quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

*Educar_013D/E_Tema Aborto – texto e conclusão*

*Educar_013D/E_Tema   Aborto – texto e conclusão*

*Educar_013d_Tema   Aborto – texto*

Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo - CVDEE
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*Manifesto Espírita sobre o Aborto*

Quando começam os direitos da pessoa?

Para o Espiritismo, a existência de um princípio espiritual ligado ao corpo desde o momento da concepção não é mero artigo de fé. Trata-se de evidência comprovada pela observação _ embora a chamada Ciência oficial ainda não tenha reconhecido tal evidência. Relatos de pessoas, em estado de hipnose ou em lembranças espontâneas, mesmo de crianças, que retratam passagens de outras vidas e de época em que o ser ainda se encontrava no ventre materno, revelam uma consciência pré-existente ao corpo. Essas evidências, que vêm sendo estudadas nos últimos anos por pesquisadores de diversos países, confirmam a posição da Doutrina Espírita, em O Livro dos Espíritos (Questão 344):

"Em que momento a alma se une ao corpo?

_ A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez vai apertando até o instante em que a criança vê a luz (...)."

Desse modo, o ser que se desenvolve no ventre materno, a partir da fecundação do óvulo já é uma pessoa _ sujeito de direitos _ constituída de corpo e alma.

Felizmente, a Constituição Brasileira e o Código Civil são, neste ponto, coerentes, com a formação espiritualista do povo brasileiro (incluindo católicos, protestantes, espíritas e outras denominações, que constituem, no seu conjunto, a maioria da nossa população). O artigo 5º da Constituição assegura "a inviolabilidade do direito à vida", elegendo assim tal direito a princípio absoluto, não passível de relativização. E o artigo 4º do Código Civil afirma que "a personalidade civil do homem começa pelo nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro". Reconhece-se desse modo que o nascituro já é uma pessoa, sujeito de direitos, o que está de acordo com todas as concepções espiritualistas acima citadas.

*A Lei e o Aborto*

O Código Penal de 1940, em seu artigo 128, diz o seguinte: "não se pune o aborto se não há outro meio de salvar a vida da gestante e ou se a gravidez resulta de estupro". Em vista disto, os parlamentares elaboraram o projeto de lei 20/91, que regulamenta o seu atendimento na rede pública de saúde. Esse projeto, aprovado recentemente pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, na prática, é uma reafirmação do artigo 128, do Código Penal, garantindo às mulheres o efetivo exercício de um direito.

E há outros projetos que propõem a completa descriminalização do aborto.

Mas, diante do princípio absoluto do direito à vida, garantido pela Constituição e partilhado pelo Espiritismo, não se pode admitir qualquer relativização ou condicionamento deste direito.

*Segundo O Livro dos Espíritos (Questão 358):*

"Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

_ Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre ao tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, porque isso impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando."

*A Vida da Mãe em Risco*

No caso de risco de vida da mãe _ único aborto aceito pela Doutrina Espírita _ existem duas vidas em confronto e é necessário escolher entre o direito de dois sujeitos. Assim reza O Livro dos Espíritos (Questão 359):

"Dado o caso em que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?

_ Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe." (Entende-se que o ser referido seja o ser encarnado no mundo, após o nascimento).

*O Estupro*

No caso de estupro, quando a mulher não se sinta com estrutura psicológica para criar o filho, a Lei deveria facilitar e estimular a adoção da criança nascida, ao invés de promover a sua morte legal. Sobrepõe-se o direito à vida ao conforto psicológico da mãe.

O Espiritismo, considerando o lado transcendente das situações humanas, estimula a mãe a levar adiante a gravidez e até mesmo a criação daquele filho, superando o trauma do estupro, porque aquele Espírito reencarnante terá, possivelmente um compromisso passado com a genitora.

*O Aborto Eugênico*

Embora não regulamentado por Lei, o aborto eugênico (de feto portador de malformação congênita irreversível) também vem sendo praticado no Brasil, já abrindo caminho para a sua legalização. Também neste caso, não se poderia admitir infração ao direito à vida, sendo dever de todo cidadão, partidário deste princípio, opor-se a esta prática, apenas aceitável em sociedades impregnadas de filosofias eugênicas, tal como Esparta antiga ou a Alemanha nazista, mas incompatível com uma sociedade majoritariamente cristã.

O Espiritismo se manifesta especificamente sobre o assunto, alertando que o Espírito, antes de reencarnar, escolhe esta ou aquela prova (o nascimento em corpo defeituoso ou mesmo a morte logo após o parto), como oportunidade de aprendizado e resgate de erros cometidos no passado.

