segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

*nl08_003_Evoluçao e Corpo Espiritual* *Livro em Estudo: Evolução em Dois Mundos*

*nl08_003_Evoluçao e Corpo Espiritual*

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo

Sala Virtual de Estudos André Luiz
Estudo das obras do Espírito André Luiz


*Livro em Estudo: Evolução em Dois Mundos*

*Primeira Parte*

*Capítulo III - Evolução e Corpo Espiritual*

PRIMÓRDIOS DA VIDA - Procurando fixar ideias seguras acerca do corpo espiritual, será preciso remontarmos, de algum modo, aos primórdios da vida na Terra, quando mal cessavam as convulsões telúricas, pelas quais os Ministros Angélicos da Sabedoria Divina, com a supervisão do Cristo de Deus, lançaram os fundamentos da vida no corpo ciclópico do Planeta.

A matéria elementar, de que o eletrão é um dos corpúsculos-base, na facha de experiência evolutiva sob nossa análise, acumulada sobre si mesma, ao sopro criador da Eterna Inteligência, dera nascimento à província terrestre, no Estado Solar a que pertencemos, cujos fenômenos de formação original não conseguimos por agora abordar em sua mais íntima estrutura.

A imensa fornalha atômica estava habilitada a receber as sementes da vida e, sob o impulso dos Gênios Construtores, que operavam no orbe nascituro, vemos o seio da Terra recoberto de mares mornos, invadido por gigantesca massa viscosa a espraiar-se no colo da paisagem primitiva.

Dessa geleira cósmica, verte o princípio inteligente, em suas primeiras manifestações...
Trabalhadas, no transcurso de milênios, pelos operários espirituais que lhes magnetizam os valores, permutando-os entre si, sob a ação do calor interno e do frio exterior, as monadas celestes exprimem-se no mundo através da rede filamentosa do protoplasma de que se lhes derivaria a existência organizada no Globo constituído.
Séculos de atividade silenciosa perpassam, sucessivos...

NASCIMENTO DO REINO VEGETAL - Aparecem os vírus e, com eles, sorgo o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou monadas fundamentais, que se destacam d substância viva, por centros microscópicos de força positiva, estimulando a divisão cariocinética.

Evidenciam-se, desde então, as bactérias rudimentares, cujas espécies se perderam nos alicerces profundos da evolução, lavrando os minerais na construção do solo, dividindo-se por raças e grupos numerosos, plasmando pela reprodução assexuada, as células primevas, que se responsabilizariam pelas eclosões do reino vegetal em seu início.

Milênios e milênios chegam e passam...

FORMAÇÃO DAS ALGAS - Sustentado pelos recursos da vida que na bactéria e na célula se constituem do líquido protoplásmico, o princípio inteligente nutre-se agora na clorofila, que revela um átomo de magnésio em cada molécula, precedendo a constituição do sangue de que se alimentará no reino animal.

O tempo age sem pressa, em vagarosa movimentação no berço da Humanidade, e aparecem as algas nadadoras, quase invisíveis, com as suas caudas flexuosas, circulando no corpo das águas, vestidas em membranas celulósicas, e mantendo-se à custa de resíduos minerais, dotadas de extrema motilidade e sensibilidade, como formas monocelulares em que a monadas já evoluída se ergue à estágio superior.

Todavia, são plantas ainda e que até hoje persistem na Terra, como filtros de evolução primária dos princípios inteligentes em constante expansão, mas plantas super evolvidas nos domínios da sensação e do instinto embrionário, guardando o magnésio da clorofila como atestado da espécie.

Sucedendo-as, por ordem, emergem as algas verdes de feição pluricelular, com novo núcleo a salientar-se, inaugurando a reprodução sexuada e estabelecendo vigorosos embates nos quais a morte comparece, na esfera de luta, provocando metamorfoses contínuas, que perdurarão, no decurso das eras, em dinamismo profundo, mantendo edificação das formas do porvir.

DOS ARTRÓPODOS AOS DROMATÉRIOS E ANFITÉRIOS - Mais tarde, assinalamos o ingresso da monadas, a que nos referimos, nos domínios dos artrópodes, de exoesqueleto quitinoso, cujo sangue diferenciado acusa um átomo de cobre em sua estrutura molecular, para, em seguida, surpreendê-la, guindada à condição de crisálida da consciência, no reino dos animais superiores, em cujo sangue - condensação das forças que alimentam o veículo da inteligência no império da alma - detém a hemoglobina por pigmento básico, demonstrando o parentesco inalienável das individuações do espírito, nas mutações da forma que atende ao progresso incessante da Criação Divina.

Das cristalizações atômicas e dos minerais, dos vírus e do protoplasma, das bactérias e das amebas, das algas e dos vegetais, do período pré-cambrico aos fetos e Pas licopodiáceas, aos tirlobites e cistáceos, aos cefalópodes, foraminíferos e radiolários dos terrenos silurianos, o princípio espiritual atingiu os espongiários e celenterados da era paleozoica, esboçando a estrutura esquelética.

