sexta-feira, 18 de novembro de 2016

SALA FILOSOFIA ESPÍRITA = ESTUDO: O LIVRO DOS MÉDIUNS = O LIVRO DOS MÉDIUNS – CAP. III MÉTODO – cont.

*SALA FILOSOFIA ESPÍRITA*

*ESTUDO: O LIVRO DOS MÉDIUNS*

 *O LIVRO DOS MÉDIUNS –  CAP. III MÉTODO – cont.*

33. Demais, fora inexato dizer-se que os que começam pela teoria se privam do objeto das observações práticas. Pelo contrário, não só lhes não faltam os fenômenos, como ainda os de que eles dispõem maior peso mesmo têm aos seus olhos, do que os que pudessem vir a operar-se em sua presença. Referimo-nos aos copiosos fatos de manifestações espontâneas, de que falaremos nos capítulos seguintes. Raros serão os que delas não tenham conhecimento, quando nada, por ouvir dizer. Outros conhecem algumas, consigo mesmo ocorridas, mas a que não prestaram quase nenhuma atenção. A teoria lhes vem dar a explicação. E afirmamos que esses fatos têm grande peso, quando se apoiam em testemunhos irrecusáveis, porque não se pode supô-los devidos a arranjos, nem a conivências. Mesmo que não houvesse os fenômenos provocados, nem por isso deixaria de haver os espontâneos e já seria muito que ao Espiritismo coubesse apenas lhes oferecer uma solução racional. Assim, os que lêem previamente reportam suas recordações a esses fatos, que se lhes apresentam como uma confirmação da teoria.
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*COMENTÁRIO:*

*RE – SET/1858 – PROPAGAÇÃO DO ESPIRITISMO – Allan Kardec*

Quem se dê o trabalho de aprofundá-lo, nele encontrará o que procurava, aquilo que sua razão lhe fazia entrever, uma verdade consoladora, haurindo, finalmente, a esperança de uma verdadeira satisfação. Dessa forma, as convicções adquiridas são sérias e duráveis; não se trata dessas opiniões levianas, que um sopro faz nascer e que o outro destrói.

*RE – MAIO/1861 – DISCURSO DE ALLAN KARDEC*

...a verdadeira convicção só se adquire pelo estudo, pela reflexão e pó uma observação contínua, e não assistindo a uma ou duas sessões, por mais interessantes que sejam...Eis por que dizemos: Estudai primeiro e vede depois, porque compreendereis melhor.
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*Leitura: O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÉTODO – cont.*

34. Singularmente se equivocaria, quanto à nossa maneira de ver, quem supusesse que aconselhamos se desprezem os fatos. Pelos fatos foi que chegamos à teoria. E certo que para isso tivemos de nos consagrar a assíduo trabalho durante muitos anos e de fazer milhares de observações. Mas, pois que os fatos nos serviram e servem todos os dias, seríamos inconsequentes conosco mesmo se lhes contestássemos a importância, sobretudo quando compomos um livro para torná-los conhecidos de todos. Dizemos apenas que, sem o raciocínio, eles não bastam para determinar a convicção; que uma explicação prévia, pondo termo às prevenções e mostrando que os fatos em nada são contrários à razão, dispõe o indivíduo a aceitá-los.

Tão verdade é isto que, em dez pessoas completamente novatas no assunto, que assistam a uma sessão de experimentação, ainda que das mais satisfatórias na opinião dos adeptos, nove sairão sem estar convencidas e algumas mais incrédulas do que antes, por não terem as experiências correspondido ao que esperavam. O inverso se dará com as que puderem compreender os fatos, mediante antecipado conhecimento teórico. Para estas pessoas, a teoria constitui um meio de verificação, sem que coisa alguma as surpreenda, nem mesmo o insucesso, porque sabem em que condições os fenômenos se produzem e que não se lhes deve pedir o que não podem dar. Assim, pois, a inteligência prévia dos fatos não só as coloca em condições de se aperceberem de todas as anomalias, mas também de apreenderem um sem-número de particularidades, de matizes, às vezes muito delicados, que escapam ao observador ignorante. Tais os motivos que nos forçam a não admitir, em nossas sessões experimentais, senão quem possua suficientes noções preparatórias, para compreender o que ali se faz, persuadido de que os que lá fossem, carentes dessas noções, perderiam o seu tempo, ou nos fariam perder o nosso.

*COMENTÁRIO:*

*RE – JAN/1860  - O ESPIRITISMO EM 1860*

...ademais seria pura perda de tempo discutir com pessoas que não tem a menor noção daquilo que falam. Só temos uma coisa a dizer-lhes: Estudai primeiro; depois veremos. Temos mais o que fazer do que falar a quem não quer ouvir.
Que pensaríeis de quem pretendesse criticar um quadro, sem possuir, pelo menos a teoria, as regras do desenho e da pintura? Sabeis a conseqüência de uma crítica ignorante? É ser ridícula e revelar falta de juízo.

