*O LIVRO DOS
MÉDIUNS Estudo 121 – DA MEDIUNIDADE
NOS ANIMAIS*
(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos
sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação
com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os
escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
*SEGUNDA PARTE*
*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*
*CAPITULO XXII*
*DA MEDIUNIDADE
NOS ANIMAIS*
*Os
animais podem ser médiuns? PARTE III*
Em nossos estudos anteriores vimos que Allan Kardec também analisou
esse assunto através das questões 234 a 236, em análises e debates na Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas e em estudos inseridos nas edições da Revista
Espírita. Assim como Allan Kardec, os Espíritos da Codificação também
consideraram o assunto como sem fundamento.
Na Revista Espírita, Junho de 1860, pg. 179, no artigo - O Espírito e o
Cãozinho - é relatado o caso de um cão que percebia a presença de um Espírito -
seu dono, desencarnado havia pouco. Em reunião mediúnica da Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas é perguntado ao Espírito por que meios o cão o
reconhece, e ele responde:
“A extrema finura dos sentidos do cão”.
Posteriormente o Espírito Charles comunica-se explicando:
“A vontade humana atinge e adverte o instinto dos animais, sobretudo
dos cães, antes que algum sinal exterior o revele. Por suas fibras nervosas o
cão é colocado em relação direta conosco, Espíritos, quase tanto quanto com os
homens: percebe as aparições; dá-se conta da diferença existente entre elas e
as coisas reais ou terrenas, e lhes tem muito medo”.
“(...) Acrescentarei que seu órgão visual é menos desenvolvido do que
as suas sensações; ele vê menos do que sente; o fluido elétrico o penetra quase
que habitualmente”.
Desse modo, compreendemos que o cão percebe a presença de Espíritos,
não através da mediunidade, mas através da percepção peculiar acentuada e por
ser, em princípio, constituído do mesmo fluido que os Espíritos.
Outros casos comentados são as aparições de animais - fantasmas.
Na Revista Espírita - Maio de 1865, pg. 125 a 129, é relatada a
aparição de uma cachorra chamada Mika.
Será que o princípio inteligente, que deve sobreviver nos animais como
no homem, possuiria, em certo grau, a faculdade de comunicação como o Espírito
humano?
Posteriormente, é recebida a seguinte comunicação de um Espírito, sobre
o assunto (transcrevemos parte dela):
“(...) Assim, a manifestação pode dar-se, mas é passageira, porque o
animal para subir um degrau, necessita de um trabalho latente que aniquila, em
todos, qualquer sinal exterior de vida. Esse estado é a crisálida espiritual,
onde se elabora a alma, perispírito informe, não tendo nenhuma figura
reprodutiva de traços (...)“.
“(...) que o animal, seja qual for, não pode traduzir seu pensamento
pela linguagem humana, suas ideias são apenas rudimentares; para ter a
possibilidade de exprimir-se como faria o Espírito de um homem, ele
necessitaria ter ideias, conhecimentos e um desenvolvimento que não tem, nem
pode ter. Tende, pois, como certo, que nem o cão, o gato, o burro, o cavalo ou
o elefante, podem manifestar-se por via mediúnica. Os Espíritos chegados ao
grau da humanidade, e só eles, podem fazê-lo, e ainda em razão do seu adiantamento
porque o Espírito de um selvagem não vos poderá falar como o de um homem
civilizado”.
As manifestações de fantasmas-animais não são naturalmente conscientes
como as de criaturas humanas, mas são produzidas por entidades espirituais
interessadas nessas demonstrações, seja para incentivar o maior respeito pelos
animais na Terra, seja por motivos científicos.
Continuando nossa análise, em nosso próximo estudo, recorreremos aos
capítulos XIX e XXII de O Livro dos Médiuns e estudando o conteúdo ali exposto,
observaremos a complexidade do papel dos médiuns nas comunicações, excluindo
assim a possibilidade dos animais serem médiuns.
*Bibliografia:*
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 -
Cap. XXII e XIX.
• O Livro dos Espíritos - ed. especial São Paulo: EME, 1997 - Cap. XI
q. 592 a 613. Revista Espírita - Sobradinho-DF: EDICEL,
• Junho de 1860 – O Espírito e o Cãozinho
• Julho de 1861 – Papel dos médiuns nas comunicações, Erasto e Timóteo
• Agosto de 1861 – Os animais médiuns, Erasto
• Setembro de 1861 – Carta do Sr Mathieu sobre mediunidade das aves
• Maio de 1865 – Manifestação do espírito dos animais PIRES, J.
Herculano – Mediunidade - 2.ed. São Paulo: PAIDÉIA, 1992 – Cap. XI, Mediunidade
Zoológica.
*Tereza Cristina D'Alessandro*
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