segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Programa 1 # Tomo I # Modulo Ii # Roteiro 6 # Nascimento E Infancia De Jesus 1

NASCIMENTO E INFANCIA DE JESUS

INDICE
OBJETIVO DO TEMA 2
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL 2
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 2
 OBJETIVO DO TEMA
Elaborar um síntese histórica a respeito das previsões da vinda do Cristo, do seu nascimento e da sua infância
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
O Evangelho Segundo o Espiritismo  (Allan Kardec) Capitulo
O Livro dos Espíritos  (Allan Kardec)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
O REDENTOR  CAPITULO 3  O NASCIMENTO DO MESSIAS
PROFECIAS:
As profecias sobre o nascimento do Messias cumpriram-se em quase todos os detalhes e o próprio Jesus, nos diferentes atos de sua curta vida pública de três anos, a elas se referia sempre e lhes dava constantes testemunhos, colaborando para seu cumprimento.
Isso fazia não só para prestigiar os profetas, como canais que eram da revelação, como para demonstrar que esta antecede sempre os acontecimentos relevantes da vida da humanidade e que, uniformemente, expressam-se os mandatários siderais pela boca dos profetas ou médiuns.
As profecias hebréias, referentes ao advento do Messias redentor, confirmavam outras anteriores, proferidas em outras regiões do mundo de então, no sentido de um nascimento miraculoso, contrário as leis naturais, através de uma virgem, sem contatos humanos que, conforme referiam, ocorrera com outros missionários religiosos ou fundadores de movimentos espiritualizantes como, por exemplo, Zoroastro, Krisna, Buda.
Essa concordância permitia supor que os profetas hebreus deixaram-se influenciar por essas notícias que, gravadas em seus subconscientes, vieram à tona no transe das revelações, ou que, então, foram realmente verdadeiras, como verdadeiras foram todas as demais que proferiram sobre, por exemplo: a fixação de. Jesus na Galiléia, da qual fez centro para seus movimentos e pregações; os sofrimentos do Messias; seus sacrifícios; a traição de Judas; as atormentações e torturas na noite de sua prisão; a morte na cruz; a ressurreição, etc.
Mas, se todas as profecias hebréias foram confirmadas, esta, entretanto, do nascimento virginal não o foi mas, ao contrário, até hoje vem se tornando motivo de controvérsias entre cristãos.
Quando o excelso Missionário, custodiado pelos seus luminosos assistentes espirituais, aproximou-se da atmosfera terrestre, no crucial sofrimento da redução vibratória para adaptação ao nosso mundo material denso, onde seus assistentes já lhe haviam preparado o nascimento físico, quatro grupos de iniciados maiores, pertencentes aquelas correntes a que já nos referimos atrás, pressentiram essa aproximação e também se prepararam para apoiar e receber condignamente tão sublime visitante; foram eles: os sacerdotes do Templo-Escola do Monte Horeb na Arábia, dirigido por Melchior; os Ruditas, solitários dos Montes Sagros, na Pérsia, cujo culto era baseado no Zend-Avesta de Zoroastro e cujo chefe era Baltazar; os solitários do Monte Zuleiman, junto ao Rio Indo, dirigidos por Gaspar, Senhor de Srinagar e príncipe de Bombaim; e finalmente, os Essênios, da Palestina, que habitavam santuários e mosteiros isolados e inacessíveis, nas montanhas desse país, da Arábia e da Fenícia.
A esses iniciados foi revelado mediunicamente a próxima encarnação do Messias, há tanto tempo esperado.
Melchior, Baltazar e Gaspar foram os visitantes piedosos que a tradição evangélica chama de "Reis Magos" e que visitaram o Menino-Luz nos primeiros dias do seu nascimento, em Belém. Foram tidos como magos porque vieram da direção do oriente, onde ficavam a Caldéia, a Assíria, a Pérsia, a Índia e onde a ciência da astrologia, da magia teúrgica e de outras espécies eram praticadas livremente.
Aliás, o próprio Evangelho justifica os títulos, pondo na boca de um dos magos, à sua chegada a Jerusalém, a seguinte frase:
"Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Vimos sua estrela no oriente e viemos adorá-lo". (Mateus 2:2)
Para a encarnação do anjo planetário, o vaso carnal escolhido e já compromissado desde antes de sua reencarnação na Terra, foi Maria, virgem hebréia de família sacerdotal, filha de Joaquim e Ana. Moravam em Jerusalém, fora dos muros, junto ao caminho que ia para Betânia. Ele era de Belém, da tribo de Leví, da família de Aarão, e ela de Nazaré, da tribo de Judá, da família de Davi. Já estavam ambos em idade avançada quando lhes nasceu uma lilha que foi chamada Maria, cujo nome significa beleza, poder, iluminação. Com a morte de seus pais foi ela internada por parentes no Templo de Jerusalém, junto as Virgens de Sião, que nas grandes festividades cantavam em coro os salmos de Davi e os hinos rituais, pois que as jovens descendentes de tais famílias tinham esse direito e podiam ser educadas primorosamente no Templo, consagrando-se, caso o quisessem, a seus serviços internos.
Dois anos depois, segundo revelações mediúnicas, José, carpinteiro residente em Nazaré, cidadezinha da província da Galiléia, usando de um direito que também lhe pertencia por descender da família de Davi, tendo enviuvado de sua mulher Débora, filha de Alfeu e ficado com cinco filhos menores, bateu às portas do Templo pedindo que lhe fosse designada uma esposa.
Nestes casos, a designação era feita pela sorte e a indicada foi Maria.
A expectativa por um Messias nacional nesse tempo, era geral na Palestina, região agravada pela pesada ocupação romana, que repercutia também, fundamentalmente, no Templo, por causa da redução de autoridade e de prestígio do clero, até então dominante e arbitrário; e uma tarde, dias antes de sua indicação, estando Maria sozinha em uma das dependências do Templo, recordando o quanto também sofrera seu progenitor com essa situaçào e as preces que fazia pela libertação de Israel adormeceu e teve um sonho, ou melhor dito, uma visão (pois era dotada de aprimoradas faculdades psíquicas) durante a qual um anjo a visitou e a saudou como predestinada a gerar o Messias esperado.
Atemorizada, guardou silêncio sobre o ocorrido, mas seus temores aumentaram quando, como era de praxe. Foi escolhida pela sorte para esposa do pretendente José, também pertencente a família de Davi, em cuja linhagem, pelas Escrituras, o Messias nacional deveria nascer. Este fato, para ela, foi uma evidente confirmação da visão que tivera e elas palavras do anjo que a visitara, e seu Espírito ingênuo e místico compreendeu que sua aquiescência aquele consórcio era imperativa.
A partir de sua chegada a Nazaré e após as comemorações rituais das bodas, cerimoniais que, segundo os costumes, duravam vários dias, dedicou-se aos afazeres domésticos sem poder, contudo, esquivar-se à lembrança dos acontecimentos do Templo; e a vida do casal, desde o primeiro dia, ressentiu-se daquelas apreensôes e temores.
Foi-se retraindo o mais que pôde da vida social e das intimidades domésticas, recolhendo-se a prolongadas meditações e alheamentos, a ponto de provocar reprovações de conhecidos, parentes e familiares.
Vivia como dentro de um enlevo permanente, no qual vozes misteriosas lhe falavam das coisas celestiais, de alegrias sobre-humanas, de sofrimentos e de dores que lhe estavam reservadas no futuro, exatamente como, bem se lembrava, estava escrito nas Escrituras Santas do seu povo. Por fim, sentindo-se grávida, confessou seus temores a José, de cuja paternal bondade estava certa poder esperar auxílio e compreensão.
Surpreendido pela revelação, José, dentro da sensatez que lhe era atributo sólido, guardou silêncio, aguardando o perpassar dos dias; mas estando evoluindo para termos finais a gestação e não podendo confiar em estranhos ou parentes ali residentes, resolveu levar a jovem esposa para Belém, onde ela ficaria sob os cuidados maternais da sua tia Sara.
Pois foi ali, naquela cidade histórica, por ter sido onde Samuel sagrou a Davi como rei, que deu-se o nascimento transcendente do Messias Redentor, ao qual foi dado o nome de Jesus. Este fato tão relevante ocorreu no ano 747 da fundação de Roma e 1° da era cristã, conforme admitimos por conveniência expositiva.
Contam as escrituras que o evento se deu num estábulo, o que não é ele se estranhar, tendo em vista a pobreza e a exigüidade das habitações do povo naquela época, e o fato de que os estábulos nem sempre eram lugares destinados a conter o gado, servindo também de depósito de material, forragem, etc. É de se admitir que os hóspedes tenham sido acomodados em um compartimento desses, mais afastado do bulício da casa e da curiosidade dos estranhos.


