*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo
115 – *Questão
228*
(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos
sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação
com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os
escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
*SEGUNDA PARTE*
*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*
*CAPITULO XX*
*INFLUÊNCIA MORAL DOS MÉDIUNS*
*QUESTÕES DIVERSAS*
*DISSERTAÇÃO DE UM ESPÍRITO SOBRE A
INFLUÊNCIA MORAL*
*Questão 228*
Por
nossos estudos anteriores, percebemos que todas as imperfeições morais são
portas abertas aos Espíritos maus, sendo o orgulho a que eles exploram com mais
habilidade, por ser este a que menos se admite sobre si mesmo. Por esta razão,
o orgulho tem posto a perder numerosos médiuns dotados das mais belas
faculdades, que, sem ele, seriam instrumentos excelentes e muito úteis, pois se
tornando presa de Espíritos mentirosos, suas faculdades são primeiramente pervertidas,
depois aniquiladas, o que os leva às mais amargas decepções.
Vimos
no estudo anterior que o orgulho começa a tomar conta do médium quando este
começa a desenvolver cega confiança na superioridade das comunicações recebidas
e na infalibilidade do Espírito que as transmite, do que resulta certo desprezo
por tudo o que não procede dele, que julga possuir o privilégio da verdade.
Dessa
forma o orgulho se manifesta no médium por sinais inequívocos, para os quais é
necessário chamar a atenção, mas além dele, outros também são destacáveis, como
o prestígio dos grandes nomes com que se apresentam os Espíritos que se dizem
seus protetores ou se comunicam através dele.
Destaca
Allan Kardec que sob a ação do orgulho, o médium sofreria em seu amor próprio se
tivesse de se admitir enganado, sendo esta a razão pela qual repele toda
espécie de conselhos e até mesmo os evita, afastando-se dos amigos e de quem
quer que lhe possam abrir os olhos. Acredita o médium que seria quase uma
profanação duvidar da superioridade do Espírito que o guia se ouvisse tais
conselhos, o que o leva a chocar-se com a menor discordância, com a menor
crítica que receba, indispondo-se então com aqueles que tentam esclarecê-lo.
Envolvido
por Espíritos que querem mantê-lo no isolamento, o médium perde-se em meio às
ilusões criadas para distraí-lo e fazê-lo acreditar ingenuamente nos maiores
absurdos como sendo coisas sublimes.
Merecem
destaque e muito estudo as características do médium orgulhoso definidas por
Alla Kardec:
confiança absoluta na superioridade das
comunicações obtidas;
desprezo por aquelas que não vierem por seu
intermédio;
consideração irrefletida pelos grandes nomes;
rejeição de conselhos;
repulsa a qualquer crítica;
afastamento dos que podem dar opiniões
desinteressadas;
confiança na própria habilidade apesar da falta de
experiência;
Ainda
Allan Kardec: “Necessário lembrar ainda que o orgulho é quase sempre excitado
no médium pelos que dele se servem. Se possui faculdades um pouco além do
comum, é procurado e elogiado, julgando-se indispensável e logo afetando ares
de importância e desdém, quando presta o seu concurso. Já tivemos de lamentar,
várias vezes, os elogios feitos a alguns médiuns, com a intenção de
encorajá-los”.
E
concluímos estas reflexões relembrando que são atuais os exemplos de médiuns
que se creem investidos de tarefas renovadoras, servindo a Espíritos
mistificadores, os quais, através de mensagens e livros confundem o público e
estimulam críticas levianas à Doutrina Espírita. É necessário que médiuns e
iniciantes se conscientizem da existência dessas armadilhas, que podem
inclusive torná-los presas de processos obsessivos, levando-os a prestarem um
desserviço à divulgação do Espiritismo.
*Bibliografia:*
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2.ed.
São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XX, q. 228
*Tereza Cristina D'Alessandro*
Novembro / 2011
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