CURSO INTERNET
*2ª PARTE*
*CURSO PARA PRINCIPIANTES NA DOUTRINA ESPÍRITA*
Maria Cotroni Valenti
*2ª Parte*
*17ª-Aula*
*PREOCUPAÇÃO COM A
MORTE*
*Parte A*
A preocupação com
a morte é fruto da persistência de uma crença errônea, imposta à humanidade
desde tempos remotos.
A existência do
Inferno e do Paraíso, do pecado mortal que leva ao inferno, o fogo eterno que queima
constantemente sem destruir, é uma crença que leva a uma insegurança muito
grande para a hora da morte e para depois da morte.
O que também
amedronta o ser humano é a dúvida do futuro quanto ao deixar na Terra as suas afeições
e todas as suas esperanças.
Para aquele que
recebe esclarecimento sobre a justiça e a bondade de Deus, a fé lhe dá a esperança
de melhoria no futuro e a segurança de que não encontrará no mundo que vai
entrar nenhum olhar que deve temer.
O homem que se
elevou acima das necessidades artificiais criadas pelas paixões tem, desde este
mundo prazeres ignorados pelo homem material. A moderação de seus desejos
dá-lhe calma e serenidade. Ele se sente feliz com o bem que conseguiu fazer.
Não tem problemas de
consciência, por
isso não teme as decepções.
*Pergunta 961 – LE* – “No momento da morte,
qual o sentimento que domina a maioria das pessoas?
*Resposta:* A dúvida para os céticos endurecidos; o medo para
os culpados; a esperança para as pessoas de bem.”
*DIA DOS MORTOS –
FUNERAIS*
É importante a
visita aos túmulos no dia que se comemora o dia dos mortos – Finados?
Kardec nos leva a
compreender que depende do grau de elevação de cada Espírito. Os esclarecidos
sentem-se mais beneficiados com uma prece sincera. Sentem-se felizes ao acompanharem
a nossa evolução, principalmente se é fruto de exemplos e ensinamentos que nos deixaram.
Como sabemos, o pensamento é o meio que temos para ligações e comunicações com os
Espíritos. Isso pode acontecer em qualquer lugar.
As visitas aos
túmulos e as comemorações só são importantes para os encarnados e também para
os desencarnados que se prendem ainda às ilusões da matéria. O mesmo acontece
com os túmulos pomposos, as estátuas erguidas em sua homenagem. Assim também
com os funerais luxuosos.
*Perg. 327 – LE* – “O Espírito
assiste ao seu enterro?
*Resposta*: Muito frequentemente assiste, mas
muitas vezes não percebe o que se passa se ainda estiver muito perturbado.”
Kardec também diz
que, quase sempre os recém desencarnados assistem às reuniões e acertos de seus
herdeiros. É ai que se conhecem a sinceridade, a realidade e os interesses. Diz
que Deus permite isso para lhe servir de experiências.
É comum ouvir-se
após o desencarne: Fulano estava sofrendo muito. Morreu, descansou - Será?
Kardec diz que o
Espírito culpado e consciente poderá não sofrer mais as dores físicas, mas segundo
as faltas que tenha cometido, pode ter dores morais cruciantes enquanto está no
plano Espiritual. E na nova existência poderá ser infeliz.
O mau rico poderá
passar a esmolar e estar submetido às provações de miséria. O orgulhoso terá
que se submeter a situações de humilhações. Aquele que abusa de sua autoridade,
tratando os subalternos com desprezo e dureza, será forçado a obedecer a um
chefe tão duro quanto ele tenha sido.
Por isso, as
confissões, o arrependimento e as penitências na hora da morte, podem conscientizar,
mas não livra das necessidades de correções. Porém, sabemos que Deus é amor e fazemos
parte de sua criação.
Assim, podemos
confiar na providência Divina. Tudo o que poderá nos acontecer, em qualquer hora,
não só na morte, será dentro de nossas condições de superação.
Quanto aos mortos,
na verdade, precisamos ter e sentir por eles muito respeito. Por pior que eles
tenham sido na Terra, não temos o direito de critica-los e nem agredi-los com
vibrações negativas. Temos que pensar sempre na caridade que manda esquecer o
mal e sempre que possível, ajudá-los a evoluir. Pensando e falando mal deles,
só vamos prejudicá-los, irritá-los e até voltá-los contra nós.
*Parte B*
*RETORNO À VIDA
CORPORAL*
Os Espíritos sabem
em que época terão de reencarnar?