Em Belém se encontram ainda vários estábulos desse tipo, que servem, ora para habitação, ora para depósito de combustível e forragem, ora ainda de acomodação de pastores nômades, quando vêm à cidade a negócios.
Programa 1 # Tomo I # Modulo Ii # Roteiro 6 # Nascimento E Infancia De Jesus 1

NASCIMENTO E INFANCIA DE JESUS

INDICE
OBJETIVO DO TEMA 2
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL 2
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 2
 OBJETIVO DO TEMA
Elaborar um síntese histórica a respeito das previsões da vinda do Cristo, do seu nascimento e da sua infância
BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
O Evangelho Segundo o Espiritismo  (Allan Kardec) Capitulo
O Livro dos Espíritos  (Allan Kardec)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
O REDENTOR  CAPITULO 3  O NASCIMENTO DO MESSIAS
PROFECIAS:
As profecias sobre o nascimento do Messias cumpriram-se em quase todos os detalhes e o próprio Jesus, nos diferentes atos de sua curta vida pública de três anos, a elas se referia sempre e lhes dava constantes testemunhos, colaborando para seu cumprimento.
Isso fazia não só para prestigiar os profetas, como canais que eram da revelação, como para demonstrar que esta antecede sempre os acontecimentos relevantes da vida da humanidade e que, uniformemente, expressam-se os mandatários siderais pela boca dos profetas ou médiuns.
As profecias hebréias, referentes ao advento do Messias redentor, confirmavam outras anteriores, proferidas em outras regiões do mundo de então, no sentido de um nascimento miraculoso, contrário as leis naturais, através de uma virgem, sem contatos humanos que, conforme referiam, ocorrera com outros missionários religiosos ou fundadores de movimentos espiritualizantes como, por exemplo, Zoroastro, Krisna, Buda.
Essa concordância permitia supor que os profetas hebreus deixaram-se influenciar por essas notícias que, gravadas em seus subconscientes, vieram à tona no transe das revelações, ou que, então, foram realmente verdadeiras, como verdadeiras foram todas as demais que proferiram sobre, por exemplo: a fixação de. Jesus na Galiléia, da qual fez centro para seus movimentos e pregações; os sofrimentos do Messias; seus sacrifícios; a traição de Judas; as atormentações e torturas na noite de sua prisão; a morte na cruz; a ressurreição, etc.
Mas, se todas as profecias hebréias foram confirmadas, esta, entretanto, do nascimento virginal não o foi mas, ao contrário, até hoje vem se tornando motivo de controvérsias entre cristãos.
Quando o excelso Missionário, custodiado pelos seus luminosos assistentes espirituais, aproximou-se da atmosfera terrestre, no crucial sofrimento da redução vibratória para adaptação ao nosso mundo material denso, onde seus assistentes já lhe haviam preparado o nascimento físico, quatro grupos de iniciados maiores, pertencentes aquelas correntes a que já nos referimos atrás, pressentiram essa aproximação e também se prepararam para apoiar e receber condignamente tão sublime visitante; foram eles: os sacerdotes do Templo-Escola do Monte Horeb na Arábia, dirigido por Melchior; os Ruditas, solitários dos Montes Sagros, na Pérsia, cujo culto era baseado no Zend-Avesta de Zoroastro e cujo chefe era Baltazar; os solitários do Monte Zuleiman, junto ao Rio Indo, dirigidos por Gaspar, Senhor de Srinagar e príncipe de Bombaim; e finalmente, os Essênios, da Palestina, que habitavam santuários e mosteiros isolados e inacessíveis, nas montanhas desse país, da Arábia e da Fenícia.
A esses iniciados foi revelado mediunicamente a próxima encarnação do Messias, há tanto tempo esperado.
Melchior, Baltazar e Gaspar foram os visitantes piedosos que a tradição evangélica chama de "Reis Magos" e que visitaram o Menino-Luz nos primeiros dias do seu nascimento, em Belém. Foram tidos como magos porque vieram da direção do oriente, onde ficavam a Caldéia, a Assíria, a Pérsia, a Índia e onde a ciência da astrologia, da magia teúrgica e de outras espécies eram praticadas livremente.
Aliás, o próprio Evangelho justifica os títulos, pondo na boca de um dos magos, à sua chegada a Jerusalém, a seguinte frase:
"Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Vimos sua estrela no oriente e viemos adorá-lo". (Mateus 2:2)
Para a encarnação do anjo planetário, o vaso carnal escolhido e já compromissado desde antes de sua reencarnação na Terra, foi Maria, virgem hebréia de família sacerdotal, filha de Joaquim e Ana. Moravam em Jerusalém, fora dos muros, junto ao caminho que ia para Betânia. Ele era de Belém, da tribo de Leví, da família de Aarão, e ela de Nazaré, da tribo de Judá, da família de Davi. Já estavam ambos em idade avançada quando lhes nasceu uma lilha que foi chamada Maria, cujo nome significa beleza, poder, iluminação. Com a morte de seus pais foi ela internada por parentes no Templo de Jerusalém, junto as Virgens de Sião, que nas grandes festividades cantavam em coro os salmos de Davi e os hinos rituais, pois que as jovens descendentes de tais famílias tinham esse direito e podiam ser educadas primorosamente no Templo, consagrando-se, caso o quisessem, a seus serviços internos.
Dois anos depois, segundo revelações mediúnicas, José, carpinteiro residente em Nazaré, cidadezinha da província da Galiléia, usando de um direito que também lhe pertencia por descender da família de Davi, tendo enviuvado de sua mulher Débora, filha de Alfeu e ficado com cinco filhos menores, bateu às portas do Templo pedindo que lhe fosse designada uma esposa.
Nestes casos, a designação era feita pela sorte e a indicada foi Maria.
A expectativa por um Messias nacional nesse tempo, era geral na Palestina, região agravada pela pesada ocupação romana, que repercutia também, fundamentalmente, no Templo, por causa da redução de autoridade e de prestígio do clero, até então dominante e arbitrário; e uma tarde, dias antes de sua indicação, estando Maria sozinha em uma das dependências do Templo, recordando o quanto também sofrera seu progenitor com essa situaçào e as preces que fazia pela libertação de Israel adormeceu e teve um sonho, ou melhor dito, uma visão (pois era dotada de aprimoradas faculdades psíquicas) durante a qual um anjo a visitou e a saudou como predestinada a gerar o Messias esperado.
Atemorizada, guardou silêncio sobre o ocorrido, mas seus temores aumentaram quando, como era de praxe. Foi escolhida pela sorte para esposa do pretendente José, também pertencente a família de Davi, em cuja linhagem, pelas Escrituras, o Messias nacional deveria nascer. Este fato, para ela, foi uma evidente confirmação da visão que tivera e elas palavras do anjo que a visitara, e seu Espírito ingênuo e místico compreendeu que sua aquiescência aquele consórcio era imperativa.
A partir de sua chegada a Nazaré e após as comemorações rituais das bodas, cerimoniais que, segundo os costumes, duravam vários dias, dedicou-se aos afazeres domésticos sem poder, contudo, esquivar-se à lembrança dos acontecimentos do Templo; e a vida do casal, desde o primeiro dia, ressentiu-se daquelas apreensôes e temores.
Foi-se retraindo o mais que pôde da vida social e das intimidades domésticas, recolhendo-se a prolongadas meditações e alheamentos, a ponto de provocar reprovações de conhecidos, parentes e familiares.
Vivia como dentro de um enlevo permanente, no qual vozes misteriosas lhe falavam das coisas celestiais, de alegrias sobre-humanas, de sofrimentos e de dores que lhe estavam reservadas no futuro, exatamente como, bem se lembrava, estava escrito nas Escrituras Santas do seu povo. Por fim, sentindo-se grávida, confessou seus temores a José, de cuja paternal bondade estava certa poder esperar auxílio e compreensão.
Surpreendido pela revelação, José, dentro da sensatez que lhe era atributo sólido, guardou silêncio, aguardando o perpassar dos dias; mas estando evoluindo para termos finais a gestação e não podendo confiar em estranhos ou parentes ali residentes, resolveu levar a jovem esposa para Belém, onde ela ficaria sob os cuidados maternais da sua tia Sara.
Pois foi ali, naquela cidade histórica, por ter sido onde Samuel sagrou a Davi como rei, que deu-se o nascimento transcendente do Messias Redentor, ao qual foi dado o nome de Jesus. Este fato tão relevante ocorreu no ano 747 da fundação de Roma e 1° da era cristã, conforme admitimos por conveniência expositiva.
Contam as escrituras que o evento se deu num estábulo, o que não é ele se estranhar, tendo em vista a pobreza e a exigüidade das habitações do povo naquela época, e o fato de que os estábulos nem sempre eram lugares destinados a conter o gado, servindo também de depósito de material, forragem, etc. É de se admitir que os hóspedes tenham sido acomodados em um compartimento desses, mais afastado do bulício da casa e da curiosidade dos estranhos.


