sexta-feira, 25 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS 125 Capitulo XXIII - Da Obsessão - Obsessão simples, fascinação, subjugação - Parte III*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS 125 Capitulo XXIII - Da Obsessão - Obsessão simples, fascinação, subjugação - Parte III*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XXIII*

*DA OBSESSÃO*

*OBSESSÃO SIMPLES. FASCINAÇÃO. SUBJUGAÇÃO.*

*CAUSAS DA OBSESSÃO*.

*MEIOS DE COMBATÊ-LA.*

Da Obsessão - Obsessão simples, fascinação, subjugação - Parte III*

O estudo anterior trouxe para reflexão alguns aspectos da obsessão simples e Allan Kardec esclarece que se o médium mantem-se vigilante, raramente é enganado, e que essa forma de obsessão é apenas desagradável e dificulta as comunicações com os Espíritos sérios.

Acrescenta o Codificador que se incluem na categoria das obsessões simples os casos de obsessão física, isto é, manifestações barulhentas e obstinadas de certos Espíritos que, espontaneamente produzem pancadas e outros ruídos.

Quanto à fascinação, Kardec a define como uma ilusão criada pelo Espírito obsessor diretamente no pensamento do médium e que paralisa de certa maneira a sua capacidade de julgar as comunicações, fazendo com que ele não se considere enganado.

No livro Mediunidade: Desafios e Bênçãos, o Espírito Manoel P. de Miranda esclarece que para o médium, os conflitos que o aturdem e não são solucionados, podem dar origem ao narcisismo, sendo este a raiz da fascinação.

Explica ainda, que “o narcisista se atribui valores e direitos que a outrem não concede, tornando-se o epicentro dos próprios e dos interesses gerais”.

Na medida em que acentua o distúrbio, o narcisista afasta-se do convívio social saudável, desinteressando-se das outras pessoas, e este comportamento que às vezes é sutil, agrava-se devido à presunção, à ausência de autocrítica, embora a severidade com que julga a conduta alheia, como transferência daquilo que ele, inconscientemente, se faz merecedor. Dessa maneira, libera a consciência de culpa e mais se enclausura em si mesmo, sendo que essa insegurança psicológica converte-se em autoafirmação exibicionista.

Devido a essa deficiência emocional, quando portador de mediunidade, atrai espíritos zombeteiros que passam a inspirá-lo sem que o médium se dê conta da gravidade da situação obsessiva que se estabelece. Passa então a acreditar integralmente nas comunicações de que se faz instrumento, não aceitando qualquer observação que se faça a elas.

O médium fascinado acredita-se em comportamento irreprochável, não aceitando as advertências que lhe chegam através das comunicações de que se faz portador, crendo-se então em contato com espíritos elevados e não percebe que as comunicações são de conteúdo trivial, repetitivas, baseadas em chavões convencionais.

Allan Kardec explica que o médium fascinado chega ao ponto de considerar sublime a linguagem mais ridícula e que este processo obsessivo atinge desde as pessoas mais simples, ignorantes e desprovidas de senso aos mais instruídos, o que prova tratar-se de uma aberração produzida por uma causa estranha, cuja influência os subjuga.

As consequências da fascinação são muito graves, podendo levar o médium a aceitar as doutrinas mais absurdas e as teorias mais falsas como sendo verdades incontestáveis, além de levá-lo a praticar ações ridículas, comprometedoras e perigosas.
Concluindo este estudo, compreendemos ser a fascinação um grave processo obsessivo alimentado por Espíritos espertos, ardilosos e hipócritas que rondam os médiuns com insistência, aguardando a oportunidade os afligir, para interditar-lhes as mensagens, para entorpecer-lhes a faculdade... Nenhum médium está isento de sofrer este transtorno obsessivo.

Na sociedade muitas são as pessoas autofascinadas e entre os médiuns, muitos são portadores de obsessão por fascinação.

Jesus sempre que desfazia uma relação obsessiva repreendia os obsessores, admoestando-os e, ao mesmo tempo, lecionava aos obsidiados que seguissem as Suas diretrizes, amando e servindo em Seu nome... Não há outro caminho para todos nós.


*Bibliografia:*

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XXIII - q. 239

KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - ed. especial São Paulo: EME, 1997 – Cap. IX.

FRANCO, Divaldo P., pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda - Mediunidade: Desafios e Bênçãos – Salvador: LEAL, 2012

*Tereza Cristina D'Alessandro*


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