*O
LIVRO DOS MÉDIUNS Estudo 90 – Desenvolvimento da Mediunidade (continuação)*
(Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
Contém o ensino especial
dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de
comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as
dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.
*SEGUNDA PARTE*
*DAS MANIFESTAÇÕES
ESPIRITAS*
*CAPITULO XVII*
*FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS*
*Desenvolvimento da Mediunidade
(continuação)*
Continuando o estudo sobre o processo de formação dos médiuns, relembramos que até o momento não conhecemos outros mais eficazes do que os indicados por Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, conforme transcritos a seguir (questões de 214 a 218).
Tudo o que dissemos se refere à
escrita mecânica. É a faculdade que todos os médiuns, com razão, querem
desenvolver. Mas função mecânica pura é muito rara, juntando-se a ela, muito frequentemente,
em maior ou menor grau, a intuição. O médium, tendo consciência do que escreve,
é naturalmente levado a duvidar da sua faculdade: não sabe se a escrita é dele
mesmo ou de outro Espírito. Mas ele não deve absolutamente inquietar-se com
isso e deve prosseguir apesar da dúvida. Observando com cuidado a si mesmo,
facilmente reconhecerá nos escritos muitas coisas que não lhe pertencem, que
são mesmo contrárias aos seus pensamentos, prova evidente de que não procedem
da sua mente. Que continue, pois, e a dúvida se dissipará com a experiência.
Se o médium não pode ser
exclusivamente mecânico, todas as tentativas de obter esse resultado serão
inúteis, mas ele erraria se por isso se julgasse deserdado. Se possuir apenas
mediunidade intuitiva, deve contentar-se com ela, que não deixará de lhe
prestar grandes serviços, se souber aproveitá-la ao invés de repudiá-la.
Se depois de inúteis
tentativas, realizadas durante algum tempo, não houver nenhum indício de
movimento involuntário, ou se esses movimentos forem muito fracos para produzir
resultados, não deve hesitar em escrever o primeiro pensamento que lhe for
sugerido, nem se inquietar se é dele ou de outro: a experiência lhe ensinará a
fazer distinção. Muito frequentemente, aliás, o movimento mecânico se
desenvolve mais tarde.
Dissemos acima que há casos em
que é indiferente saber se o pensamento provém do médium ou de um Espírito.
Isso acontece, sobretudo, quando um médium puramente intuitivo ou inspirado
realiza por si mesmo um trabalho de imaginação. Pouco importa que então se
atribua um pensamento que lhe foi sugerido. Se boas ideias lhe ocorrem, que as
agradeça ao seu bom gênio e ele lhe sugerirá outras. Essa é a inspiração dos
poetas, dos filósofos e dos cientistas.
Suponhamos agora a faculdade
mediúnica completamente desenvolvida. Que o médium escreva com facilidade, que
seja o que se chama um médium feito. Seria um grande erro de sua parte
considerar-se dispensado de novas instruções. Ele só teria vencido uma
resistência material, e é então que começam as verdadeiras dificuldades. Mais
do que nunca necessitará dos conselhos da prudência e da experiência, se não
quiser cair nas mil armadilhas que lhe serão preparadas. Se quiser voar muito
cedo com suas próprias asas, não tardará a ser enganado por Espíritos
mentirosos que procurarão explorar-lhe a presunção.
Uma vez desenvolvida a
faculdade, o essencial para o médium é não abusar dela. A satisfação que
proporciona a alguns iniciantes provoca um entusiasmo que precisa ser
controlado. Devem pensar que ela lhes foi dada para o bem e não para satisfazer
a curiosidade vã. É conveniente, portanto, que só a utilizem nos momentos
oportunos e não a todo instante. Os Espíritos não estão constantemente às suas
ordens e eles correm o risco de ser enganados pelos mistificadores. É bom
escolherem dias e horas determinados para a prática mediúnica, de maneira a se
preparem com maior recolhimento, e para que os Espíritos que desejam
comunicar-se estejam prevenidos e também se coloquem em melhores disposições.
Se, apesar de todas as
tentativas, a mediunidade não se tiver revelado de maneira alguma, é necessário
renunciar a ela, como se renuncia a cantar quando não se tem voz. Quem não sabe
uma língua serve-se de um intérprete. Neste caso faz-se o mesmo recorrendo a
outro médium. Mas na falta do médium não se deve julgar sem assistência dos
Espíritos. A mediunidade é para eles um meio de comunicação, mas não o motivo
único de atração. Os que nos dedicam afeição estão juntos de nós, quer sejamos
médiuns ou não. Um pai não abandona o filho porque este é surdo e cego e não o
pode ver nem ouvir. Pelo contrário, envolve-o na sua solicitude, como os
Espíritos bons fazem conosco. Se eles não podem transmitir-nos materialmente o
seu pensamento, ajudam-nos com a sua inspiração.
Todas as orientações acima são
de Allan Kardec e estão em O Livro dos Médiuns.
*Bibliografia:*
KARDEC, Allan - O Livro dos
Médiuns: 2.ed. São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XVII - 2ª Parte – itens 214 a 218
*Tereza Cristina D'Alessandro*
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