Em Belém se encontram ainda vários estábulos desse tipo, que servem, ora para habitação, ora para depósito de combustível e forragem, ora ainda de acomodação de pastores nômades, quando vêm à cidade a negócios.

PARA VIVER PLENAMENTE O PRESENTE 2

PARA VIVER PLENAMENTE O PRESENTE-2

Convite ao despertar
A causa principal da infelicidade não é a situação em si, mas os pensamentos sobre ela. Fique atento ao que você tem pensado. Separe isso da situação real, que é simplesmente o que é. Em vez de contar histórias, fique apenas com o fato. Tenho 50 centavos em minha conta no banco é um fato. Estou arruinada é uma história. Isso a limita e impede que realize uma ação efetiva. Encarar a verdade é sempre fortalecedor.
Observe a voz em sua cabeça  talvez neste momento ela esteja falando algo -, e reconheça que é a voz do ego, nada mais que um pensamento. Sempre que você a percebe, também pode notar que você não é essa voz, mas aquela que está consciente dela. Dessa maneira, começa a libertação do ego.
Para onde quer que você olhe, há uma série de evidências sobre a veracidade do tempo  uma maçã que apodrece seu rosto no espelho comparado a uma foto de 30 anos atrás -, mas, por outro lado, você nunca o experimenta em si. Você só vivencia o instante presente.
Por que a ansiedade, o estresse e a negatividade aparecem? Porque você sai do presente. E por que você faz isso? Porque pensa que alguma outra coisa é mais importante. Um pequeno erro, uma percepção equivocada cria um mundo de sofrimento.
As pessoas acreditam que dependem dos acontecimentos para ser felizes. Elas não se dão conta de que os fatos são o que há de mais instável no Universo. Elas olham para o agora como se ele tivesse sido danificado por algo que sucedeu, e não deveria, ou como se estivesse incompleto porque um fato importante não ocorreu. Então, elas perdem a profunda perfeição inerente à vida, a que está além do que se realiza, ou não. Aceite o momento presente e descubra a excelência intocada pelo tempo.

Por José Batista de Carvalho

PARA QUEM ERROU

Para  quem  errou

 
       Erraste e, agora, sentes o remorso corroer-te o coração, qual ácido inclemente.

       Te deixaste levar pela precipitação ou pela invigilância e lamentas as consequências do ano impensado.

       Realmente, a consciência lesada constitui uma grande fonte de dores.

       Entretanto, não te lamentes nem te entregues ao desânimo.

       No mundo e no Além todos erram.

       Aquele que pretende o progresso, porém, converte o fracasso em lição e segue adiante.

       Assim, não te perturbes mais pelo erro cometido.

       Apoia-te na fé em Deus e caminha para a frente, agindo no Bem.

       Usa a alavanca da vontade para remover o peso da culpa e renova-te por dentro.

       O Bem que faças hoje é água limpa a lavar os efeitos negativos dos teus enganos.

       A experiência é mestra e o tempo, amigo.

       Trabalha e confia.

       Ontem, talvez, a ignorância te impedisse de avançar para a paz, envolvendo-te nas sombras.

       Hoje, porém, é um novo dia, e o sol da esperança brilha no horizonte de tua vida, convidando-te ao progresso.


(De Novas mensagens de Scheilla para você, de Clayton B. Levy)

PALAVRAS DA VIDA

PALAVRAS DA VIDA
 
Levanta-te, cada dia,
Pensa em Deus, louva e agradece,
Mesmo num lance de prece
A bênção de trabalhar
E cumpre as obrigações
Que a vida te deu às horas,
Doando a paz onde moras,
Partindo do próprio lar.
 
Se resguardas na lembrança
Alguma ofensa sofrida,
Deixa ofensa esquecida
Na luz eterna do bem;
Não busques descanso inútil,
Trabalho é apoio preciso,
Não afastes teu sorriso
Do coração de ninguém.
 
Exerce a beneficência
Das palavras benfazejas,
Se não tens o que desejas,
Contenta-te no que tens;
Às vezes, para quem sofre,
Um momento de alegria
No abraço de simpatia
É sempre o melhor dos bens.
 
Nunca esmoreças. Trabalho
Aprimora o mundo todo,
Muita flor nasce do lodo
Muito amparo vem da dor.
Serve, ensina e reconforta
Na fé viva que te alcança,
Entre as luzes da esperança
Começa o reino do amor.
 
(Francisco Cândido Xavier por Maria Dolores. In: Coração e Vida)

As obras básicas da Codificação Espírita preparadas por Allan Kardec, também chamadas de Pentateuco Kardequiano, são as seguintes por ordem de publicação: O Livro dos Espíritos (18 de abril de 1857). O Livro dos Médiuns (1861). O Evangelho segundo o Espiritismo (1864). O Céu e o Inferno (1865) e  A Gênese (1868). Em tais livros, encontramos os fundamentos para a formação da consciência cristã, uma vez que não basta apenas freqüentar casas espíritas, é preciso conhecer a Doutrina dos Espíritos nos seus detalhes para que ela se transforme em elemento educador da criatura humana, preparando-a para viver no mundo de regeneração. Não existe, efetivamente, espírita verdadeiro sem que estude e medite a respeito dos ensinamentos revelados pelos Espíritos Superiores.

