segunda-feira, 21 de novembro de 2016

SALA FILOSOFIA ESPÍRITA = ESTUDO – O LIVRO DOS MÉDIUNS

*SALA FILOSOFIA ESPÍRITA*

ESTUDO – O LIVRO DOS MÉDIUNS


 *CAPÍTULO 2 – O MARAVILHOSO E O SOBRENATURAL*

7. Se a crença nos Espíritos e nas suas manifestações representasse uma concepção singular, fosse produto de um sistema, poderia, com visos de razão, merecer a suspeita de ilusória. Digam-nos, porém, por que com ela deparamos tão vivaz entre todos os povos, antigos e modernos, e nos livros santos de todas as religiões conhecidas? E, respondem os críticos, porque, desde todos os tempos, o homem teve o gosto do maravilhoso.

       Mas, que entendeis por maravilhoso?

       Maravilhoso é o sobrenatural.

       O que é sobrenatural?

       Que entendeis por sobrenatural?

       O que é contrário às leis da Natureza.

       Conheceis, porventura, tão bem essas leis, que possais marcar limite ao poder de Deus?

Pois bem! Provai então que a existência dos Espíritos e suas manifestações são contrárias às leis da Natureza; que não é, nem pode ser uma destas leis. Acompanhai a Doutrina Espírita e vede se todos os elos, ligados uniformemente à cadeia, não apresentam todos os caracteres de uma lei admirável, que resolve tudo o que as filosofias até agora não puderam resolver.

O pensamento é um dos atributos do Espírito; a possibilidade, que eles têm, de atuar sobre a matéria, de nos impressionar os sentidos e, por conseguinte, de nos transmitir seus pensamentos, resulta, se assim nos podemos exprimir, da constituição fisiológica que lhes é própria. Logo, nada há de sobrenatural neste fato, nem de maravilhoso. Tornar um homem a viver depois de morto e bem morto, reunirem-se seus membros dispersos para lhe formarem de novo o corpo, sim, seria maravilhoso, sobrenatural, fantástico. Haveria aí uma verdadeira derrogação da lei, o que somente por um milagre poderia Deus praticar. Coisa alguma, porém, de semelhante há na Doutrina Espírita.

*Comentários –*

*Dicionário Houaiss:*

 *Maravilhoso*

   5- que encerra maravilha ou prodígio, ou que é inexplicável racionalmente
Ex.: a lâmpada m. de Aladim

Sobrenatural:
1    que ultrapassa o natural, fora das leis naturais, fora do comum; extranatural
Ex.: poderes s.
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*O que é o Espiritismo – O maravilhoso e o sobrenatural – II diálogo – Cético*

Uma ideia não é supersticiosa senão porque ela é falsa; ela cessa de sê-lo desde o momento em que é reconhecida verdadeira. A questão, pois, é saber se há, ou não, manifestações de Espíritos. Ora, vós não podeis taxar a coisa de supersticiosa visto que não haveis provado que ela não existe. Direis: minha razão as recusa; mas todos aqueles que nelas creem, e que não são tolos, invocam também sua razão, e mais, invocam os fatos. Qual das duas razões deve prevalecer?

 O grande juiz, aqui, é o futuro, como o foi em todas as questões científicas e industriais taxadas de absurdas e impossíveis em sua origem. Vós julgais a priori segundo vossa opinião. Nós não julgamos senão depois de ter visto e observado durante muito tempo. Acrescentamos que o Espiritismo esclarecido, como o é hoje, tende, ao contrário, a destruir as idéias supersticiosas porque ele mostra aquilo que há de verdadeiro e de falso nas crenças populares, e tudo aquilo que a ignorância e os preconceitos nela introduziram de absurdo.

*COMENTÁRIOS*

*Dicionário Houaiss:*

*Pensar:*

    submeter (algo) ao processo de raciocínio lógico; ter atividade psíquica consciente e organizada; exercer a capacidade de julgamento, dedução ou concepção; refletir sobre, ponderar, pesar

*LE – Questão 282:  Como os Espíritos se comunicam entre si?*

R: Eles se vêem e se compreendem; a palavra se materializa pelo reflexo do Espírito. O fluido cósmico universal estabelece entre eles uma comunicação constante; é o veículo da transmissão do pensamento, assim como o ar é o veículo do som. É uma espécie de telégrafo universal que liga todos os mundos e permite aos Espíritos  comunicarem-se de um mundo ao outro.

