*O LIVRO
DOS MÉDIUNS Estudo 102 – Reflexões sobre a questão 223.1 (continuação
III)*
(Guia
dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN
KARDEC
Contém
o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de
manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento
da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática
do Espiritismo.
*SEGUNDA
PARTE*
*DAS
MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*
*CAPITULO XIX*
*O PAPEL DOS MÉDIUNS
NAS COMUNICAÇÕES*
*Reflexões sobre a questão 223. 1 a 2a
(continuação IV)*
Concluindo as
reflexões sobre as questões 1, 2 e 2ª, relembramos que é comum, no início da
educação mediúnica, quando os médiuns ainda não estão familiarizados com o
processo das comunicações, que eles façam o conflito sem saberem determinar
corretamente a fronteira entre o pensamento próprio e o dos comunicantes.
Ao mesmo tempo
que exercita a faculdade, deve o médium educar-se moralmente, a fim de que os
seus fatores de desajuste sejam superados antes que se convertam em viciações
alienantes e caminhos de acesso para as obsessões.
Para o
dirigente da reunião, além de ser estudioso da doutrina espírita, é necessário
acompanhar o desempenho dos médiuns e compreendê-los, possuir apurado tato
psicológico, um razoável conhecimento da natureza humana e particularmente de
cada indivíduo com quem atua. E esse conhecimento só é possível quando o grupo
convive, associam-se os seus membros para a tarefa do Bem. Somente assim
alcança-se o que Kardec chamou de familiaridade, uma das condições evocadas por
ele como indispensável ao processo do trabalho mediúnico.
O animismo na
mediunidade, como expressão de um desajuste psicológico, não resistirá a um
esforço consciente de crescimento interior. Deverá constituir-se um capítulo
inerente à inexperiência, uma sombra que a luz da boa-vontade desvanecerá. A
sua repetição prolongada, todavia, pode refletir uma ferida mal drenada ou uma
viciação mal conduzida, e o “médium”, com a mente assim
coagulada, pode estar precisando muito mais de um terapeuta da área do
comportamento do que de exercício mediúnico.
A questão do
animismo na mediunidade não é, porém, obstáculo insuperável. É simplesmente um
processo a ser vivenciado e ultrapassado, nem antes nem depois do tempo. Não é
de responsabilidade exclusiva dos médiuns ostensivos, mas de toda a equipe, que
se deve ajustar no trabalho abraçado sob a égide da fraternidade. O problema se
dilui na cooperação e desaparece, quando a tarefa é executada com otimismo e
alegria, realçando a boa-vontade de quantos aspiram compreender servindo.
*Bibliografia:*
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns -, 2.ed. São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XIX, q. 223, de 1 a 2ª
NEVES, J.; AZEVEDO, G.; CALAZANS, N.; FERRAZ, J. - Vivência Mediúnica - Projeto Manoel P. de Miranda - 1.ed. Salvador/BA, LEAL. 1994, Cap. 1 - Fenômenos, Cap. 11- Do Anímico ao Mediúnico
NEVES, J.; AZEVEDO, G.; CALAZANS, N.; FERRAZ, J. Qualidade na prática Mediúnica- Projeto Manoel P. de Miranda. 1.ed. Salvador/BA, LEAL, 2000, 1ª Parte, Animismo
Tereza Cristina D'Alessandro
Maio / 2010
https://chat.whatsapp.com/BBdBqQYDWX063IQsvumtvW
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