1. O Livro dos Espíritos
Com este livro, a 18 e abril de 1857, raiou para o mundo a era espírita. Nele se cumpria a promessa evangélica do Consolador, do Paracleto ou Espírito da Verdade. Dizer isso equivale a afirmar que «O Livro dos Espíritos» é o código de uma nova fase da evolução humana. E é exatamente essa a sua posição na história do pensamento. Este não é um livro comum, que se pode ler de um dia para o outro e depois esquecer num canto da estante. Nosso dever é estudá-lo e meditá-lo, lendo-o e relendo-o constantemente. Sobre este livro se ergue todo um edifício: o da doutrina espírita. Ele é a pedra fundamental do Espiritismo, o seu marco inicial. O Espiritismo surgiu com ele e com ele se propagou., com ele se impôs e consolidou no mundo. Antes deste livro não havia Espiritismo, e nem mesmo esta palavra existia. Falava-se em Espiritualismo e Neo-Espiritualismo, de maneira geral, vaga e nebulosa. Os fatos espíritas, que sempre existiram, eram interpretados das mais diversas maneiras. Mas, depois que Kardec o lançou à publicidade, «contendo os princípios da doutrina espírita», uma nova luz brilhou nos horizontes mentais do mundo. Contém as bases fundamentais do Espiritismo, revelado em tríplice aspecto: o científico, o filosófico e o religioso. (10)
Kardec inseriu na folha de rosto deste livro a seguinte frase: Filosofia Espiritualista. Demonstrou, assim, qual é  o caráter  geral do Espiritismo. Encontramos também na folha de rosto do livro os princípios da Doutrina Espírita: Sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade  segundo os ensinos dados por Espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns  recebidos e coordenados por Allan Kardec. A primeira edição, com 501 questões, contém o ensino dado pelos Espíritos, liderados pelo Espírito de Verdade. Receberam as mensagens as jovens médiuns Caroline e Julie Boudin, a senhora Japhet e outros médiuns. Na segunda edição, a obra foi ampliada para 1019 questões (na verdade, são 1018 questões, pois a numeração pula de 1017 para 1019), acrescida de notas e comentários.
É interessante conhecer algumas impressões provocadas pela primeira edição de O Livro dos Espíritos (lembramos que esta edição continha 501 questões) e que foram registradas pelo jornal francês Courrier de Paris, em 11 de junho de 1857 (12):
Em seguida, o articulista faz comentários a respeito das partes constituintes do livro. Destacamos alguns desses comentários:
Kardec já sabia que a  primeira edição de  O Livro dos Espíritos estava incompleta, como atesta o seguinte dialogado ocorrido entre o Codificador e o    Espírito de Verdade:
Pergunta (à Verdade)  Uma parte da obra foi revista, quererás ter a bondade de dizer o que dela pensas?
Resposta  O que foi revisto está bem; mas, quando a obra estiver acabada, deverás tornar a revê-la, a fim de ampliá-la em certos pontos e abreviá-la noutros.
P.  Entendes que deva ser publicada antes que os acontecimentos preditos se tenham realizado?
R.  Uma parte, sim; tudo não, pois, afirmo-te, vamos ter capítulos muito espinhosos. Por muito importante que seja esse primeiro trabalho, ele não é, de certo modo, mais do que uma introdução. Assumirá proporções que longe estás agora de suspeitar. Tu mesmo compreenderás que certas partes só muito mais tarde e gradualmente poderão ser dadas a lume, à medida que as novas idéias se desenvolverem e enraizarem. Dar tudo de uma vez fora imprudente. Importa dar tempo a que a opinião se forme. Toparás com alguns impacientes que procurarão empurrar-te para diante: não lhes dês ouvidos. Vê, observa, sonda o terreno, dispõe-te a esperar e faze como o general cauteloso que não ataca, senão quando chega o momento favorável. (1)
Dez anos após a primeira edição de O Livro dos Espíritos, em 1867, Kardec se lembra dessas observações do Espírito de Verdade, escrevendo:  Na época em que essa comunicação foi dada, eu apenas tinha em vista O Livro dos Espíritos e longe estava, como disse o Espírito, de imaginar as proporções que tomaria o conjunto do trabalho. Os acontecimentos preditos só decorridos muitos anos teriam de verificar-se, tanto que neste momento ainda não se deram. As obras que até agora apareceram foram publicadas sucessivamente e eu fui induzido a elaborá-las, à medida que as novas idéias se desenvolveram. Das que restam por fazer, a mais importante, a que se poderá considerar a cúpula do edifício e que, com efeito, encerra os capítulos mais espinhosos, não poderia ser publicada, sem prejuízo, antes do período dos desastres. Eu, então, um único livro via e não compreendia que esse pudesse cindir-se, enquanto que o Espírito aludia aos que teriam de seguir-se e cuja publicação prematura apresentaria inconvenientes. Dispõe-te a esperar, disse o Espírito; não dês ouvidos aos impacientes que procurem empurrar-te para diante. Os impacientes não faltaram e, se eu os escutara, teria atirado o navio em cheio nos arrecifes. Coisa estranha! ao passo que uns me incitavam a andar mais depressa, outros me acusavam de não ir tão devagar quanto devia. Não dei ouvidos nem a uns, nem a outros, tomando sempre por bússola a marcha das idéias. De que confiança no futuro não me enchia eu, à proporção que via realizar-se o que fora predito e que comprovava a profundeza e a sabedoria das instruções dos meus protetores invisíveis! (2)
Importa considerar que O Livro dos Espíritos, antes da publicação, foi cuidadosamente analisado e revisto tanto por Kardec quanto pelos Espíritos: Depois de haver eu procedido à leitura de alguns capítulos de O Livro dos Espíritos, concernentes às leis morais, o médium espontaneamente escreveu: Compreendeste bem o objetivo do teu trabalho. O plano está bem concebido. Estamos satisfeitos contigo. Continua; mas, lembra-te, sobretudo quando a obra se achar concluída, de que te recomendamos que a mandes imprimir e propagar. É de utilidade geral. Estamos satisfeitos e nunca te abandonaremos. Crê em Deus e avante. (3)

Kardec faz questão de explicar, na introdução do livro, que o Espiritismo apresenta características e metodologias próprias, não devendo, portanto, ser confundido com outras interpretações espiritualistas. As palavras espiritualismo e espiritualista têm uma acepção muito geral: qualquer um que acredite ter em si outra coisa além da matéria é espiritualista. Ao contrário, os termos ESPIRITISMO e ESPÍRITA são neologismos, isto é, palavras inventadas por seu codificador, Allan Kardec, que definiu o Espiritismo como "uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos, e de suas relações com o mundo corporal. O Espiritismo é então bem definido como uma ciência. Mas se distingue das disciplinas científicas já estabelecidas e estudadas nas academias pelo objeto de seus estudos: o elemento espiritual.  (8)  Um espírita é então um espiritualista, pois tem a certeza experimental da existência dos Espíritos, que são as almas dos homens em transição entre o túmulo e o berço. São  estas as bases das convicções espiritualistas do espírita, mas as conseqüências do Espiritismo se refletem no  plano da ética. (9)
(Espiritismo) - Nl08 15 Vampirismo Espiritual

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
Sala de Estudos André Luiz

 Livro em estudo: Evolução em dois mundos (Editora FEB)            
Autor: Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

Comentários: Eurípides Kühl

Vampirismo espiritual ( I )
  
PARASITISMO NOS REINOS INFERIORES
Comentando as ocorrências da obsessão e do vampirismo no veículo fisiopsicossomático, é importante lembrar os fenômenos do parasitismo nos reinos inferiores da Natureza.                                   
Sem nos reportarmos às simbioses fisiológicas, em que microrganismos se albergam no trato intestinal dos seus hospedadores, apropriando-se-lhes dos sucos nutritivos, mas gerando substâncias úteis à existência dos anfitriões, encontraremos a associação parasitária, no domínio dos animais, à maneira de uma sociedade, na qual uma das partes, quase sempre após insinuar-se com astúcia, criou para si mesma vantagens especiais, com manifesto prejuízo para a outra, que passa, em seguida, à condição de vítima.                                                                                                                                                                                    
Em semelhante desequilíbrio, as vítimas se acomodam, por tempo indeterminado, à pressão externa dos verdugos; contudo, em outras eventualidades, sofrem-lhes a intromissão direta na intimidade dos próprios tecidos, em ocupação impertinente que, às vezes, se degenera em conflito destruidor e, na maioria dos casos, se transforma num acordo de tolerância, por necessidade de adaptação, perdurando até à morte dos hospedeiros espoliados, chegando mesmo a originar os remanescentes das agregações imensamente demoradas no tempo, interferindo nos princípios da hereditariedade, como raízes do conquistador, a se entranharem nas células que lhes padecem a invasão nos componentes protoplasmáticos, para além da geração em que o consórcio parasitário começa.                                                                                                                                                 
Em razão disso, apreciando a situação dos parasitas, perante os hospedadores, temo-los por ectoparasitas, quando limitam a própria ação às zonas de superfície, e endoparasitas, quando se alojam nas reentrâncias do corpo a que se impõem.                   
Não será lícito esquecer, porém, que toda simbiose exploradora de longo curso, principalmente a que se verifica no campo interno, resulta de adaptação progressiva entre o hospedador e o parasita, os quais, não obstante reagindo um sobre o outro, lentamente concordam na sociedade em que persistem, sem que o hospedador considere os riscos e perdas a que se expõe, comprometendo não apenas a própria vida, mas a existência da própria espécie.

Comentários:
Nos reinos inferiores da Natureza (vegetais e animais) encontraremos o parasitismo, seja por simbiose fisiológica (microrganismos hospedados no trato intestinal de hospedeiros) ou o caso de animais que trazem hóspedes inoportunos encerrados na intimidade dos seus tecidos, invasão essa que administram, por vezes conseguindo expulsá-los, ora se submetendo, mas sempre padecendo conseqüências graves. O invasor está sempre em vantagem e em qualquer caso, tal convivência é danosa ao hospedeiro. Mas o risco é recíproco: compromete a vida do hospedeiro e este, vindo a morrer, cessa o abastecimento do hóspede, que também morre. E aí pode até acontecer a extinção das respectivas espécies.
No caso das plantas o parasitismo é de superfície.
Nos animais os parasitas infiltram-se nas partes internas da vítima. Exceções, raras, ficam por conta daqueles que se alojam externamente (pulgas, carrapatos, etc).

