segunda-feira, 21 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 110 – *Questão 225 – Conclusão 3*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 110 – *Questão 225 – Conclusão 3*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XIX*

*O PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES*

*Questão 225 – Conclusão 3*

*Seguindo as conclusões sobre o capítulo XIX, transcrevemos mais uma parte da mensagem dos Espíritos Erasto e Timóteo, encerrando nossas reflexões:*

 “(...) Mas quando o próprio médium quer interrogar-nos, seja por que meio for, seria bom que refletisse seriamente a fim de nos fazer as perguntas de maneira metódica, facilitando-nos assim o trabalho de responder. Porque, segundo já foi dito em anterior instrução, vosso cérebro está frequentemente numa desordem inextricável, sendo para nós tão difícil quanto penoso mover-nos no dédalo dos vossos pensamentos.

Quando as perguntas devem ser feitas por terceiro, é bom e conveniente que sejam antes comunicadas ao médium para que ele se identifique com o Espírito do interrogante, impregnando-se, por assim dizer, das suas intenções. Porque então nós mesmos teremos muito mais facilidades para responder, graças à afinidade existente entre o nosso perispírito e o do médium que nos serve de intérprete. 

Podemos, certamente, tratar de Matemática através de um médium que a desconheça por completo, mas quase sempre o Espírito do médium possui esse conhecimento em estado latente. Isso quer dizer que se trata de um conhecimento pessoal do ser fluídico e não do ser encarnado, porque o seu corpo atual é um instrumento inadequado ou rebelde a essa forma de conhecimento.

O mesmo se dá com a Astronomia, a Poesia, a Medicina e as línguas diversas, e ainda com todos os demais conhecimentos peculiares à espécie humana. Por fim, temos ainda o meio penoso de elaboração, aplicado aos médiuns completamente estranhos ao assunto tratado, que é o de reunião das letras e das palavras como se faz em tipografia.

Como já dissemos, os Espíritos não têm necessidades de vestir os seus pensamentos com palavras. Eles o percebem e os transmitem entre si. Os seres encarnados pelo contrário, só podem comunicar-se pelo pensamento traduzido em palavras. Enquanto a letra, a palavra, o substantivo, o verbo, a frase, enfim, vos são necessários para percepção, mesmo mental, nenhuma forma visível ou tangível é necessária para nós.”

Segundo as observações de Allan Kardec, a análise dos Espíritos Erasto e Timóteo sobre o papel dos médiuns é tão clara quanto lógica, dela decorrendo o princípio de que o Espírito não se serve das ideias do médium, mas dos materiais necessários para exprimir os seus próprios pensamentos, existentes no cérebro do médium, e de que, quanto mais rico for o cérebro, mais fácil se torna à comunicação.

Ensina o Codificador que quando o Espírito se exprime numa língua familiar ao médium, encontra as palavras já formadas e prontas para traduzir a sua ideia, e que ao se exprimir em língua estrangeira, dispõe apenas das letras, sendo então obrigado a ditar, por assim dizer, letra por letra, exatamente como se quisesse escrever em língua que não dominasse.

Caso o médium não saiba ler nem escrever, não dispõe nem mesmo das letras em seu cérebro, sendo, então, necessário que o Espírito lhe conduza a mão, como se faria a uma criança; nesse caso, a dificuldade material é ainda maior.

Todos esses fenômenos são possíveis e temos deles numerosos exemplos. Mas compreende-se que os Espíritos devem preferir os instrumentos mais rápidos, ou, como eles mesmos dizem, os médiuns bem aparelhados, segundo o entendem.


*Bibliografia:*


KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2.ed. São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XIX, q. 225


*Tereza Cristina D'Alessandro* 
Abril / 2011


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