Essa exteriorização normal de fala ocorre em algumas crianças por volta de três a cinco anos de idade. A grande maioria passa tranqüilamente por esta fase. Mas em algumas a disfluência normal pode se transformar em gagueira. O que ocorre é que a criança está diante de um código lingüístico novo para ela (língua portuguesa).Em algumas palavras mais difíceis ou mesmo novas a criança pode se sentir insegura para emiti-la. É importante salientar que nesta fase ela não percebe que "gagueja". Se os pais derem muito valor a este fato corrigindo ou mesmo demonstrando ansiedade ( pedindo para a criança que respire fundo ou que comece a falar novamente), essa alteração que é normal dentro do desenvolvimento da fala e linguagem poderá tornar-se uma gagueira. Na disfluência normal ela não associa movimentos corporais durante a fala, nem mesmo tem consciência que está falando de forma "entrecortada"; não evita palavras nem mesmo situações de fala.
Não há uma causa específica e nenhuma gagueira é absolutamente igual à outra. Muitos dos sintomas se manifestam em função do esforço excessivo do gago em EVITAR a gagueira, levando a uma fala repleta de falhas de ritmo, pausas silenciosas, frases incompletas com esforço físico, alteração na sincronização entre a respiração e a produção das palavras e frases.
Seus sintomas mais comuns são: pausas silenciosas antes do início da fala, severas repetições de sons, palavras ou frases ("ahn"; "euu..."; "mmmmamãe";"olha"; "você sabe"; etc.), substituição de palavras, desviar os olhos (geralmente para o chão). Há também muita dificuldade para falar em público, em grupos e ao telefone. Tende a piorar na presença de estranhos e com pessoas de uma hierarquia superior a sua (professores, chefes, médicos, etc.). Por isso o gago procura falar o estritamente necessário fora de seu círculo familiar e de amigos. Muitas vezes ele canta bem, pois na música a mensagem e o ritmo já estão prontos, ele sabe o quê e como vai falar.
É importante lembrar que quanto mais precoce for o diagnóstico, melhor seu prognóstico. Quando houver dúvidas, procure sempre o profissional com especialidade nesta área, que reunirá sem duvida, maiores e melhores condições para a discussão e busca de caminhos. Outubro / 2001 Friedman, Silvia – Gagueira: Origem e Tratamento. São Paulo: Summus, 1986. Folheto Informativo sobre Gagueira- Unifran |
sábado, 7 de março de 2015
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