TRANSFORMAÇÕES DOS PARASITAS
Temos, assim, na larga escala dos acontecimentos dessa ordem, os parasitas temporários, quais as sanguessugas e quase todos os insetos hematófagos, que apenas transitoriamente visitam os hospedadores; os ocasionais ou os pseudoparasitas, que sistematicamente não são parasitas, mas que vampirizam outros animais, quando as situações do ambiente a isso os conduzam; os permanentes de desenvolvimento direto, que dispõem de     um hospedador exclusivo e a cuja existência se encontram ajustados por laços indissolúveis, quase todos relacionáveis entre os endoparasitas; os parasitas chamados heterogênicos, que se fazem adultos, em ciclo biológico determinado, contando com um ou mais hospedeiros intermediários, quando se encontram em período larval, para atingirem a forma completa no hospedeiro definitivo; os hiperparasitas, que são parasitas de outros parasitas.
Concluindo-se que o parasitismo, entre os animais, não decorre de uma condição natural, mas sim de uma autêntica adaptação deles a modo particular de comportamento, é justo admitir se inclinem para novos característicos na espécie.                             
Assim é que o parasita, no regime de adaptação a que se entrega, experimenta mutações de vulto a se lhe exprimirem na forma, por reduções ou acentuações orgânicas, compreendendo-se, desse modo, que o desaparecimento de certos órgãos de locomoção em parasitas fixados e a conseqüente formação de órgãos necessários à estabilidade em que se harmonizam devem ser analisados como fenômenos inerentes à simbiose injuriante, notando-se nesses seres a facilidade de fecundação e a resistência vital, com a extrema capacidade de encistamento, pela qual segregam recursos protetores e se isolam dos fatores adversos do meio, como o frio ou o calor, tolerando vastos períodos de abstenção de qualquer alimento, a exemplo do que ocorre com o percevejo do leito, que consegue viver, mais de seis meses consecutivos, em completo jejum.                                           
Continuando a examinar as alterações nos parasitas em atividade, assinalamos muitos platelmintos e anelídeos que, em virtude do parasitismo, perderam os apêndices locomotores, substituindo-os por ventosas ou ganchos.                                                     
Identificamos a degeneração do aparelho digestivo em vários endoparasitas do campo intestinal e, por vezes, a total extinção desse aparelho, como acontece a muitos cestóides e acantocéfalos que, vivendo, de maneira invariável, na corrente abundante de sucos nutritivos já elaborados no intestino de seus hospedadores, convertem os órgãos bucais em órgãos de fixação, prescindindo de sistema intestinal próprio, de vez que passam a realizar a nutrição respectiva por osmose, utilizando toda a superfície do corpo.                                                                                                                                                               
De outras vezes, quando o parasita costuma ingerir grande massa de sangue, demonstra desenvolvimento anormal do intestino médio, que se transforma em bolsa volumosa a funcionar por depósito de reserva, onde a assimilação se opera, vagarosa, para que esses animais, como sejam as sanguessugas e os mosquitos, se sobreponham a longos jejuns eventuais.

Comentários:
Parasitas têm ação:
- temporária: sanguessugas, insetos hematófagos, etc., que procedem a invasões periódicas;
- ocasional: não são parasitas propriamente se falando, contudo em surgindo oportunidade agem como se o fossem (morcegos, por ex.);
- permanente: alojam-se num hospedeiro exclusivo ao qual se ajustam indissoluvelmente (caso de alguns vermes, bactérias, etc.);
- heterogênica: parasitismo até o hóspede se tornar adulto, usufruindo ora numa ora noutra vítima;
- hiperparasitismo: parasitas agindo sobre outros parasitas...
Parasitas entre os animais, assim, adaptam-se segundo o organismo que invadem e no qual se alojam. Considerando a multiplicidade de espécies é de se concluir que parasitas sofrem incessantes mutações, muito embora estejam infensos às      eventuais defesas do ambiente em que se encontram. Ausentes predadores ou ataques, já que se alojam em zonas de difícil acesso, gozam de larga fecundidade e de excepcionais condições de sobrevivência, tolerando largos períodos de frio ou calor e até de jejum completo, após se locupletarem, modificando a própria estrutura, para armazenarem grandes quantidades do que necessitam.

TRANSFORMAÇÕES DOS HOSPEDEIROS
Todavia, se os parasitas podem acusar expressivas transformações, à face do      novo regime de existência a que se afeiçoam, os resultados de tais associações sobre o hospedeiro são mais profundos, porque os assaltantes, depois de instalados, se multiplicam, ameaçadores, estabelecendo espoliações sobre as províncias orgânicas da vítima, sugando-lhe a vitalidade, traumatizando-lhe os tecidos, provocando lesões parciais ou totais ou estendendo ações tóxicas, como a exaltação febril nas infecções, com que, algumas vezes, lhe apressam a morte.
Nessa movimentação perniciosa ou letal, conseguem irritar as células ou destruí-las, obstruir cavidades, seja nos intestinos ou nos vasos, embaraçar funções e obliterar glândulas importantes, quais as glândulas genitais, que podem levar até à castração, embora os recursos defensivos do hospedeiro sejam postos em evidência, criando exércitos celulares de combate às infestações, expulsando os invasores por via comum, ou neutralizando-lhes a penetração, pelas membranas fibrosas que os envolvem, encistando-os a princípio, para aniquilá-los, depois, em pequeninos invólucros calcificados, no interior dos tecidos.
E lembrando os efeitos de certos parasitas heterogênicos, que se desenvolvem no hospedeiro intermediário para alcançar a posição adulta no hospedeiro definitivo, bastará menção especial aos tripanossomos que, em espécies várias, se multiplicam nos tecidos e líquidos orgânicos, traçando aflitivos problemas da parasitologia humana, em complicadas operações de transmissão, evolução e instalação no quadro fisiológico de suas vítimas. Vale citar, dentre eles, o Trypanosoma cruzi que se hospeda, habitualmente, no intestino médio de um triatoma ou de outro reduviídeo, onde apresenta formas arredondadas em divisão para adquirir novamente a forma de tripanossoma no intestino posterior do hemíptero que, vivendo à custa de sangue, obtido por picada, vem a transmiti-lo pelas fezes, ao organismo humano, no qual, geralmente, passa a residir, em forma endocelular, nos músculos, no sistema nervoso, na medula dos ossos ou na intimidade de tecidos outros, aí se difundindo, na medida das resistências que lhe ofereça o mundo orgânico, desempenhando o papel de carrasco microscópico a perseguir e aniquilar populações indefesas.  
                                                                                                                                            
Comentários:
Ainda na área do parasitismo sobre animais é observado que os parasitas lhes constituem grave ameaça, eis que se multiplicam e com isso as vítimas, além da perda de vitalidade sofrem traumatismo dos tecidos, lesões parciais ou totais, infecções _ não raro, a morte.
Nessa verdadeira batalha há casos em que o hospedeiro se arroja em defender seu patrimônio e consegue aniquilar e expulsar os invasores.
Como caso crucial cita o Autor espiritual o Trypanossoma cruzi*, germe que se hospeda num gênero de percevejo do grupo dos barbeiros e depois, num quadro complicado de transmissão, evolução e instalação irá infectar o ser humano, onde residirá até que este se aniquile.
* = Germe causador da doença descoberta e estudada pelo cientista brasileiro Carlos Chagas (1879-1934), veiculada por um inseto hemíptero (asas curtas), mais conhecido como barbeiro, sendo a doença conhecida pelo nome de doença de Chagas. O nome cruzi é homenagem a Oswaldo Cruz (1872-1917), pioneiro da medicina experimental no Brasil.
                                                                                                                          (continua)

QUESTÕES PARA ESTUDO
1 - Como se dá o parasitismo nos reinos vegetal e animal?
2 - Quais as conseqüências que podem resultar aos parasitas?
3 - E às suas vítimas?
4 - É possível ao hospedeiro expulsar o parasita antes que este lhe cause algum dano?
5 - O que André Luiz denomina "hospedeiro intermediário" e "hospedeiro definitivo"?

Vampirismo espiritual (II)

   OBSESSÃO E VAMPIRISMO
Em processos diferentes, mas atendendo aos mesmos princípios de simbiose prejudicial, encontramos os circuitos de obsessão e de vampirismo entre encarnados e desencarnados, desde as eras recuadas em que o espírito humano, iluminado pela razão, foi chamado pelos princípios da Lei Divina a renunciar ao egoísmo e à crueldade, à ignorância e ao crime.
Rebelando-se, no entanto, em grande maioria, contra as sagradas convocações, e livres para escolher o próprio caminho, as criaturas humanas desencarnadas, em alto número, começaram a oprimir os companheiros da retaguarda, disputando afeições e riquezas que ficavam na carne, ou tentando empreitadas de vingança e delinqüência, quando sofriam o processo liberatório da desencarnação em circunstâncias delituosas.
As vítimas de homicídio e violência, brutalidade manifesta ou perseguição disfarçada, fora do vaso físico, entram na faixa mental dos ofensores, conhecendo-lhes a enormidade das faltas ocultas, e, ao invés do perdão, com que se exonerariam da ca­deia de trevas, empenham-se em vinditas atrozes, retribuindo golpe a golpe e mal por mal.
Outros desencarnados, exigindo que Deus lhes providencie solução aos caprichos pueris e procla­mando-se inabilitados para o resgate do preço devi­do à evolução que lhes é necessária, tornam-se madraços e gozadores, e, alegando a suposta impossibilidade de a Sabedoria Divina dirimir os padeci­mentos dos homens, pelos próprios homens cria­dos, fogem, acovardados e preguiçosos, aos deveres e serviços que lhes competem.

