segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

educar_009a_Tema   *Casamento na Visao Espírita - estudo*

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
Sala Virtual de Estudos Educar

*Estudos destinados à família e educação no lar*

Olá, meus amigos
Tudo em paz com vocês??
Esperamos sinceramente que sim!!! :o))

No último estudo, tivemos a oportunidade de trocar algumas idéias sobre Namoro e Noivado. Nosso tema dessa semana é uma continuidade do tema anterior, pois aborda o Casamento na Visão Espírita.

No Livro dos Espíritos, questão 695, encontramos o seguinte assunto:

"Pergunta: Será contrário à Lei da Natureza o casamento, isto é, a união permanente de dois seres?

Resposta: É um progresso na marcha da Humanidade."

No livro Vida e Sexo, psicografado por Chico Xavier, Emmanuel nos diz o seguinte:

"O casamento, ou a união permanente de dois seres, como é óbvio, implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.

Essa união reflete as Leis Divinas que permitem seja dado um esposo para uma esposa, um companheiro para uma companheira, um coração para outro coração, ou vice-versa, na criação e desenmvolvimento dos valores para a vida.

Imperioso, porém, que a ligação se baseie na responsabilidade recíproca, de vez que na comunhão sexual um ser humano se entrega a outro ser humano e, por isso mesmo, não deve haver qualquer desconsideração entre si. (...) "

Sabemos que para a Doutrina Espírita, o que realmente vale, são as intenções por trás dos atos e que, portanto, fórmulas sociais ou conveniências não podem estabelecer uma responsabilidade real se não há comprometimento, amor.

*Então, perguntamos*

1 - O que seria, verdadeiramente, o casamento, segundo a visão que a Doutrina Espírita nos apresenta?

2 - Quais os requisitos necessários para que uma relação se configure efetivamente como um casamento?

3 - Quais as responsabilidades que um casamento implica aos cônjuges, tanto material, quanto moral e espiritualmente?

4 - Qual a finalidade do casamento?

*Bibliografia Complementar*

* O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 22, itens 2 à 4.

*educar_009b_Tema   Casamento na Visao Espírita - nosso papo sobre*

1 - O que seria, verdadeiramente, o casamento, segundo a visão que a Doutrina Espírita nos apresenta?

A união de duas pessoas que se reencontram para auxiliarem, mutuamente, em busca do progresso. No entanto, no casamento, normalmente, chegam os filhos, espíritos que Deus nos confia nesta vida para cumprirmos a função de pais e, com isso, possibilitarmos o ambiente e estímulo necessário ao seu adiantamento. Portanto, uma vez que envolve tamanhas responsabilidades, o casamento deve e precisa ser baseado no amor, antes de tudo, no respeito, afinidade, na amizade, no compromisso, na cumplicidade para o bem na intenção, enfim, de levar uma vida conjunta.

2 - Quais os requisitos necessários para que uma relação se configure efetivamente como um casamento?

Creio que deve existir a base que falamos acima. Deve-se lembrar ainda do compromisso mútuo, envolvimento, objetivos afins de vida.

3 - Quais as responsabilidades que um casamento implica aos cônjuges, tanto material, quanto moral e espiritualmente?

O que dá pra pensar neste momento é o "caminhar junto" nos 3 níveis, procurando se apoiarem mutuamente.

4 - Qual a finalidade do casamento?

Além da "união dos sexos para operar a renovação dos seres que morrem" (ESE, cap.XXII, item 2), devemos pensar que não fomos feitos para sermos ou vivermos sozinhos. Desde sempre precisamos de alguém até para sobreviver.  Não que a solidão não seja produtiva ou enriquecedora, ou mesmo, uma forma de se viver nesse mundo, quando não se veio para se ter a experiência do casamento. Contudo, não coloco isso em questão. Até mesmo quando vivemos "sozinhos", há sempre um amigo, um irmão ao qual devotamos nossos sinceros sentimentos de afeição e ao qual solicitamos, muitas vezes, conselhos, palavras, carinho. Creio que a finalidade é o enlace das almas, a comunhão dos seres pautada no amor e de modo permanente, acredito nisso. Contudo, meus amigos, não me lembro o livro e nem se foi em um livro, mas já tive informação de que há 3 tipos de casamentos: 1-por resgate; 2-por fraternidade e 3-por afinidade; este último seria o mais difícil de ocorrer no nosso planeta, embora me basiei nele para falar aqui. Essa classificação achei lógica e é o que entendemos e vemos realmente, entretanto, gostaria que confirmassem ou não esta informação, se fosse possível, e até, se for livro, fornecesse a bibliografia. 