Avançando pelos equinodermos e crustáceos, entre os quais ensaiou, durante milênios, o sistema vascular e o sistema nervoso, caminhou na direção dos ganóides e teleósteos, arquegossauros e labirintodontes para culminar nos grandes lacedrtinos e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior, chegando á época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos, procedentes dos réoteis teromorfos.

Viajando sempre, adquire entre os dromatérios e anfitérios os rudimentos das reações psicológicas superiores, incorporando as conquistas do instinto e da inteligência.

FAIXAS INAUGURAIS DA RAZÃO - Estagiando nos marsupiais e cetáceos do eoceno médio, nos rinocerotídeos, cervídeos =, antilopídeos, equídeos, canídeos, prosboscídeos e antropóides inferiores do mioceno e exteriorizando-se nos mamíferos mais nobres do plioceno, incorpora aquisições de importância entre os megatérios e mamutes, precursores da fauna atual da Terra, e, alcançando os pitecantropóides da era quaternária, que antecederam as embrionárias civilizações paleolíticas, a mônada vertida do Plano Espiritual sobre o Plano Físico atravessou os mais rudes crivos da adaptação e seleção, assimilando os valores múltiplos da organização, da reprodução, da mem´ria, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da razão.

ELOS DESCONHECIDOS DA EVOLUÇÃO - Compreendendo-se, porém, que o princípio divino aportou na Terra, emanando da Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arqétipo a que se destina, qual bolota de carvalho encerrando em si a árvore veneranda que será de futuro, não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico simplesmente considerando, porquanto, através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta, razão pela qual variados elos da evolução fogem à pesquisa dos naturalistas, por representarem estágios da consciência fragmentária fora do campo carnal propriamente dito, nas regiões extrafísicas, em que essa mesma consciência incompleta prossegue elaborando o seu veículo sutil, então classificado como protoforma humana, correspondente ao grau evolutivo em que se encontra.

EVOLUÇÃO NO TEMPO -  É assim que dos organismos monocelulares aos organismos complexos, em que a inteligência disciplina as células, colocando-as a seu serviço, o ser viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do Plano Superior, tecendo com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização, segundo o molde mental que traz consigo, dentro das leis de ação, reação e renovação em que mecaniza as próprias aquisições, desde o estímulo nervoso à defensiva imunológica, construindo o centro coronários, no próprio cérebro, através da reflexão automática de sensações e impressões, em milhões e milhões de anos, pelo qual, com o Auxílio das Potências Sublimes que lhe orientam a marcha, configura os demais centros energéticos do mundo íntimo, fixando-os na tessitura da própria alma.

Contudo, para alcançar a idade da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser, automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu para chegar aos primórdios da época quaternária, em que a civilização elementar do sílex denuncia algum primor de técnica, nada menos de um bilhão e meio de anos. Isso é perfeitamente verificável na desintegração natural de certos elementos radioativos na massa geológica do Globo. E entendendo-se que a Civilização aludida floresceu há mais ou menos duzentos mil anos, preparando o homem com a benção do Cristo, para a responsabilidade, somos induzidos a reconhecer o caráter recente dos conhecimentos psicológicos, destinados a automatizar na constituição fisiopsicossomática do espírito humano as aquisições morais que lhe habilitarão a consciência terrestre a mais amplo degrau de ascensão à Consciência Cósmica.

Uberaba, 22/1/58.

Comentários:

Embora nesta obra André Luiz tenha empregado termos biológicos sofisticados, talvez utilizados apenas por técnicos que lhes domine a sinonímia, nem por isso nós outros, pouco versados em Medicina ou Biologia molecular, deixaremos de captar o sentido de suas assertivas.

 3.1 _ PRIMÓRDIOS DA VIDA

Dentro da sublime obra divina, onde pontifica a Criação, temos que o planeta Terra teve primorosa feitura cósmica, de forma a que viesse se constituir em lar para seres vivos de infinitas espécies.

O calor, de início quase que incalculável, esteve presente sempre, depois foi se abrandando até estabilizar no patamar adequado à vida.

Lá, naqueles tempos em que os anos se contam por bilhões, Entidades Siderais fizeram aportar aqui o princípio inteligente (PI), que sendo magnetizado permanentemente, por séculos e séculos, na expressão de monadas celestes, de início se jungiram ao protoplasma que dali em diante lhes daria vida evolutiva estuante.

Vemos assim que o planeta Terra é a casa. O PI, inquilino. Temporário...

