Prece inicial:
Objetivo: demonstrar aos jovens a importância dos fatores que antecederam a codificação.
Primeiro momento: dinâmica.
a) Utilizando os textos da apostila da FERGS, formar 3 grupos: A, B e C.
Ao grupo A dar o texto "Emmanuel Swedenborg"; ao grupo B, o texto "Andrew Jackson Davis"; e ao grupo C, o texto "Os fenômenos de Hydesville".
Veja abaixo os textos:
Emmanuel Swedenborg
Swedenborg era sueco, nascido em 1688 e desencarnado em Londres em 1772. Homem de extraordinária cultura, era engenheiro de minas e uma autoridade em metalurgia, além de ser engenheiro militar e profundo conhecedor de Física e Astronomia. Era zoologista, anatomista, financista e político, além de ser estudioso da Bíblia e de teologia.
Desde a infância era médium vidente e logo depois surgiu-lhe a clarividência a distância.
"(...) Assim, no conhecidíssimo caso de Gothenburg, onde o vidente observou e descreveu um incêndio em Estocolmo, a trezentas milhas de distância, com perfeita exatidão, estava ele num jantar com dezesseis convidados, o que é um valioso testemunho. O caso foi investigado nada menos que pelo filósofo Kant, que era seu contemporâneo". (...)
"(...) Falando da morte de Polhem, diz o vidente: "Ele morreu segunda-feira e falou comigo quinta-feira. Eu tinha sido convidado para o enterro. Ele viu o coche fúnebre e presenciou quando o féretro baixou à sepultura. Entretanto, conversando comigo, perguntou porque o haviam enterrado, se estava vivo. Quando o sacerdote disse que ele se ergueria no Dia do Juízo, perguntou por que isso, se ele estava de pé. Admirou-se de uma tal coisa, ao considerar que, mesmo agora, esta vivo". (...)
Lançou alguns livros expondo as idéias que lhe surgiram com as visões que tinha de outros planos.
Muitos anos antes do surgimento do Espiritismo como Doutrina Codificada, apresentou as seguintes idéias, dentre outras, mais tarde comprovadas pelo Espiritismo:
· existem planos espirituais diversos para os quais nos dirigimos após a morte, segundo nossas condições espirituais;
· os planos espirituais não compreendem situações completamente diferentes da Terra: lá existem famílias, casas, templos, estrutura social, hierarquias, etc;
· há espíritos superiores e inferiores ao homem;
· não mudam com a morte;
· não há penas eternas;
· as ligações afetivas continuam no plano espiritual.
Swedenborg era considerado, por aqueles que conviviam com ele, como uma pessoa trabalhadora, bondosa, serena, sempre disposta à conversação e, na História do Espiritismo, é apontado como o primeiro grande médium dos tempos modernos, pioneiro do conhecimento psíquico. São exemplos de suas obras: "Céu e Inferno" e "A Nova Jerusalém".
Andrew Jackson Davis
(...) "Filho de pais humildes e incultos, nasceu, em 1826, num distrito rural do Estado de New York (EUA), às margens do rio Hudson, entre gente simples e ignorante. Era menino pouco atilado, falto de atividade intelectual, corpo mirrado, sem nenhum traço que denunciasse a sua excepcional mediunidade futura.
Tal como sucedeu com Francisco Cândido Xavier, o célebre médium brasileiro dos dias atuais, Jackson Davis começou a ouvir, nos derradeiros anos de sua infância, vozes agradáveis e gentis, seguidas de belas clarividências, nele se desenvolvendo ao mesmo tempo os dons mediúnicos com aplicação em diagnóstico médicos.
Em 6 de março de 1844, provavelmente em corpo perispirítico, foi transportado da pequena localidade de Poughkeepsie, onde morava, às montanhas de Catskill, 40 milhas distantes. Nestas montanhas encontrou dois anciães, que lhe reveleram ser seus mentores, posteriormente identificados como os Espíritos de Galeno e de Swedenborg. Foi este o primeiro contacto que o rapazinho teve com os chamados mortos.
Com o tempo, sua mediunidade ganhou novos rumos. Quando em transe, falava várias línguas, inclusive o hebraico, todas dele desconhecidas, expondo admiráveis conhecimentos de Geologia e discutindo com rara habilidade intrincadas questões de Arqueologia histórica e bíblica, de Mitologia bem como temas lingüísticos e sociais - apesar de nada conhecer de gramática ou de regras de linguagem e sem quaisquer estudos literários ou científicos. De tal modo eram as respostas, que "fariam honra - segundo o Dr. Jorge Bush, professor da Universidade de New York - a qualquer estudante daquela idade, mesmo que, para as fornecer, tivesse consultado todas as bibliotecas da Cristandade".
(...) Durante dois anos Davis, ditou, em transe inconsciente, um livro sobre os segredos da Natureza, dado a público, em 1847, sob o título "Os Princípios da Natureza". A ele Conan Doylen se referiu, dizendo ser "um dos livros mais profundos e originais de Filosofia" e conta, nos Estados Unidos, com dezenas de edições. (...)
Era honrado, sério, incorruptível, amante da verdade e sinceramente compenetrado de sua responsabilidade naqueles acontecimentos renovadores. Na sua pobreza material, jamais esqueceu a justiça e a caridade para com todos.
Suas faculdades medianímicas chegaram a maior desenvolvimento depois dos 21 anos de idade, e ele pôde então observar mais claramente o processo desencarnatório de várias pessoas, narrando-os em todas as minúcias. Suas descrições estão concordes com inúmeras outras feitas por médiuns de diferentes países, adquirindo na obra mediúnica de Francisco Cândido Xavier complementação assaz relevante.
Antes de 1856, Jackson Davis profetizou o aparecimento dos automóveis e dos veículos aéreos movidos por uma força motriz da natureza explosiva, como também as máquinas de escrever e, ao que tudo indica, as locomotivas com motores de combustão interna, é extraordinária, pasmosa mesmo, a riqueza de detalhes que acerca desses inventos Davis deixou estampados em sua obra "Penetralia", hoje centenária.
Afora isso, ele também predisse, em 1847, a manifestação ostensiva dos espíritos com as criaturas humanas, frizando que não levaria muito tempo para que essa verdade se revelasse numa exuberante demonstração.
Sua obra inicial, de grande luminosidade, foi uma preparação para o aparecimento do Espiritismo, e numa de suas notas, datada a 31 de março de 1848, lê-se este significativo trecho:
"Esta madrugada um sopro fresco passou pelo meu rosto, e ouvi uma voz, suave e firme, dizer-me: Irmão, foi dado início a um bom trabalho; contempla a demonstração viva que surge. Pus-me a cismar no significado de tal mensagem."
Muito longe estava ele de supor que, justamente na noite do citado dia, as irmãs Fox, em Hydesville, conversariam, por meio de batidas, com o espírito de um morto, inaugurando o grandioso movimento espiritista mundial.
Por causa desse fato, Jackson Davis passou a ser citado por alguns escritores espíritas como "O profeta da Nova Revelação". (...)
(...) Nos últimos anos de vida, Andrew Jackon Davis dirigiu uma pequena livraria em Boston, e aos 13 de janeiro de 1910, com a idade de 84 anos, desencarnava na sua residência de Watertown, no Estado de Massachusetts, legando à humanidade o exemplo dignificante de sua frutuosa existência."
Responsabilidade: Grupo Espírita Seara do Mestre
Organização/correção: Claudia Schmidt
Preserve os direitos autorais
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