Diálogo com os Espíritos
P. Os Espíritos
atentam para os trabalhos de arte e se interessam por eles?
R.
Atentam naquilo que prove a elevação dos Espíritos e seus progressos.
P. Um Espírito que
haja cultivado na Terra uma especialidade artística, que tenha sido, por exemplo,
pintor ou arquiteto, se interessa de preferência pelos trabalhos que
constituíram objeto de sua predileção durante a vida?
R.
Tudo se confunde num objetivo geral. Se for um Espírito bom, esses trabalhos o
interessarão na medida do ensejo que lhe proporcionem de auxiliar as almas a se
elevarem para Deus. Ao demais, esqueceis que um Espírito que cultivou certa
arte, na existência em que o conhecestes, pode ter cultivado outra em
existência anterior, pois para ser perfeito lhe cumpre saber tudo. Assim, conforme seu grau de adiantamento pode
acontecer que nada seja para ele uma especialidade. Foi o que eu quis significar,
ao dizer que tudo se confunde num objetivo geral...
P. Concebemos que
seja assim, em se tratando de Espíritos muito adiantados. Referimo-nos, porém,
a Espíritos mais vulgares, que ainda não se elevaram acima das ideias terrenas.
R.
Com relação a esses, o caso é diferente. Mais restrito é o ponto de vista donde
observam as coi-sas. Podem, portanto, admirar o que vos cause admiração.
P. Os Espíritos
costumam imiscuir-se em nossos prazeres e ocupações?
R.
Os Espíritos vulgares, como dizes, costumam. Eles vos rodeiam constantemente e
com frequência tomam parte muito ativa no que fazeis, de conformidade com suas naturezas.
Cumpre assim aconteça, porque, para os homens serem impelidos pelas diversas
veredas da vida, necessário é que se lhes excitem ou moderem as paixões.
Extraído
de O Livro dos Espíritos, q. 565/567, Allan Kardec.
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