segunda-feira, 21 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 109 – *Questão 225 – Conclusão 2*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 109 – *Questão 225 – Conclusão 2*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XIX*

*O PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES*

*Questão 225 – Conclusão 2*

Seguindo as conclusões sobre o capítulo XIX, transcrevemos mais uma parte da mensagem dos Espíritos Erasto e Timóteo, onde esclarecem:

 “(...) Quando somos obrigados a servir-nos de médiuns pouco adiantados, nosso trabalho se torna mais demorado e penoso, pois temos de recorrer a formas imperfeitas de expressão, o que é para nós um embaraço. Somos então forçados a decompor os nossos pensamentos e ditar palavra por palavra, letra por letra, o que nos é fatigante e aborrecido, constituindo verdadeiro entrave à presteza e ao bom desenvolvimento de nossas manifestações.


É por isso que nos sentimos felizes ao encontrar médiuns bem apropriados, suficientemente aparelhados, munidos de elementos mentais que podem ser prontamente utilizados, bons instrumentos numa palavra, porque então o nosso perispírito, agindo sobre o perispírito daquele que mediunizamos, só tem de lhe impulsionar a mão que serve de porta-caneta ou porta-lápis. Com os médiuns mal aparelhados somos obrigados a realizar um trabalho semelhante ao que temos para comunicar-nos por meio de pancadas, ou seja, indicando letra por letra, palavra por palavra, para formar as frases que traduzem o pensamento a transmitir. Essa a razão de nossa preferência pelas classes esclarecidas e instruídas, para a divulgação do Espiritismo e o desenvolvimento da mediunidade escreventes, embora seja nessas classes que se encontram o indivíduo mais incrédulo, mais rebelde e mais destituído de moralidade. E é também por isso que, se hoje deixamos aos Espíritos brincalhões e pouco adiantados a transmissão das comunicações tangíveis por meio de pancadas e os fenômenos de transporte, também entre vós os homens pouco sérios preferem os fenômenos que lhes tocam os olhos e os ouvidos aos de natureza puramente espiritual, puramente psicológica.


Quando queremos ditar mensagens espontâneas agimos sobre o cérebro, nos arquivos do médium, e juntamos o nosso material com os elementos que ele nos fornece. E tudo isso sem que ele o perceba. É como se tirássemos da bolsa do médium o seu dinheiro e dispuséssemos as moedas, para somá-las. Na ordem que nos parecesse melhor.”


*Em nota, o tradutor Herculano Pires observa*: “Note-se a precisão deste exemplo: o médium possui os elementos materiais da comunicação, que no caso são as moedas; o Espírito os toma e utiliza segundo as suas idéias, para exprimir o seu pensamento. Os exemplos anteriores são também de extrema clareza. Mas devemos ressaltar neste capítulo o perfeito esclarecimento das relações entre os Espíritos e os médiuns. Graças a esse esclarecimento, compreende-se a função mediúnica como de verdadeiro intérprete espiritual e os problemas tantas vezes levantados pela crítica, como o da marca pessoal do médium nas mensagens, o da trivialidade da maioria destas, o da dificuldade na obtenção de comunicações de teor elevado no campo das Ciências ou da Filosofia, e outros que tais ficam perfeitamente esclarecidos. Vê-se que os críticos do Espiritismo, em sua esmagadora maioria, nada conhecem de todos esses problemas, expostos de maneira precisa e didática há mais de um século.”

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2.ed. São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XIX, q. 225


*Tereza Cristina D'Alessandro* 
Março / 2011


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