O Livro dos
Espíritos diz que, assim como um cego percebe quando se aproxima do fogo, os Espíritos
desencarnados sabem que terão que retornar ao corpo. Assim sendo o encarnado
sabe que um dia terá que morrer, mas ignora quando isso se dará.
Muitos Espíritos,
em razão de seu estado ainda inferior, não compreendem tais necessidades e a incerteza
que tem do futuro é motivo de sofrimentos.
O Espírito pode
por sua vontade apressar o momento de sua reencarnação. Do mesmo modo pode
aumentar esse tempo.
Aquele que
prolonga o seu tempo na erraticidade, por medo ou comodismo, age igual ao
doente que recusa o remédio amargo que poderá curá-lo. Por tanto, é responsável
pelas consequências.
Cedo ou tarde
sentirá a necessidade de progredir, é quando lamentará o tempo perdido.
Ninguém foge à Lei
de Deus.
A união do
Espírito com um determinado corpo pode ser imposta, dependendo de sua necessidade
em resgatar certos erros, mas isso acontece quando é atrasado a ponto de não
ter condições de entender e aceitar livremente.
*OBS:* Existe certa confusão quando se diz que
todos os nossos sofrimentos foram escolhidos por nós ao reencarnarmos. Nem sempre
é assim. Ao cometermos certos erros, injustiças, etc., estamos determinando as consequências
que teremos. É igual quando assinamos uma promissória. Teremos de pagar por ela
de qualquer forma. Ao acertarmos a nova encarnação os sofrimentos aparecem como
na tela de um computador. Dependendo da gravidade dos mesmos e de nossas
condições de compreender, podemos fazer um acordo, acertando a forma de resgatar.
“É essa nossa escolha” sem fugir ao compromisso.
Se formos
ignorantes ou rebeldes, alguém capacitado fará isso por nós. São as expiações compulsórias,
que nos são impostas, mas, sempre respeitando nossas necessidade e possibilidades
de suportar e superar.
Somos assistidos e
amparados mais do que imaginamos. Quando a nossa força não é suficiente, vamos amadurecer.
Reforçar-nos para depois assumir.
Não podemos
esquecer aqueles Espíritos que veem à Terra com tarefas definidas. Já têm compreensão
e responsabilidades. Por isso podem assumir posições elevadas dentro das necessidades
do progresso do planeta. Assumem e realizam com muito êxito e as vezes com sofrimentos.
*A BOA E A MÁ
INTENÇÃO*
Não basta ter
aparência de pureza. É preciso antes de tudo ter pureza no coração.
É fácil passarmos
por uma imagem boa, sermos simpáticos (mesmo entre os Espíritas isso é comum).
Somos atenciosos, falamos com conhecimento. Podemos aparentar verdadeiros discípulos
do Evangelho, mas só na aparência. Na realidade os pensamentos íntimos podem
ser completamente opostos à Lei de Deus. Às vezes nos enganamos a nós mesmos.
Acreditamos que somos bons.
A palavra
adultério não deve ser entendida só no caso de traição entre marido e mulher.
Ela deve ser aplicada no sentido geral. Todo pensamento negativo é uma
adulteração da estabilidade do pensamento Divino. Mesmo quando ele é contra nós
mesmos. Adulterar é falsificar e também pensar com malícia ou maldade. Porque
toda a Criação Divina é perfeita.
Nós somos ainda
atrasados, mas à medida que vamos despertando, vamos avançando nos conhecimentos
e evoluindo Espiritualmente.
O Evangelho fala o
seguinte: Todo mal pensamento mostra a imperfeição da alma, mas sempre nos
oferece a oportunidade de repeli-lo, e quando isso acontece, é um bom passo
acima.
Jesus diz que quem
já tem conquista, não tem malícia ao pensar. Quem tem noção do mal, pensa, mas
repele. Aquele que atende a má intenção demonstra o atraso espiritual.
O primeiro já tem
a conquista pronta.
O segundo sabe que
precisa fazer a conquista.
O terceiro é
atrasado em pensamentos e atos.
Muitas vezes, não
agimos porque não podemos, mas gostaríamos de poder agir. Outras vezes não
temos oportunidades.
Burlar a Lei de
Deus é comum ao ser humano é só questão de oportunidade.
Quantas vezes
chegamos a invejar aquele que está agindo errado, os políticos e outros mais só
porque vemos vantagens materiais.
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