Perspectiva Espírita
“A coragem não é a
ausência do medo e sim a
presença da fé, apesar do medo.”
“Nós achamos que somos maus, no entanto
somos apenas ignorantes.
Nós achamos que temos um interior
inadequado, no entanto temos um jeito de ser único.
Nós achamos que deveríamos ser
perfeitos, no entanto somos apenas seres em desenvolvimento espiritual.
Nós achamos que somos anormais, no
entanto somos apenas criaturas vivenciando a normalidade da imperfeição humana”.
(Fonte: Um modo de entender – uma nova
forma de viver – Francisco do Espírito Santo Neto / Hammed – Página 29)
Você consegue perceber que nas frases
acima está anunciada a nossa libertação? Todo um peso de culpas foi sacudido
por essas afirmativas tão simples e sábias.
Durante nossa história milenar fomos
absorvendo idéias tristes de culpas e castigos. Essas idéias se acumularam em nosso
íntimo e emergem como sentimentos fortes a cada vez que reprisamos uma ação
negativa ou de omissão.
Nesse caminhar, passamos a acreditar com
firmeza que muitos sentimentos, posturas e impulsos nos tornam errados, anormais,
maus. E que tudo isso deve ficar escondido, reprimido em nossa intimidade, pois
não suportaríamos a vergonha de constatarmos o que há dentro de nós.
O Cristo, porém, e mais claramente o
Consolador, vêm promover um despertar fundamental para nossa felicidade.
Todos nós queremos ser felizes e, por
medo de se conhecer (pois conhecer-se sempre foi perceber a vergonha de ser o que
é), recuamos apavorados e nos voltamos para o mundo, quase que exclusivamente
para a vida exterior.
A Vida tem nos mostrado que não há nada
no mundo exterior que não nos convide a voltarmos para nosso próprio interior
para descobrir que somente ali há a felicidade. Pois é em nosso íntimo que
estão nossos anseios existenciais e, sem a realização deles, não haverá paz e
alegria de viver.
Nossa felicidade está na liberdade de
sermos o que somos, pois não somos maus, nem anormais, nem inadequados. Somos
Filhos de Deus e isso tem que representar a grandiosidade do Amor Divino em
nós. Se podemos nos maravilhar com o mundo que nos cerca, como não somos
capazes de acreditar que nada em nossa essência é vergonhoso?
Nossos erros? Nossos desejos? Nosso
egoísmo? Sim, eles existem em nós, mas são incapazes de tirar o menor brilho de
nossa essência, de nos impedir de crescer para a Luz, de diminuir nossa
capacidade de amar, de renunciar pelo outro.
Vamos nos libertar da tristeza da culpa.
Nos amarmos.
Vamos mergulhar em nós mesmos sem medo.
Nos aceitarmos.
A Vida tem como único objetivo permitir
nosso crescimento e felicidade e nós estamos naquele exato momento de decidir
como será o próximo passo: será autêntico, nascido do nosso íntimo, ou será
inconsciente, nascido do automatismo que nos aprisiona?
Reflitamos sobre a proposta do
Espiritismo que quer ver desabrochar o Homem Novo em todos os seres. Vamos procurar
nos renovar, seguindo os bons exemplos que temos, como o apóstolo Paulo: “Quando
era menino, fazia coisas de menino; agora como homem, tenho que agir como homem”.
Ele próprio seguiu Jesus com fervor, chegando a afirmar: “Já não sou eu que
vive, mas é Cristo que vive em mim”.
Neste período de Natal (que significa
nascimento) e de Novo Ano (ou renovação), vamos festejar o Nascimento de Jesus,
não nos presépios, nas festividades, nos presentes, mas da forma que ele
gostaria: dentro de nós.
Pergunta: Devemos pedir, nas
nossas preces, que não
tenhamos problemas?
Resposta: Não
Boletim Informativo
Ano XXXIV, nº 394
Janeiro de 2006
U.S.E.- UNIÃO DAS
SOCIEDADES
ESPIRÍTAS INTERMUNICIPAL BAURU
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