*LIVRO DOS ESPÍRITOS*

*LE :  Questão: 27*

 Haveria, assim, dois elementos gerais do universo: a matéria e o Espírito?

Sim, e acima de tudo Deus, o Criador, o Pai de todas as coisas. Deus, Espírito e matéria são o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material é preciso acrescentar o fluido universal, que faz o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, muito grosseira para que o Espírito possa ter uma ação sobre ela. Ainda que sob certo ponto de vista se possa incluí-lo no elemento material, ele se distingue por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse matéria, não haveria razão para que o Espírito não o fosse também. Ele está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria; suscetível, por suas inumeráveis combinações com ela e sob a ação do Espírito, de poder produzir uma infinita variedade de coisas das quais conheceis apenas uma pequena parte.Esse fluido universal, primitivo, ou elementar, sendo o agente que o Espírito utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de dispersão e nunca adquiriria as propriedades que a força da gravidade lhe dá.

*Questão :27 a*

Seria esse fluido o que designamos sob o nome de eletricidade?

– Dissemos que ele é suscetível de inumeráveis combinações; o que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que é, propriamente falando, uma matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar como independente.

 *LE: Questão 283:*

Os Espíritos podem esconder seus pensamentos? Podem ocultar uns dos outros?
Não, para eles tudo está descoberto, principalmente entre os que são perfeitos. Podem se  afastar uns dos outros, mas sempre se vêem. Isso não é, entretanto, uma regra absoluta, porque certas categorias de Espíritos podem muito bem se tornar invisíveis para os outros, se julgarem útil fazê-lo.

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*LEITURA – LM - CONTINUAÇÃO – CAP .II*

8. Entretanto, objetarão, admitis que um Espírito pode suspender uma mesa e mantê-la no espaço sem ponto de apoio. Não constitui isto um a derrogação da lei de gravidade? - Constitui, mas da lei conhecida; porém, já a Natureza disse a sua última palavra? Antes que se houvesse experimentado a força ascensional de certos gases, quem diria que uma máquina pesada, carregando muitos homens, fosse capaz de triunfar da força de atração? Aos olhos do vulgo, tal coisa não pareceria maravilhosa, diabólica? Por louco houvera passado aquele que, há um século, se tivesse proposto a transmitir um telegrama a 500 léguas de distância e a receber a resposta, alguns minutos depois. Se o fizesse, toda gente creria ter ele o diabo às suas ordens, pois que, àquela época, só ao diabo era possível andar tão depressa. Porque, então, um fluido desconhecido não poderia, em dadas circunstâncias, ter a propriedade de contrabalançar o efeito da gravidade, como o hidrogênio contrabalança o peso do balão? Notemos, de passagem, que não fazemos uma assimilação, mas apenas urna comparação, e unicamente para mostrar, por analogia, que o fato não é fisicamente impossível.

Ora, foi exatamente por quererem, ao observar estas espécies de fenômenos, proceder por assimilação que os sábios se transviaram.

Em suma, o fato aí está. Não há, nem haverá negação que possa fazer não seja ele real, porquanto negar não é provar. Para nós, não há coisa alguma sobrenatural. É tudo o que, por agora, podemos dizer.
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                                *COMENTÁRIO*

*A Gênese – Fluidos – cap. 14*

13. - Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, a bem dizer, a atmosfera dos seres espirituais; o elemento donde eles tiram os materiais sobre que operam; o meio onde ocorrem os fenômenos especiais, perceptíveis à visão e à audição do Espírito, mas que escapam aos sentidos carnais, impressionáveis somente à matéria tangível; o meio onde se forma a luz peculiar ao mundo espiritual, diferente, pela causa e pelos efeitos da luz ordinária; finalmente, o veículo do pensamento, como o ar o é do som.

14. - Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem. Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção; doutras, são produto de um pensamento inconsciente. Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.

*OBS*: Na II Parte – Cap. VII – Laboratório do Mundo Invisível (estudaremos essa parte)
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*Leitura  LM – continuação – Item 9*

 9. Se o fato ficar comprovado, dirão, aceitá-lo-emos; aceitaríamos mesmo a causa a que o atribuís, a de um fluido desconhecido. Mas, quem nos prova a intervenção dos Espíritos? Aí é que está o maravilhoso, o sobrenatural.