Comentários: 
Após os prolongados estágios nos reinos inferiores os espíritos, pela Lei do Progresso são promovidos com ingresso na Humanidade. Chegam trazendo bagagem suficiente para saber o desconforto da dor e assim optar pela continuidade evolutiva através a fraternidade. Infelizmente não é o que acontece, com a maioria deles nós. Perpetrando violências e crimes sem conta, para logo uma infinidade de espíritos se tornaram inimigos ferrenhos, vítimas ficando distantes do perdão, o que impediria solução de continuidade (vingança contra o vingador), via vidas sucessivas. E essas vítimas, desenfeixadas da carne, não encontram dificuldade em adentrar na faixa mental dos ofensores-vingadores, a eles se acoplando em simbiose sinistra, quanto prejudicial. Desencarnados outros, em triste postura de cobrar de Deus a paz que eles próprios detonaram, por atitudes vis, acovardam-se diante da única maneira de se refazerem (pela auto-reforma moral) e se tornam dissipadores de repetidas oportunidades que a Providência lhes concede.

Infecções fluídicas
Muitos acometem os adversários que ainda se entrosam no corpo terres­tre, empolgando-lhes a imaginação com formas men­tais monstruosas, operando perturbações que po­demos classificar como infecções fluídicas e que determinam o colapso cerebral com arrasadora lou­cura.
E ainda muitos outros, imobilizados nas pai­xões egoísticas desse ou daquele teor, descansam em pesado monodeísmo, ao pé dos encarnados, de cuja presença não se sentem capazes de afastar-se.
Alguns, como os ectoparasitas temporários, pro­cedem à semelhança dos mosquitos e dos ácaros, absorvendo as emanações vitais dos encarnados que com eles se harmonizam, aqui e ali; mas outros muitos, quais endoparasitas conscientes, após se inteirarem dos pontos vulneráveis de suas viti­mas, segregam sobre elas determinados produtos, filiados ao quimismo do Espírito, e que podemos nomear como simpatinas e aglutininas mentais, pro­dutos esses que, sub-repticiamente, lhes modificam a essência dos próprios pensamentos a verterem, contínuos, dos fulcros energéticos do tálamo, no diencéfalo.
Estabelecida essa operação de ajuste, que os desencarnados e encarnados, comprometidos em aviltamento mútuo, realizam em franco automatis­mo, à maneira dos animais em absoluto primitivis­mo nas linhas da Natureza, os verdugos comumen­te senhoreiam os neurônios do hipotálamo, acen­tuando a própria dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as esta­ções sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações, e produzem nas suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante in­fluência mecânica sobre o simpático e o parassim­pático. Tais manobras, em processos intrincados de vampirismo, prestigiam o regime de medo ou de guer­ra nervosa nas criaturas de que se vingam, alteran­do-lhes a tela psíquica ou impondo prejuízos cons­tantes aos tecidos somáticos.

Comentários:
Espíritos vingadores acercam-se dos inimigos encarnados e de tal forma exercem domínio mental destrutivo sobre eles que não raro a loucura é a conseqüência dessa infecção fluídica.
Outros, algemados a paixões de toda sorte, imantam-se a encarnados, deles não se afastando de forma alguma.
Agindo por períodos curtos ou prolongados encontramos ainda espíritos que sintonizados com vítimas na carne nelas insuflam substâncias químicas espirituais que lhes modificam as próprias idéias.
Essa afinidade une uns aos outros, automaticamente...
Verdugos endurecidos e equipados apenas de sentimentos de vingança surpreendem as vítimas em completa invigilância e dominando-lhes o controle mental promovem distúrbios de toda classe. Quais vampiros subtraem a coragem naqueles dos quais se vingam e a substituem por medo. Tamanho e tanto é o teor de tal maldade que a resultante é o surgimento de doenças de toda sorte, nas vítimas.

Parasitas ovóides
Inúmeros infelizes, obstinados na idéia de fazerem justiça pelas próprias mãos ou confiados a vicioso apego, quando desafi­velados do carro físico, envolvem sutilmente aqueles que se lhes fazem objeto da calculada atenção e,  auto-hipnotizados por imagens de afetividade ou desforço, infinitamente repetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideística, fora das noções de espaço e tempo, acusando, passo a passo, enormes transformações na morfologia do veí­culo espiritual, porquanto, de órgãos psicossomáti­cos retraídos, por falta de função, assemelham-se a ovóides, vinculados às próprias vítimas que, de mo­do geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influen­ciação, à face dos pensamentos de remorso ou arrependimento tardio, ódio voraz ou egoísmo exigente que alimentam no próprio cérebro, através de on­das mentais incessantes.
Nessas condições, o obsessor ou parasita espi­ritual pode ser comparado, de certo modo, à Sacculina carcini, que, provida de órgãos perfeitamen­te diferenciados na fase de vida livre, enraíza-se, depois, nos tecidos do crustáceo hospedador, per­dendo as características morfológicas primitivas, para converter-se em massa celular parasitária.
No tocante à criatura humana, o obsessor passa a viver no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas, situação essa que, em muitos casos, se prolonga para além da morte física do hospedeiro, conforme a natureza e a extensão dos compromissos morais entre credor e devedor.

Comentários:
Monoideisticamente fixados em vingança, ou em permanecer em determinados ambientes terrestres, ou ainda em se anexar a entes amados encarnados, espíritos há que por desuso dos órgãos perispirituais perdem a forma normal e assemelham-se a ovóides*. É nessa condição anormal que se anexam às suas vítimas, nutrindo-se das ondas mentais dos que os hospedam.
* = Ovóide quer dizer que tem a forma similar à do ovo. No livro _Libertação_, do mesmo Autor espiritual desta obra, há detalhes esclarecedores dessa triste transformação e suas conseqüências.
Naturalmente, esse infeliz processo de perda da forma perispiritual se trata de manobra sem quantificação nos padrões conhecidos de tempo e espaço. Aqui o Autor espiritual o compara a um certo tipo de crustáceo que tem prolongamentos ocos, quais raízes, logo sendo parasito do caranguejo, quando perde a forma original e se transforma em massa celular parasitária. De pasmar!                

(continua)

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 - Qual a origem dos processos de obsessão e vampirismo, de acordo com as explicações de André Luiz?
2 - O que são "infecções fluídicas"?
3 - Como André Luiz explica o surgimento de enfermidades físicas ocasionadas pelo vampirismo espiritual?
4 - O que são e como surgem os "ovóides"?

Vampirismo espiritual (III)

PARASITISMO E REENCARNAÇÃO
Nas ocorrências dessa ordem, quando a decomposição da vestimenta carnal não basta para consumar o resgate preciso, vítima e verdugo se equiparam na mesma gama de sentimentos e pensamentos, caindo, além-túmulo, em dolorosos painéis infernais, até que a Misericórdia Divina, por seus agentes vigilantes, após estudo minucioso dos crimes cometidos, pesando atenuantes e agravantes, promove a reencarnação daquele Espírito que, em primeiro lugar, mereça tal recurso.                                                                                                                                                                           
E, executado o projeto de retorno do beneficiário, a regressar do Plano Espiritual para o Plano Terrestre, sofre a mulher, indicada por seus débitos à gravidez respectiva, o assédio de forças obscuras que, em muitas ocasiões, se lhe implantam no vaso genésico por simbiontes que influenciam o feto em gestação, estabelecendo-se, desde essa hora inicial da nova existência, ligações fluídicas através dos tecidos do corpo em formação, pelas quais a entidade reencarnante, a partir da infância, continua enlaçada ao companheiro ou aos companheiros menos felizes, que integram com ela toda uma equipe de almas culpadas em reajuste.         
Desenvolve-se-lhe, então, a meninice, cresce, reinstrui-se e retorna à juvenilidade das energias físicas, padecendo, porém, a influência constante dos assediantes, até que, frequentemente por intermédio de uniões conjugais, em que a provação emoldura o amor, ou em circunstâncias difíceis do destino, lhes ofereça novo corpo na Terra, para que, como filhos de seu sangue e de seu coração, lhes devolva em moeda de renúncia os bens que lhes deve, desde o passado próximo ou remoto.                                    
Em tais fatos, vamos anotar situações quase idênticas às que são provocadas pelos parasitas heterogênicos, porquanto, se os adversários do Espírito reencarnado são em maior número, atuam, muitos deles, à feição dos tripanossomos, tomando os filhos de suas vítimas e afins deles próprios, por hospedeiros intermediários das formas-pensamentos deploráveis que arremessam de si, alcançando, em seguida, a mente dos pais ou hospedeiros definitivos, a inocular-lhes perigosos fluidos sutis, com que lhes infernizam as almas, muitas vezes até à ocasião da própria morte.

