terça-feira, 22 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 115 – *Questão 228*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 115 – *Questão 228*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XX*

*INFLUÊNCIA MORAL DOS MÉDIUNS*

*QUESTÕES DIVERSAS*

*DISSERTAÇÃO DE UM ESPÍRITO SOBRE A INFLUÊNCIA MORAL*

*Questão 228*

Por nossos estudos anteriores, percebemos que todas as imperfeições morais são portas abertas aos Espíritos maus, sendo o orgulho a que eles exploram com mais habilidade, por ser este a que menos se admite sobre si mesmo. Por esta razão, o orgulho tem posto a perder numerosos médiuns dotados das mais belas faculdades, que, sem ele, seriam instrumentos excelentes e muito úteis, pois se tornando presa de Espíritos mentirosos, suas faculdades são primeiramente pervertidas, depois aniquiladas, o que os leva às mais amargas decepções.

Vimos no estudo anterior que o orgulho começa a tomar conta do médium quando este começa a desenvolver cega confiança na superioridade das comunicações recebidas e na infalibilidade do Espírito que as transmite, do que resulta certo desprezo por tudo o que não procede dele, que julga possuir o privilégio da verdade.

Dessa forma o orgulho se manifesta no médium por sinais inequívocos, para os quais é necessário chamar a atenção, mas além dele, outros também são destacáveis, como o prestígio dos grandes nomes com que se apresentam os Espíritos que se dizem seus protetores ou se comunicam através dele. 

Destaca Allan Kardec que sob a ação do orgulho, o médium sofreria em seu amor próprio se tivesse de se admitir enganado, sendo esta a razão pela qual repele toda espécie de conselhos e até mesmo os evita, afastando-se dos amigos e de quem quer que lhe possam abrir os olhos. Acredita o médium que seria quase uma profanação duvidar da superioridade do Espírito que o guia se ouvisse tais conselhos, o que o leva a chocar-se com a menor discordância, com a menor crítica que receba, indispondo-se então com aqueles que tentam esclarecê-lo.

Envolvido por Espíritos que querem mantê-lo no isolamento, o médium perde-se em meio às ilusões criadas para distraí-lo e fazê-lo acreditar ingenuamente nos maiores absurdos como sendo coisas sublimes.
Merecem destaque e muito estudo as características do médium orgulhoso definidas por Alla Kardec:

confiança absoluta na superioridade das comunicações obtidas;

desprezo por aquelas que não vierem por seu intermédio;

consideração irrefletida pelos grandes nomes;

rejeição de conselhos;

repulsa a qualquer crítica;

afastamento dos que podem dar opiniões desinteressadas;

confiança na própria habilidade apesar da falta de experiência;

Ainda Allan Kardec: “Necessário lembrar ainda que o orgulho é quase sempre excitado no médium pelos que dele se servem. Se possui faculdades um pouco além do comum, é procurado e elogiado, julgando-se indispensável e logo afetando ares de importância e desdém, quando presta o seu concurso. Já tivemos de lamentar, várias vezes, os elogios feitos a alguns médiuns, com a intenção de encorajá-los”.

E concluímos estas reflexões relembrando que são atuais os exemplos de médiuns que se creem investidos de tarefas renovadoras, servindo a Espíritos mistificadores, os quais, através de mensagens e livros confundem o público e estimulam críticas levianas à Doutrina Espírita. É necessário que médiuns e iniciantes se conscientizem da existência dessas armadilhas, que podem inclusive torná-los presas de processos obsessivos, levando-os a prestarem um desserviço à divulgação do Espiritismo.

*Bibliografia:*

 KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2.ed. São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XX, q. 228

*Tereza Cristina D'Alessandro* 
Novembro / 2011



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