segunda-feira, 23 de março de 2015

6--1 = ASSIM É O CENTRO ESPÍRITA
1 - Convidados

Todo o Evangelho de Jesus é um hino de louvor à vida, uma canção de alegria, uma apoteose ao amor;
Suas palavras de sabor atemporal, apropriadas a todas as épocas são música sinfônica narrando a epopeia de Espíritos ora famintos de luz que se fartam, noutros momentos aflitos na escuridão da ignorância e das autopunições em processo de libertação, que se reencontram e se tornam felizes.
A sua dúlcida voz, enunciando os paradigmas da felicidade, penetra o âmago do ser humano, como um raio de luz que vara a treva e a vence de um golpe...
Todas as lições que oferece encontram-se ricas de atualidade como instrumento de edificação moral irrepreensível ou qual diretriz segura para o encontro com o bem estar com a atitude real.
Em a narração complexa em torno de um rei, que, desejando celebrar as bodas do filho, mandou preparar um banquete e, de imediato, convidar as pessoas gradas que constituíam a sociedade distinta do palácio.
Desinteressados do que ocorria no palácio, esses eleitos maltrataram os emissários e não deram importância à invitação. Foram cuidar dos próprios interesses subalternos. Surpreso com esta reação do seu povo, o monarca enviou novos mensageiros a outro grupo de cidadãos que igualmente desconsideraram a gentileza honorável. Cada qual se foi, como de hábito, atender aos objetivos que lhe diziam respeito, não considerando a oferenda que lhe era apresentada.
Além dessa indiferença ficaram revoltados com a insistência e maltrataram os emissários, ultrajaram-nos e os mataram.
Irritou-se o rei e mandou suas tropas exterminarem os rebeldes e ingratos...
Apesar dos insucessos, insistiu o monarca junto a seus servos, esclarecendo: - As bodas estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às encruzilhadas dos caminhos e chamai para as bodas a quantos encontrardes.
Os servidores foram e arrebanharam maus e bons, ociosos e trabalhadores, ficando a sala nupcial cheia de convivas.
Jubiloso o rei passeou pelo recinto e foi tomado de surpresa quando identificou um convidado que não vestia a roupagem nupcial, a quem indagou: - Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial?
Ele, porém. Emudeceu, empalidecendo constrangido.
Então o rei disse aos seus servos:
- Atai-o de pés e de mãos e lançai-o às trevas exteriores. Ali haverá o choro e o ranger de dentes. Pois muitos são chamados, mas poucos escolhidos
A um leitor pouco atento, pode parecer paradoxal a atitude real, punindo um convidado que viera ao banquete de surpresa, conforme se encontrava no momento da invitação.
Sem dúvida, na extraordinária narrativa simbólica, decodificamos a mensagem partindo da proposta divina, na qual o Pai Celestial prepara a boda do Seu Filho Jesus com a humanidade e toma todas as providências.
Através dos séculos o rei organizou o banquete das bodas com o povo que se acreditava eleito, dizendo-se-lhe fiel, informando respeitá-Lo e homenageá-Lo como Único e Soberano.
No entanto, em face da soberba, assim como mesquinhas aspirações, ao ter notícia da ocorrência, indiferente às lições recebidas, desprezou os profetas que vieram anunciar o momento grandioso e os matou, rebelde, insensato, permanecendo no amanho da terra das suas paixões.
O Grande Rei enviou então o próprio Filo, o noivo de Luz, que não recebeu qualquer consideração, nem mesmo daqueles que Lhe foram comensais constantes, beneficiários do Seu amor e desdenharam-nO, crucificando-O entre sarcasmo e desprezo...
O Rei misericordioso, então compadecido da suprema ignorância dos seus súditos de melhor condição, optou por enviar o convite a todos aqueles que eram destituídos de privilégios, de comodidades, os que eram considerados excluídos, bons e maus, que perambulavam pelas ruas e encruzilhadas do destino incerto, a fim de que Participassem da festa especial.
Viviam em lugares de torpeza moral, em situações sórdidas e deploráveis, com a vestes rasgada e os pés descalços.
O sapato era, então, símbolo de posição social de destaque, objeto de muito valor, que expressava situação econômica do usuário...
Foram esses os convidados que aceitaram estarem presentes no banquete de bodas.
Pode-se considerar que eles representam a moderna sociedade aflita, que deambula de um para outro lugar, buscando solução para os problemas, sem orientação nem sentido existencial.
Para esses veio o Consolador, que os introduz na sala dos festejos, oferecendo-lhes todos os acepipes valiosos para nutri-los e libertá-los do caos interior...
No entanto, o traje nupcial que não se constitui de indumentária exterior, mas de valores internos, é desprezado por diversos daqueles que se utilizam dos bens preciosos sem qualquer consideração para com o ato nupcial que deve ser consumado entre eles e o Filho dileto do Rei.
É natural que padeçam o efeito do desrespeito a que se permitem, deslizando para as regiões sombrias e profundas de sofrimentos, atados pés e mãos às fortes algemas da rebeldia e da desfaçatez.
A culpa neles se encontra em forma de tormento, como remorsos, insegurança de dignidade e complexos outros afligentes.
Sem qualquer relutância, a mensagem alcança hoje multidões, trombeteada pelas vozes do Céu, incontáveis a ouvem, aceitam-lhe o convite, no entanto, somente aqueles que se investirem das insígnias das núpcias, ostentando as condecorações dos sofrimentos, as comendas da abnegação, distinguir-se-ão, e estão escolhidos.
Na atualidade do pensamento científico tecnológico, sociológico e cultural, o convite para o banquete incomparável da plenitude alcança as mentes e os corações que estão despertos para a alegria de viver e de servir.
Repetem-se as invitações sonoras e gráficas, em músicas sublimes e em pergaminhos de luz, inundando o pensamento de sabedoria e o sentimento de paz, no entanto, a ufania o utopismo, a arrogância e as vãs concepções desdenham, zombam, e não lhes dão importância.
Nesse concerto que poderia ser de beleza e harmonia a patética do sofrimento espalha inquietação e incerteza, angustia e sombras, chamando à renovação, conclamando ao atendimento, tentando o despertar das consciências adormecidas.
A pouco e pouco, o entendimento em torno da responsabilidade imortal favorece-lhes a aceitação do convite e eles optam por se fazer presentes no banquete de bênçãos da imortalidade em triunfo;
Convidados!...
Auto eleger-se para ser escolhido em face da autodoação e da entrega ao amor incondicional, é a fatalidade apresentada pela lei do progresso.
Em que classe de convidado te encontras?

Reflexiona e decide, porque o banquete de núpcias já começou...
Cuida de renovar tuas atitudes.... Agora!!!

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