*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 111 –
*Questão 226*
(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos
sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação
com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os
escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
*SEGUNDA PARTE*
*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*
*CAPITULO XX*
*INFLUÊNCIA MORAL DOS MÉDIUNS*
*QUESTÕES DIVERSAS*
*DISSERTAÇÃO DE UM ESPÍRITO SOBRE A
INFLUÊNCIA MORAL*
*Questão 226*
O
desenvolvimento da mediunidade se processa na razão do desenvolvimento moral do
médium?
- Não. A faculdade propriamente dita é orgânica e, portanto, independente da moral. Mas já não acontece o mesmo com seu uso, que pode ser bom ou mau, segundo as qualidades do médium.
Para
entender essa explicação é necessário relembrar que se todos são médiuns, isto
é, servem como instrumentos para o intercâmbio entre o mundo espiritual e o
material, a mediunidade independe se pessoas dignas ou indignas a possuem.
A mediunidade é faculdade orgânica como a visão, e assim como Deus concede faculdades que malfeitores usam para a propagação do mal, o mesmo acontece com a mediunidade. Essa concessão visa o aperfeiçoamento daquele que a possui, isto é, a mediunidade é concedida a todos indistintamente, pois deve ser utilizada como ferramenta de crescimento espiritual, e aquele que a possui responderá pelo uso que dela fizer, considerando-se o seu próprio desenvolvimento moral.
Assim,
se a mediunidade possibilita o crescimento moral, pode-se entender que o mais
forte obstáculo à utilização da mediunidade é o conjunto das imperfeições do
médium, pois favorece a interferência dos maus Espíritos, dos frívolos, que com
ele se afinam, mantendo sintonia de propósitos de natureza inferior.
Os
médiuns não são criaturas privilegiadas, agraciadas, mas Espíritos em evolução,
sujeitos às provas da vida, com dificuldades e desvios de comportamento ainda
não superados, os quais se refletem, inevitavelmente, nas suas relações interpessoais,
nas quais se insere também o exercício mediúnico.
Ao
analisar essas questões, Allan Kardec identificou inclusive que as comunicações
espontâneas, tratando de questões morais, muito frequentemente, têm por
finalidade esclarecer ou corrigir certos defeitos daquele que a transmite. É
por isso que os Espíritos sempre esclarecem acerca da caridade, do orgulho, da
ambição, do egoísmo, que são sentimentos muito presentes nos homens.
Em
razão das inúmeras dificuldades e perigos a que está exposto, deve o médium
trabalhar pelo próprio aprimoramento íntimo constantemente, usando sua
faculdade mediúnica com nobreza e desinteresse por qualquer tipo de
retribuição, ainda porque, tal experiência, quando vivenciada com seriedade,
vai ajudá-lo na sua melhoria moral, abrindo-lhe as portas do serviço de
natureza superior.
Bibliografia:
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2.ed.
São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XX, q. 226
NEVES, J., AZEVEDO, G., CALAZANS, N., FERRAZ, J.
- “Vivência Mediúnica - Projeto Manoel P. de Miranda”,
Salvador: LEAL, 1994, Cap. 1 e 11
*Tereza Cristina D'Alessandro*
Maio / 2011
https://chat.whatsapp.com/J9FGsT8kkxyD0MzYfe1J32
Nenhum comentário:
Postar um comentário