*Educar_011c_Tema
Planejamento Familiar nossa conversa sobre 02*
Lu,
tenho uma dúvida.
É
a respeito da questão nº 4 do texto abaixo.
Nas
discussões que eu vi durante esta semana, notei uma pessoa dizendo que
ouviu dizer que no Centro Espírita que ela frequenta, foi falado que
tanto a laqueadura quanto a vasectomia causam lesões em determinados
órgãos e isto implica numa possível complicação de reprodução em outras
encarnações.
Gostaria
de saber a veracidade de tal informação.
4
- E a questão dos métodos contraceptivos, como analisá-la sob a ótica espírita?
--
Queridos
companheiros (as) de ideal!
Hoje
os métodos contraceptivos estão avançados, de maneira a permitir ao casal optar
de forma amadurecida pelo planejamento familiar, que em minha opinião faz-se
necessário em virtude dos vários desafios que a vida conjugal terá pela frente,
sejam estes desafios materiais, financeiros, íntimos, de educação da prole,
etc. Os mais idosos costumam dizer que "onde come um, come cinco, seis,"
Alimentar é fácil, difícil é educar, estar presente e atento a todas as
necessidades de nossos filhos e prepará-los para serem os "Homens de Bem"
num mundo de transição em que nos encontramos hoje.
É
certo que a reencarnação é uma necessidade de muitos, mas nem por isso, deve ocorrer
sem planejamento, sem preparo dos futuros pais.
Penso
que essas escolhas fazem parte do estágio evolutivo no qual nos encontramos e
"... O espírito que renasce em novo corpo carnal tem por meta
aprimorar-se, estando para tanto com os pais e outros seres adultos a
incumbência de conduzi-lo, de orientá-lo na vida para a Vida, instruí-lo para
superar a própria ignorância, de libertá-lo das trevas para arremessá-lo à Luz
de Deus." (Espírito Camilo – Livro - Desafios da Educação - autor - José
Raul Teixeira.)
Creio
que pesquisar, analisar, refletir, planejar para que a vida familiar seja
plena dentro do possível, só nos trará harmonia na
convivência
diária.
Muita
Paz!!!
Silvia
Miglionni.
--
Oi,
pessoal
Eu
não tenho conhecimento deste assunto, mas acho que cada caso é um caso, que
depende muito da situação em que se faz a laqueadura/vasectomia, pois a Lei da
Causa e Efeito é infinitamente sábia e justa. . . e quanto aos métodos
contraceptivos acho que são necessários para a preservação da espécie, pois não
adianta nascerem 1.000 e morrerem 1.500 bebês por falta de condições de
sobrevivência (miséria, fome, doenças, etc), e a Lei do Universo é mais forte,
pois existem inúmeros casos de laqueadura e "comprimidos" que
falharam. . . esta é minha opinião particular, sem nenhuma base doutrinária.
Gostei muito deste assunto, com certeza aprenderei bastante. . .
Um
bom dia e muito obrigada pela oportunidade de estudo. Beijos,
Alice
--
Helena
conforme a aula que tive no centro, devemos regular a reprodução e não entravar
a reprodução por puro egoísmo conforme citei nas minhas respostas, agora esta
expositora nos disse que fazendo uma laqueadura ou vasectomia estamos lesando
os órgãos, e com isso estamos causando débitos para o futuro, e que esta lesão
também causa problemas ao perispírito, e muitas vezes teremos problemas para
engravidar em vida futura. Eu lembro que na hora fiquei chocada e expus
para ela que tinha feito por ser já a terceira gravidez e ser perigoso
uma quarta, mas as vezes me questiono, será que foi só por isso que fiz??? Ela
disse também que cada caso é uma caso, e que Deus é misericordioso sempre em
seus julgamentos, ainda bem não ?????
Sempre
é uma questão de se pensar com amor e carinho no problema.
Se
alguém não concordar e ter lido algo diferente, por favor indique o livro e
faça os questionamentos.