Desculpem, sei que é pequena a contribuição, mas, mesmo assim, não gostaria de deixar de participar como fiz na semana passada. Foi o que pude pensar neste momento. Estou aberta a correções, aliás, é pra isso que estamos aqui, não? Para estudarmos e aprendermos um com o outro. Estou feliz de ter participado

    MUITA PAZ, LUZ, SAÚDE E AMOR para todos!!
    Fiquem com Deus!
    ABRAÇOS do coração!
        (Magna)
---

- O que seia verdadeiramente ,o casamento ,segundo a visão que a Doutrina Espirita nos apresenta :

R- O casamento é um compromisso de crescimento a dois, espiritual, moral e intelectual norumo da perfeição relativa ,onde duas pesoas que se amem e se respeitem ,seguem juntos o caminho ,um amparando ao outro, com responsabilidade no compromisso que firmou na espiritualidade.


2-Quais os requisitos necessärios para que uma relação se configure efetivamente como um casamento?

R-Duas pessoas se proporem a amar e respeitar,não só respeitar na fidelidade ,mas sim os ideais que ambos tenham para o crescimento individual de cada um ,o que acontece no casamento muito ainda hoje é  um querer podar ao outro a experiencia me diz que temos que lutar pelos nossos ideais ,porque quando abrimos mão do que queremos ,passa-se os anos e ficamos frustados ,nos anulamos e por culpa de não ter corrido atrás do que queria ,muitas vezes em nome de não discutir e chegar a brigas ,vamos cedendo ... e tenham certeza não vale a pena !!


3- Quais as responabilidades de um casamento implica aos conjuges, tanto material ,quanto moral e e espiritualmente ?

R- A reunião destes tres itens,faz com que temos um casamento equilibrado ,com mais tranquilidade para passar pelas provações ,agora  a meu ver estar espiritualmente forte e equilibrado ,passamos pelos problemas materiais e  concertamos os erros que surgem quando esquecemos da moral que Jesus nos deixou ,nosso codigo de etica  para vivermos e convivermos bem .

4- Qual a finalidade do casamento ?

R- É um crescimento a dois ,reajustando os erros do passado .

A Joanna de Angelis ,através do Divaldo ,escreve assim no livro SOS Familia:

"O lar estruturado no amor e no respeito aos direitos de seus membros é a mola propulsionadora do progresso geral e da felicidade de cada um ,como de todos em conjunto.

Para esse desiderato são ficados compromissos de união antes do berço ,estabelecendo-se diretrizes para a familia ,cujos membros se voltam a reunir  com finalidades  especificas de recuperação espiritual e de crescimento intelecto-moral,no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão." .

Como temos na sala ,pessoas de idades diferentes ,e alguns casados e outros para casar ,deixo aqui outro texto da Joana  do mesmo livro ,que acho  que ajuda muito para percebemos a crise conjugal ,antes dela crescer demais e perdemos o controle da situação.

"Indispensavel que para o exito matrimonial sejam exercitadas  singelas diretrizes de comportamento amoroso.

Hä alguns sinais de alarme que podem informar a situação de dificuldades antes e agravar a união conjugal .

-silencios injustificäveis quando os esposos estão juntos ;

-tédio inexplicável ante a presença do companheiro ou da companheira ;

-ira disfarçada quando o consorte ou a consorte emite uma opinião ;

saturação dos temas habituais ,versados em casa ,fugindo para interminas leituras de jornais ou inacabaveis novelas de televisão;

-irritabilidade contumaz sempre que se avizinha do lar;

-desinteresse pelos problemas do outro ;

-falta de intercambio de opiniões ;

-atritos continuos que ateiam fagulhas de irascibilidade, capazes de provocar incendios em forma de agressão ,desta ou daquela maneira ......

