segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

CURSO INTERNET *17ª-Aula* *PREOCUPAÇÃO COM A MORTE* /*RETORNO À VIDA CORPORAL*

CURSO INTERNET

*2ª PARTE*

*CURSO PARA PRINCIPIANTES NA DOUTRINA ESPÍRITA*

Maria Cotroni Valenti


*2ª Parte*


*17ª-Aula*

*PREOCUPAÇÃO COM A MORTE*

*Parte A*

A preocupação com a morte é fruto da persistência de uma crença errônea, imposta à humanidade desde tempos remotos.

A existência do Inferno e do Paraíso, do pecado mortal que leva ao inferno, o fogo eterno que queima constantemente sem destruir, é uma crença que leva a uma insegurança muito grande para a hora da morte e para depois da morte.

O que também amedronta o ser humano é a dúvida do futuro quanto ao deixar na Terra as suas afeições e todas as suas esperanças.

Para aquele que recebe esclarecimento sobre a justiça e a bondade de Deus, a fé lhe dá a esperança de melhoria no futuro e a segurança de que não encontrará no mundo que vai entrar nenhum olhar que deve temer.

O homem que se elevou acima das necessidades artificiais criadas pelas paixões tem, desde este mundo prazeres ignorados pelo homem material. A moderação de seus desejos dá-lhe calma e serenidade. Ele se sente feliz com o bem que conseguiu fazer. Não tem problemas de
consciência, por isso não teme as decepções.

*Pergunta 961 – LE* – “No momento da morte, qual o sentimento que domina a maioria das pessoas?

*Resposta:* A dúvida para os céticos endurecidos; o medo para os culpados; a esperança para as pessoas de bem.”

*DIA DOS MORTOS – FUNERAIS*

É importante a visita aos túmulos no dia que se comemora o dia dos mortos – Finados?

Kardec nos leva a compreender que depende do grau de elevação de cada Espírito. Os esclarecidos sentem-se mais beneficiados com uma prece sincera. Sentem-se felizes ao acompanharem a nossa evolução, principalmente se é fruto de exemplos e ensinamentos que nos deixaram. Como sabemos, o pensamento é o meio que temos para ligações e comunicações com os Espíritos. Isso pode acontecer em qualquer lugar.

As visitas aos túmulos e as comemorações só são importantes para os encarnados e também para os desencarnados que se prendem ainda às ilusões da matéria. O mesmo acontece com os túmulos pomposos, as estátuas erguidas em sua homenagem. Assim também com os funerais luxuosos.

*Perg. 327 – LE*“O Espírito assiste ao seu enterro?

*Resposta*: Muito frequentemente assiste, mas muitas vezes não percebe o que se passa se ainda estiver muito perturbado.”

Kardec também diz que, quase sempre os recém desencarnados assistem às reuniões e acertos de seus herdeiros. É ai que se conhecem a sinceridade, a realidade e os interesses. Diz que Deus permite isso para lhe servir de experiências.

É comum ouvir-se após o desencarne: Fulano estava sofrendo muito. Morreu, descansou - Será?

Kardec diz que o Espírito culpado e consciente poderá não sofrer mais as dores físicas, mas segundo as faltas que tenha cometido, pode ter dores morais cruciantes enquanto está no plano Espiritual. E na nova existência poderá ser infeliz.

O mau rico poderá passar a esmolar e estar submetido às provações de miséria. O orgulhoso terá que se submeter a situações de humilhações. Aquele que abusa de sua autoridade, tratando os subalternos com desprezo e dureza, será forçado a obedecer a um chefe tão duro quanto ele tenha sido.

Por isso, as confissões, o arrependimento e as penitências na hora da morte, podem conscientizar, mas não livra das necessidades de correções. Porém, sabemos que Deus é amor e fazemos parte de sua criação.

Assim, podemos confiar na providência Divina. Tudo o que poderá nos acontecer, em qualquer hora, não só na morte, será dentro de nossas condições de superação.

Quanto aos mortos, na verdade, precisamos ter e sentir por eles muito respeito. Por pior que eles tenham sido na Terra, não temos o direito de critica-los e nem agredi-los com vibrações negativas. Temos que pensar sempre na caridade que manda esquecer o mal e sempre que possível, ajudá-los a evoluir. Pensando e falando mal deles, só vamos prejudicá-los, irritá-los e até voltá-los contra nós.

