terça-feira, 22 de novembro de 2016

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 114 – *Questão 227*

*O LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 114 – *Questão 227*

(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.


*SEGUNDA PARTE*

*DAS MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS*

*CAPITULO XX*

*INFLUÊNCIA MORAL DOS MÉDIUNS*

*QUESTÕES DIVERSAS*

*DISSERTAÇÃO DE UM ESPÍRITO SOBRE A INFLUÊNCIA MORAL*

*Questão 227*

Através da sequência destes estudos compreende-se que por invigilância, o orgulho destrói as mais belas expressões mediúnicas, o que impossibilita aos seus portadores cumprirem o compromisso de se tornar instrumentos benfazejos e úteis para o progresso próprio quanto o da Humanidade. 

Para o médium o traço característico do orgulho é a confiança cega nas comunicações, que o leva a crer na infalibilidade e na superioridade dos Espíritos que atuam por seu intermédio. Acreditando na superioridade do que obtém, o médium orgulhoso isola-se do convívio salutar das pessoas que podem auxiliá-lo através da crítica construtiva, e dá uma irrefletida importância aos nomes de Entidades Superiores, que mistificadoras e perversas, assinam as mensagens que fluem por seu intermédio. 

Necessário ainda salientar a influência perniciosa dos que ao seu redor, estimulam a presunção e a vaidade através do endeusamento inconsequente. Enquadram-se aqui, os diferentes trabalhadores da seara espírita, que muitas vezes são assediados por pessoas que buscam o favorecimento de seus próprios problemas.

Explica Allan Kardec que se o médium, quando considerado quanto à execução é apenas um instrumento, no tocante à moral exerce grande influência, pois o Espírito comunicante identifica-se com o ele, e para essa identificação é necessário haver simpatia entre eles, e se assim pode-se dizer, afinidade. 

Segundo o Prof. Herculano Pires, o Codificador estabeleceu aqui a diferença entre a simples simpatia e a afinidade, porque a simpatia é às vezes um grau inferior da afinidade, sendo, entretanto, suficiente para atrair os Espíritos como entre nós atrai as pessoas. 

O médium exerce sobre o Espírito comunicante uma espécie de atração ou de repulsão, segundo o grau de semelhança ou dessemelhança entre eles. Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, do que se pode concluir que as qualidades morais do médium têm influência capital sobre a natureza dos Espíritos que se comunicam por seu intermédio.

Durante as atividades das reuniões mediúnicas, apesar de não afinizar-se moralmente com os Espíritos maus que se comunicam através dele, o bom médium é quem oferecerá as melhores condições, pois acolhe psiquicamente os sofredores de diferentes matizes, servindo aos Bons Espíritos que trabalham indistintamente pelo bem de todos.

Assim definiu o Codificador:
 *“Se o médium é de baixa moral, os Espíritos inferiores se agrupam em torno dele e estão sempre prontos a tomar o lugar dos bons Espíritos a que ele apelou. As qualidades que atraem de preferência os Espíritos bons são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, e sensualidade e todas as paixões pelas quais o homem se apega à matéria”.*

*Bibliografia:*

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, 2.ed. São Paulo, FEESP. 1989, Cap. XX, q. 227

*Tereza Cristina D'Alessandro* 
Outubro / 2011



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