 3.2 _ NASCIMENTO DO REINO VEGETAL

Este subitem nos convida a mergulhos profundos, em reflexões sobre o surgimento, no campo da existência terrena, primeiro, dos vírus! Sabendo que eles não têm vida própria (só sobrevivem no interior das células vivas) e que são agentes de afecções em plantas, animais e no homem, isso parece configurar que o planeta Terra teria mesmo ambiente de provas e expiações, como Kardec viria a diagnosticar, no século XX. Na sequência _ sempre cronometrada por milênios _, as monadas passaram a subdividir-se, evidenciando as bactérias primevas que, por sua vez, subdivididas em raças e grupos variados, estagiariam nos minerais, na construção do solo.

 (Perdoem a repetição, mas assim como André Luiz, estaremos sempre enfatizando:  milênios e milênios transcorrem...).

 3.3 _ FORMAÇÃO DAS ALGAS

Os rudimentos de vida já citados necessitam de recursos que lhes promova a sustentação da vida. Assim, é precisamente nessa fase que sob orientação sideral surge no planeta a clorofila, como alimento contendo magnésio, possibilitando à monadas erguer-se como alga! E a metabolização da clorofila nada mais foi, ou é, do que projeção primordial do que virá a ser o sangue, quando essa alga for promovida a animal... Mas, por enquanto, até sua reprodução é ainda assexuada.

A evolução, sempre supervisionada pelos Construtores da Vida, promoverá a alga, de monocelular a pluricelular. E nesta condição, já passível de reprodução sexuada.

3.4 _ DOS ARTRÓPODOS AOS DROMATÉRIOS E ANFITÉRIOS

A evolução, a bordo dos milênios superpostos, prossegue...

Vamos encontrar então a monadas vivenciando experiências entre os animais primitivos de esqueleto externo, já tendo mais compostos minerais no sangue. Evoluindo sempre, vê-se guindada à crisálida da consciência, no reino dos animais superiores, com o sangue mais enriquecido. É inexorável, pela aceitação da Sabedoria Divina, captar que daí em diante, em termos de vastas programações para incontáveis e variados aprendizados (tudo isso diretamente cadenciado por Entes Angelicais), a escalada evolutiva levará esse PI  a estágios na classe dos mamíferos, ante-sala do reino da razão.

3.5 _ FAIXAS INAUGURAIS DA RAZÃO

A monadas já detém infinitas experiências no mineral, no vegetal e em numerosas classes de animais. É hora de, sempre sendo promovida, vivenciar as experiências mais elevadas entre os mamíferos, das águas e do solo... Nessa fantástica mudança de condição vivencial, expressando tudo aquilo que assimilou nos estágios antecedentes, nos reinos citados, já se diplomou nos rudimentos da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da sobrevivência.

Chega, enfim, o grande momento: essa monadas será contemplada com três incomparáveis bênçãos: inteligência contínua, livre-arbítrio e consciência. Em outras palavras: humaniza-se.

 3.6 _ ELOS DESCONHECIDOS DA EVOLUÇÃO

A mudança de classe, de animal para hominal, não tem como elo apenas as experiências físicas, mas, e principalmente, os intervalos do ser na Espiritualidade, onde, na fase que antecede à promoção como integrante da Humanidade, seu perispírito sofrerá as necessárias e indispensáveis adaptações.

Não devemos nos alongar aqui, mas o famoso _elo perdido_, realmente, não se acha na Terra, mas sim no Plano Espiritual, onde competentíssimos geneticistas espirituais promovem as referidas alterações/modificações psicossomáticas.

(Informações mais detalhadas estão no Cap IX, 1ª Parte, desta obra).



3.7 _ EVOLUÇÃO NO TEMPO

A concessão da vida é atribuição exclusiva de Deus e hoje tudo na natureza nos mostra a Sabedoria do Criador em programar todo um roteiro evolutivo para todas as criaturas, a partir da criação de cada Princípio Inteligente. Contemplado com a eternidade, esse PI galgará todos os degraus que o levarão, do instante da criação, ao reino angelical.

O longo roteiro de vidas sucessivas nas mais diferentes ambientações, de também diferentes classes de seres vivos, conferirá às células disciplina útil na vida de cada ser, rumo à destinação programada.

Por reflexão automática, com ajuda de Espíritos Siderais e por méritos, o ser edificará o centro vital coronário, _pai_ dos demais, dos quais a seguir se verá equipado.

Finalizando o subitem, eis um dado cronológico espantoso: numa estimativa, _quase que superficial_, o Autor espiritual dimensiona que o roteiro evolutivo dos homens de hoje teria demandado quinze milhões de séculos, ou seja, 1.500.000.000 de anos!!!

Diz mais: para chegar da pedra lascada à atualidade, o homem (eu ou você, caro leitor) gastou duzentos mil anos. Isso significa que ainda estamos engatinhando no domínio dos conhecimentos de psicologia, até alçarmos o vôo cósmico que, por méritos morais próprios,  nos capacite a moldar corpo e perispírito.

