quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

*Educar_011C/D_Tema Planejamento Familiar nossa conversa sobre 02*

*Educar_011c_Tema  Planejamento Familiar nossa conversa sobre 02*

Lu, tenho uma dúvida.

 É a respeito da questão nº 4 do texto abaixo.

 Nas discussões que eu vi durante esta semana, notei uma pessoa  dizendo que ouviu dizer que no Centro Espírita que ela frequenta,  foi falado que tanto a laqueadura quanto a vasectomia causam  lesões em determinados órgãos e isto implica numa possível complicação de reprodução em outras encarnações.

 Gostaria de saber a veracidade de tal informação.

 4 - E a questão dos métodos contraceptivos, como analisá-la sob a ótica espírita?
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Queridos companheiros (as) de ideal!

 Hoje os métodos contraceptivos estão avançados, de maneira a permitir ao casal optar de forma amadurecida pelo planejamento familiar, que em minha opinião faz-se necessário em virtude dos vários desafios que a vida conjugal terá pela frente, sejam estes desafios materiais, financeiros, íntimos, de educação da prole, etc.  Os mais idosos costumam dizer que "onde come um, come cinco, seis," Alimentar é fácil, difícil é educar, estar presente e atento a todas as necessidades de nossos filhos e prepará-los para serem os "Homens de Bem" num mundo de transição em que nos encontramos hoje.

 É certo que a reencarnação é uma necessidade de muitos, mas nem por isso, deve ocorrer sem planejamento, sem preparo dos futuros pais.

 Penso que essas escolhas fazem parte do estágio evolutivo no qual nos encontramos e "... O espírito que renasce em novo corpo carnal tem por meta aprimorar-se, estando para tanto com os pais e outros seres adultos a incumbência de conduzi-lo, de orientá-lo na vida para a Vida, instruí-lo para superar a própria ignorância, de libertá-lo das trevas para arremessá-lo à Luz de Deus." (Espírito Camilo – Livro - Desafios da Educação - autor - José Raul Teixeira.)

 Creio que pesquisar, analisar, refletir, planejar para que a vida  familiar seja plena dentro do possível, só nos trará harmonia na
 convivência diária.

 Muita Paz!!!

 Silvia Miglionni.
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Oi, pessoal

Eu não tenho conhecimento deste assunto, mas acho que cada caso é um caso, que depende muito da situação em que se faz a laqueadura/vasectomia, pois a Lei da Causa e Efeito é infinitamente sábia e justa. . .  e quanto aos métodos contraceptivos acho que são necessários para a preservação da espécie, pois não adianta nascerem 1.000 e morrerem 1.500 bebês por falta de condições de sobrevivência (miséria, fome, doenças, etc), e a Lei do Universo é mais forte, pois existem inúmeros casos de laqueadura e "comprimidos" que falharam. . . esta é minha opinião particular, sem nenhuma base doutrinária. Gostei muito deste assunto, com certeza aprenderei bastante. . .

Um bom dia e muito obrigada pela oportunidade de estudo. Beijos,

Alice
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Helena conforme a aula que tive no centro, devemos regular a reprodução e não entravar a reprodução por puro egoísmo conforme citei nas minhas respostas, agora esta expositora nos disse que fazendo uma laqueadura ou vasectomia estamos lesando os órgãos, e com isso estamos causando débitos para o futuro, e que esta lesão também causa problemas ao perispírito, e muitas vezes teremos problemas para engravidar em vida futura. Eu lembro que na hora fiquei chocada e expus  para ela que tinha feito por ser já a terceira gravidez e ser perigoso uma quarta, mas as vezes me questiono, será que foi só por isso que fiz??? Ela disse também que cada caso é uma caso, e que Deus é misericordioso sempre em seus julgamentos, ainda bem não ?????

Sempre é uma questão de se pensar com amor e carinho no problema.

Se alguém não concordar e ter lido algo diferente, por favor indique o livro e faça os questionamentos.

No livro do Ricardo Di Bernadi, gestação sublime intercambio, diga-se de passagem ótimo livro, ele diz a mesma coisa em outras palavras, usar o bom senso, e cada caso é um caso.
Maria Luiza
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Quanto à dúvida, por enquanto encontrei o trecho abaixo, no livro A Divina Constituição, do Richard Simonetti, na página 38:

"(...)

Ainda a respeito do assunto há os anticoncepcionais definitivos, como a laqueadura, na mulher, e a vasectomia, no homem, procedimentos cirúrgicos que permitem o livre relacionamento sexual sem compromisso de filhos.

Principalmente a vasectomia está largamente difundida na Índia e na China, com amplo estímulo do Estado, com o propósito de conter a explosão demográfica. A esterilização é, também, um assunto discutível, porquanto trata-se de uma prática antinatural, passível de lesionar o perispírito, com repercussões negativas no psiquismo do indivíduo e reflexos na economia orgânica em existências futuras.
(...) "

Ainda há uma referência sobre o assunto em:

Pinga Fogo com Chico Xavier, editora Departamento Cultura Edicel, na página 69, como eu não tenho o livro em referência, se alguém o tiver e puder colocar aqui qual a informação que nos traz, seria legal?:)
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É realmente um assunto interessante, né? Principalmente diante de questões sociais, econômicas etc. e tal que vivemos no nosso dia a dia.