Far-se-ia mister aqui uma demonstração completa, que, no entanto, estaria deslocada e, ao demais, constituiria uma repetição, visto que ressalta de todas as outras partes do ensino. Todavia, resumindo-a nalgumas palavras, diremos que, em teoria, ela se funda neste princípio: todo efeito inteligente há de ter uma causa inteligente e, do ponto de vista prático, na observação de que, tendo os fenômenos ditos espíritas dado provas de inteligência, fora da matéria havia de estar a causa que os produzia e de que, não sendo essa inteligência a dos assistentes - o que a experiência atesta - havia de lhes ser exterior. Pois que não se via o ser que atuava, necessariamente era um ser invisível.

Assim foi que, de observação em observação, se chegou ao reconhecimento de que esse ser invisível, a que deram o nome de Espírito, não é senão a alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. Eis, pois, o maravilhoso e o sobrenatural reduzidos à sua mais simples expressão.
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                             *COMENTÁRIOS*

 *RE – junho – 1859 – Intervenção da Ciência no Espiritismo*

É um erro crer que a fé seja necessária, mas a boa fé, é outra coisa. Há céticos que negam até a evidência, e que milagres não poderiam convencer. Há-os mesmo que ficariam muito irritados sendo forçados a crer, porque seu amor próprio sofreria em convir que estão enganados. Que responder a essas pessoas que não vêem, por toda parte, senão ilusão e charlatanismo? Nada; é necessário deixá-las tranquilas, e dizerem enquanto quiserem que nada viram, e mesmo que nada pôde fazê-las ver. Por isso, dissemos que não é a fé que é necessária, mas a boa fé; ora, perguntamos se nossos sábios adversários estão sempre nessas condições. Eles querem os fenômenos ao seu comando, e os Espíritos não obedecem ao comando: é necessário esperar seu bom querer.

Para compreendê-los, é necessário se elevar, pelo pensamento, acima do nosso horizonte material e moral, e nos colocar em seu ponto de vista; não cabe a eles descerem até nós, mas a nós de subirmos até eles, e é ao que nos conduzem o estudo e a observação. Os Espíritos amam os observadores assíduos e conscienciosos; para eles multiplicam as fontes de luz; o que os afasta, não é a dúvida da ignorância, é a fatuidade desses pretensos observadores que nada observam, que pretendem metê-los no banco dos réus e manobrá-los como marionetes.

*O que é o Espiritismo – cap.II Noções elementares de Espiritismo.*

*Item 2:*

 Aqueles que não conhecem o Espiritismo, imaginam que se produzem fenômenos espíritas como se faz em experiências de física e de química. Daí sua pretensão em os submeter à sua vontade, e a recusa de se colocar nas condições necessárias para a observação. Não admitindo, em princípio, a existência e a intervenção dos Espíritos, ou pelo menos não conhecendo sua natureza, nem seu modo de ação, eles agem como se operassem sobre a matéria bruta; e do fato de não obterem o que procuram, concluem que não há Espíritos.

Colocando-se em um outro ponto de vista, compreender-se-á que os Espíritos, sendo a alma dos homens depois da morte, nós mesmos seremos Espíritos, e que estaríamos pouco dispostos a servirmos de joguete para satisfazer as fantasias dos curiosos.
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*LEITURA – PARTE FINAL ITEM 9:*

Uma vez comprovada a existência de seres invisíveis, a ação deles sobre a matéria resulta da natureza do envoltório rio fluídico que os reveste. É inteligente essa ação, porque, ao morrerem, eles perderam tão-somente o corpo, conservando a inteligência que lhes constitui a essência mesma. Aí está a chave de todos esses fenômenos tidos erradamente por sobrenaturais. A existência dos Espíritos não é, portanto, um sistema preconcebido, ou uma hipótese imaginada para explicar os fatos: é o resultado de observações e conseqüência natural da existência da alma. Negar essa causa é negar a alma e seus atributos. Dignem-se de apresentá-la os que pensem em poder dar desses efeitos inteligentes uma explicação mais racional e, sobretudo, de apontar a causa de todos os fatos, e então será possível discutir-se o mérito de cada uma.
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