quarta-feira, 16 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 99 – Reflexões sobre a questão 223.1 (continuação)*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 99 – Reflexões sobre a questão 223.1 (continuação)*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

CAPITULO XIX

O PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES

*Reflexões sobre a questão 223.1 (continuação)*


_Continuando as reflexões iniciadas no estudo anterior, relembramos que o termo médium tem a sua origem na língua latina (médium) e é aquele que serve de instrumento entre os dois pólos da vida: física e espiritual._


_“Médium é o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se com os homens: Espíritos encarnados”, conforme acentuou o Espírito Erasto, em memorável comunicação sobre a mediunidade dos animais, e inserta em “O Livro dos Médiuns”, capítulo XXII, item 236._

_Analisando sob o aspecto funcional, a influência do médium na comunicação pode ser:_


*Quanto à forma de expressão do pensamento*, o espírito pode exprimir-se em língua que ele mesmo não conheceu em nenhuma de suas existências terrenas, mas que é familiar ao médium, porque o Espírito estará emitindo o pensamento e o médium “traduzindo” em um dos idiomas terrestres que conheça.

O Espírito também pode fazer que o seu pensamento seja reproduzido em um idioma que lhe é familiar, mas ao médium não - nem em outra existência; a dificuldade, neste caso, está em que terá de procurar os sons conhecidos pelo médium em outros idiomas e tentar reuni-los formando as palavras do idioma que quer empregar.
A mesma resistência mecânica encontrará o Espírito quando quiser escrever por um médium analfabeto, desenhar por um médium que não possua técnica ou aptidão para isso. 


*Quanto ao conteúdo do pensamento a ser expresso*: por processo análogo e com igual dificuldade, o Espírito poderá conseguir que o médium pouco desenvolvido intelectualmente transmita comunicações de ordem elevada. Mas, comumente, o médium “interpreta” o pensamento do Espírito. Se não compreender o alcance desse pensamento, não o poderá fazer com fidelidade. Se compreender o pensamento, mas por falta de simpatia ou outro motivo, não for passivo (isto é, se misturar suas idéias próprias com as do Espírito comunicante), deformará o pensamento comunicado.

*Observação:*

Não só o Espírito tem suas aptidões particulares; também o médium possui um “matiz” especial a colorir sua interpretação.

Um único médium, por melhor que seja, não fornecerá boas comunicações em todos os gêneros de manifestações e conhecimentos. O Espírito preferirá o médium que menos obstáculos ofereça às comunicações usuais e de certa extensão, embora possa, na falta de instrumento melhor e ocasionalmente, servir-se do que tem à mão.


Conclui-se, desta forma, que cabe ao médium desenvolver-se intelectualmente e moralmente, para oferecer extensa faixa de interpretação e forma mais fiel ao pensamento do Espírito comunicante. 

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan: O Livro dos Médiuns – 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XIX, q. 223.1

FRANCO, Divaldo P. pelo Espírito Joanna de Ângelis: Estudos Espíritas, 4ª Ed. Brasília: FEB. 1987 – item 18 - Mediunidade

OLIVEIRA, Therezinha: - Mediunidade, 7ª Ed.Capivari: EME. 1994 - cap. 19

*Hérin Andréas Roque Okano / Tereza Cristina D'Alessandro* 
Fevereiro / 2010

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