terça-feira, 6 de janeiro de 2015

UM ANO MARAVILHOSO

Diz Jesus (Lucas 4:18):
O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evange­lizar aos pobres. Enviou-me para apre­goar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, pôr em liberdade os oprimidos e anunciar o ano aceitável do Senhor.
Coletivamente, envolvendo a Humanidade, podemos dizer que o ano aceitável do Senhor foi aquele em que a mensagem de Jesus começou a ser transmitida, no ano trinta da Era Cristã, segundo a cronologia estabelecida.
Individualmente, será aquele em que estivermos dispostos a aceitar Jesus em plenitude, buscando colocar em prática seus ensinamentos.
A orientação para essa vivência está contida nas excelências do Evan­gelho, que tem a sua síntese no Sermão da Montanha, o mais belo poema da Humanidade.
Nele temos o roteiro perfeito para cumprir a vontade de Deus e edificar­mos o Reino Divino na Terra.
E o próprio Sermão da Montanha pode ser sintetizado, conforme a ex­pressão de Jesus (Mateus, 7:12):
Tudo o que quiserdes que os ho­mens vos façam, fazei‑o assim também a eles.
Em favor dos homens, representa­dos por familiares, amigos, vizinhos, co­legas de trabalho, transeuntes, e todos aqueles que cruzam nosso caminho, somos convocados a fazer o melhor, tanto quanto gostaríamos que eles o fizessem por nós.
Isso nos remete aos valores do perdão, da caridade, da solidariedade, da tolerância, da paciência e das demais virtudes evangélicas, que o Mestre não se cansou de ensinar e exemplificar ao longo de seu apostolado.
No empenho de servir os carentes de todos os matizes, há que considerar nossa integração em grupos de trabalho.
Aqueles que servem com efici­ência, que produzem em benefício da coletividade, invariavelmente estão associados a outras pessoas, unidos por ideais comuns.
Há estímulos recíprocos em que nos beneficiamos e somos beneficiados, em relação ao serviço.
Se nos propomos, por exemplo, a visitar doentes num hospital, cum­prindo solitariamente a tarefa, sempre haverá certo constrangimento na abordagem dos pacientes. Por outro lado, dificilmente sustentaremos a assiduidade.
Se integrados num movimento de solidariedade, haverá sempre a segu­rança do grupo e o estímulo dos com­panheiros a nos cobrarem a presença.
Podemos estar dispostos a atender eventualmente o pobre que bate à nossa porta, ajudar um colega de serviço, atender à necessidade de um vizinho, visitar um doente.
Mas será sempre algo por demais elementar para nos situar como legíti­mos servidores.
É preciso dar regularidade e constância a esse empenho.
Para tanto, a melhor alternativa é o Centro Espírita, a escola abençoada das Almas, onde, num primeiro momento, aprendemos a raciocinar como Espíritos imortais em jornada de aprendizado pela Terra.
E se houver empenho de nossa parte nesse mister, logo perceberemos que ali está também a nossa abençoa­da oficina de trabalho, onde, unidos em torno do ideal comum de servir, integramo-nos nos abençoados serviços da solidariedade, que emprestam signi­ficado e objetivo à existência.
Uma boa proposta para o Ano Novo.
Integrando-nos nas atividades da casa espírita, participando de suas campanhas, contribuindo para seus serviços, estaremos fazendo um ano aceitável do Senhor, aquele ano maravilhoso em que, despertando para as realidades reveladas pela Doutrina Espírita, estejamos dispostos a arregaçar as mangas, buscando a glória de servir.

Richard Simonetti


O ARAUTO
ANO XIV – Nº 82 – JANEIRO/FEVEREIRO – 2011
PUBLICAÇÃO BIMESTRAL
ÓRGÃO OFICIAL DA USE – INTERMUNICIPAL DE PIRACICABA
Sede e correspondência:
Rua 15 de Novembro, 944 14º andar – sala 143

13400‑370 – Piracicaba ‑ SP 

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