quarta-feira, 23 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 119 – *DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS*

 *O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 119 – *DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XXII*

*DA MEDIUNIDADE NOS ANIMAIS*

Os animais podem ser médiuns?

Esta questão também mereceu a atenção de Allan Kardec como se observa nas questões 234 a 236, e foi objeto de estudos e debates na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Tanto os Espíritos quanto Kardec e a Sociedade Espírita consideraram o assunto como sem fundamento.

No livro Mediunidade - cap. Mediunidade zoológica -, o Prof. Herculano Pires afirma que o animal pode ser considerado como o último elo da cadeia evolutiva que culmina no homem. Depois da Humanidade inicia-se um novo ciclo da evolução com a Angelitude (Reino Espiritual). Não há descontinuidade na evolução. Tudo se encadeia no Universo, como também afirmou Allan Kardec e os Espíritos da Codificação.

A teoria doutrinária da criação dos seres, isto é, a Ontogênese Espírita (do grego: onto é ser; logia é estudo) revela o processo evolutivo a partir do reino mineral até o reino hominal.

Léon Denis a divulgou numa sequência poética e naturalista: 
*”A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem“.*

Entre cada uma dessas fases existem faixas intermediárias, nas quais o ser guarda características da fase que está deixando, incorporando-se à próxima, sem que esteja plenamente caracterizado. Assim, a teoria espírita da evolução considera o homem como um todo formado de espírito e matéria. A própria evolução é apresentada como um processo de interação entre esses dois elementos.

Cada fase, definida num dos reinos da Natureza, caracteriza-se por condições próprias, como resultantes do desenvolvimento de potencialidades dos reinos anteriores. Só nas zonas intermediárias, que marcam a passagem de uma fase para a outra, existem misturas das características anteriores com as posteriores.

Por exemplo: entre o reino vegetal e o reino animal, há a zona dos vegetais carnívoros; entre o reino animal e o reino hominal, há a zona dos antropoides. A teoria da evolução se confirma na pesquisa científica por dados evidentes e significativos.

A caracterização específica de cada reino define as possibilidades de cada um deles e limita-os em áreas de desenvolvimento próprio. A pedra não apresenta sinais de vida, embora em seu núcleo estrutural intensa atividade esteja se processando nas forças de atração; o vegetal tem vida e sensibilidade, o animal acrescenta às características da planta a mobilidade e os órgãos sensoriais específicos, com inteligência em processo de desenvolvimento. Somente no homem todas essas características dos reinos naturais se apresentam numa síntese perfeita e equilibrada, com inteligência desenvolvida, razão e pensamento contínuo e criador. 

Mas a mais refinada conquista da evolução, que marca o homem com o endereço do plano angélico (Reino Espiritual) é a 
*Mediunidade*. Função sem órgão, resultante de todas as funções orgânicas e psíquicas da espécie, a *Mediunidade é a síntese por excelência*, que consubstancia todo o processo evolutivo da Natureza. Querer atribui-la a outras espécies que não a humana é absurdo, uma vez que, mediunidade requer processo de sintonia impossível de acontecer no pensamento fragmentado do animal. Por isso, todos os que querem encontrá-la nos animais a reduzem a um sistema comum de comunicação animal, desconhecendo-lhe a essência para só encará-la através dos efeitos.

O ponto de máximo absurdo nessa teoria da mediunidade nos animais é a aceitação de “incorporação” de Espíritos humanos em animais.

 As comunicações mediúnicas são possíveis somente no plano humano. A Natureza emprega os processos das formas no desenvolvimento das espécies animais e no crescimento das criaturas humanas, sempre no âmbito de cada espécie e segundo as leis das lentas variações da formação dos seres. Jamais o Espiritismo admitiu os excessos de imaginação que o fariam perder de vista as regras do bom senso e a firmeza com que avança na conquista dos mais graves conhecimentos de que a Humanidade necessita para prosseguir na sua evolução moral e espiritual.

Continuaremos nossas reflexões sobre o tema nos próximos estudos.

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan – O Livro dos Médiuns - 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap. XXII e XIX.

KARDEC, Allan – O Livro dos Espíritos - ed. especial São Paulo: EME, 1997 - Cap. XI q. 592 a 613.

KARDEC , Allan – Revista Espírita - Sobradinho-DF: EDICEL,

Junho de 1860 – O Espírito e o Cãozinho

Julho de 1861 – Papel dos médiuns nas comunicações, Erasto e Timóteo

Agosto de 1861 – Os animais médiuns, Erasto

Setembro de 1861 – Carta do Sr Mathieu sobre mediunidade das aves

Maio de 1865 – Manifestação do espírito dos animais

PIRES, J. Herculano – Mediunidade - 2. ed. São Paulo: PAIDÉIA, 1992 – Cap. XI, Mediunidade Zoológica.

*Tereza Cristina D'Alessandro* 
Abril / 2012


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