No
livro do Ricardo Di Bernadi, gestação sublime intercambio, diga-se de passagem ótimo
livro, ele diz a mesma coisa em outras palavras, usar o bom senso, e cada caso
é um caso.
Maria
Luiza
--
Quanto
à dúvida, por enquanto encontrei o trecho abaixo, no livro A Divina Constituição,
do Richard Simonetti, na página 38:
"(...)
Ainda
a respeito do assunto há os anticoncepcionais definitivos, como a laqueadura,
na mulher, e a vasectomia, no homem, procedimentos cirúrgicos que permitem o
livre relacionamento sexual sem compromisso de filhos.
Principalmente
a vasectomia está largamente difundida na Índia e na China, com amplo estímulo
do Estado, com o propósito de conter a explosão demográfica. A esterilização é,
também, um assunto discutível, porquanto trata-se de uma prática antinatural,
passível de lesionar o perispírito, com repercussões negativas no psiquismo do
indivíduo e reflexos na economia orgânica em existências futuras.
(...)
"
Ainda
há uma referência sobre o assunto em:
Pinga
Fogo com Chico Xavier, editora Departamento Cultura Edicel, na página 69, como
eu não tenho o livro em referência, se alguém o tiver e puder colocar aqui qual
a informação que nos traz, seria legal?:)
--
É
realmente um assunto interessante, né? Principalmente diante de questões sociais,
econômicas etc. e tal que vivemos no nosso dia a dia.
Estive
buscando textos, lendo e refletindo sobre o assunto, daí eis meu pitaco
Em
realidade, as obras básicas da DE não abordam a questão diretamente, uma vez
que à época de sua realização ainda não tínhamos o avanço da medicina e/ou
científico que temos hoje.
Mas,
tudo está perfeitamente encaixado, né mesmo?
Há
perfeição na Lei de Causa e Efeito, no processo de reencarnação, na forma pela
qual está encaixado o desenvolvimento, o progresso.
Assim,
difícil nos é afirmar categoricamente que sim a laqueadura ou a vasectomia terá
consequências nas encarnações futuras ou que não, ao contrário, não trará nenhuma
consequência; mesmo porque as experiências futuras dependerão de cada
aprendizado que obtivermos e também dependerão das causas que levaram a tomar
esta decisão: se alguém escolhe fazer vasectomia apenas como forma preventiva
de se "livrar" de filhos e se despreocupar com relação a uma vida
sexual ativa, mas sem consequências: a conotação e a consequência será uma; se
, ao contrário, em virtude de uma doença pela qual seria arriscado se ter
filhos sob pena de vir a desencarnar: a consequência será outra e
assim por diante.
Associado
ainda à lei de causa e efeito e à reencarnação, teremos o livre arbítrio; assim
afirmamos categoricamente que as consequências serão estas ou aquelas colocando
tudo como um aspecto só sem nuances, sem matizes, implicaria em ser contrário
ao livre -arbítrio. Veja, por exemplo, alguém faz a vasectomia ou a laqueadura,
mais à frente, talvez mais conscientizado, resolva vir a ter filhos. Resolve e
adota uma ou duas crianças. Aprendendo então através desse exercício a responsabilidade,
o amor. Não teria essa pessoa aprendido sem necessariamente ter que numa
próxima reencarnação vir estéril ou com problemas de fertilidade?
Por
isso a vasectomia ou a laqueadura pode sim vir a ter uma consequência futura,
como também pode não a ter; tudo dependerá da consciência, da responsabilidade,
das causas que se levou à prática da operação, do aprendizado.
--
"
Ao reencarnarmos, trazemos conosco os compromissos que assumimos no plano
espiritual, referentes às várias circunstâncias de nossas vidas. Um desses
compromissos, sem dúvida nenhuma, é o compromisso decorrente do planejamento
familiar que projetamos para a nossa nova experiência no corpo material. Não
temos, no entanto, como saber, com exatidão, quais seriam esses compromissos,
devido ao esquecimento a que somos submetidos ao reencarnarmos.
