terça-feira, 15 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS *Estudo 96 – INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE SOBRE A SAÚDE, SOBRE O CÉREBRO E SOBRE AS CRIANÇAS*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS *Estudo 96 – INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE SOBRE A SAÚDE, SOBRE O CÉREBRO E SOBRE AS CRIANÇAS*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XVIII*

*INCONVENIENTES E PERIGOS DA MEDIUNIDADE*

*INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO DA MEDIUNIDADE SOBRE A SAÚDE, SOBRE O CÉREBRO E SOBRE AS CRIANÇAS*

*A Mediunidade na Criança e no Jovem*

Concluindo o estudo do capítulo XVIII, relembramos que a mediunidade é faculdade humana natural pela qual se estabelecem as relações entre os homens e os Espíritos; pertence ao campo da comunicação. Natural constatá-la na criança e no jovem, pois são Espíritos em experiências no mundo material, em processo de desenvolvimento físico, intelectual e moral, através dos quais serão ampliadas as suas potencialidades.

Encerrando nossas reflexões transcrevemos as conclusões de Allan Kardec sobre o tema estudado.


“_A prática do Espiritismo, como adiante veremos, requer muito tato para se desfazer o embuste dos Espíritos mistificadores. Se homens feitos são por eles enganados, a infância e a juventude estão ainda mais expostas a isso, por sua inexperiência. Sabe-se também que o recolhimento é condição essencial para se tratar com Espíritos sérios. As evocações feitas levianamente ou por divertimento constituem verdadeira profanação, que abre a porta aos Espíritos zombeteiros ou malfazejos. Como não se pode esperar de uma criança a gravidade necessária a um ato semelhante, seria de temer que, entregue a si mesma, ela o transformasse em brinquedo. Mesmo nas condições mais favoráveis, é de se desejar que uma criança dotada de mediunidade só a exerça sob a vigilância de pessoas experimentadas, que lhe ensinarão, por exemplo, o respeito devido às almas dos que se foram deste mundo._


_Vê-se, pois, que o problema da idade está subordinado tanto às condições do desenvolvimento físico, quanto às do caráter ou amadurecimento moral. Entretanto, o que ressalta claramente das respostas anteriores é que não se deve forçar o desenvolvimento da faculdade mediúnica nas crianças, quando ela não se desenvolver de maneira espontânea, e que em todos os casos é necessário empregá-la somente com grande circunspecção, não se devendo jamais provocá-la ou encorajar o seu exercício pelas pessoas fracas._


_Deve-se afastar da prática mediúnica, por todos os meios possíveis, as que apresentem os menores sinais de excentricidade nas idéias ou de enfraquecimento das faculdades mentais, porque são evidentemente predispostas à loucura, que qualquer motivo de superexcitação pode desenvolver._

_As idéias espíritas não têm, a esse respeito, maior influência que as outras, mas se a loucura se declarar tomará o caráter de preocupações dominante, como tomaria o caráter religioso, se a pessoa se entregasse com excesso às práticas devocionais, e a responsabilidade seria atribuída ao Espiritismo. O que se pode fazer de melhor com qualquer pessoa que revele tendência à idéia é dirigir as suas preocupações em outra direção, a fim de proporcionar descanso aos órgãos enfraquecidos"._


Chamamos a atenção dos leitores, a esse respeito, para o parágrafo XII da introdução de "O Livro dos Espíritos".
*Bibliografia:*

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed. São Paulo:FEESP, 1989 - Cap. XVIII , q. 222
           


Tereza Cristina D'Alessandro 

Outubro / 2009

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