                             Ribeirão Preto/SP _ Outono/2005

                            Eurípedes Kühl

*QUESTÃO PROPOSTA PARA ESTUDO:*

01) Correlacione os fatos narrados e trazidos por André Luiz com as obras básicas da Doutrina Espírita no que for pertinente: LE, LM, ESE, A Gênese, O Céu e O Inferno.

02) Comente o entendimento que teve da leitura do capítulo.

03) Relacione o capítulo, se souber, ao que a ciência vem nos informando em matéria de progresso quanto ao entendimento do desenvolvimento da Terra.

04) O que o ensinamento do Capítulo pode nos auxiliar em nossa vida?

*Conclusão:*

1) Correlacione os fatos narrados e trazidos por André Luiz com as obras básicas da Doutrina Espírita no que for pertinente: LE, LM, ESE, A Gênese, O Céu e O Inferno.

R - Neste capítulo, André Luiz nos traz um relato do surgimento do princípio inteligente na Terra, explicando sua evolução         através reinos inferiores, passo a passo, desde a monadas celeste até a chegada ao reino hominal, quando adquire o pensamento contínuo, o livre-arbítrio pleno e a consciência de sua existência. Todas estas informações trazidas pelo Autor espiritual vêm       ratificar o ensinamento dos Espíritos e de Allan Kardec, revelado um século antes, através da Codificação do Espiritismo.

Transcrevemos abaixo o resumo apresentado pela D´Andréa, contendo itens da obras básicas que tratam do surgimento da vida   na Terra e da evolução do elemento inteligente do Universo, temas abordados por André Luiz no presente capítulo.

LE Q.30 - A matéria é formada de um só ou de muitos elementos? De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais como corpos simples não são verdadeiros elementos, mas transformações da matéria primitiva.

LE Q.31 - De onde provém as diferentes propriedades da matéria? Das modificações que as moléculas elementares sofrem, ao se unirem, e em determinadas circunstâncias.

LE Q.32 - De acordo com isso, o sabor, o odor, as cores, as qualidades venenosas ou salutares dos corpos não seriam mais do que modificações de uma única e mesma substância primitiva? Sim, sem dúvida, e só existem pela disposição dos órgãos destinados a percebê-las.

LE Q.33 - A mesma matéria elementar é susceptível de passar por todas as modificações e adquirir todas as propriedades?

Sim, e é isso que deveis entender, quando dizemos que tudo está em tudo.

LE Q.34 - As moléculas tem uma forma determinada? Sem dúvida que as moléculas tem uma forma, mas não a podeis apreciar

LE Q.43 - Quando a Terra começou a ser povoada? No começo, tudo era caos; os elementos estavam em confusão. Pouco a pouco, cada coisa tomou o seu lugar; então apareceram os seres vivos, apropriados ao estado do globo.

LE Q.44 - De onde vieram os seres vivos para a Terra? A Terra continha os germes, que esperavam o momento favorável para desenvolver-se. Os princípios orgânicos reuniram-se desde o instante em que cessou a força de dispersão, e formaram os germes de todos os seres vivos. Os germes permaneceram em estado latente e inerte, como a crisálida e as sementes das plantas, até o momento propício à eclosão de cada espécie; então os seres de cada espécie se reuniram e se multiplicaram.

LE Q.45 - Onde estavam os elementos orgânicos, antes da formação da Terra? Estavam, por assim dizer, em estado fluídico do espaço, entre os Espíritos, ou em outros planetas, esperando a criação da Terra para começarem uma nova existência sobre um novo globo.

GEN cap.VI it.3 - Podemos estabelecer como princípio absoluto que todas as substâncias, conhecidas e desconhecidas, por mais dessemelhantes que pareçam, quer do ponto de vista da constituição íntima, quer pelo prisma de suas ações recíprocas, são de fato, apenas modos diversos sob que a matéria se apresenta; variedade em que ela se transforma sob direção das forças inumeráveis que a governam.

GEN cap.VI it.19 - Aos que desejem religiosamente conhecer e se mostrarem humildes perante Deus, direi, rogando-lhes, todavia, que nenhum sistema prematuro baseiem nas minhas palavras, o seguinte: O Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individuação. Unicamente a datar do dia em que Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, o Espírito toma lugar no seio das humanidades.

ESE Cap. III it.3 - Do ensinamento dado pelos Espíritos, resulta que os diversos mundos estão em condições muito diferentes uns dos outros quanto ao seu grau de adiantamento ou de inferioridade de seus habitantes. Entre eles há os que seus habitantes são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros estão no mesmo grau, e outros lhe são mais ou menos superiores em todos os aspectos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, as paixões reinam soberanamente, e a vida moral é quase nula. À medida que esta se desenvolve, a influência da matéria diminui, de tal sorte que, nos mundos mais avançados, a vida, por assim dizer, é toda espiritual.