Comentários:
Na condição acima descrita, ocorrendo a desencarnação da vítima, prossegue essa terrível junção de espírito a espírito. Nessas circunstâncias, só mesmo o Amor do Pai desatará tal nó e permitirá, àquele que primeiro manifestar vontade de melhoria, ou ao que no seu passivo tenha algum mérito, o retorno à reencarnação.
A gravidez decorrente trará enorme desconforto para tal gestante, via de regra aquela que tenha débitos com a gravidez (não necessariamente co-participe do processo obsessivo). A criança que irá nascer padecerá, da meninice à fase adulta, a influência do vingador até que, quase sempre pelo casamento, venha a ser pai dele, obtendo assim, ambos, sublime oportunidade de aparar as doloridas arestas do passado.
Nesse processo, sendo muitos os vingadores desencarnados, alguns deles poderão parasitar os filhos ou afins de quem odeiam, utilizando-os como hospedeiros intermediários, neles inoculando fluidos tão maléficos que, por tabela infernizarão a alma e a mente dos pais ou hospedeiros definitivos, podendo isso prosseguir até ao momento da própria morte.

TERAPÊUTICA DO PARASITISMO DA ALMA
Importa, no entanto, observar que todos os sofrimentos e corrigendas a que nos referimos estão conjugados para as consciências encarnadas ou não, dentro da lei de ação e reação que a cada um confere hoje o equilíbrio ou o desequilíbrio, por suas obras de ontem, reconhecendo-se também que assim como existem medidas terapêuticas contra o parasitismo no mundo orgânico, qualquer criatura encontra, na aplicação viva do bem, eficiente remédio contra o parasitismo da alma.                                                                                                                                                  
Não bastará, porém, a palavra que ajude e a oração que ilumina.                                                                                                
O hospedeiro de influências inquietantes que, por suas aflições na existência carnal, pode avaliar da qualidade e extensão das próprias dívidas, precisará do próprio exemplo, no serviço do amor puro aos semelhantes, com educação e sublimação de si mesmo, porque só o exemplo é suficientemente forte para renovar e reajustar.                                                                           
A ação do bem genuíno, com a quebra voluntária de nossos sentimentos inferiores, produz vigorosos fatores de transformação sobre aqueles que nos observam, notadamente naqueles que se nos agregam à existência, influenciando-nos a atmosfera espiritual, de vez que as nossas demonstrações de fraternidade inspiram nos outros pensamentos edificantes e amigos que, em circuitos sucessivos ou contínuas ondulações de energia renovadora, modificam nos desafetos mais acirrados qualquer disposição hostil a nosso respeito.                                                                                                                                            
Ninguém necessita, portanto, aguardar reencarnações futuras, entretecidas de dor e lágrimas, em ligações expiatórias, para diligenciar a paz com os inimigos trazidos do pretérito, porque, pelo devotamento ao próximo e pela humildade realmente praticada e sentida, é possível valorizar nossa frase e santificar nossa prece, atraindo simpatias valiosas, com intervenções providenciais, em nosso favor.                                                                                                                                                  
É que, em nos reparando transfigurados para o melhor, os nossos adversários igualmente se desarmam para o mal, compreendendo, por fim, que só o bem será, perante Deus, o nosso caminho de liberdade e vida.
Uberaba, 19/3/58.

Comentários:
As ocorrências citadas subordinam-se à Lei Divina de ação e reação, espelhando as obras de ontem, dos envolvidos.
Assim como há remédio para o parasitismo orgânico, da mesma forma há para o parasitismo da alma: a prática do bem.
A vítima, em reconhecendo sua culpa e esforçando-se na prática do amor ao próximo, reajustará a si e ao que lhe persegue.
Somos observados amiúde pelos invisíveis, principalmente por aqueles aos quais indebitamente nos vinculamos. Particularmente quanto a estes, nosso exemplo dignificante tem incomparável poder de arrastá-los à mudança moral, com pacificação recíproca.
Conscientizando-nos voluntariamente de nossos limites e deficiências, que certamente nos tornaram devedores de outrem, boa postura será sem nos importarmos com a identidade de quem quer que tenhamos lesado ontem, exercitar agora a humildade, o auxílio aos necessitados, orar com sinceridade, atraindo para nossa proximidade amigos, também desconhecidos por enquanto.
Assim, hoje, nossos adversários, ao nos encontrar transfigurados e esforçados no bem, da mesma forma como se atraíram pelas nossas fraquezas de ontem, serão contagiados desse proceder e bem depressa estarão desarmados para a continuidade do mal.
Ribeirão Preto/SP

QUESTÕES PARA ESTUDO

1 - Segundo André Luiz, a desencarnação da vítima põe fim ao processo de vampirismo espiritual?
2 - De que modo a família consangüínea é utilizada pela Providência para pôr fim aos processos de vampirismo espiritual?
3 - Qual o remédio apontado pelo Autor para encerrar esta forma de influência espiritual negativa?
4 - De que modo a própria vítima pode contribuir para a transformação moral do perseguidor?

Conclusão:
Vampirismo espiritual ( I )
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO
  
1 - Como se dá o parasitismo nos reinos vegetal e animal?
R - O parasitismo no reino animal dá-se através de uma espécie de associação, em que o invasor insinua-se sobre a vítima, nela hospedando-se e criando para si vantagens especiais, com prejuízo para a outra parte. Esta invasão pode se limitar à superfície do corpo da vítima, caso dos chamados ectoparasitas (pulgas, carrapatos, por exemplo) ou através da intromissão direta nos  seus tecidos (como no caso das bactérias), em ocupação que pode se degenerar em conflito destruidor. Na maioria dos casos, devido à necessidade de adaptação por parte da vítima, essa ocupação resulta numa espécie de acordo, em que a parte invadida se acomoda, consentindo com a situação, que pode levá-la à morte ou a interferir nos princípios de hereditariedade da espécie, com as raízes do invasor entranhando-se nas células da vítima, alterando a sua genética.
No caso das plantas o parasitismo é de superfície, isto é, ectoparasitas, que as atacam externamente.

2 - Quais as conseqüências que podem resultar aos parasitas?
R - Os parasitas entre os animais adaptam-se ao organismo que invadem e no qual se alojam, experimentando incessantes mutações em sua constituição orgânica. Seus órgãos de locomoção desaparecem, pois desnecessários, já que permanecem fixados no hospedeiro. Novos órgãos são formados, de acordo com as necessidades de se harmonizarem com o novo ambiente.
A fecundação torna-se mais fácil e aumenta a resistência vital, pela segregação de recursos protetores. Tornam-se imunes a fatores adversos do meio, como o frio ou o calor e adquirem capacidade de ficar longos períodos sem qualquer alimento.
Em alguns casos de parasitas que atacam o campo intestinal, seu aparelho digestivo se degenera, chegando à total extinção. Passam a viver de sucos nutritivos elaborados no intestino da própria vítima. Os órgãos bucais transformam-se em órgãos de fixação, prescindindo de sistema intestinal próprio, de vez que passam a realizar a nutrição respectiva por osmose, com a utilização de toda a superfície do corpo.        
                                                                                                                                                        
3 - E às suas vítimas? 
 R - Sobre as suas vítimas, as conseqüências do parasitismo são ainda mais profundos. Os invasores, instalados no corpo da vítima, multiplicam-se, explorando-lhe os órgãos, sugando-lhe a vitalidade e ocasionando traumatismos em seus tecidos. Ao provocarem lesões parciais ou totais e infecções, podem levá-las à morte. Os invasores, através de ações permanente, podem, ainda, destruir-lhes as células, obstruir cavidades nos intestinos ou nos vasos ou aniquilar-lhe as glândulas genitais, provocando a castração.

4 - É possível ao hospedeiro expulsar o parasita antes que este lhe cause algum dano?
   R - O hospedeiro pode mobilizar recursos defensivos, criando células de combate à invasão. Pode expulsar os invasores ou neutralizar-lhe a penetração, através de membranas fibrosas que os envolve, enquistando-os em invólucros calcificados e os aniquilando depois.