*O QUE É O ESPIRITISMO – II DIÁLOGO – CÉTICO*

Cético – Tendes uma sociedade que se ocupa desses estudos; ser-me-ia possível fazer parte dela?

A.K. – Seguramente não, para o momento. Se para ser recebido não é necessário ser doutor em Espiritismo, é preciso, ao menos, ter sobre esse assunto idéias mais sólidas que as vossas. Como ela não quer ser perturbada em seus estudos, não pode admitir aqueles que lhe viriam fazer perder seu tempo com questões elementares, nem aqueles que, não simpatizando com seus princípios e suas convicções, nela lançariam a desordem com discussões intempestivas ou um espírito de contradição. É uma sociedade científica, como tantas outras, que se ocupa em aprofundar os diferentes princípios da ciência espírita, e que busca se esclarecer. É o centro para onde convergem as informações de todas as partes do mundo, e onde se elaboram e se coordenam as questões relacionadas com o progresso da ciência; mas não é uma escola, nem um curso de ensinamentos elementares. Mais tarde, quando vossas convicções estiverem formadas pelo estudo, ela verá se poderá vos admitir. Até lá, podereis assistir, quando muito, a uma ou duas sessões como ouvinte, com a condição de nela não fazer nenhuma reflexão de natureza a magoar ninguém, sem o que, eu, que aí vos terei introduzido, me exporei à censura da parte dos meus colegas, e a porta da sociedade lhe será fechada para sempre. Vereis aí uma reunião de homens graves e de boa companhia, cuja maioria se recomenda pela superioridade do seu saber e sua posição social, e que não permitiria que aqueles que ela quer admitir se afastem, no que quer que seja, das conveniências; porque não creiais que ela convida o público e que chama a qualquer um para as suas sessões. Como não faz demonstrações, tendo em vista satisfazer a curiosidade, ela afasta com cuidado os curiosos. Portanto, aqueles que crêem aí encontrar uma distração, e uma espécie de espetáculo, ficariam desapontados e melhor fariam se a ela não se apresentassem. Eis porque ela recusa admitir, mesmo como simples ouvintes, aqueles que lhes são desconhecidos, ou cujas disposições hostis são notórias.
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*Leitura: O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÉTODO – cont.*

35. Aos que quiserem adquirir essas noções preliminares, pela leitura das nossas obras, aconselhamos que as leiam nesta ordem:

1º - O que é o Espiritismo? Esta brochura, de uma centena de páginas somente, contém sumária exposição dos princípios da Doutrina Espírita, um apanhado geral desta, permitindo ao leitor apreender-lhe o conjunto dentro de um quadro restrito. Em poucas palavras ele lhe percebe o objetivo e pode julgar do seu alcance. Aí se encontram, além disso, respostas às principais questões ou objeções que os novatos se sentem naturalmente propensos a fazer. Esta primeira leitura, que muito pouco tempo consome, é uma introdução que facilita um estudo mais aprofundado.
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*COMENTÁRIO – O QUE É O ESPIRITISMO – PRÓLOGO*

As pessoas que não têm do Espiritismo senão um conhecimento superficial, são naturalmente levadas a fazer certas indagações, às quais um estudo completo lhes daria, sem dúvida, a solução. Mas o tempo e, freqüentemente, a vontade, lhes faltam para se consagrarem às observações continuadas. Quereriam, antes de empreender essa tarefa, saber ao menos do que se trata e se vale a pena dela se ocuparem. Pareceu-nos útil, pois, apresentar, em um quadro restrito, a resposta a algumas das questões fundamentais que nos são diariamente dirigidas. Isso será, para o leitor, uma primeira iniciação e, para nós, tempo ganho pela dispensa de repetir constantemente a mesma coisa.

O primeiro capítulo contém, sob a forma de diálogos, respostas às objeções mais comuns da parte daqueles que ignoram os primeiros fundamentos da Doutrina, assim como a refutação dos principais argumentos dos seus opositores. Essa forma nos pareceu mais conveniente, porque não tem a aridez da forma dogmática.

O segundo capítulo é consagrado à exposição sumária das partes da ciência prática e experimental, sobre as quais, na falta de uma instrução completa, o observador novato deve dirigir sua atenção para julgar com conhecimento de causa. É de alguma forma o resumo de O Livro dos Médiuns. As objeções nascem, o mais freqüentemente, de idéias falsas que são feitas, a priori, sobre o que não se conhece. Corrigir essas idéias é antecipar-se às objeções: tal é o objeto deste pequeno escrito.