LE Q.115 - Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles uma missão, com o fim de os esclarecer e progressivamente conduzir à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para os aproximar dele.

A felicidade eterna e sem perturbações, eles a encontrarão nessa perfeição. Os Espíritos adquirem o conhecimento passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais prontamente ao seu destino; outros não conseguem sofrê-las sem lamentação, e assim permanecem, por sua culpa, distanciados da perfeição e da felicidade prometida.

LE Q.119 - Deus pode livrar os Espíritos das provas que devem sofrer para chegar à primeira ordem (Espíritos perfeitos)? Se eles tivessem sido criados perfeitos, não teriam merecimento para gozar dos benefícios dessa perfeição. Onde estaria o mérito, sem a luta? De outro lado, a desigualdade existente entre eles é necessária à sua personalidade, e a missão que lhe cabe, nos diferentes graus, está nos desígnios da Providência, com vistas à harmonia do Universo.

LE Q.117 - Os Espíritos chegam mais ou menos rapidamente à perfeição segundo o seu desejo e a sua submissão à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa que uma rebelde?

ESE cap. III item 4 -> Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais adiantados, dividi-los, de
modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal (...). A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão porque aí vive o homem a braços com tantas misérias.

ESE cap. III item 5 -> Os Espíritos que encarnam em um mundo não se acham a ele presos indefinidamente, nem nele atravessam todas as fases do progresso que lhes cumpre realizar, para atingir a perfeição. Quando, em um mundo, eles alcançam o grau de adiantamento que esse mundo comporta, passam para outro mais adiantado, e assim por diante, até que cheguem ao estado de puros Espíritos.

GEN cap. XI item 29 -> Quando a Terra se encontrou em condições climatérias próprias à existência da existência humana, ali se encarnaram Espíritos humanos. De onde vieram? Quer estes Espíritos tenham sido criados em tal momento; quer tenham vindo à Terra completamente formados, sua presença desde um tempo limitado é um fato, pois que antes deles, apenas havia animais (...) tomemos o Espírito não em se ponto de partida, mas naquele em que, manifestando-se nele os primeiros germens do livre arbítrio e do senso moral, vemo-lo desempenhar seu papel humano, sem nos inquietarmos com o ambiente no qual passou seu período de infância, ou se assim preferirmos, sua incubação.

Acrescentamos todo o capítulo XI do Livro dos Espíritos - "Dos três reinos" - em que os Espíritos esclarecem acerca da passagem do princípio inteligente pelos reinos inferiores da criação, até a sofrer um processo de transformação que o introduz na vida espiritual propriamente dita.

2) Comente o entendimento que teve da leitura do capítulo.

R - Conforme os ensinamentos de André Luiz, vemos que a Terra passou por um processo de adaptação que a dotou das condições necessárias à chegada do princípio inteligente. Reunidas estas condições, Engenheiros Siderais introduziram no         ambiente terreno o princípio inteligente, que, durante bilhões de anos, passou por um processo de magnetização, expressando-   -se, inicialmente como simples "mônada celeste" e, posteriormente, através do protoplasma que lhe possibilitaria a existência organizada futura (protoplasma = substância gelatinosa que constitui a massa essencial da célula vegetal ou animal, sendo a base das funções vitais).

Transcorrem-se milênios e surgem os vírus (microrganismo que só tem vida no interior de células vivas e que causam inúmeras   doenças) e, com eles, as nucleoproteínas (proteína que figura entre os constituintes fundamentais do núcleo da célula) e            globulinas (composto de natureza proteica presente no plasma sanguíneo). Em seguida, as monadas encontram condições adequadas para se dividirem, expressando-se através de bactérias rudimentares (bactéria = organismo microscópico, unicelulares, de numerosas espécies, que se reproduzem por divisão indireta, denominada "cariocinética"). Essas bactérias, por sua vez, subdividem-se em numerosas raças e grupos, estagiando nos minerais que propiciaram a formação do solo. Por    meio de reprodução assexuada, reproduzem-se e plasmam as células primitivas que se responsabilizariam pelo surgimento      do reino vegetal.

Sustentado nas nucleoproteínas e globulinas e nas bactérias por recursos do líquido protoplasmático, o princípio inteligente, os    novos organismo necessitam de recursos que lhes permitam a sustentação da vida. Surge, então, sempre sob a orientação dos Engenheiros Siderais, a clorofila (pigmentos verdes que contêm magnésio e estão presentes nas células das plantas, capazes de realizar fotossíntese que é o processo de alimentação dos vegetais mediante fixação do gás carbônico pela ação da luz solar). A mônada celeste passa a se expressar em forma de alga (vegetal relativamente simples, mas diversificado quanto às formas e tipos de reprodução. O corpo é representado por um talo e não tem raízes, caules nem folhas. São aquáticas, mas também são encontradas em terra úmida, lodo e cascas de árvores). Inicialmente monocelular, surgem, tempos depois, a alga pluricelular, com novo núcleo e inaugurando a reprodução sexuada. Metamorfoses contínuas são provocadas no decurso das eras, prosseguindo a edificação das formas futuras.