5 - O que André Luiz denomina "hospedeiro intermediário" e "hospedeiro definitivo"?
R - Hospedeiro intermediário é aquele que recebe o parasita invasor por um tempo determinado, até que este alcance a idade adulta. Hospedeiro definitivo é o que sofre mais seriamente a ação do invasor, após a passagem desde pelo hospedeiro intermediário. André Luiz cita o exemplo do parasita "trypanosoma cruzi", que se hospeda no intestino de um inseto (hospedeiro intermediário), para depois, através das fezes deste, vir a introduzir-se no organismo humano (hospedeiro definitivo), no qual passa a residir, difundindo-se e provocando a enfermidade conhecida como "doença de Chagas".

Vampirismo espiritual (II) Conclusão
QUESTÕES PROPOSTAS PARA ESTUDO

1 - Qual a origem dos processos de obsessão e vampirismo, de acordo com as explicações de André Luiz?
R - De acordo com as explicações de André Luiz, ainda nos mesmos princípios da simbiose espiritual, os processos de obsessão e vampirismo têm a sua origem na rebeldia do espírito em face do atendimento às Leis Naturais, resistindo à renúncia ao egoísmo, à crueldade, à ignorância e ao crime. Dotado de livre-arbítrio, o princípio inteligente, agora na fase hominal, entrega-se a oprimir os irmãos de caminhada, disputando-lhes as afeições e os bens materiais deixados na Terra e tentando vingar-se daqueles que lhe ocasionaram a desencarnação por intermédio da prática de atos delituosos. Fora do corpo físico, vítimas de agressões de variadas naturezas sintonizam-se na faixa mental de seus agressores e revidam o mal com o mal, em lugar do exercício do perdão libertador. Outros, por covardia ou preguiça, sentindo-se inaptos ao trabalho necessário à sua evolução, exigem de Deus a satisfação de seus caprichos infantis, desperdiçando as oportunidades redentoras concedidas pela Providência. 

2 - O que são "infecções fluídicas"?
 R - André Luiz denomina "infecções fluídicas" as formas mentais monstruosas impregnadas por desencarnados em seus adversários que permanecem no mundo corpóreo. Passam a exercer sobre suas vítimas um total domínio mental destrutivo, que pode levar o desafeto encarnado a um processo de loucura.

3 - Como André Luiz explica o surgimento de enfermidades físicas ocasionadas pelo vampirismo espiritual?
R - Assemelhando-se à ação de algumas espécies de mosquitos e ácaros, espíritos desencarnados absorvem as emanações vitais de encarnados com os quais se sintonizam. Identificando os pontos vulneráveis das vítimas, esses desencarnados expelem sobre elas substâncias químicas de natureza espiritual, com poder de agir furtivamente sobre partes do cérebro responsáveis pela transmissão do pensamento, modificando a essência do mesmo. Unem-se uns aos outros por afinidade, automaticamente. Os agressores, movidos pelo desejo de vingança, exercem o domínio total de suas mentes, provocando distúrbios de toda ordem. Como vampiros, incentivam em suas vítimas o medo, subtraindo-lhes a coragem e alterando-lhes o equilíbrio psíquico, resultando dessa ação enfermidades diversas. 

4 - O que são e como surgem os "ovóides"?
 R - Espíritos desencarnados em situação de infelicidade, obstinados pela idéia de fazerem justiça com as próprias mãos, envolvem aqueles a quem se ligam pelo pensamento e, auto-hipnotizados por repetidas imagens, fruto da afetividade ou do desejo de vingança e fixados em idéia única, passam por grandes transformações na forma de seu veículo espiritual. Com os órgãos perispirituais atrofiados pela falta de função, assumem a forma oval, por isso a denominação "ovóide". Permanecem vinculados às vítimas, que, via de regra, aceitam, mecanicamente, a influência de seus algozes, através de ondas mentais incessantes. O obsessor, enraizado em sua vítima, passa viver em simbiose mórbida junto a ela, absorvendo-lhe forças psíquicas de que se alimentam, numa situação que pode se prolongar além da morte física da vítima, conforme a natureza e a extensão do comprometimento entre as partes.

Vampirismo espiritual (III)
C  O  N  C  L  U  S  à O

1 - Segundo André Luiz, a desencarnação da vítima põe fim ao processo de vampirismo espiritual?
R - Nem sempre a desencarnação da vítima tem força suficiente para pôr fim ao processo de vampirismo espiritual. Muitas das vezes, vítima e verdugo dão prosseguimento, no além-túmulo, à simbiose espiritual que permitiram fosse instalada. Continuando na prática dos mesmos sentimentos e pensamentos de má natureza após a morte do corpo, os espíritos envolvidos nutrem quadros de dolorosos sofrimentos, situação que perdurará até que a Misericórdia Divina promova a reencarnação de um deles, que será daquele que reunir melhores condições de merecimento.

2 - De que modo a família consangüínea é utilizada pela Providência para pôr fim aos processos de vampirismo espiritual?
 R - Quando somente resta o recurso da reencarnação, a família consangüínea é o instrumento utilizado pela Providência para promover o resgate dos espíritos envolvidos. Inicialmente, como vimos, reencarna o que tiver mais méritos, sendo indicada para recebê-lo como mãe alguém que tenha débitos a serem resgatados relativamente à maternidade, uma vez que a gestação trará  o desconforto gerado pelo assédio do vingador. Desde as primeiras ligações fluídicas do reencarnante ao corpo físico, passando pela infância, adolescência e até atingir a fase adulta, o espírito que retorna continua padecendo da influência de seu desafeto, que lhe permanece enlaçado pela força de sentimentos negativos. Mais uma vez o instituto da família é usado pela Providência para que o reencarnante, através de uniões conjugais provacionais, ofereça ao seu verdugo um novo corpo, como filho consangüíneo, para que o amor de paternal ou maternal o envolva e promova o resgate dos equívocos praticados no passado.
André Luiz explica, ainda, que, em alguns casos, quando os adversários do espírito reencarnado são em número maior, alguns desses vingadores atuam sobre os filhos e afins de suas vítimas, utilizando-os como intermediários, ao envolvê-los com fluidos maléficos que, indiretamente, causarão sofrimentos aos pais, objetivo final de suas intenções. Tal circunstância é comparada pelo autor espiritual a certos parasitas, que se utilizam de hospedeiros intermediários para atingirem suas vítimas, como alguns protozoários, que se utilizam de animais, como os insetos, para transmitirem doenças no homem e em outros animais.
Dúvida surgida durante o estudo: Não seria possível a reconciliação no plano espiritual antes de uma reencarnação de reajuste dos desafetos? 
R - Sem dúvida, é possível. A reconciliação pela prática de bons sentimentos está sempre ao nosso alcance, dependendo, unicamente, da nossa vontade. Todavia, nem sempre os espíritos envolvidos numa simbiose espiritual gerada pela desafeição conseguem o fazer. As explicações de André Luiz se referem a casos em que a reconciliação no plano espiritual torna-se inviável, devido à manutenção dos sentimentos de ódio e vingança por parte dos espíritos envolvidos no processo.

3 - Qual o remédio apontado pelo Autor para encerrar esta forma de influência espiritual negativa?
R - André Luiz esclarece que a reencarnação nas condições acima mencionadas são conseqüência da lei de ação e reação, constituindo-se no recurso utilizado pela Providência para devolver o equilíbrio aos espíritos, quando a reconciliação pelo amor torna-se inviável. No entanto, destaca que, como existem no mundo corpóreo medidas terapêuticas para neutralizar a ação do parasitismo, o parasitismo espiritual também pode ser tratado com outras terapias que não as reencarnações dolorosas. Assim, o que padece de semelhante influência espiritual negativa pode dela se livrar através do serviço no bem, com a prática do amor ao próximo. O que sofre desse mal, ao reconhecer sua culpa, pode começar a construir a cura reajustando-se e servindo como exemplo ao que o persegue.

4 - De que modo a própria vítima pode contribuir para a transformação moral do perseguidor?
R - A prática do bem rompe os sentimentos inferiores, produzindo, além da própria transformação de quem o pratique, também a daqueles que a ele se agrega pelos vínculos do ódio e da vingança. O exemplo de fraternidade modifica a atmosfera espiritual à nossa volta, inspirando bons pensamentos nos que nos cercam, inclusive nos desafetos que nos perseguem. Desse modo, os espíritos vingadores, ao encontrar a vítima transformada pelo esforço na prática do bem, da mesma forma como foram atraídos pelas suas fraquezas, serão contagiados pela nova situação e, em conseqüência, desestimulados a prosseguirem a  perseguição.

Podemos concluir, portanto, que as reencarnações expiatórias não são o único caminho para o homem buscar a paz com os  desafetos do passado. Pela prática da caridade em seu sentido amplo é possível obter a transformação moral necessária para se modificar e aos inimigos, evitando-se dolorosos resgates reparatórios.