Estive buscando textos, lendo e refletindo sobre o assunto, daí eis meu pitaco

Em realidade, as obras básicas da DE não abordam a questão diretamente, uma vez que à época de sua realização ainda não tínhamos o avanço da medicina e/ou científico que temos hoje.

Mas, tudo está perfeitamente encaixado, né mesmo?

Há perfeição na Lei de Causa e Efeito, no processo de reencarnação, na forma pela qual está encaixado o desenvolvimento, o progresso.

Assim, difícil nos é afirmar categoricamente que sim a laqueadura ou a vasectomia terá consequências nas encarnações futuras ou que não, ao contrário, não trará nenhuma consequência; mesmo porque as experiências futuras dependerão de cada aprendizado que obtivermos e também dependerão das causas que levaram a tomar esta decisão: se alguém escolhe fazer vasectomia apenas como forma preventiva de se "livrar" de filhos e se despreocupar com relação a uma vida sexual ativa, mas sem consequências: a conotação e a consequência será uma; se , ao contrário, em virtude de uma doença pela qual seria arriscado se ter filhos sob pena de vir a desencarnar:  a consequência será outra  e assim por diante.

Associado ainda à lei de causa e efeito e à reencarnação, teremos o livre arbítrio; assim afirmamos categoricamente que as consequências serão estas ou aquelas colocando tudo como um aspecto só sem nuances, sem matizes, implicaria em ser contrário ao livre -arbítrio. Veja, por exemplo, alguém faz a vasectomia ou a laqueadura, mais à frente, talvez mais conscientizado, resolva vir a ter filhos. Resolve e adota uma ou duas crianças. Aprendendo então através desse exercício a responsabilidade, o amor. Não teria essa pessoa aprendido sem necessariamente ter que numa próxima reencarnação vir estéril ou com problemas de fertilidade?

Por isso a vasectomia ou a laqueadura pode sim vir a ter uma consequência futura, como também pode não a ter; tudo dependerá da consciência, da responsabilidade, das causas que se levou à prática da operação, do aprendizado.
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" Ao reencarnarmos, trazemos conosco os compromissos que assumimos no plano espiritual, referentes às várias circunstâncias de nossas vidas. Um desses compromissos, sem dúvida nenhuma, é o compromisso decorrente do planejamento familiar que projetamos para a nossa nova experiência no corpo material. Não temos, no entanto, como saber, com exatidão, quais seriam esses compromissos, devido ao esquecimento a que somos submetidos ao reencarnarmos.

Isso nos vem em forma de intuição, como pressentimentos, que, segundo os Espíritos, são a voz do instinto.

A procriação, dando oportunidade reencarnatória a um espírito que necessita voltar à vida física para continuar sua evolução, é uma das tarefas que trazemos para a nova passagem pela carne.

Porém, não a única. Não reencarnamos unicamente com esse objetivo. Sendo assim, temos o direito de fazer o nosso planejamento familiar, pois, do contrário, teríamos que procriar indefinidamente, durante toda a existência física, o que não seria uma atitude de bom senso.

A questão do controle da natalidade deve ser examinada à luz da intenção de quem o pratique.

Se a intenção for de seguir um planejamento familiar que atenda às realidades do casal, inclusive de ordem econômica, nada há na doutrina espírita que o reprove. Se, porém, a intenção é meramente física, de manter a sensualidade, de ter uma atividade sexual voltada unicamente para o prazer, aí é diferente. Neste caso, estará sendo contrariada a lei natural e a consequência será a necessidade de retificação numa existência física futura, de forma geralmente dolorosa.

No capítulo IV, Parte 3a., de "O Livro dos Espíritos", ao tratar da Lei de Reprodução, Kardec indagou dos benfeitores espirituais sobre o obstáculo à reprodução para satisfação da sensualidade.

Obteve como resposta a condenação somente de se obstar a reprodução para aquele fim (questão 694).  Se contrariasse a Lei Natural qualquer que fosse a forma de se evitar a concepção, os Espíritos teriam afirmado isso expressamente.  Não o fazendo, podemos concluir que, havendo necessidade, é licito se evitar a concepção.

A questão, portanto, é complexa e deve ser analisada conforme cada caso. Havendo razões realmente justas, pode o homem limitar sua prole, principalmente se o casal já possui filhos e entende que não mais convém ter outros.  Entendemos ser, nessas hipóteses, perfeitamente aceitável que venha evitar a concepção."

Quanto à ligadura de trompas ou vasectomia, entendemos que a ciência hoje já disponibilizou outras formas menos traumáticas para se evitar a procriação, que não necessitam cirurgias nem causam qualquer lesão física. Devem, portanto, ser priorizadas. Se vai ou não repercutir em futuras encarnações, vai depender do objetivo do ato. O que lesiona perispírito é intenção, é pensamento. Como dissemos acima, se o objetivo não contraria a lei natural, se a intenção é boa, não vemos como possa causar qualquer lesão perispiritual que venha trazer dificuldades futuras.

