Diálogo com os
Espíritos
P. Após a morte, a alma dos animais conserva sua
individualidade e consciência de si mesma?
R. Conserva sua individualidade; quanto à
consciência do seu eu, não.
A vida inteligente lhe permanece em estado latente.
P. É dada à alma dos animais a escolha da espécie de animal em
que encarne?
R. Não, pois que lhe falta o
livre-arbítrio.
P. Sobrevivendo ao corpo em que habitou, a alma do animal vem a
achar-se, depois da morte, num estado de erraticidade, como a do homem?
R. Fica numa espécie de erraticidade, pois
que não mais se acha unida ao corpo, mas não é um Espírito errante.
O Espírito errante é um ser que pensa e obra por sua livre
vontade... O do animal, depois da morte, é classificado pelos espíritos a quem
incumbe essa tarefa e utilizado quase imediatamente...
P. Os animais estão sujeitos, como o homem, à lei de progresso?
R. Sim; e daí vem que nos mundos superiores,
onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios
mais amplos de comunicação. São, porém, inferiores ao homem...
P. Os animais progridem, como o homem, por ato da própria
vontade, ou pela força das coisas?
R. Pela força das coisas, razão por que não
estão sujeitos à expiação.
Extraído de O Livro
dos Espíritos, Allan Kardec, q. 598/602.
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