Isso
nos vem em forma de intuição, como pressentimentos, que, segundo os Espíritos,
são a voz do instinto.
A
procriação, dando oportunidade reencarnatória a um espírito que necessita
voltar à vida física para continuar sua evolução, é uma das tarefas que
trazemos para a nova passagem pela carne.
Porém,
não a única. Não reencarnamos unicamente com esse objetivo. Sendo assim, temos
o direito de fazer o nosso planejamento familiar, pois, do contrário, teríamos
que procriar indefinidamente, durante toda a existência física, o que não seria
uma atitude de bom senso.
A
questão do controle da natalidade deve ser examinada à luz da intenção de quem
o pratique.
Se
a intenção for de seguir um planejamento familiar que atenda às realidades do
casal, inclusive de ordem econômica, nada há na doutrina espírita que o
reprove. Se, porém, a intenção é meramente física, de manter a sensualidade, de
ter uma atividade sexual voltada unicamente para o prazer, aí é diferente.
Neste caso, estará sendo contrariada a lei natural e a consequência será a
necessidade de retificação numa existência física futura, de forma geralmente
dolorosa.
No
capítulo IV, Parte 3a., de "O Livro dos Espíritos", ao tratar da Lei
de Reprodução, Kardec indagou dos benfeitores espirituais sobre o obstáculo à
reprodução para satisfação da sensualidade.
Obteve
como resposta a condenação somente de se obstar a reprodução para aquele fim
(questão 694). Se contrariasse a Lei Natural qualquer que fosse a forma
de se evitar a concepção, os Espíritos teriam afirmado isso expressamente.
Não o fazendo, podemos concluir que, havendo necessidade, é
licito se evitar a concepção.
A
questão, portanto, é complexa e deve ser analisada conforme cada caso. Havendo
razões realmente justas, pode o homem limitar sua prole, principalmente se o
casal já possui filhos e entende que não mais convém ter outros.
Entendemos ser, nessas hipóteses, perfeitamente aceitável que venha
evitar a concepção."
Quanto
à ligadura de trompas ou vasectomia, entendemos que a ciência hoje já
disponibilizou outras formas menos traumáticas para se evitar a procriação, que
não necessitam cirurgias nem causam qualquer lesão física. Devem, portanto, ser
priorizadas. Se vai ou não repercutir em futuras encarnações, vai depender do
objetivo do ato. O que lesiona perispírito é intenção, é pensamento. Como
dissemos acima, se o objetivo não contraria a lei natural, se a intenção é boa, não
vemos como possa causar qualquer lesão perispiritual que venha trazer
dificuldades futuras.
Abraços
a todos
Sergio
--
Procurei
informações mais detalhadas com o Carlos, que coordena o trabalho de ajuda a
gestantes pelo CELD-RJ e ele procurou embasamento com médicos espíritas amigos
dele, taí uma colocação, tá ok?
Carlos,
muita paz em seu coração.
Quanto
ao seu questionamento:
Em
primeiro lugar é melhor laquear que abortar.
O
uso de anticoncepcionais tem seus riscos e, de repente, pode aparecer uma
gravidez indesejada, pois sabe-se que mesmo pequena eles têm falhas.
De
maneira geral, os anticoncepcionais hormonais na base de estrógenos obstruem
uma ovulação normal, entretanto, modificam também o status do endométrio mucosa
que reveste internamente o útero) prejudicando a nidação de um possível óvulo
fecundado (aquele oriundo da falha possível e esperada).
Um
endométrio que não apresente determinados requisitos anatômicos é incompatível
com uma gestação, caracterizando, por conseguinte uma ação abortiva.
Laqueadura
tubária e vasectomia também podem falhar, muitas vezes muito menos que os
anticoncepcionais. Quando falham a gravidez irá ter continuidade normal. O ovo
(óvulo fecundado pelo espermatozoide) se fixará normalmente no endométrio e
seguirá crescendo nas quarenta semanas normais.
