiuns de grande poder (1) e absolutamente autenticados por testemunhos irrecusáveis, provam e explicam o que a história refere acerca de pessoas que, depois de mortas, se mostraram com todas as aparências da realidade. Todavia, conforme já dissemos, por mais extraordinários que sejam, tais fenômenos perdem inteiramente todo caráter de maravilhosos, quando conhecida a maneira por que se produzem e quando se compreende que, longe de constituírem uma derrogação das leis da Natureza, são apenas efeito de uma aplicação dessas leis.

         (1) Entre outros, o Sr Home.

Os Espíritos podem se tornar visíveis e serem vistos no estado de vigília, o que é mais raro ou durante o sono, o que é comum. Todos podem se tornar visíveis, mas nem sempre têm permissão ou desejam fazê-lo. Pertencem a toda as categorias, das mais elevadas as inferiores e segundo a sua natureza o fim pode ser bom ou mau. No primeiro caso visam consolar os que lamentam sua partida, provar que continuam a existir, dar conselhos ou pedir assistência, preces, ajuda para si mesmos; no segundo caso, assustar e, às vezes, vingar-se.

Quando ocorrem essas aparições não se deve temê-los, pois estão por toda parte, e o mal que possam causar decorre do encarnado se deixar influenciar por seus pensamentos desviando-se do bem.

Vendo Espíritos, a melhor ação é conversar, perguntando-lhe quem é e o que deseja, o que se pode fazer por ele. Se for infeliz, sofredor, o sentimento de querer ajudar, a atenção demonstrada muito o aliviará.

Essas visões ou aparições podem ocorrer em condições perfeitamente normais de saúde, a qualquer hora do dia, sendo mais comuns à noite, uma vez que a claridade intensa pode ofuscar uma aparição delicada. Relembramos que os Espíritos não são vistos com os olhos físicos. É a alma que vê e a prova disso é que podem ser divisados mesmo estando de olhos fechados, O Espírito se apresenta revestido do seu perispírito na forma humana ou outra qualquer no sono ou vigília; combina fluidos e produz no corpo perispiritual uma disposição especial que o torna perceptível.

Nessa forma de aparição é impossível tocá-los.

O espírito que quer ou pode fazer-se visível, reveste-se às vezes, de todas as aparências de um corpo sólido, a ponto de causar completa ilusão e os que vêem realmente pensam ter diante de si um corpo sólido. Em alguns casos a tangibilidade pode tornar-se real sendo possível ao observador tocar apalpar, sentir na aparição a mesma resistência, o mesmo calor do corpo vivo, o que não impede que a tangibilidade se desvaneça com a rapidez do relâmpago; essa aparição é sensível ao olhar e também ao tato. Como exemplo, citamos as aparições de Katie King, graças à mediunidade de Florence Cook, caracterizando o chamado agênere. 

Em nosso próximo estudo continuaremos estudando variedades especiais de médiuns para os efeitos físicos.

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XVI - 2ª Parte – item 189 e itens 100-27ª e 104

BIGHETTI, Leda Marques – Educação Mediúnica “Teoria e Prática” 1º volume: 1.ed Ribeirão Preto: BELE, 2005 – pág 161 a 163

*Tereza Cristina D'Alessandro*


Centro Espírita Batuíra
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