quinta-feira, 24 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 122 – DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 122 – DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XXII*

*DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS*

*Os animais podem ser médiuns?*

Em nossos estudos anteriores vimos que Allan Kardec também analisou esse assunto através das questões 234 a 236, em análises e debates na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e em estudos inseridos nas edições da Revista Espírita. Assim como Allan Kardec, os Espíritos da Codificação também consideraram o assunto como sem fundamento.

Continuando nossa análise, recorremos aos capítulos XIX e XXII de O Livro dos Médiuns e estudando o conteúdo ali exposto, observamos a complexidade do papel dos médiuns nas comunicações, excluindo assim a possibilidade dos animais serem médiuns.
*O Livro dos Médiuns*

•  Cap XIX - Papel dos Médiuns nas Comunicações;

•  Cap XXII – Da Mediunidade nos animais, q.236 – Comunicação de Erasto.
          
”(...) que é um Médium? É o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens, Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium, não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer natureza que seja”.
        
“(...) os semelhantes agem através de seus semelhantes e como os seus semelhantes. Ora, quais são os semelhantes dos Espíritos, senão os Espíritos, encarnados ou não? (...) o vosso perispírito e o nosso procedem do mesmo meio, são de natureza idêntica, são, numa palavra, semelhantes. Possuem uma propriedade de assimilação mais ou menos desenvolvida, de magnetização mais ou menos vigorosa, que nos permite aos Espíritos e aos encarnados entrar facilmente em relação. Enfim, o que pertence especificamente aos médiuns, à essência mesma de sua individualidade, é uma afinidade especial, e ao mesmo tempo, uma força de expansão particular, que anulam neles toda possibilidade de rejeição, estabelecendo entre eles e nós, uma espécie de corrente ou fusão, que facilita as nossas comunicações. É, de resto, essa possibilidade de rejeição, própria da matéria, que se opõe ao desenvolvimento da mediunidade, na maior parte dos que não são médiuns”.
         
“(...) o fogo que anima os irracionais, o sopro que os faz agir, mover, e falar na linguagem que lhes é própria, não tem quanto ao presente, nenhuma aptidão para se mesclar, unir, fundir com o sopro divino, a alma etérea, o Espírito em uma palavra, que anima o ser essencialmente perfectível: o homem (...)“.
        
 “(...) não mediunizamos diretamente nem os animais, nem a matéria inerte. Precisamos sempre do concurso consciente ou inconsciente, de um médium humano, porque precisamos da união de fluidos similares, o que não achamos nem nos animais nem na matéria bruta”.
         
“(...) sabeis que tiramos do cérebro do médium os elementos necessários para dar ao nosso pensamento a forma sensível e apreensível para vós. É com o auxílio dos seus próprios materiais que o médium traduz o nosso pensamento em linguagem vulgar. Pois bem: que elementos encontraríamos no cérebro de um animal? Haveria ali palavras, números, letras, alguns sinais semelhantes aos que encontramos no homem, mesmo o mais ignorante? Entretanto, direis, os animais compreendem o pensamento do homem, chegam mesmo a adivinha-lo. Sim, os animais amestrados compreendem certos pensamentos, mas já os vistes reproduzi-los? Não. Concluí, pois, que os animais não podem servir-nos de intérpretes.

Resumindo: os fenômenos mediúnicos não podem produzir-se sem o concurso consciente ou inconsciente dos médiuns, e é somente entre os encarnados, Espíritos como nós, que encontramos os que podem servir-nos de médiuns. Quanto a ensinar cães, pássaros e outros animais, para fazerem estes ou aqueles serviços, é problema vosso e não nosso.” – ERASTO Assim, concluímos ser a Mediunidade uma faculdade natural do Espírito. Afirma o Prof. Herculano Pires no livro Mediunidade que querer encontrá-la nos animais significa não entender seu mecanismo, finalidade e função, ignorando-lhe a essência para só encará-la através dos efeitos. Os principais elementos que permitem o desabrochar dessa faculdade só apareceram no homem: sensibilidade, psiquismo, afetividade, vontade, consciência, juízo, memória, pensamento contínuo e intuição inata de Deus.

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XXII e XIX.

KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - ed. especial São Paulo: EME, 1997 - Cap. XI q. 592 a 613.

KARDEC, Allan - Revista Espírita - Sobradinho-DF: EDICEL,

 • Junho de 1860 - O Espírito e o Cãozinho

 • Julho de 1861 - Papel dos médiuns nas comunicações, Erasto e Timóteo

 • Agosto de 1861 - Os animais médiuns, Erasto

 • Setembro de 1861 - Carta do Sr Mathieu sobre mediunidade das aves

 • Maio de 1865 – Manifestação do espírito dos animais PIRES, J. Herculano - Mediunidade - 2.ed. São Paulo: PAIDÉIA, 1992 - Cap. XI, Mediunidade Zoológica.


*Tereza Cristina D'Alessandro*
Julho / 2012




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