quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

*CURSO INTERNET* *14ª. AULA* *LIVRE ARBÍTRIO E FATALIDADE*

*CURSO INTERNET*
*1ª PARTE*

*CURSO PARA PRINCIPIANTES NA DOUTRINA ESPÍRITA*

Maria Cotroni Valenti

*14ª. AULA*

*PARTE A*

*LIVRE ARBÍTRIO E FATALIDADE*

Deus nos criou simples e ignorantes.

Para conseguirmos experiências e progresso fomos colocados em contato com a matéria.

Assim fomos passando por várias transformações.

Desenvolvemos o raciocínio e vagarosamente fomos adquirindo o Livre-arbítrio.

A partir daí fomos nos tornando responsáveis pelos nossos atos.

Deus colocou suas Leis na consciência de cada um de nós para orientar a caminhada em busca dos conhecimentos e da evolução.

A nossa consciência vai despertando à medida que vamos evoluindo.

Quando desencarnamos deparamos com a própria consciência.

Vemos então o que acertamos e o que erramos, o quanto melhoramos e quais as conquistas positivas que fizemos durante a vida terrena.

Cada nova existência nos oferece os recursos para evoluir

A nossa melhoria e aprimoramento depende da nossa vontade.

Para isso usamos o livre arbítrio.

Isso dá-nos a impressão de que podemos fazer tudo o que quisermos, mas, embora tenhamos o livre arbítrio somos obrigados a aceitar que ele não é total.

Temos limites, porque estamos sujeitos às outras Leis de Deus, principalmente a de Ação e Reação ou Causa e Efeito, pois que caminham paralelas à Lei de Sintonia. Umas dependem das outras.

Exemplos:

Deus cura o homem pelo homem.

Os seres humanos podem se ajudar ou se prejudicar entre si.

Os homens se administram, se governam, se chefiam.

Todos têm Livre Arbítrio.

As pessoas com menos qualidades morais ou espirituais são vitimas do Livre Arbítrio de outras pessoas também mais atrasadas.

Não adianta querermos atingir negativamente uma pessoa, se ela tiver proteção por ser portadora de qualidades morais. Nada conseguimos e ainda nos comprometemos com a Lei.

O mesmo acontece ao contrário.

Todo bem que eu me proponho a fazer por outra pessoa ela só receberá se tiver conquistas.

Nós podemos ser merecedores tanto de coisas boas como de coisas más.

Um governo, um diretor, um pai, pode ser tirano ou relaxado.

Ele age por sua vontade, mas quem são suas vítimas?

Aqueles que se afinam. Aí entram as Leis de Sintonia e de Justiça.

Em torno de tudo está a sabedoria Divina, que coloca tudo no lugar certo (nada está errado). Na realidade, somos livres para continuar evoluindo.

(Fonte: O Livro dos Espíritos)

*FATALIDADE*

Quando se fala em fatalidade, Kardec nos diz que só é fatal o nascimento e a morte.

Foi concebido, fatalmente vai nascer de uma forma ou de outra.

Está vivo fatalmente vai morrer.

De resto, tudo pode ser alterado. Nós traçamos nosso destino, pela vontade e pela vontade o alteramos.

História:

Um homem adorava atear fogo no mato.

Não perdia uma oportunidade de incendiar e assistir as queimadas.

Numa dessas aventuras uma pessoa morreu carbonizada.

Com isso ele traçou seu destino.

Fatalmente ele morreria queimado, na atual ou em outra encarnação.

A sua culpa foi ignorada pela justiça dos homens.

Só ele sabia que era culpado.

Prometeu a ele mesmo que nunca mais poria fogo em lugar algum.

A essa altura seu carma estava criado, seu destino traçado.

Certo dia, passava por uma estrada e lá no fundo de um terreno o mato estava começando a pegar fogo.

Do outro lado havia um ranchinho.

Pensou em ir embora, não era ele que havia colocado fogo, mas, por vontade de ser útil e certamente inspirado pelo seu Anjo de guarda, se aproximou e ouviu gritos de crianças que estavam dentro do ranchinho.

Sem medir consequências se atirou ao fogo, atravessou o local e salvou cinco crianças.

Pela coragem e leves queimaduras mudou seu destino.

A sua boa vontade o libertou do carma.

*PARTE B*

*PAGAR O MAL COM O BEM*

Moisés nos trouxe a Lei de Deus numa época em que o povo era rude e bruto.

Os sentimentos de amor e fraternidade eram quase nulos.

Por isso ele mesclou a lei vinda de Deus.

Ele criou algumas leis que serviriam para equilibrar a rudeza daquele povo.

O dente por dente, olho por olho, freava um pouco a violência.

Amar os amigos, repelir os inimigos e assim outras mais.

Moisés falava com rudeza para um povo rude.

Suas palavras eram impostas.

Foram seguidas e debatidas por l600 anos.

Aí veio Jesus dizendo. “Não vim destruir a lei, mas cumpri-la”.

E falava de amor para que sua suavidade penetrasse as mentes já mais espiritualizadas.

Também para que suas palavras pudessem permanecer e frutificar entre nós.

No lugar do “dente por dente e olho por olho” Jesus diz: Se alguém te ferir uma face, ofereça-lhe a outra. Se alguém lhe tirar a túnica, dá-lhe também a capa. “Perdoa os vossos inimigos. Ora pelos que vos perseguem e caluniam”.

Grande parte do povo ainda não entendia.

Suas palavras permaneceram embora com muitas dúvidas.

Mil e oitocentos anos depois veio o Espiritismo para tudo esclarecer.

Por que não revidar o mal?

Por que pagar o mal com o bem?

Porque o mal não existe. Deus não criou o mal. E o que Deus não criou não vai permanecer.

O que existe entre nós não é o mal, mas sim a ignorância da Lei de Deus.

À medida que o povo vai conhecendo a Lei de Deus o mal vai desaparecendo da Terra.
É isso que o Espiritismo veio nos ensinar e está nos ensinando.

Então aqueles que julgamos serem nossos inimigos, na realidade estão nos beneficiando porque nos alertam e nos impulsionam a corrigirmos nossas falhas.

Estão nos dando as mãos para subirmos resgatando nossos débitos enquanto expiamos as nossas faltas.

Eles se comprometem com a lei.

Por isso temos que orar por eles.

Aqueles que nos perseguem, nos criticam e nos interpretam mal, contribuem para o nosso aperfeiçoamento.

Enquanto caminhamos na mira deles, estamos exercitando a caminhar corretamente.

Então se a vida nos obriga a caminha 1.000 passos com eles, vamos nos propor a andar 2.000.

Assim somos fiscalizados por mais tempo e erramos menos.

Eles nos obrigam a vigiar mais nossos passos.

Assim somos beneficiados, pois passamos a pensar: Quando estou perto do fulano preciso tomar cuidado para não fazer nada de errado porque ele critica, ele não é meu amigo.

Não percebemos que ele nos ajuda a errar menos.

É isso que Jesus quer nos mostrar quando diz: “Não revideis o mal, mas, sim, valorize a oportunidade de crescer espiritualmente, pague com o bem aquilo que você supõe ser o mal.”.

(Fonte: O Livro dos Espíritos / O Evangelho Segundo o Espiritismo)




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