Milênios após, a mônada ingressa no reino animal, expressando-se em forma de animais primitivos. Surgem os artrópodes (grupo de animais com extremidades articuladas e um esqueleto externo formado por substância córnea, semelhante a um chifre. O corpo é segmentado, geralmente subdividido em cabeça, tórax e abdome. Exemplo; caranguejo, aranha, lacraia e barata). Mais tarde, a evolução prossegue e a mônada vê-se guindada à condição de crisálida da consciência (crisálida = termo usado por analogia ao estado intermediário por que passam certos insetos para se transformarem de lagarta em borboleta, durante o qual a larva se desenvolve num invólucro denominado casulo). Passa a vivenciar experiências no reino dos animais superiores, cujo sangue detém a hemoglobina, semelhante à encontrada nas formas futuras. Avança por grupos de animais invertebrados, exclusivamente marinhos, como a estrela-do-mar; pelos crustáceos (animais de esqueleto externo e respiração por brânquias, geralmente aquáticos, como o camarão, o caranguejo e a lagosta), nos quais desenvolve o sistema vascular e o sistema nervoso; por grupo de peixes providos de peixes de escamas, barbatanas e camada de osso; de lagartos primitivos; de aves estranhas, descendentes do réptil voador e marinho, até chegar à última fase do período crustáceo. Entra, então, no período dos primeiros mamíferos, procedentes dos dromatérios (réptil que desapareceu com o advento dos dinossauros carnívoros e que pode ser o último ancestral da maioria dos grupos mamíferos) e anfitérios (mamíferos sem placenta, primitivo, cuja importância na evolução é grande, por serem considerados a possível fonte dos marsupiais e dos placentários, mamíferos com placenta), em que adquire rudimentos das reações psicológicas superiores e incorpora as conquistas do instinto e da inteligência. 

Após esse período, em que prossegue a expansão dos mamíferos, a mônada estagia durante o período geológico, nas mais variadas formas, até chegar aos mamíferos mais nobres do plioceno (período em que surgem os primeiros homínidas, mamíferos semelhantes ao homem). Incorpora importantes aquisições entre os mamíferos precursores da fauna atual, como os mamutes, alcançando os pitecantropóides (animal fóssil, indicativo de um gênero intermediário entre o macaco e o homem). Chega, então, o momento em que o princípio inteligente humaniza-se, ou seja, passa pelo processo de transformação através do qual se torna espírito, incorporando definitivamente o pensamento contínuo, o livre-arbítrio e a consciência. 

Obs.: As definições acima mencionadas foram extraídas do livro "Elucidário de Evolução em Dois Mundos", de José Marques Mesquita.  

3) Relacione o capítulo, se souber, ao que a ciência vem nos informando em matéria de progresso quanto ao entendimento do desenvolvimento da Terra.

R - Muitas teorias têm se formado a respeito da origem do Universo e da evolução da espécie humana. Relativamente à formação do Universo, a mais aceita é aquela conhecida como "Teoria do Big-Bang", formulada no início do século XX. Segundo esta         teoria, o Universo teria se originado de uma gigantesca explosão de um ponto minúsculo. Não explica, porém, o que existia anteriormente a essa explosão nem como teriam surgido os elementos que a provocaram. Por essa teoria, o Universo se            concentrava em um único ponto, com pressão e temperatura altíssimas. No instante zero, esse ponto sofre uma grande explosão e começa a sua expansão, que dura até hoje. O Universo seria finito, tanto no tempo como no espaço. Assim, não haveria       sentido em especular sobre o tempo antes do momento da criação do Universo, porque, simplesmente, o tempo não existia.    Estima-se que o planeta Terra tenha se formado há cerca de 4,5 bilhões de anos.

Com relação à criação e evolução do homem na Terra, a teoria que goza de maior aceitação no meio científico é a trazida por Charles Darwin, em 1.859, através da conhecida obra "A origem das espécies". Juntamente com "O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, revolucionou a história intelectual e espiritual da humanidade, ambas sofrendo grande resistência nos meios acadêmicos da época. Embora possuam pontos em comum, a principal diferença é que a teoria de Darwin mostra o ser humano exclusivamente como animal, descendentes de animais, através um longo processo de seleção e evolução. O Espiritismo nos mostra a evolução humana considerando o homem como ser espiritual, pouco importando a origem material de seu corpo e a sua vestimenta carnal.

4) O que o ensinamento do Capítulo pode nos auxiliar em nossa vida?