*O Direito de escolha da Mulher*

Invoca-se o direito da mulher sobre o seu próprio corpo como argumento para a descriminalização do aborto. Mas o corpo em questão não é mais o da mulher, visto que ela abriga, durante a gravidez um outro corpo, que não é de forma alguma uma extensão do seu. O seu direito à escolha precede o ato da concepção e se subordina ao direito absoluto à vida.

O Espiritismo, admitindo a presença de um Espírito reencarnante no nascituro, considera que a mulher não tem o direito de lhe negar o direito à vida.

*Conclusão*

É inadmissível que pequeníssima parcela da população brasileira, constituída por alguns intelectuais, políticos e profissionais dos meios de comunicação e embebida de princípios materialistas e relativistas, venha a exercer tamanha influência na legislação brasileira, em oposição à vontade e às concepções da maioria do povo e contrariando a própria Carta Magna de 1988. O direito à vida não pode ser relativizado, sob pena de caminharmos para a barbárie e para a quebra de todos os princípios que têm orientado a nossa cultura cristã. Em que pesem as pretensões daqueles que querem conduzir a opinião pública, desviando-se de suas verdadeiras aspirações, o povo brasileiro continua em sua maioria cristão (seja esse Cristianismo manifestado na forma católica, protestante, espírita ou outra), adepto da existência de um princípio espiritual no homem e portanto defensor da vida humana, como direito inalienável.

O nascituro não é uma máquina de carne que pode ser desligada de acordo com interesses circunstanciais, mas um ser humano com direito à proteção, no lugar mais sagrado e inviolável que a natureza criou: o ventre materno.

(Manifesto aprovado na reunião do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, nos dias 7, 8 e 9 de novembro de 1.998)

                                   -   FEB  e  CFN ( DF )
                                       E-mail:  feb@febrasil.org.br
                                     
A USE _ União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, concita, a quem desejar aderir, para divulgar o manifesto através da mídia escrita e falada, no movimento espírita e fora dela.

Julia Nezu, vice-presidente da USE-SP e membro da comissão constituída pelo CFN/FEB para a campanha contra o aborto
(enviado por José Valdir)

*Educar_013e_Tema   Aborto – conclusão*

 Olá, amigos

*Questões para estudo*

1 - Como podemos encarar o aborto, segundo a visão espírita?

R - Segundo as instruções ditadas pelos Benfeitores da Equipe da Codificação Espírita, a prática do aborto constitui crime. E crime grave, podemos dizer, pois, além de impedir à um espírito reencarnante a oportunidade de reajustamento e crescimento, é um ato praticado contra uma individualidade que, fisicamente, está impossibilitada de defender-se.

2 - Quais as consequências, tanto físicas quanto espirituais, que podem advir desse ato?

R - As consequências são as mais variadas, pois, como podemos e devemos lembrar, cada caso é um caso. Mas, em linhas gerais, podemos traçar as seguintes possibilidades:

No aspecto físico: variam desde infecções que podem ser tratáveis, passam pelos problemas na região reprodutora, chegando até a infertilidade, e podem mesmo conduzir à desencarnação, em casos de procedimentos extremamente malfeitos, dos quais resultam graves infecções e hemorragias.

No aspecto psicológico, também são várias as possibilidades de consequências, indo desde o sentimento de culpa, remorso, até a depressão ou consequências mais graves.

No aspecto espiritual, além da não reparação de algum erro passado, há a contração de um novo "resgate", existindo também o risco de uma auto-obsessão, pelo remorso e culpa, e também de uma obsessão, caso o reencarnante "expulso" não tenha um grau de evolução suficiente para perdoar.

3 - Existem situações onde o aborto seja aceitável?

R - Apenas em caso de risco de morte para a gestante, pois, nesse caso, opta-se pela vida que existe há mais tempo (no aspecto físico), visto que a gravidez poderá ocorrer novamente, proporcionando a chance de crescimento novamente, o que não poderia vir a ocorrer se a mãe estivesse em risco de morte, e viesse a desencarnar por isso.

4 - Quais seriam as maneiras de evitarmos a proliferação do aborto?

R - A ignorância é a maior responsável por uma série de males. Sempre que o ser humano se livra da ignorância, uma série de comportamentos seus muda, e muitas coisas equivocadas deixam de ser feitas. Então, uma das maneiras de começarmos à evitar o aborto seriam campanhas de esclarecimento, de orientação, principalmente para adolescentes, visto que hoje há um grande número de adolescentes grávidas, e grande parte dos abortos são realizados por estas. Então, a melhor maneira seria o esclarecimento, pois aí viria uma correta orientação sexual, planejamento familiar, etc. Mas, não podemos acreditar que somente o esclarecimento resolveria o problema, pois é um problema que envolve dimensões afetivas, psicológicas, familiares, sociais, econômicas. Então, haveria um necessidade de reavaliação de todos esses aspectos.

Abraços
Equipe Educar - CVDEE
Lu e Ivair – Coordenadores





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