*O LIVRO DOS
MÉDIUNS Estudo 122 – DA MEDIUNIDADE
NOS ANIMAIS*
(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos
sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação
com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os
escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
*SEGUNDA PARTE*
*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*
*CAPITULO XXII*
*DA MEDIUNIDADE
NOS ANIMAIS*
*Os
animais podem ser médiuns?*
Em nossos estudos anteriores vimos que Allan Kardec também analisou
esse assunto através das questões 234 a 236, em análises e debates na Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas e em estudos inseridos nas edições da Revista
Espírita. Assim como Allan Kardec, os Espíritos da Codificação também
consideraram o assunto como sem fundamento.
Continuando nossa análise, recorremos aos capítulos XIX e XXII de O
Livro dos Médiuns e estudando o conteúdo ali exposto, observamos a complexidade
do papel dos médiuns nas comunicações, excluindo assim a possibilidade dos
animais serem médiuns.
*O Livro dos Médiuns*
• Cap XIX - Papel dos Médiuns
nas Comunicações;
• Cap XXII – Da Mediunidade nos
animais, q.236 – Comunicação de Erasto.
”(...) que é um Médium? É o ser, é o indivíduo que serve de traço de
união aos Espíritos para que estes possam comunicar-se facilmente com os
homens, Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium, não há comunicações
tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer natureza que seja”.
“(...) os semelhantes agem através de seus semelhantes e como os seus
semelhantes. Ora, quais são os semelhantes dos Espíritos, senão os Espíritos,
encarnados ou não? (...) o vosso perispírito e o nosso procedem do mesmo meio,
são de natureza idêntica, são, numa palavra, semelhantes. Possuem uma
propriedade de assimilação mais ou menos desenvolvida, de magnetização mais ou
menos vigorosa, que nos permite aos Espíritos e aos encarnados entrar
facilmente em relação. Enfim, o que pertence especificamente aos médiuns, à
essência mesma de sua individualidade, é uma afinidade especial, e ao mesmo
tempo, uma força de expansão particular, que anulam neles toda possibilidade de
rejeição, estabelecendo entre eles e nós, uma espécie de corrente ou fusão, que
facilita as nossas comunicações. É, de resto, essa possibilidade de rejeição,
própria da matéria, que se opõe ao desenvolvimento da mediunidade, na maior
parte dos que não são médiuns”.
“(...) o fogo que anima os irracionais, o sopro que os faz agir, mover,
e falar na linguagem que lhes é própria, não tem quanto ao presente, nenhuma
aptidão para se mesclar, unir, fundir com o sopro divino, a alma etérea, o
Espírito em uma palavra, que anima o ser essencialmente perfectível: o homem
(...)“.
“(...) não mediunizamos
diretamente nem os animais, nem a matéria inerte. Precisamos sempre do concurso
consciente ou inconsciente, de um médium humano, porque precisamos da união de
fluidos similares, o que não achamos nem nos animais nem na matéria bruta”.
“(...) sabeis que tiramos do cérebro do médium os elementos necessários
para dar ao nosso pensamento a forma sensível e apreensível para vós. É com o
auxílio dos seus próprios materiais que o médium traduz o nosso pensamento em
linguagem vulgar. Pois bem: que elementos encontraríamos no cérebro de um
animal? Haveria ali palavras, números, letras, alguns sinais semelhantes aos
que encontramos no homem, mesmo o mais ignorante? Entretanto, direis, os animais
compreendem o pensamento do homem, chegam mesmo a adivinha-lo. Sim, os animais
amestrados compreendem certos pensamentos, mas já os vistes reproduzi-los? Não.
Concluí, pois, que os animais não podem servir-nos de intérpretes.
Resumindo: os fenômenos mediúnicos não podem produzir-se sem o concurso
consciente ou inconsciente dos médiuns, e é somente entre os encarnados,
Espíritos como nós, que encontramos os que podem servir-nos de médiuns. Quanto
a ensinar cães, pássaros e outros animais, para fazerem estes ou aqueles
serviços, é problema vosso e não nosso.” – ERASTO Assim, concluímos ser a
Mediunidade uma faculdade natural do Espírito. Afirma o Prof. Herculano Pires
no livro Mediunidade que querer encontrá-la nos animais significa não entender
seu mecanismo, finalidade e função, ignorando-lhe a essência para só encará-la
através dos efeitos. Os principais elementos que permitem o desabrochar dessa
faculdade só apareceram no homem: sensibilidade, psiquismo, afetividade,
vontade, consciência, juízo, memória, pensamento contínuo e intuição inata de
Deus.
*Bibliografia:*
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 -
Cap. XXII e XIX.
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - ed. especial São Paulo: EME,
1997 - Cap. XI q. 592 a 613.
KARDEC, Allan - Revista Espírita - Sobradinho-DF: EDICEL,
• Junho de 1860 - O Espírito e o
Cãozinho
• Julho de 1861 - Papel dos
médiuns nas comunicações, Erasto e Timóteo
• Agosto de 1861 - Os animais
médiuns, Erasto
• Setembro de 1861 - Carta do Sr
Mathieu sobre mediunidade das aves
• Maio de 1865 – Manifestação do
espírito dos animais PIRES, J. Herculano - Mediunidade - 2.ed. São Paulo:
PAIDÉIA, 1992 - Cap. XI, Mediunidade Zoológica.
*Tereza Cristina D'Alessandro*
Julho / 2012
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