E muitos outros mais .

                                                        ****

"Ë natural que ocarram desacertos. Ao invés porém de separação, reajustamento .
"......

Se o companheiro ,se desloca ,lentamente da familia ,refaça a esposa o lar ,tentando nova formula de reconquista e tranquilidade .

Se a companheira se afasta afetuosamente pela irritação ou pelo ciume ,tolere o esposo ,conferindo-lhe confiança e renovação de ideias "
.........

Muito amor ,muita paz e principalmente muita compreensão !!!

(Maria Luiza)
---

Sou nova na sala, e gostaria de dar meu depoimento.

Tenho 38 anos e sou casada a 20 anos, tenho dois filhos um de 19 e outro de 13.

Sou uma mulher, mãe e esposa realizada. Sempre soube do meu papel dentro do meu lar, e procurei me posicionar de uma forma amorosa e respeitosa, procurando dar sempre o melhor de mim, para que o simples fato de estar ali serivsse de alento para todos.

Meus filhos são pessoas maravilhosas, meu marido e eu procuramos manter o respeito acima de tudo, até em nossas discussões.

Acredito que o fato de nos mantermos apaidonaderrimos até hoje, tornou as coisas mais faceis, o grande RESPEITO que temos em casa um pelo outro  mantém nosso lar harmonioso.

Então quando me pedem alguma receita, eu sempre digo AME acima de tudo, e depois RESPEITE, as diferenças para se ajustarem levam tempo, respeite este tempo, sem cobrança, e com paciência.

Seja feliz minha irmã.
---

O tema dessa semana é muito bom não é mesmo?:))

E é um tema que já vinhamos conversando anteriormente sobre a família, compromisso afetivo, namoro e noivado (temas que já se encontram disponibilizados 

Participando um cadinho do tema:) 

Em O Livro dos Espíritos, vemos a resposta dada à pergunta 695, de que o casamento a união permanente de dois seres é um progresso na marcha da Humanidade.

Muitas vezes ficamos nas colocações de que tem-se que exercer tais sentimentos e ações, mas na hora das turbulências, das coisas más nos esquecemos ou não sabemos como colocar isso em prática.

Assim, resolvi colocar aqui algumas colocações do Mark Merrril (tradução Sergio Barros): 

-  "(...) Construir um casamento é similar a voar; com certeza, muitos gostariam de evitar as turbulências no casamento, mas às vezes tem que "voar através dela".  O principal para "voar através da turbulência" está em aprender a resolver os conflitos e comunicar-se claramente de tal maneira que transforme qualquer turbulência em um vôo suave."

- "(...) o casamento é construído pela capacidade de duas pessoas de se ajustarem às coisas más.  E dizem que existem cinco ferramentas essenciais que todo bom casamento utiliza para combater as coisas más:  partilha, esperança, empatia, perdão e comprometimento."

- Três pequenas palavras que podem fazer muito pelo casamento As três palavras são:  deixa pra lá!.  Isso mesmo.  Deixa pra lá.

Veja, muitas vezes notamos apenas o que o nosso cônjuge faz de errado.

Começa a se tornar um péssimo hábito: procurar defeito em tudo. Na próxima vez que seu(sua) esposo(a) fizer algo do tipo se esquecer de recolher o lixo, deixar a porta da garagem aberta ou não recolher o jornal, você já sabe o que fazer: dê uma paradinha, respire fundo, morda a língua se
precisar, e deixa pra lá.

Enfim, o casamento é a formação de uma parceria, com respeito, com carinho mútuo, com a união e concentração de ambos os cônjuges para a formação do lar, com exercício da educação , da tolerância, da compreensão, dos pequenos e importantes gestos diários com que se envolve o outro em amor.

