*O LIVRO DOS MÉDIUNS *Estudo 96 –
INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE SOBRE A SAÚDE, SOBRE O CÉREBRO E SOBRE
AS CRIANÇAS*
(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN
KARDEC
Contém
o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de
manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento
da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática
do Espiritismo.
*SEGUNDA
PARTE*
*DAS
MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*
*CAPITULO
XVIII*
*INCONVENIENTES E PERIGOS DA MEDIUNIDADE*
*INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE SOBRE A
SAÚDE, SOBRE O CÉREBRO E SOBRE AS CRIANÇAS*
*A Mediunidade na Criança e no Jovem*
Concluindo o
estudo do capítulo XVIII, relembramos que a mediunidade é faculdade humana
natural pela qual se estabelecem as relações entre os homens e os Espíritos;
pertence ao campo da comunicação. Natural constatá-la na criança e no jovem, pois
são Espíritos em experiências no mundo material, em processo de desenvolvimento
físico, intelectual e moral, através dos quais serão ampliadas as suas
potencialidades.
Encerrando nossas reflexões transcrevemos as conclusões de Allan Kardec sobre o tema estudado.
“_A prática do
Espiritismo, como adiante veremos, requer muito tato para se desfazer o embuste
dos Espíritos mistificadores. Se homens feitos são por eles enganados, a
infância e a juventude estão ainda mais expostas a isso, por sua inexperiência.
Sabe-se também que o recolhimento é condição essencial para se tratar com
Espíritos sérios. As evocações feitas levianamente ou por divertimento
constituem verdadeira profanação, que abre a porta aos Espíritos zombeteiros ou
malfazejos. Como não se pode esperar de uma criança a gravidade necessária a um
ato semelhante, seria de temer que, entregue a si mesma, ela o transformasse em
brinquedo. Mesmo nas condições mais favoráveis, é de se desejar que uma criança
dotada de mediunidade só a exerça sob a vigilância de pessoas experimentadas,
que lhe ensinarão, por exemplo, o respeito devido às almas dos que se foram
deste mundo._
_Vê-se, pois, que o problema da idade está subordinado tanto às condições do desenvolvimento físico, quanto às do caráter ou amadurecimento moral. Entretanto, o que ressalta claramente das respostas anteriores é que não se deve forçar o desenvolvimento da faculdade mediúnica nas crianças, quando ela não se desenvolver de maneira espontânea, e que em todos os casos é necessário empregá-la somente com grande circunspecção, não se devendo jamais provocá-la ou encorajar o seu exercício pelas pessoas fracas._
_Deve-se afastar da prática mediúnica, por todos os meios possíveis, as que apresentem os menores sinais de excentricidade nas idéias ou de enfraquecimento das faculdades mentais, porque são evidentemente predispostas à loucura, que qualquer motivo de superexcitação pode desenvolver._
_As idéias espíritas não têm, a esse respeito, maior influência que as outras, mas se a loucura se declarar tomará o caráter de preocupações dominante, como tomaria o caráter religioso, se a pessoa se entregasse com excesso às práticas devocionais, e a responsabilidade seria atribuída ao Espiritismo. O que se pode fazer de melhor com qualquer pessoa que revele tendência à idéia é dirigir as suas preocupações em outra direção, a fim de proporcionar descanso aos órgãos enfraquecidos"._
Chamamos a atenção dos leitores, a esse respeito, para o parágrafo XII da introdução de "O Livro dos Espíritos".
*Bibliografia:*
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo:FEESP,
1989 - Cap. XVIII , q. 222
Tereza
Cristina D'Alessandro
Outubro / 2009
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