*Educar_012E - Tema Gestação, Parto e Adoção conclusão*
CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
Sala Virtual de Estudos Educar
Estudos destinados à família e educação no lar
Olá, amigos!!
Já tivemos bastante tempo para estudar sobre Gestação e Parto, certo?
Agora, vamos então concluir o tema?
*Questões para
estudo:*
1- Na fase embrionária e fetal, mesmo não havendo desenvolvimento
neurológico que permita ao cérebro registrar informações, o espírito através da
memória chamada extra cerebral registra informações e experiências captadas
pelo filtro materno do meio exterior. (Ricardo di Bernardi). Sendo assim qual
seria a melhor forma de pensamentos e atitudes da gestante com o feto?
R - Em qualquer situação, mas mais especificamente na gestação, os
melhores pensamentos e atitudes que podemos, e devemos ter, tanto mães quanto
pais, são aqueles que demonstrem, se não a aquisição já completa, mas ao menos
a busca do enobrecimento intelecto-moral. Em outras palavras, pensamentos e
atitudes que demonstrem a busca do Amor, da verdade, do Bom e do Belo, tanto em
relação ao Espírito que vem se aportar em nosso meio, quanto com relação à vida
e às pessoas em geral.
2-Qual a importância da prece ou mesmo do Evangelho no lar durante a
gestação?
R - Tanto a Prece quanto o Evangelho no Lar são excelentes meios de nos
mantermos em sintonia com nossos Benfeitores, fato esse que nos auxilia a
termos mais forças para prosseguirmos nossa caminhada, quanto para mantermos um
estado de equilíbrio e serenidade. Uma vez que o reencarnante é influenciado
por tudo que se passa no meio no qual está sendo inserido, a prática da Prece e
do Evangelho no Lar durante a gestação já vai criando esse hábito.
3-O desejo ardente e sincero da maternidade e ou paternidade, determina
que os candidatos a pais procurem soluções junto a ciência médica. Qual a sua
opinião sobre a gestação de aluguel?
R - Essa é uma questão complexa. Não existe nada específico na
Codificação à esse respeito. Uma vez que somos dotados de livre-arbítrio, aqui
é mais uma dessas questões onde o que deve prevalecer, acima de tudo, são o
bom-senso e a ética.
4- As encarnações são todas programadas ou existem aquelas que seriam
"acidentais" provenientes do livre arbítrio?
R - Depende do que se entende por reencarnação programada e
reencarnação acidental. É muito comum entre nós, espíritas, o conceito de que
"Nada ocorre por acaso". Dentro dessa linha de pensamento, as
gravidezes "acidentais", podem não ter tido todo o preparo que foi
dispensado às que rotulamos de programadas. No entanto, a união de dois
espíritos ou mais pelas vias da reencarnação sempre atende aos impositivos da
Lei de Causa e Efeito. Desta forma, todas teriam uma espécie de programação. Há
que se levar em conta, também, que o que chamamos de gravidez acidental, pode
ser acidental apenas do ponto de vista material, mas não do ponto de vista
espiritual.
5- O espiritismo seria contra a
reprodução assistida?
R - A Doutrina Espírita, em verdade, não se posiciona contra nada. Ela
nos esclarece à respeito de qualquer assunto, de qualquer área do conhecimento
humano. Nós, espíritas, é que vamos, com base nos esclarecimentos dados, nos
posicionar contra ou à favor de algo. Existem pontos que são de consenso geral (o
aborto, o suicídio, a eutanásia, a pena de morte, por exemplo), em que todos,
ou a grande maioria se posiciona do mesmo lado (nos exemplos citados, contra).
Já a reprodução assistida é um tema mais polêmico, no qual não devem deixar de prevalecer,
mais uma vez, o bom-senso e a ética.
6- E o papel do pai como seria em todo o processo de desenvolvimento da
gestação?
R - Tão importante e fundamental quanto o papel da mãe, uma vez que
ambos são responsáveis pelo processo educativo do reencarnante.
*Educar_012F_Tema Gestação, Parto e Adoção
conclusão 02*
Prosseguindo nossas conclusões, vamos encerrar, por enquanto, o estudo
do tema Adoção.
Como conclusão, estamos repassando um texto de autoria de Hermínio
Miranda, do livro Nossos Filhos são Espíritos, Cap. 9 - Reflexões sobre a
Adoção:
"(...)
É correto e aconselhável adotar crianças alheias?
