domingo, 27 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS 130 Capitulo XXIII - Da Obsessão - Obsessão simples, fascinação, subjugação - Parte VIII*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS 130  Capitulo XXIII - Da Obsessão - Obsessão simples, fascinação, subjugação - Parte VIII*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XXIII*

*DA OBSESSÃO*

*OBSESSÃO SIMPLES. FASCINAÇÃO. SUBJUGAÇÃO.*

*CAUSAS DA OBSESSÃO*.

*MEIOS DE COMBATÊ-LA.*

*XXIII - Da Obsessão - Obsessão simples, fascinação, subjugação - Parte VIII*

Sempre é útil relembrar que o conhecimento superficial sobre a estrutura e conteúdo da Doutrina Espírita leva muitos médiuns a interpretarem a sensibilidade acentuada de que são dotados, como sinal seguro de que são assistidos por Espíritos de condição moral superior.

Sendo a mediunidade uma faculdade orgânica, neutra do ponto de vista moral, apresenta-se ela como oportunidade de crescimento e de muito trabalho para o médium, que necessita estudá-la e estudar a si mesmo, visando fazer-se amparado pelos bons Espíritos.

Na questão 248, Allan Kardec trata da situação do médium que só pode comunicar-se com um Espírito que se ligou a ele e responde por todos os outros que porventura sejam evocados.

O Codificador estudou no item 192 o caso de médiuns que recebem de preferência determinados Espíritos, e mostrou tratar-se sempre de falta de flexibilidade do médium, mesmo considerando que quando o Espírito é bom, pode ligar-se ao médium por simpatia e com finalidade louvável; quando é mau, tem por finalidade submeter o médium à sua dependência. E conclui a questão demonstrando ser isso mais um defeito do que uma qualidade, e muito próximo da obsessão.

A obsessão propriamente dita só existe quando o Espírito se impõe e afasta voluntariamente o outro, o que jamais é feito por um Espírito bom. Geralmente, o Espírito que se apropria do médium para dominá-lo não suporta o exame crítico das suas comunicações. Ao vê-las submetidas à discussão, não deixa o médium, mas lhe sugere o pensamento de se afastar daqueles que as criticam, e muitas vezes mesmo lhe ordena que se afaste. Nesses casos, o médium se incomoda com as críticas das suas comunicações por estar em sintonia com o Espírito que o domina, e esse Espírito não pode ser bom, desde que lhe inspira o pensamento ilógico de recusar o exame.

Sob a ação dominadora desse Espírito, o médium tende a buscar isolamento, o que é sempre prejudicial para ele, que fica sem a possibilidade de controle de suas comunicações. O médium deve não somente esclarecer-se através de terceiros, mas também estudar todos os gêneros de comunicações, para aprender a compará-las.

As atividades de estudo e prática mediúnica em grupos e casas espíritas que estudam a mediunidade sob a visão espírita, em muito auxiliam o médium a não cair nestas armadilhas, a desenvolver senso crítico, não se limitando às comunicações que ocorrem por seu intermédio e que, por melhores que lhe pareçam, o expõem a enganos.

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2a ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XXIII - q. 248


*Tereza Cristina D'Alessandro*
Janeiro / 2014


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