Abraços a todos
Sergio
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Procurei informações mais detalhadas com o Carlos, que coordena o trabalho de ajuda a gestantes pelo CELD-RJ e ele procurou embasamento com médicos espíritas amigos dele, taí uma colocação, tá ok?

Carlos, muita paz em seu coração.

Quanto ao seu questionamento:

Em primeiro lugar é melhor laquear que abortar.

O uso de anticoncepcionais tem seus riscos e, de repente, pode aparecer uma gravidez indesejada, pois sabe-se que mesmo pequena eles têm falhas.

De maneira geral, os anticoncepcionais hormonais na base de estrógenos obstruem uma ovulação normal, entretanto, modificam também o status do endométrio mucosa que reveste internamente o útero) prejudicando a nidação de um possível óvulo fecundado (aquele oriundo da falha possível e esperada).

Um endométrio que não apresente determinados requisitos anatômicos é incompatível com uma gestação, caracterizando, por conseguinte uma ação abortiva.

Laqueadura tubária e vasectomia também podem falhar, muitas vezes muito menos que os anticoncepcionais. Quando falham a gravidez irá ter continuidade normal. O ovo (óvulo fecundado pelo espermatozoide) se fixará normalmente no endométrio e seguirá crescendo nas quarenta semanas normais.

Deduções, ilações, interpretações e dor de consciência só conseguem quem realmente pensa no assunto.

Eu continuo receitando anticoncepcionais hormonais e os fisiológicos. Quando há certeza de prole completa, caso de terceira cesárea ou risco de vida para a paciente numa próxima gravidez, executo, a pedido dela, com aquiescência de mais dois colegas médicos obstetras a devidas laqueaduras. Esta é minha atitude. Que para mim, até o presente momento, é a melhor.

Gostaria de saber a opinião dos outros irmãos que foram inquiridos.

PAULO CURY, SEU AMIGO E IRMÃO

*Educar_011d_Tema  Planejamento Familiar conclusão*

Vamos concluir nosso tema

1 - Como podemos analisar o Planejamento Familiar, com base no que nos ensina a Doutrina Espírita?

R - Esse ponto do Planejamento Familiar é uma questão delicada, pois que não há na Doutrina Espírita uma conclusão específica sobre o assunto. O que podemos fazer é analisar usando a razão e os conhecimentos que os Benfeitores nos legaram, e que Kardec codificou. Dessa maneira, está dentro da Lei de Liberdade que o homem tem seu livre-arbítrio para decidir sobre sua vida, não sendo constrangido à nada que não queira fazer. Sendo assim, o homem tem liberdade para realizar seu Planejamento Familiar, desde que sejam observados os motivos pelos quais está agindo dessa ou daquela maneira. Se o que faz é movido por intenções puras e dentro da Lei de Caridade, ok, tudo bem, Mas, se é movido por egoísmo, orgulho, vaidade, até pode fazer, mas não terá boas consequências disto

2 - É lícito aos casais planejarem o número de filhos? De que modo fazer isso?

R - Sim, é lícito, desde que se observe o porquê está se fazendo isso. Existem muitos aspectos que devem ser observado, iniciando-se pelos aspectos sócio-econômicos. Não adianta querer ter muitos filhos, porque preciso resgatar e reajustar-me com eles, se não tenho condições de lhes dar a mínima estrutura para sua vida (alimentação, moradia, educação), assim como não é justificativa para não se ter filhos o fato de querer "curtir a vida a dois", ou outras que se utilizam por aí. Mais uma vez, é o bom senso, embasado pelas Leis que regem a harmonia do Universo que deve prevalecer nesse aspecto.

3 - Como podemos analisar a questão do casal que não pode ter filhos?

R - Todos nós estamos reencarnados no planeta Terra, que é um mundo de provas e expiações, porque temos muitas coisas a resgatar. Com certeza, o casal que não pode ter filhos, está passando por uma prova e ao mesmo tempo expiação, que lhe conduzirá ao necessário reajuste. Ao mesmo tempo, nessa posição são colocados, quase sempre (para não dizermos sempre), perto de crianças que não tem pais, a fim de que lhes cumpram esse papel, ajudando esses espíritos que renascem numa prova tão ou até maior que a enfrentada pelo casal.

4 - E a questão dos métodos contraceptivos, como analisá-la sob a ótica espírita?

R - Aqui também não temos uma posição definida na Doutrina Espírita, e vale dizer que mais uma vez o que deve prevalecer é o bom-senso. A questão não são os métodos contraceptivos (excetue-se aqui os métodos abortivos, visto que esses são total e absolutamente desaconselhados, visto que não impedem a fecundação, mas eliminam o embrião, o que constitui-se em um crime), mas o porque estão sendo utilizados. Se o objetivo é apenas a satisfação da sensualidade, a posição dos Benfeitores da Humanidade é contrária, visto que seriam um estímulo ao vício, e não uma questão de necessidade ou bom-senso.

Fiquem em paz!
Equipe Educar - CVDEE

Lu e Ivair - coordenadores


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