*educar_009c_Tema   Casamento na Visao Espírita - conclusao*

O assunto, Casamento na Visão Espírita, realmente é um assunto bastante interessante e profundo, pois estamos falando da união de dois seres com finalidade a desenvolver uma vivência comum e com isso crescer, tanto intelectual como moralmente.

Todas as participações foram excelentes, e agora, é hora de postarmos a conclusão.

Durante as participações da semana, surgiu uma dúvida à respeito de um texto sobre as modalidades de casamento (a dúvida foi da nossa irmã Magna), que tentaremos responder no segundo texto colocado como conclusão.

*Vamos, então, aos textos:*

*Casamento: união física e espiritual*

"À Luz do Espiritismo, o casamento monogâmico, união permanente de um homem e uma mulher:

- é um progresso na marcha da humanidade (representa um estado superior ao de natureza, em que vivem os animais);

- atende à afinidade (que unem os semelhantes) ou à necessidade de expiações (resgates ou correções de erros cometidos anteriormente) ou à missões (que regeneram e santificam);

- resulta de resoluções tomadas na vida de infinito, antes da reencarnação dos espíritos (livremente assumido pelos que já sabem e podem fazê-lo; sob orientação dos mentores mais elevados, os que ão estão habilitados para isso).
Tem pois, o casamento, um iniludível caráter e implicações espirituais. Deve se basear no afeto e na responsabilidade recíprocos e ser respeitado e mantido o mais possível. Empenhemo-nos com toda a boa-vontade, toelrância e devotamento aos nossos compromissos conjugais."

(Fonte: Iniciação ao Espiritismo, Therezinha Oliveira, Editora EME, Cap. 13 - Os Espíritas e o Casamento, pg 70).

*Espiritismo e Lar*

"Classificação dos Casamentos:

Acidentais: encontro de almas inferiorizadas, por efeito de atração momentânea, sem qualquer ascendente espiritual.

Provacionais: reencontro de almas, para reajuste necessários à evolução de ambos.

Sacrificiais: reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o objetivo de redimí-la.

Afins: reencontro de corações amigos, para consolidação de afetos.

Transcendentes: almas engrandecidas no Bem e que se buscam para realizações imortais.

Evidentemente, o instituto do matrimônio, sagrado em suas origens, tem reunido no mesmo teto os mais variados tipos evolutivos, o que vem demonstrar que a união na Terra, funciona, às vezes como meio de consolidação de laços de pura afinidade espiritual, e noutros casos, em sua maioria, como instrumento de reajuste.

Algumas vezes o lar é um santuário, um templo, onde as almas engrandecidas pela legítima compreensão exaltam a glória suprema do amor sublimado.

Em sua maioria, porém, os lares são cadinhos purificadores, onde, sob o calor de rudes provas e dolorosos testemunhos, Espíritos frágeis caminham, vagarosamente, na direção do Mais Alto."

(Fonte: Estudando a Mediunidade, Martins Peralva, Editora FEB, Capítulo 18, Espiritismo e Lar, pg 101.)

3. Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração? De modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é rompida. O de que se cogita, não é da satisfação do coração e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o casamento é de conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se que os esposos igualmente o são e muito felizes hão de ser. Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei do amor, se esta não preside à união, resultando, freqüentemente, separarem-se por si mesmos os que à força se uniram; torna-se um perjúrio, se pronunciado como fórmula banal, o juramento feito ao pé do altar. Daí as uniões infelizes, que acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. Ao dizer Deus: "Não sereis senão uma só carne", e quando Jesus disse: "Não separeis o que Deus uniu", essas palavras se devem entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens.

4. Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza? Não, decerto. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável. Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina promanam dos prejuízos e não da lei civil. Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam muito do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o progresso moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto, as faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas unicamente nos interesses materiais. Um dia perguntar-se-á o que é mais humano, mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver juntos, se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número de uniões irregulares.

(Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Cap. 22, itens 3 e 4)

Desejamos à todos uma semana de muita paz e amor!
Equipe Educar - CVDEE


https://chat.whatsapp.com/5cmJuIwG6kMDmThFIW0KK0 










Nenhum comentário:

Postar um comentário