O terceiro capítulo pode ser considerado como o resumo de O Livro dos Espíritos. É a solução, pela Doutrina Espírita, de um certo número de problemas do mais alto interesse de ordem psicológica, moral e filosófica, que são colocados diariamente, e aos quais nenhuma filosofia deu, ainda, soluções satisfatórias. Que se procure resolvê-los por outra teoria, e sem a chave que nos oferece o Espiritismo, e ver-se-á que elas são as respostas mais lógicas e que melhor satisfazem à razão.

Este resumo não é somente útil para os iniciantes que poderão nele, em pouco tempo e sem muito esforço, haurir as noções mais essenciais, mas também o é para os adeptos aos quais ele fornece os meios para responder às primeiras objeções que não deixam de lhe fazer, e, de outra parte, porque aqui encontrarão reunidos, em um quadro restrito, e sob um mesmo exame, os princípios que eles não devem jamais perder de vista.

Para responder, desde agora e sumariamente, à questão formulada no título deste opúsculo, nós diremos que:

O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.

Pode-se defini-lo assim:

O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal.
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*Leitura: O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÉTODO – cont.*

2º - O Livro dos Espíritos. Contém a doutrina completa, como a ditaram os próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas conseqüências morais. E a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo.
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*COMENTÁRIO:*

*BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC*

*A PRIMEIRA EDIÇÃO* de “O Livro dos Espíritos” era com 176 páginas de texto e apresentava o assunto distribuído em duas colunas. 501 perguntas e respectivas respostas estavam contidas nas três partes em que então se dividia a obra: “doutrina espírita, leis morais, esperanças e consolações”.

E eis que em março de 1860, a Revista Espírita, anunciava a venda da SEGUNDA EDIÇÃO (inteiramente refundida e consideravelmente aumentada) de O Livro dos Espíritos, agora com 1019 perguntas e respostas em vez das 501 existentes no livro primitivo, e Allan Kardec, com sua costumeira lealdade, advertia o leitor:5

Na primeira edição desta obra, anunciamos uma parte suplementar. Ela devia compor-se de todas as questões que ali não couberam, ou que circunstâncias ulteriores e novos estudos fizessem nascer; mas como são todas relativas a algumas partes já tratadas e das quais são o desenvolvimento, sua publicação isolada não apresentaria nenhuma seqüência. Preferimos aguardar a reimpressão do livro para fundir tudo junto, e aproveitamos o ensejo para empregar na distribuição dos assuntos uma ordem bem mais metódica, ao mesmo tempo que suprimimos tudo o que fosse repetição inútil. Esta reimpressão pode, pois, ser considerada como obra nova, se bem que os princípios não hajam sofrido alteração alguma, salvo pequeníssimo número de exceções, que são antes complementos e esclarecimentos que verdadeiras modificações. Esta conformidade nos princípios exarados, apesar da diversidade das fontes de que nos servimos, é fato importante para o estabelecimento da ciência espírita. Nossa correspondência demonstra, mesmo, que comunicações, perfeitamente idênticas, senão na forma, pelo menos no fundo, foram obtidas em diferentes localidades, e isto bem antes da publicação do nosso livro, que veio confirmá-las e dar-lhes um corpo regular”.

*RE – Jan/1858 – O LIVRO DOS ESPÍRITOS*

Como indica o título, a obra não é uma doutrina pessoal: é o resultado do ensino direto dos próprios Espíritos sobre os mistérios do mundo aonde iremos um dia e sobre todas as questões que interessam à humanidade; eles nos dão uma espécie de vida, traçando-nos a rota da felicidade vindoura. Este livro não é fruto de nossas idéias, pois sobre muitos pontos importantes tínhamos uma maneira de ver bem diversa; por isso nossa modéstia não poderá receber elogios. Allan Kardec

*RE – MAR/1863 – Falso irmãos e amigos inábeis*

O Espiritismo se distingue de todas outras filosofias pelo fato de não ser o  produto da concepção de um homem, mas de um ensino que cada um pode receber em todos os pontos do globo, e tal é a consagração que recebeu O Livro dos Espíritos. Escrito sem equívocos possíveis e ao alcance de todas as inteligências, esse livro será SEMPRE a expressão clara e exata da Doutrina e a transmitirá intacta aos que vierem depois de nós.

*RE – MAI/1864 – DISCURSO DE ALLAN KARDEC*

Repetirei aqui o que disse alhures, porque nunca será demais repetir: A força do Espiritismo não reside na opinião de um homem, nem na de um Espírito; esta na universalidade do ensino dado por estes últimos; o controle universal, como o sufrágio universal, resolverá no futuro todas as questões litigiosas; fundará a unidade da Doutrina muito melhor do que um concílio de homens.

