*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 105 – Reflexões sobre a questão 223. Reflexões sobre a questão 223. Itens 15 a 18*

 *O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 105 – Reflexões sobre a questão 223. Reflexões sobre a questão 223. Itens 15 a 18*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)

Por

ALLAN KARDEC

Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XIX*

*O PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES*

*Reflexões sobre a questão 223. Itens 15 a 18*

Continuando as reflexões sobre a questão 223, nos itens de 15 a 18, os Espíritos da Codificação responderam a Allan Kardec sobre a linguagem do pensamento, que a linguagem utilizada pelos Espíritos, tanto os encarnados quanto os desencarnados. Ao dirigir-se ao médium, o Espírito errante¹ não fala em francês nem em inglês, mas na língua universal do pensamento e para traduzir as suas ideias numa linguagem articulada, transmissível, ele utiliza as palavras do vocabulário do médium.

Essas explicações levaram Kardec a questionar se o fato de o médium falar apenas uma língua restringiria o Espírito comunicante a se expressar somente nessa língua, ao que os Espíritos esclareceram que nem todos os médiuns são aptos a esse gênero de exercício. Quando os Espíritos necessitam comunicar-se, de modo comum, preferem servir-se de uma língua familiar ao médium, que lhes apresenta menos dificuldades materiais a superar.

Os Espíritos ainda abordaram a questão da aptidão de certos médiuns para escreverem numa língua estranha, que pode ter sido usada em existências anteriores, mas que o Espírito comunicante pode, com algum esforço, superar momentaneamente a resistência material. É o que acontece quando o médium escreve, na sua própria língua, palavras que não conhece.

O Prof. Herculano Pires, tradutor de O Livro dos Médiuns aqui estudado, esclarece que “o caso Chico Xavier é a mais eloquente demonstração atual desse princípio. O médium tem recebido livros inteiros em linguagem técnica sobre Medicina, Sociologia, História e outros assuntos, sem nenhum conhecimento pessoal dessas matérias. Veja-se, como exemplos, os livros Emmanuel e Evolução Em Dois mundos”.

Allan Kardec também perguntou aos Espíritos se uma pessoa que não sabe escrever, poderia fazê-lo como médium, e eles responderam que sim, mas que haveria grande dificuldade mecânica a vencer, pois a mão não está habituada aos movimentos necessários para formar as letras. Acontece o mesmo com médiuns desenhistas que não sabem desenhar.

1 - Erraticidade: Situação dos Espíritos errantes, quer dizer não encarnados, durante os intervalos de suas reencarnações.

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2.ed. São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XIX, q. 223, de 15 a 18

*Tereza Cristina D'Alessandro* 

Outubro / 2010

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