Deduções,
ilações, interpretações e dor de consciência só conseguem quem realmente pensa
no assunto.
Eu
continuo receitando anticoncepcionais hormonais e os fisiológicos. Quando há
certeza de prole completa, caso de terceira cesárea ou risco de vida para a
paciente numa próxima gravidez, executo, a pedido dela, com aquiescência de
mais dois colegas médicos obstetras a devidas laqueaduras. Esta é minha
atitude. Que para mim, até o presente momento, é a melhor.
Gostaria
de saber a opinião dos outros irmãos que foram inquiridos.
PAULO
CURY, SEU AMIGO E IRMÃO
*Educar_011d_Tema
Planejamento Familiar conclusão*
Vamos
concluir nosso tema
1
- Como podemos analisar o Planejamento Familiar, com base no que nos ensina a
Doutrina Espírita?
R
- Esse ponto do Planejamento Familiar é uma questão delicada, pois que não há
na Doutrina Espírita uma conclusão específica sobre o assunto. O que podemos
fazer é analisar usando a razão e os conhecimentos que os Benfeitores nos
legaram, e que Kardec codificou. Dessa maneira, está dentro da Lei de Liberdade
que o homem tem seu livre-arbítrio para decidir sobre sua vida, não sendo
constrangido à nada que não queira fazer. Sendo assim, o homem tem liberdade
para realizar seu Planejamento Familiar, desde que sejam observados os motivos
pelos quais está agindo dessa ou daquela maneira. Se o que faz é movido por
intenções puras e dentro da Lei de Caridade, ok, tudo bem, Mas, se é movido por
egoísmo, orgulho, vaidade, até pode fazer, mas não terá boas consequências
disto
2
- É lícito aos casais planejarem o número de filhos? De que modo fazer isso?
R
- Sim, é lícito, desde que se observe o porquê está se fazendo isso. Existem
muitos aspectos que devem ser observado, iniciando-se pelos aspectos
sócio-econômicos. Não adianta querer ter muitos filhos, porque preciso resgatar
e reajustar-me com eles, se não tenho condições de lhes dar a mínima estrutura
para sua vida (alimentação, moradia, educação), assim como não é justificativa
para não se ter filhos o fato de querer "curtir a vida a dois", ou
outras que se utilizam por aí. Mais uma vez, é o bom senso, embasado pelas Leis
que regem a harmonia do Universo que deve prevalecer nesse aspecto.
3
- Como podemos analisar a questão do casal que não pode ter filhos?
R
- Todos nós estamos reencarnados no planeta Terra, que é um mundo de provas e
expiações, porque temos muitas coisas a resgatar. Com certeza, o casal que não
pode ter filhos, está passando por uma prova e ao mesmo tempo expiação, que lhe
conduzirá ao necessário reajuste. Ao mesmo tempo, nessa posição são colocados,
quase sempre (para não dizermos sempre), perto de crianças que não tem pais, a
fim de que lhes cumpram esse papel, ajudando esses espíritos que renascem numa
prova tão ou até maior que a enfrentada pelo casal.
4
- E a questão dos métodos contraceptivos, como analisá-la sob a ótica espírita?
R
- Aqui também não temos uma posição definida na Doutrina Espírita, e vale dizer
que mais uma vez o que deve prevalecer é o bom-senso. A questão não são os
métodos contraceptivos (excetue-se aqui os métodos abortivos, visto que esses
são total e absolutamente desaconselhados, visto que não impedem a fecundação,
mas eliminam o embrião, o que constitui-se em um crime), mas o porque estão
sendo utilizados. Se o objetivo é apenas a satisfação da sensualidade, a
posição dos Benfeitores da Humanidade é contrária, visto que seriam um estímulo
ao vício, e não uma questão de necessidade ou bom-senso.
Fiquem
em paz!
Equipe
Educar - CVDEE
Lu
e Ivair - coordenadores
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