R - Vimos que o princípio inteligente, saído do Plano Espiritual para o Plano Físico, atravessou um longo processo de adaptação, que durou alguns bilhões anos. Durante esse período, adquiriu aquisições importantes para o novo tipo de vida, já como espírito, como os valores da organização, da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da própria preservação, como destaca André Luiz, penetrando na faixa da razão. Estima que o homem de hoje tenha cumprido esse roteiro evolutiva durante cerca de um bilhão e meio de anos. Para chegar à atual civilização, levou mais de duzentos mil anos, sempre sob a orientação e as bênçãos das Entidades Siderais Superiores, dirigidas pelo Cristo.

Não somos, portanto, frutos do acaso nem de um acidente cósmico qualquer. Cientes desta realidade, havemos de nos conscientizar dos nossos deveres para com as Leis emanadas do Pai Criador de todas as coisas. Dentre todas, a mais importante, segundo ensinam os Espíritos, é a Lei de Justiça, de Amor e de Caridade. Ou, como ensinou Jesus, o mandamento maior é aquele que recomenda devamos amar Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. Façamos por nos   tornar merecedores de todo esse trabalho desenvolvido pelos benfeitores do Mundo Maior, valorizando este bem inalienável, que é a vida. Vivamo-la com amor e empreguemos nosso tempo sempre com pensamentos, sentimentos e ações úteis, que nos elevem perante o Pai.


Um grande abraço a todos

Equipe CVDEE

Sala André Luiz

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A preocupação com a morte é fruto da persistência de uma crença errônea, imposta à humanidade desde tempos remotos.

A existência do Inferno e do Paraíso, do pecado mortal que leva ao inferno, o fogo eterno que queima constantemente sem destruir, é uma crença que leva a uma insegurança muito grande para a hora da morte e para depois da morte.

O que também amedronta o ser humano é a dúvida do futuro quanto ao deixar na Terra as suas afeições e todas as suas esperanças.

Para aquele que recebe esclarecimento sobre a justiça e a bondade de Deus, a fé lhe dá a esperança de melhoria no futuro e a segurança de que não encontrará no mundo que vai entrar nenhum olhar que deve temer.

O homem que se elevou acima das necessidades artificiais criadas pelas paixões tem, desde este mundo prazeres ignorados pelo homem material. A moderação de seus desejos dá-lhe calma e serenidade. Ele se sente feliz com o bem que conseguiu fazer. Não tem problemas de
consciência, por isso não teme as decepções.

*Pergunta 961 – LE* – “No momento da morte, qual o sentimento que domina a maioria das pessoas?

*Resposta:* A dúvida para os céticos endurecidos; o medo para os culpados; a esperança para as pessoas de bem.”

*DIA DOS MORTOS – FUNERAIS*

É importante a visita aos túmulos no dia que se comemora o dia dos mortos – Finados?

Kardec nos leva a compreender que depende do grau de elevação de cada Espírito. Os esclarecidos sentem-se mais beneficiados com uma prece sincera. Sentem-se felizes ao acompanharem a nossa evolução, principalmente se é fruto de exemplos e ensinamentos que nos deixaram. Como sabemos, o pensamento é o meio que temos para ligações e comunicações com os Espíritos. Isso pode acontecer em qualquer lugar.

As visitas aos túmulos e as comemorações só são importantes para os encarnados e também para os desencarnados que se prendem ainda às ilusões da matéria. O mesmo acontece com os túmulos pomposos, as estátuas erguidas em sua homenagem. Assim também com os funerais luxuosos.

*Perg. 327 – LE*“O Espírito assiste ao seu enterro?

*Resposta*: Muito frequentemente assiste, mas muitas vezes não percebe o que se passa se ainda estiver muito perturbado.”

Kardec também diz que, quase sempre os recém desencarnados assistem às reuniões e acertos de seus herdeiros. É ai que se conhecem a sinceridade, a realidade e os interesses. Diz que Deus permite isso para lhe servir de experiências.

É comum ouvir-se após o desencarne: Fulano estava sofrendo muito. Morreu, descansou - Será?

Kardec diz que o Espírito culpado e consciente poderá não sofrer mais as dores físicas, mas segundo as faltas que tenha cometido, pode ter dores morais cruciantes enquanto está no plano Espiritual. E na nova existência poderá ser infeliz.

O mau rico poderá passar a esmolar e estar submetido às provações de miséria. O orgulhoso terá que se submeter a situações de humilhações. Aquele que abusa de sua autoridade, tratando os subalternos com desprezo e dureza, será forçado a obedecer a um chefe tão duro quanto ele tenha sido.

Por isso, as confissões, o arrependimento e as penitências na hora da morte, podem conscientizar, mas não livra das necessidades de correções. Porém, sabemos que Deus é amor e fazemos parte de sua criação.

Assim, podemos confiar na providência Divina. Tudo o que poderá nos acontecer, em qualquer hora, não só na morte, será dentro de nossas condições de superação.