A questão é bem mais complicada do que possa parecer à primeira vista,
e não creio que devamos propor para ela uma resposta maniqueísta, sim ou não,
preto ou branco. Como em tantas outras situações da vida, às vezes o melhor tom
é o cinzento, e não as alternativas radicais.
O primeiro aspecto à considerar é o cármico. Penso que já deu para
entender que os espíritos renascem com programas de vida bem detalhados e
específicos, para executar determinada tarefa, especialmente aquelas em que o
objetivo é o aprendizado ou reaprendizado do amor, como vimos anteriormente.
Sabemos que as leis de Deus são, ao mesmo tempo, severas e flexíveis, o
que significa que nào são punitivas, mas educativas, e que não impõem a
correção senão na medida suportável pela pessoa, a fim de não sobrecarregá-la
acima de suas forças. Se abusamos, por exemplo, da riqueza, é certo que vamos
ter uma ou mais existências de pobreza e dificuldades. Se usamos a beleza
física como arma ou instrumento de domínio, podemos contar com a feiura mais adiante.
Se esbanjamos de modo inconsequente a saúde, virão deficiências orgânicas. Se
tripudiamos sobre o amor que nos dedicaram pessoas abnegadas, é fácil prever
existência futura (talvez mais de uma) em que amargaremos a solidão, o desamor,
o abandono. A ação educativa vem, portanto, com os sinais trocados, na media de,
extensão e teor do ero cometido. Nem mais, nem menos, porque quando erramos
produzimos automaticamente um "molde" a ser utilizado pelos
mecanismos de reparação. Por isso, a palavra carma quer dizer ação e reação e,
por isso, alguns autores a chamam de Lei do Retorno. São maneiras diferentes de
explicar o mesmo conceito básico de que você é responsável por tudo quanto faz
de errado, e contabiliza a seu favor as boas ações praticadas, por mais insignificantes
que elas sejam. Tudo conta ponto, de um lado ou de outro, negativo ou positivo.
O resultado desse balanço é a nossa paz interior ou dos distúrbios emocionais
que ainda remanescem em nós, à espera de solução.
Segue-se que o espírito que nasce sob condições adversas tem algum
compromisso pendente por ali, mesmo porque a lei não impõe sacrifícios inúteis
ao inocente. Na sua fantástica complexidade, contudo, a lei é de uma lógica e
paradoxal simplicidade em tudo o que movimenta. Como dissemos há pouco, ela não
é de uma inflexibilidade incontornável. Por outro lado, ela não embaraça ou
desestimula o exercício da caridade, muito pelo contrário, deixa sempre espaço
para que entre em ação, a qualquer momento, a lei maior do amor ao próximo.
Isto quer dizer que não devemos cruzar os braços ante um doloroso caso social,
ante o sofrimento alheio, a penúria, a dor, a aflição, somente porque a pessoa
fez alguma coisa errada no passado e, portanto, merece o sofrimento que lhe foi
imposto. Não recusemos, jamais, a ajuda ao que sofre, sob o raciocínio
farisaico de que ele tem mesmo de sofrer para aprender. Qualquer um de nós, em
semelhante situação, gostaria de um gesto de solidariedade, de amor, de ajuda,
que nos aliviasse o sofrimento, por mais justo e merecido que ele seja. "O
amor - disse o apóstolo Pedro - cobre uma multidão de pecados." Muitas
vezes é o gesto fraterno de solidariedade e compreensão que vai disparar no
espírito alheio o dispositivo da aceitação, da conformação sem revolta, do estoicismo,
que compreendeu que os amplos territórios da felicidade começam logo ali
adiante, depois de percorrido o caminho estreito e espinhoso do sofrimento
regenerador.
Mas, afinal de contas, devemos ou não devemos adotar crianças?
Disse, há pouco, que não há respostas tipo preto ou branco, uma
excludente da outra. Acho que a melhor regra, nesses casos, é agir seguindo sua
intuição, após ouvir, no silêncio da meditação e da prece, sua voz interior.
Na minha opinião pessoal (Atenção: pessoal, não uma regra geral ou norma),
a adoção é a solução humana indicada para os recém-nascidos abandonados ou para
crianças entregues a asilos e orfanatos. (...) "
Que nós possamos refletir sobre isso e chegarmos às nossas próprias
conclusões.
Equipe Educar CVDEE
Lu e Ivair - Coordenadores
PRÓXIMO ESTUDO
educar_013a_Tema Aborto - estudo
Nenhum comentário:
Postar um comentário