*CURSO INTERNET*
*1ª PARTE*
*CURSO PARA PRINCIPIANTES NA DOUTRINA ESPÍRITA*
Maria Cotroni Valenti
*14ª. AULA*
*PARTE A*
*LIVRE ARBÍTRIO E
FATALIDADE*
Deus nos criou
simples e ignorantes.
Para conseguirmos
experiências e progresso fomos colocados em contato com a matéria.
Assim fomos passando
por várias transformações.
Desenvolvemos o
raciocínio e vagarosamente fomos adquirindo o Livre-arbítrio.
A partir daí fomos
nos tornando responsáveis pelos nossos atos.
Deus colocou suas
Leis na consciência de cada um de nós para orientar a caminhada em busca dos
conhecimentos e da evolução.
A nossa consciência
vai despertando à medida que vamos evoluindo.
Quando desencarnamos
deparamos com a própria consciência.
Vemos então o que
acertamos e o que erramos, o quanto melhoramos e quais as conquistas positivas
que fizemos durante a vida terrena.
Cada nova existência
nos oferece os recursos para evoluir
A nossa melhoria e
aprimoramento depende da nossa vontade.
Para isso usamos o
livre arbítrio.
Isso dá-nos a
impressão de que podemos fazer tudo o que quisermos, mas, embora tenhamos o livre
arbítrio somos obrigados a aceitar que ele não é total.
Temos limites,
porque estamos sujeitos às outras Leis de Deus, principalmente a de Ação e
Reação ou Causa e Efeito, pois que caminham paralelas à Lei de Sintonia. Umas
dependem das outras.
Exemplos:
Deus cura o homem
pelo homem.
Os seres humanos
podem se ajudar ou se prejudicar entre si.
Os homens se
administram, se governam, se chefiam.
Todos têm Livre
Arbítrio.
As pessoas com menos
qualidades morais ou espirituais são vitimas do Livre Arbítrio de outras
pessoas também mais atrasadas.
Não adianta
querermos atingir negativamente uma pessoa, se ela tiver proteção por ser
portadora de qualidades morais. Nada conseguimos e ainda nos comprometemos com
a Lei.
O mesmo acontece ao
contrário.
Todo bem que eu me
proponho a fazer por outra pessoa ela só receberá se tiver conquistas.
Nós podemos ser
merecedores tanto de coisas boas como de coisas más.
Um governo, um
diretor, um pai, pode ser tirano ou relaxado.
Ele age por sua
vontade, mas quem são suas vítimas?
Aqueles que se
afinam. Aí entram as Leis de Sintonia e de Justiça.
Em torno de tudo
está a sabedoria Divina, que coloca tudo no lugar certo (nada está errado). Na
realidade, somos livres para continuar evoluindo.
(Fonte: O Livro dos
Espíritos)
*FATALIDADE*
Quando se fala em
fatalidade, Kardec nos diz que só é fatal o nascimento e a morte.
Foi concebido,
fatalmente vai nascer de uma forma ou de outra.
Está vivo fatalmente
vai morrer.
De resto, tudo pode
ser alterado. Nós traçamos nosso destino, pela vontade e pela vontade o
alteramos.
História:
Um homem adorava
atear fogo no mato.
Não perdia uma
oportunidade de incendiar e assistir as queimadas.
Numa dessas
aventuras uma pessoa morreu carbonizada.
Com isso ele traçou
seu destino.
Fatalmente ele
morreria queimado, na atual ou em outra encarnação.
A sua culpa foi
ignorada pela justiça dos homens.
Só ele sabia que era
culpado.
Prometeu a ele mesmo
que nunca mais poria fogo em lugar algum.
A essa altura seu
carma estava criado, seu destino traçado.
Certo dia, passava
por uma estrada e lá no fundo de um terreno o mato estava começando a pegar
fogo.
Do outro lado havia
um ranchinho.
Pensou em ir embora,
não era ele que havia colocado fogo, mas, por vontade de ser útil e certamente
inspirado pelo seu Anjo de guarda, se aproximou e ouviu gritos de crianças que
estavam dentro do ranchinho.
Sem medir consequências
se atirou ao fogo, atravessou o local e salvou cinco crianças.
Pela coragem e leves
queimaduras mudou seu destino.
A sua boa vontade o
libertou do carma.
*PARTE B*
*PAGAR O MAL COM O BEM*
Moisés nos trouxe a
Lei de Deus numa época em que o povo era rude e bruto.
Os sentimentos de
amor e fraternidade eram quase nulos.
Por isso ele mesclou
a lei vinda de Deus.
Ele criou algumas
leis que serviriam para equilibrar a rudeza daquele povo.
O dente por dente,
olho por olho, freava um pouco a violência.
Amar os amigos,
repelir os inimigos e assim outras mais.
Moisés falava com
rudeza para um povo rude.
Suas palavras eram
impostas.
Foram seguidas e
debatidas por l600 anos.
Aí veio Jesus
dizendo. “Não vim destruir a lei, mas cumpri-la”.
E falava de amor
para que sua suavidade penetrasse as mentes já mais espiritualizadas.
Também para que suas
palavras pudessem permanecer e frutificar entre nós.
No lugar do “dente
por dente e olho por olho” Jesus diz: Se alguém te ferir uma face, ofereça-lhe
a outra. Se alguém lhe tirar a túnica, dá-lhe também a capa. “Perdoa os vossos
inimigos. Ora pelos que vos perseguem e caluniam”.
Grande parte do povo
ainda não entendia.
Suas palavras
permaneceram embora com muitas dúvidas.
Mil e oitocentos
anos depois veio o Espiritismo para tudo esclarecer.
Por que não revidar
o mal?
Por que pagar o mal
com o bem?
Porque o mal não
existe. Deus não criou o mal. E o que Deus não criou não vai permanecer.
O que existe entre
nós não é o mal, mas sim a ignorância da Lei de Deus.
À medida que o povo
vai conhecendo a Lei de Deus o mal vai desaparecendo da Terra.
É isso que o
Espiritismo veio nos ensinar e está nos ensinando.
Então aqueles que
julgamos serem nossos inimigos, na realidade estão nos beneficiando porque nos
alertam e nos impulsionam a corrigirmos nossas falhas.
Estão nos dando as
mãos para subirmos resgatando nossos débitos enquanto expiamos as nossas
faltas.
Eles se comprometem
com a lei.
Por isso temos que
orar por eles.
Aqueles que nos
perseguem, nos criticam e nos interpretam mal, contribuem para o nosso
aperfeiçoamento.
Enquanto caminhamos
na mira deles, estamos exercitando a caminhar corretamente.
Então se a vida nos
obriga a caminha 1.000 passos com eles, vamos nos propor a andar 2.000.
Assim somos
fiscalizados por mais tempo e erramos menos.
Eles nos obrigam a
vigiar mais nossos passos.
Assim somos
beneficiados, pois passamos a pensar: Quando estou perto do fulano preciso
tomar cuidado para não fazer nada de errado porque ele critica, ele não é meu
amigo.
Não percebemos que
ele nos ajuda a errar menos.
É isso que Jesus
quer nos mostrar quando diz: “Não revideis o mal, mas, sim, valorize a oportunidade
de crescer espiritualmente, pague com o bem aquilo que você supõe ser o mal.”.
(Fonte: O Livro dos
Espíritos / O Evangelho Segundo o Espiritismo)
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