Quanto aos mortos, na verdade, precisamos ter e sentir por eles muito respeito. Por pior que eles tenham sido na Terra, não temos o direito de critica-los e nem agredi-los com vibrações negativas. Temos que pensar sempre na caridade que manda esquecer o mal e sempre que possível, ajudá-los a evoluir. Pensando e falando mal deles, só vamos prejudicá-los, irritá-los e até voltá-los contra nós.

*Parte B*

*RETORNO À VIDA CORPORAL*

Os Espíritos sabem em que época terão de reencarnar?

O Livro dos Espíritos diz que, assim como um cego percebe quando se aproxima do fogo, os Espíritos desencarnados sabem que terão que retornar ao corpo. Assim sendo o encarnado sabe que um dia terá que morrer, mas ignora quando isso se dará.

Muitos Espíritos, em razão de seu estado ainda inferior, não compreendem tais necessidades e a incerteza que tem do futuro é motivo de sofrimentos.

O Espírito pode por sua vontade apressar o momento de sua reencarnação. Do mesmo modo pode aumentar esse tempo.

Aquele que prolonga o seu tempo na erraticidade, por medo ou comodismo, age igual ao doente que recusa o remédio amargo que poderá curá-lo. Por tanto, é responsável pelas consequências.

Cedo ou tarde sentirá a necessidade de progredir, é quando lamentará o tempo perdido.

Ninguém foge à Lei de Deus.

A união do Espírito com um determinado corpo pode ser imposta, dependendo de sua necessidade em resgatar certos erros, mas isso acontece quando é atrasado a ponto de não ter condições de entender e aceitar livremente.

*OBS:* Existe certa confusão quando se diz que todos os nossos sofrimentos foram escolhidos por nós ao reencarnarmos. Nem sempre é assim. Ao cometermos certos erros, injustiças, etc., estamos determinando as consequências que teremos. É igual quando assinamos uma promissória. Teremos de pagar por ela de qualquer forma. Ao acertarmos a nova encarnação os sofrimentos aparecem como na tela de um computador. Dependendo da gravidade dos mesmos e de nossas condições de compreender, podemos fazer um acordo, acertando a forma de resgatar. “É essa nossa escolha” sem fugir ao compromisso.

Se formos ignorantes ou rebeldes, alguém capacitado fará isso por nós. São as expiações compulsórias, que nos são impostas, mas, sempre respeitando nossas necessidade e possibilidades de suportar e superar.

Somos assistidos e amparados mais do que imaginamos. Quando a nossa força não é suficiente, vamos amadurecer. Reforçar-nos para depois assumir.

Não podemos esquecer aqueles Espíritos que veem à Terra com tarefas definidas. Já têm compreensão e responsabilidades. Por isso podem assumir posições elevadas dentro das necessidades do progresso do planeta. Assumem e realizam com muito êxito e as vezes com sofrimentos.

*A BOA E A MÁ INTENÇÃO*

Não basta ter aparência de pureza. É preciso antes de tudo ter pureza no coração.

É fácil passarmos por uma imagem boa, sermos simpáticos (mesmo entre os Espíritas isso é comum). Somos atenciosos, falamos com conhecimento. Podemos aparentar verdadeiros discípulos do Evangelho, mas só na aparência. Na realidade os pensamentos íntimos podem ser completamente opostos à Lei de Deus. Às vezes nos enganamos a nós mesmos. Acreditamos que somos bons.

A palavra adultério não deve ser entendida só no caso de traição entre marido e mulher. Ela deve ser aplicada no sentido geral. Todo pensamento negativo é uma adulteração da estabilidade do pensamento Divino. Mesmo quando ele é contra nós mesmos. Adulterar é falsificar e também pensar com malícia ou maldade. Porque toda a Criação Divina é perfeita.

Nós somos ainda atrasados, mas à medida que vamos despertando, vamos avançando nos conhecimentos e evoluindo Espiritualmente.

O Evangelho fala o seguinte: Todo mal pensamento mostra a imperfeição da alma, mas sempre nos oferece a oportunidade de repeli-lo, e quando isso acontece, é um bom passo acima.

Jesus diz que quem já tem conquista, não tem malícia ao pensar. Quem tem noção do mal, pensa, mas repele. Aquele que atende a má intenção demonstra o atraso espiritual.

O primeiro já tem a conquista pronta.

O segundo sabe que precisa fazer a conquista.

O terceiro é atrasado em pensamentos e atos.

Muitas vezes, não agimos porque não podemos, mas gostaríamos de poder agir. Outras vezes não temos oportunidades.

Burlar a Lei de Deus é comum ao ser humano é só questão de oportunidade.

Quantas vezes chegamos a invejar aquele que está agindo errado, os políticos e outros mais só porque vemos vantagens materiais.