segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

*CURSO INTERNET* *EUTANASIA À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA*

*CURSO INTERNET*

*1ª PARTE*

*CURSO PARA PRINCIPIANTES NA DOUTRINA ESPÍRITA*

Maria Cotroni Valenti



*11ª. AULA*

*PARTE A*

*EUTANÁSIA À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA*

Todos já ouvimos falar, inclusive já argumentamos sobre a eutanásia.

Essa palavra pode ter dois sentidos.

Comumente ela é usada como a prática pela qual se busca abreviar a vida de um doente irrecuperável.

Mas ela é também aplicada para livrar da morte lenta e dolorosa.

A prática, a eutanásia não é uma novidade.

Era usada na Grécia e na Roma antiga onde se sacrificavam os gladiadores e os guerreiros muito feridos.

Fazia-se isso como princípio de caridade.

Eliminavam até os muito velhos quando acreditavam que não serviam para mais nada.

Hipocrates, considerado o pai da medicina, viveu muito antes de Cristo.

Ditou um código de juramento: “A ninguém darei para agradar, remédio mortal, nem conselho algum que o conduza à destruição”. Isso quer dizer que a ética da medicina reprova esta atitude.

O evangelho diz: Quem nos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus?

Nunca se sabe o que está reservado para aqueles últimos momentos.

Também reprova quando diz: A ciência médica tem o dever de preservar a vida em toda e qualquer circunstância e não pode eliminar o doente.

Num congresso de médicos Espíritas em Santos, O diretor do I.M.L. na época apresentou a seguinte tese: - “O ser humano vem ao mundo naturalmente. Traz os recursos naturais e necessários para a vida. Tem o direito de usar esses recursos até se esgotarem. Portanto não pode ser eliminado antes de esgotá-los. A morte não pode ser precipitada. E dentro dessa mesma tese está o seguinte: Devem-se aplicar todos os recursos para aliviar as dores e outros incômodos até a morte natural, sem usar artifícios para prolongar a vida (maquinas e aparelhos). Porque tem que ser respeitado o direito de morrer assim que terminar os recursos naturais. Isso quer dizer: não prolongar e não cortar”.

Segundo a doutrina Espírita - Cada Espírito traz para a Terra, em cada existência, o fruto da própria semeadura.

Aqueles momentos dolorosos que a medicina não lhe pode poupar fazem parte da experiência que ele busca.

Ele pode meditar mais profundamente, perdoar, arrepender-se do mal praticado, cair em si, se livrar de certas ilusões, e outras coisas. Se precipitar a morte ele perde essa chance.

Além do que, os fluidos vitais que ainda lhe restam no corpo podem ser explorados por
Espíritos atrasados.

(Fonte: Diálogo dos Vivos / Religião dos Espíritos - Chico Xavier)

*PARTE B*

*PERDA DE ENTES QUERIDOS*

Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em
Cristo. (Paulo I – Coríntios 15:22)

A nossa vida verdadeira e definitiva é no mundo espiritual.

Isso já não é mais novidade mas, nós precisamos da vida material para aprender na pratica.

Somos viajantes e ao mesmo tempo estagiários. Aqui aprendemos e também realizamos muito.

Trabalhamos de maneira desenfreada e sofremos muito porque somos ignorantes e ainda desequilibrados.

Cansamos, sofremos, então é natural e justo que quando completamos o período do estágio voltemos para casa, para o nosso verdadeiro lar.

Seríamos injustiçados se nos obrigassem a ficar sem um intervalo para buscarmos novos e diferentes recursos, para depois começar tudo de novo.

Então a morte é uma pausa para o Espírito se recompor e aprender mais.

Enquanto errante o Espírito está aprendendo. Está se preparando para uma encarnação numa posição mais adiantada e mais próxima de Deus.

Será que sofremos pela morte em si ou pela separação?

Se alguém muito querido nosso, para cumprir a sua programação de vida precisar viajar, morar num lugar muito distante onde a comunicação é precária e a possibilidade de retorno é muito difícil, nós sofreremos?

O sofrimento desta separação temporária é o mesmo tipo de sofrimento que vivenciamos no caso de morte de um ente querido?

Nós pensamos que não. Temos a ideia de que não é o fim. Que a pessoa não morreu e que a vida poderá aproximar-nos novamente.

Esta esperança nos dá uma certa conformação.

A morte também não é o fim.

A distância não existe depois da morte.

Estamos nos enganando quando acreditamos que perdemos alguém.

Somos eternos, não morremos nunca.

Quando não conseguimos a cura do corpo físico aqui na Terra , vamos nos curar do lado de lá. Em pouco tempo estaremos de volta às atividades e ao convívio com as pessoas que amamos.

Aqueles aos quais erradamente chamamos de mortos podem nos ouvir, ver e até nos inspirar.

Podemos nos ligar com eles pelo pensamento e principalmente pela prece.

Podemos enviar-lhes forças/energias através de vibrações, pelo amor e pela fé.

De início podemos prestar-lhes esclarecimentos dizendo que ele não está mais doente.

Devemos orientá-los a recorrer a Deus. A ter fé.

Depois eles passam a nos inspirar e nos ajudar.

Em breve nos uniremos novamente do outro lado da vida.

(Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo)



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