*RE – ABRIL/1866 – ESPIRITISMO SEM ESPÍRITOS*

Se a Doutrina Espírita fosse simples teoria filosófica nascida de um cérebro humano, não teria senão o valor de uma opinião pessoal; saída da universalidade do ensino dos Espíritos, tem o valor de uma  obra coletiva, e é por isto mesmo que em tão pouco tempo ela se propagou por toda Terra, cada um recebendo por si mesmo, ou por suas relações íntimas, instruções idênticas e a prova da realidade das manifestações.
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*Leitura O LIVRO DOS MÉDIUNS – cont.*

3º - O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios próprios para se comunicarem com os Espíritos. E um guia, tanto para os médiuns, como para os evocadores, e o complemento de O Livro dos Espíritos.
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*COMENTÁRIO:*

*INTRODUÇÃO  O LIVRO DOS MÉDIUNS*

 Natural é, que entre os que se ocupam com o Espiritismo, o desejo de poderem pôr-se em comunicação com os Espíritos. Esta obra se destina a lhes achanar o caminho, levando-os a tirar proveito dos nossos longos e laboriosos estudos, porquanto muito falsa ideia formaria aquele que pensasse bastar, para se considerar perito nesta matéria, saber colocar os dedos sobre uma mesa, a fim de fazê-la mover-se, ou segurar um lápis, a fim de escrever.
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*Leitura – O LIVRO DOS MÉDIUNS -  cont.*

4º - A Revue Spirite. Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que completam o que se encontra nas duas obras precedentes, formando-lhes, de certo modo, a aplicação. Sua leitura pode fazer-se simultaneamente com a daquelas obras, porém, mais proveitosa será, e, sobretudo, mais inteligível, se for feita depois de O Livro dos Espíritos.
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*COMENTÁRIO*

*O QUE É O ESPIRITISMO – III diálogo*

A Revista Espírita é de certa maneira, um curso de aplicação, pelos numerosos exemplos que oferece e os desenvolvimentos que encerra, sobre a parte teórica e a parte experimental.
Biografia de Allan Kardec

Finalmente em 01/01/1858 saía o primeiro número da Revista Espírita. Não tinha um único assinante e nem a ajuda de algum capitalista. Tudo se fizera com os recursos pecuniários do próprio fundador Allan Kardec.

Diz-nos Kardec; “Publiquei-o declarou ele mais tarde – correndo eu exclusivamente, todos os riscos, e não tive de que me arrepender, porquanto o êxito ultrapassou a minha expectativa. A partir de 1/01, os números se sucederam sem interrupção e, como previra o Espírito, esse jornal se me tornou poderoso auxiliar”.

Ao título Revista Espírita – Kardec acrescentou o sub-título – Jornal de Estudos Psicológicos – considerando que o Espiritismo igualmente estuda a alma humana, suas faculdades e sentimentos, seu modo de vida e de relação.

Esse periódico ao ser editado pela primeira vez apareceu com 36 páginas inteiras; teve seus escritórios instalados na residência de Kardec, então à Rua: Mártires, 8.

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*Leitura: O LIVRO DOS MÉDIUNS – MÉTODO – parte final*

Isto pelo que nos diz respeito. Os que desejem tudo conhecer de uma ciência devem necessariamente ler tudo o que se ache escrito sobre a matéria, ou, pelo menos, o que haja de principal, não se limitando a um único autor. Devem mesmo ler o pró e o contra, as críticas como as apologias, inteirar-se dos diferentes sistemas, a fim de poderem julgar por comparação.

Por esse lado, não preconizamos, nem criticamos obra alguma, visto não querermos, de nenhum modo, influenciar a opinião que dela se possa formar. Trazendo nossa pedra ao edifício, colocamo-nos nas fileiras. Não nos cabe ser juiz e parte e não alimentamos a ridícula pretensão de ser o único distribuidor da luz. Toca ao leitor separar o bom do mau, o verdadeiro do falso.
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*COMENTÁRIO:*

*RE – JUN/1865 – Nova tática dos adversários do Espiritismo*

Como em todas as coisas, não se deve julgar pontos isolados, mas ver o conjunto. É útil que todas as idéias ,mesmo as mais contraditórias e as mais excêntricas, venham à luz, provocam o exame e o julgamento, e, se forem falsas, o bom senso lhes fará justiça. Cairão forçosamente ante a prova decisiva do controle universal, como já caíram tantas outras. Foi esse critério que fez a unidade atual, será ele que concluirá, porque é o crivo que deve separar o bom do mau grão, e a verdade brilhará mas quando sair do crisol isenta de todas as escórias.


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