*Parte B*

*RETORNO À VIDA CORPORAL*

Os Espíritos sabem em que época terão de reencarnar?

O Livro dos Espíritos diz que, assim como um cego percebe quando se aproxima do fogo, os Espíritos desencarnados sabem que terão que retornar ao corpo. Assim sendo o encarnado sabe que um dia terá que morrer, mas ignora quando isso se dará.

Muitos Espíritos, em razão de seu estado ainda inferior, não compreendem tais necessidades e a incerteza que tem do futuro é motivo de sofrimentos.

O Espírito pode por sua vontade apressar o momento de sua reencarnação. Do mesmo modo pode aumentar esse tempo.

Aquele que prolonga o seu tempo na erraticidade, por medo ou comodismo, age igual ao doente que recusa o remédio amargo que poderá curá-lo. Por tanto, é responsável pelas consequências.

Cedo ou tarde sentirá a necessidade de progredir, é quando lamentará o tempo perdido.

Ninguém foge à Lei de Deus.

A união do Espírito com um determinado corpo pode ser imposta, dependendo de sua necessidade em resgatar certos erros, mas isso acontece quando é atrasado a ponto de não ter condições de entender e aceitar livremente.

*OBS:* Existe certa confusão quando se diz que todos os nossos sofrimentos foram escolhidos por nós ao reencarnarmos. Nem sempre é assim. Ao cometermos certos erros, injustiças, etc., estamos determinando as consequências que teremos. É igual quando assinamos uma promissória. Teremos de pagar por ela de qualquer forma. Ao acertarmos a nova encarnação os sofrimentos aparecem como na tela de um computador. Dependendo da gravidade dos mesmos e de nossas condições de compreender, podemos fazer um acordo, acertando a forma de resgatar. “É essa nossa escolha” sem fugir ao compromisso.

Se formos ignorantes ou rebeldes, alguém capacitado fará isso por nós. São as expiações compulsórias, que nos são impostas, mas, sempre respeitando nossas necessidade e possibilidades de suportar e superar.

Somos assistidos e amparados mais do que imaginamos. Quando a nossa força não é suficiente, vamos amadurecer. Reforçar-nos para depois assumir.

Não podemos esquecer aqueles Espíritos que veem à Terra com tarefas definidas. Já têm compreensão e responsabilidades. Por isso podem assumir posições elevadas dentro das necessidades do progresso do planeta. Assumem e realizam com muito êxito e as vezes com sofrimentos.

*A BOA E A MÁ INTENÇÃO*

Não basta ter aparência de pureza. É preciso antes de tudo ter pureza no coração.

É fácil passarmos por uma imagem boa, sermos simpáticos (mesmo entre os Espíritas isso é comum). Somos atenciosos, falamos com conhecimento. Podemos aparentar verdadeiros discípulos do Evangelho, mas só na aparência. Na realidade os pensamentos íntimos podem ser completamente opostos à Lei de Deus. Às vezes nos enganamos a nós mesmos. Acreditamos que somos bons.

A palavra adultério não deve ser entendida só no caso de traição entre marido e mulher. Ela deve ser aplicada no sentido geral. Todo pensamento negativo é uma adulteração da estabilidade do pensamento Divino. Mesmo quando ele é contra nós mesmos. Adulterar é falsificar e também pensar com malícia ou maldade. Porque toda a Criação Divina é perfeita.

Nós somos ainda atrasados, mas à medida que vamos despertando, vamos avançando nos conhecimentos e evoluindo Espiritualmente.

O Evangelho fala o seguinte: Todo mal pensamento mostra a imperfeição da alma, mas sempre nos oferece a oportunidade de repeli-lo, e quando isso acontece, é um bom passo acima.

Jesus diz que quem já tem conquista, não tem malícia ao pensar. Quem tem noção do mal, pensa, mas repele. Aquele que atende a má intenção demonstra o atraso espiritual.

O primeiro já tem a conquista pronta.

O segundo sabe que precisa fazer a conquista.

O terceiro é atrasado em pensamentos e atos.

Muitas vezes, não agimos porque não podemos, mas gostaríamos de poder agir. Outras vezes não temos oportunidades.

Burlar a Lei de Deus é comum ao ser humano é só questão de oportunidade.

Quantas vezes chegamos a invejar aquele que está agindo errado, os políticos e outros mais só porque vemos vantagens materiais.


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