terça-feira, 17 de janeiro de 2017

*Educar_012E/F - Tema Gestação, Parto e Adoção conclusão*

*Educar_012E - Tema Gestação, Parto e Adoção conclusão*

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
 Sala Virtual de Estudos Educar
Estudos destinados à família e educação no lar

Olá, amigos!!
Já tivemos bastante tempo para estudar sobre Gestação e Parto, certo?
Agora, vamos então concluir o tema?

*Questões para  estudo:*

1- Na fase embrionária e fetal, mesmo não havendo desenvolvimento neurológico que permita ao cérebro registrar informações, o espírito através da memória chamada extra cerebral registra informações e experiências captadas pelo filtro materno do meio exterior. (Ricardo di Bernardi). Sendo assim qual seria a melhor forma de pensamentos e atitudes da gestante com o feto?

R - Em qualquer situação, mas mais especificamente na gestação, os melhores pensamentos e atitudes que podemos, e devemos ter, tanto mães quanto pais, são aqueles que demonstrem, se não a aquisição já completa, mas ao menos a busca do enobrecimento intelecto-moral. Em outras palavras, pensamentos e atitudes que demonstrem a busca do Amor, da verdade, do Bom e do Belo, tanto em relação ao Espírito que vem se aportar em nosso meio, quanto com relação à vida e às pessoas em geral.

2-Qual a importância da prece ou mesmo do Evangelho no lar durante a gestação?

R - Tanto a Prece quanto o Evangelho no Lar são excelentes meios de nos mantermos em sintonia com nossos Benfeitores, fato esse que nos auxilia a termos mais forças para prosseguirmos nossa caminhada, quanto para mantermos um estado de equilíbrio e serenidade. Uma vez que o reencarnante é influenciado por tudo que se passa no meio no qual está sendo inserido, a prática da Prece e do Evangelho no Lar durante a gestação já vai criando esse hábito.

3-O desejo ardente e sincero da maternidade e ou paternidade, determina que os candidatos a pais procurem soluções junto a ciência médica. Qual a sua opinião sobre a gestação de aluguel?

R - Essa é uma questão complexa. Não existe nada específico na Codificação à esse respeito. Uma vez que somos dotados de livre-arbítrio, aqui é mais uma dessas questões onde o que deve prevalecer, acima de tudo, são o bom-senso e a ética.

4- As encarnações são todas programadas ou existem aquelas que seriam "acidentais" provenientes do livre arbítrio?

R - Depende do que se entende por reencarnação programada e reencarnação acidental. É muito comum entre nós, espíritas, o conceito de que "Nada ocorre por acaso". Dentro dessa linha de pensamento, as gravidezes "acidentais", podem não ter tido todo o preparo que foi dispensado às que rotulamos de programadas. No entanto, a união de dois espíritos ou mais pelas vias da reencarnação sempre atende aos impositivos da Lei de Causa e Efeito. Desta forma, todas teriam uma espécie de programação. Há que se levar em conta, também, que o que chamamos de gravidez acidental, pode ser acidental apenas do ponto de vista material, mas não do ponto de vista espiritual.

 5- O espiritismo seria contra a reprodução assistida?

R - A Doutrina Espírita, em verdade, não se posiciona contra nada. Ela nos esclarece à respeito de qualquer assunto, de qualquer área do conhecimento humano. Nós, espíritas, é que vamos, com base nos esclarecimentos dados, nos posicionar contra ou à favor de algo. Existem pontos que são de consenso geral (o aborto, o suicídio, a eutanásia, a pena de morte, por exemplo), em que todos, ou a grande maioria se posiciona do mesmo lado (nos exemplos citados, contra). Já a reprodução assistida é um tema mais polêmico, no qual não devem deixar de prevalecer, mais uma vez, o bom-senso e a ética.

6- E o papel do pai como seria em todo o processo de desenvolvimento da gestação?

R - Tão importante e fundamental quanto o papel da mãe, uma vez que ambos são responsáveis pelo processo educativo do reencarnante.

*Educar_012F_Tema Gestação, Parto e Adoção conclusão 02*

Prosseguindo nossas conclusões, vamos encerrar, por enquanto, o estudo do tema Adoção.
Como conclusão, estamos repassando um texto de autoria de Hermínio Miranda, do livro Nossos Filhos são Espíritos, Cap. 9 - Reflexões sobre a Adoção:

"(...)
É correto e aconselhável adotar crianças alheias?

