domingo, 20 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 106 – Reflexões sobre a questão 223. itens 19 a 23*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 106 – Reflexões sobre a questão 223. itens 19 a 23*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XIX*

*O PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES*

*Reflexões sobre a questão 223. itens 19 a 23*

Concluindo a questão 223, itens de 19 a 22, Allan Kardec teceu considerações sobre a possibilidade de um médium de inteligência reduzida poder transmitir comunicações de ordem elevada, e os Espíritores Orientadores afirmaram a possibilidade de ocorrer esse tipo de comunicação pelas mesmas razões que um médium pode escrever numa língua que não conhece, pois *a mediunidade propriamente dita independe da inteligência, assim como das qualidades morais.* É natural que, para as comunicações de ordem elevada, o Espírito prefira o médium que ofereça menos obstáculos materiais, porém, na falta de melhor instrumento, pode utilizar-se daquele que esteja disponível. Ainda segundo Kardec, há ainda outra consideração: o idiota frequentemente só é idiota pela imperfeição dos seus orgãos, pois, em Espírito pode ser mais adiantado do que se pensa, como comprovara em inúmeras evocações e destacou em observação registrada em O Livro dos Médiuns e transcrita abaixo:

*Observação:* Este é um fato comprovado pela experiência. Numerosas vezes evocamos Espíritos de idiotas vivos, que deram provas patentes de sua identidade, respondendo-nos de maneira muito sensata e até mesmo superior. Esse estado é uma punição para o Espírito, que sofre com o constrangimento em que se encontra. Um médium idiota pode oferecer, pois, algumas vezes, ao Espírito que deseja manifestar-se, maiores recursos do que se pensa. (Ver Revista Espírita de julho de 1860, artigo sobre Frenologia e Fisiognomia.)

Allan Kardec também abordou a questão de certos médiuns terem aptidão para escrever em versos, apesar de serem ignorantes em matéria de poesia. Os Espíritos explicaram que a poesia é uma linguagem e que os médiuns podem escrever em versos como podem fazê-lo numa língua que desconhecem e, além disso, podem ter sido poetas em outra existência e, que, os conhecimentos adquiridos nunca se perdem para o Espírito, que deve atingir a perfeição em todas as coisas; assim, o que eles souberam no passado lhes dá, sem que o percebam, uma facilidade que não possuem no estado habitual.

O mesmo sucede com os médiuns com aptidão especial para desenho e a música que também são forma de expressão do pensamento. Os Espíritos se servem dos instrumentos que lhes oferecem mais facilidades. A expressão do pensamento pela poesia, o desenho ou a música depende algumas vezes da aptidão do médium, outras do Espírito comunicante. Os Espíritos superiores possuem todas as aptidões, os Espíritos inferiores têm conhecimentos limitados.

Concluindo o desdobramento da questão 223, Kardec questionou por que motivo um homem dotado de grande talento numa existência não o possui na seguinte, e os Espíritos explicaram que nem sempre é assim, pois muitas vezes ele aperfeiçoa numa existência o que começou na anterior. Pode acontecer que uma faculdade superior adormeça durante certo tempo para facilitar o desenvolvimento de outra, mas será um germe latente que mais tarde germinará de novo, e do qual sempre haverá alguns sinais ou pelo menos uma vaga intuição.

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2.ed. São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XIX, q. 223, de 19 a 23


*Tereza Cristina D'Alessandro* 


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