domingo, 20 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 108 – *Questão 225 – Conclusão 1*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 108 – *Questão 225 – Conclusão 1*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XIX*

*O PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES*

*Questão 225 – Conclusão 1*

Iniciando as conclusões sobre os estudos do capítulo XIX, transcrevemos mensagem dos Espíritos Erasto e Timóteo:

 “Qualquer que seja a natureza dos médiuns escreventes, mecânicos, semimecânicos ou simplesmente intuitivos, nossos processos de comunicação por meio deles não variam na essência. Com efeito, nossas comunicações com os Espíritos encarnados, diretamente, ou com os Espíritos propriamente ditos, se realizam unicamente pela irradiação do nosso pensamento”.

Nossos pensamentos não necessitam das vestes da palavra para que os Espíritos os compreendam. Todos os Espíritos percebem o pensamento que desejamos transmitir-lhes, pelo simples fato de o dirigirmos a ele, e isso na razão do grau de suas faculdades intelectuais. Quer dizer que determinado pensamento pode ser compreendido por estes e aqueles, segundo o respectivo adiantamento, enquanto para outros o mesmo pensamento, não despertando nenhuma lembrança, nenhum conhecimento no fundo do seu coração ou do seu cérebro, não é perceptível. Nesse caso, o Espírito encarnado que nos serve de médium é mais apropriado para transmitir o nosso pensamento a outros encarnados, embora não o compreenda, o que um Espírito desencarnado mas pouco adiantado não poderia fazer, se fôssemos obrigados à sua mediação. Porque o ser terreno põe o seu corpo, como instrumento, à nossa disposição, o que o Espírito errante não pode fazer.

Assim, quando encontramos num médium o cérebro cheio de conhecimentos adquiridos na sua vida atual, e o seu Espírito rico de conhecimentos anteriores, latentes, próprios a facilitar as nossas comunicações, preferimos servir-nos dele, porque então o fenômeno da comunicação nos será muito mais fácil do que através de um médium de inteligência limitada, e cujos conhecimentos anteriores fossem insuficientes. Vamos nos fazer compreender por meio de algumas explicações claras e precisas.


Com um médium cuja inteligência atual ou anterior esteja desenvolvida, nosso pensamento se comunica instantaneamente, de Espírito a Espírito, graças a uma faculdade peculiar à essência mesma do Espírito. Nesse caso encontramos no cérebro do médium os elementos apropriados à roupagem de palavras correspondentes a esse pensamento, quer o médium seja intuitivo, semimecânico ou mecânico. É por isso que apesar de diversos Espíritos se comunicarem através do médium, os ditados por eles recebidos trazem sempre o cunho pessoal do médium, quanto à forma e ao estilo. Porque embora o pensamento não seja absolutamente dele, o assunto não se enquadre em suas preocupações habituais, o que desejamos dizer não provenha dele de maneira alguma, ele não deixa de exercer sua influência na forma, dando-lhe as qualidades e propriedades características da sua individualidade. É precisamente como quando olhamos diversos lugares através de binóculos coloridos, de lentes brancas, verdes ou azuis, e embora os lugares e objetos vistos pertençam ao mesmo trecho mas tenham aspectos inteiramente diferentes, aparecem sempre com a coloração dada pelas lentes.

Melhor ainda: comparemos os médiuns a esses botijões de vidros com líquidos coloridos e transparentes que se vêem nos laboratórios farmacêuticos. Pois bem, nós somos como focos luminosos voltados para certos trechos de paisagens morais, filosóficas, iluminando-os através de médiuns azuis, verdes ou vermelhos, de maneira que os nossos raios luminosos tomam essas colorações. Ou seja, obrigados a atravessar vidros mais ou menos bem lapidados, mais ou menos transparentes, o que vale dizer médiuns mais ou menos apropriados, esses raios só atingem os objetos que desejamos iluminar tomando a coloração ou a forma própria e particular desses médiuns.

Enfim, para terminar com mais uma comparação: nós, os Espíritos, somos como os compositores de música que tendo composto ou querendo improvisar uma ária só dispõem de um destes instrumentos; um piano, um violino, uma flauta, um fagote ou um apito comum. Não há dúvida que com o piano, com a flauta ou com o violino executaremos a ária de maneira satisfatória. Embora os sons do piano, do fagote ou da flauta sejam essencialmente diferentes entre si, nossa composição será sempre a mesma nas diversas variações de sons. Mas se dispomos apenas de um apito comum ou mesmo de um sifão de esguicho, eis-nos em dificuldade.



Através destes ensinamentos, entendemos a importância de o médium ser estudioso, responsável no uso da faculdade mediúnica, pois sempre será ele quem escolherá suas companhias espirituais e a quais Espíritos servirá como intermediário.

*Bibliografia:*

 KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2.ed. São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XIX, q. 225


*Tereza Cristina D'Alessandro* 



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