quinta-feira, 24 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 121 – DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 121 – DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XXII*

*DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS*

*Os animais podem ser médiuns? PARTE III*

Em nossos estudos anteriores vimos que Allan Kardec também analisou esse assunto através das questões 234 a 236, em análises e debates na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e em estudos inseridos nas edições da Revista Espírita. Assim como Allan Kardec, os Espíritos da Codificação também consideraram o assunto como sem fundamento.

Na Revista Espírita, Junho de 1860, pg. 179, no artigo - O Espírito e o Cãozinho - é relatado o caso de um cão que percebia a presença de um Espírito - seu dono, desencarnado havia pouco. Em reunião mediúnica da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas é perguntado ao Espírito por que meios o cão o reconhece, e ele responde:

“A extrema finura dos sentidos do cão”.

Posteriormente o Espírito Charles comunica-se explicando:

“A vontade humana atinge e adverte o instinto dos animais, sobretudo dos cães, antes que algum sinal exterior o revele. Por suas fibras nervosas o cão é colocado em relação direta conosco, Espíritos, quase tanto quanto com os homens: percebe as aparições; dá-se conta da diferença existente entre elas e as coisas reais ou terrenas, e lhes tem muito medo”.

“(...) Acrescentarei que seu órgão visual é menos desenvolvido do que as suas sensações; ele vê menos do que sente; o fluido elétrico o penetra quase que habitualmente”.

Desse modo, compreendemos que o cão percebe a presença de Espíritos, não através da mediunidade, mas através da percepção peculiar acentuada e por ser, em princípio, constituído do mesmo fluido que os Espíritos.

Outros casos comentados são as aparições de animais - fantasmas.

Na Revista Espírita - Maio de 1865, pg. 125 a 129, é relatada a aparição de uma cachorra chamada Mika.

Será que o princípio inteligente, que deve sobreviver nos animais como no homem, possuiria, em certo grau, a faculdade de comunicação como o Espírito humano?

Posteriormente, é recebida a seguinte comunicação de um Espírito, sobre o assunto (transcrevemos parte dela):

“(...) Assim, a manifestação pode dar-se, mas é passageira, porque o animal para subir um degrau, necessita de um trabalho latente que aniquila, em todos, qualquer sinal exterior de vida. Esse estado é a crisálida espiritual, onde se elabora a alma, perispírito informe, não tendo nenhuma figura reprodutiva de traços (...)“.

“(...) que o animal, seja qual for, não pode traduzir seu pensamento pela linguagem humana, suas ideias são apenas rudimentares; para ter a possibilidade de exprimir-se como faria o Espírito de um homem, ele necessitaria ter ideias, conhecimentos e um desenvolvimento que não tem, nem pode ter. Tende, pois, como certo, que nem o cão, o gato, o burro, o cavalo ou o elefante, podem manifestar-se por via mediúnica. Os Espíritos chegados ao grau da humanidade, e só eles, podem fazê-lo, e ainda em razão do seu adiantamento porque o Espírito de um selvagem não vos poderá falar como o de um homem civilizado”.

As manifestações de fantasmas-animais não são naturalmente conscientes como as de criaturas humanas, mas são produzidas por entidades espirituais interessadas nessas demonstrações, seja para incentivar o maior respeito pelos animais na Terra, seja por motivos científicos.

Continuando nossa análise, em nosso próximo estudo, recorreremos aos capítulos XIX e XXII de O Livro dos Médiuns e estudando o conteúdo ali exposto, observaremos a complexidade do papel dos médiuns nas comunicações, excluindo assim a possibilidade dos animais serem médiuns.

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns - 2. ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XXII e XIX.

• O Livro dos Espíritos - ed. especial São Paulo: EME, 1997 - Cap. XI q. 592 a 613. Revista Espírita - Sobradinho-DF: EDICEL,

• Junho de 1860 – O Espírito e o Cãozinho

• Julho de 1861 – Papel dos médiuns nas comunicações, Erasto e Timóteo

• Agosto de 1861 – Os animais médiuns, Erasto

• Setembro de 1861 – Carta do Sr Mathieu sobre mediunidade das aves

• Maio de 1865 – Manifestação do espírito dos animais PIRES, J. Herculano – Mediunidade - 2.ed. São Paulo: PAIDÉIA, 1992 – Cap. XI, Mediunidade Zoológica.


*Tereza Cristina D'Alessandro*



https://chat.whatsapp.com/J9FGsT8kkxyD0MzYfe1J32

Nenhum comentário:

Postar um comentário