A questão é bem mais complicada do que possa parecer à primeira vista, e não creio que devamos propor para ela uma resposta maniqueísta, sim ou não, preto ou branco. Como em tantas outras situações da vida, às vezes o melhor tom é o cinzento, e não as alternativas radicais.

O primeiro aspecto à considerar é o cármico. Penso que já deu para entender que os espíritos renascem com programas de vida bem detalhados e específicos, para executar determinada tarefa, especialmente aquelas em que o objetivo é o aprendizado ou reaprendizado do amor, como vimos anteriormente.

Sabemos que as leis de Deus são, ao mesmo tempo, severas e flexíveis, o que significa que nào são punitivas, mas educativas, e que não impõem a correção senão na medida suportável pela pessoa, a fim de não sobrecarregá-la acima de suas forças. Se abusamos, por exemplo, da riqueza, é certo que vamos ter uma ou mais existências de pobreza e dificuldades. Se usamos a beleza física como arma ou instrumento de domínio, podemos contar com a feiura mais adiante. Se esbanjamos de modo inconsequente a saúde, virão deficiências orgânicas. Se tripudiamos sobre o amor que nos dedicaram pessoas abnegadas, é fácil prever existência futura (talvez mais de uma) em que amargaremos a solidão, o desamor, o abandono. A ação educativa vem, portanto, com os sinais trocados, na media de, extensão e teor do ero cometido. Nem mais, nem menos, porque quando erramos produzimos automaticamente um "molde" a ser utilizado pelos mecanismos de reparação. Por isso, a palavra carma quer dizer ação e reação e, por isso, alguns autores a chamam de Lei do Retorno. São maneiras diferentes de explicar o mesmo conceito básico de que você é responsável por tudo quanto faz de errado, e contabiliza a seu favor as boas ações praticadas, por mais insignificantes que elas sejam. Tudo conta ponto, de um lado ou de outro, negativo ou positivo. O resultado desse balanço é a nossa paz interior ou dos distúrbios emocionais que ainda remanescem em nós, à espera de solução.

Segue-se que o espírito que nasce sob condições adversas tem algum compromisso pendente por ali, mesmo porque a lei não impõe sacrifícios inúteis ao inocente. Na sua fantástica complexidade, contudo, a lei é de uma lógica e paradoxal simplicidade em tudo o que movimenta. Como dissemos há pouco, ela não é de uma inflexibilidade incontornável. Por outro lado, ela não embaraça ou desestimula o exercício da caridade, muito pelo contrário, deixa sempre espaço para que entre em ação, a qualquer momento, a lei maior do amor ao próximo. Isto quer dizer que não devemos cruzar os braços ante um doloroso caso social, ante o sofrimento alheio, a penúria, a dor, a aflição, somente porque a pessoa fez alguma coisa errada no passado e, portanto, merece o sofrimento que lhe foi imposto. Não recusemos, jamais, a ajuda ao que sofre, sob o raciocínio farisaico de que ele tem mesmo de sofrer para aprender. Qualquer um de nós, em semelhante situação, gostaria de um gesto de solidariedade, de amor, de ajuda, que nos aliviasse o sofrimento, por mais justo e merecido que ele seja. "O amor - disse o apóstolo Pedro - cobre uma multidão de pecados." Muitas vezes é o gesto fraterno de solidariedade e compreensão que vai disparar no espírito alheio o dispositivo da aceitação, da conformação sem revolta, do estoicismo, que compreendeu que os amplos territórios da felicidade começam logo ali adiante, depois de percorrido o caminho estreito e espinhoso do sofrimento regenerador.

Mas, afinal de contas, devemos ou não devemos adotar crianças?

Disse, há pouco, que não há respostas tipo preto ou branco, uma excludente da outra. Acho que a melhor regra, nesses casos, é agir seguindo sua intuição, após ouvir, no silêncio da meditação e da prece, sua voz interior.

Na minha opinião pessoal (Atenção: pessoal, não uma regra geral ou norma), a adoção é a solução humana indicada para os recém-nascidos abandonados ou para crianças entregues a asilos e orfanatos. (...) "

Que nós possamos refletir sobre isso e chegarmos às nossas próprias conclusões.
 Equipe Educar CVDEE

Lu e Ivair - Coordenadores

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