Jason
de Camargo
Calendário de Philocalus
O Natal,
segundo consta, só foi aparecer na data de 25 de dezembro do ano de 354, época
em que o calendário de Philocalus foi oficializado pelo Papa Júlio I. Nos
séculos anteriores essa festa era comemorada ora a 6 de janeiro, ora a 25 de
março e, em alguns lugares, a 25 de dezembro.
Aconteceu
aí um fato interessante. A Roma pagã festejava no dia 25 de dezembro o
solstício ou Festa do Sol. Como o papa Júlio I desejava encobrir esse tipo de
festejo, ele optou por adotar o 25 de dezembro como a data que celebra o nascimento
do Cristo, isto é, procurava ofuscar uma festa pagã pelo surgimento de uma
festa cristã. Muitas igrejas orientais não aceitaram a troca da data e
permaneceram comemorando o Natal no dia 6 de janeiro. No entanto, predominou o
dia 25 de dezembro e ele permanece até nossos dias.
Componentes do Natal
Com o
tempo, foram sendo colocados elementos novos nas festas natalinas. Alguns deles
acabaram desfigurando o caráter mais espiritual dessa data tão significativa
para a humanidade.
A troca
de presentes foi inspirada, inicialmente, nas ofertas feitas a Jesus pelos Reis
Magos. O papa Bonifácio, no século VII, criou o hábito de distribuir pães aos
pobres no dia de Reis. Aos poucos os presentes foram surgindo no lugar dos pães
e, até hoje, esse costume permanece no Natal.
O presépio
surgiu pelos idos de 1223, nas cercanias de Greccio , na Itália, quando
Francisco de Assis o projeta para retratar o nascimento de Jesus na manjedoura.
A partir daí ele foi incorporado no dia máximo da cristandade.
A canção
“Noite Feliz”surgiu em 1818 numa igreja da Áustria. Com o tempo ela foi
difundida por todo o mundo.
O Papi
Noel foi mais uma criação do Velho Continente.
As
suas vestes, típicas de clima frio em dezembro, foi incorporada a essa data de
profunda espiritualidade.
Como
se observa, o Natal foi recebendo inserções que desfiguraram o sentido original
de sua criação. No entanto, o aniversariante está sendo cada vez mais esquecido
pelas famílias e trocado pela figura do Papai Noel. Não pretendemos eliminar os
aspectos positivos que envolvem as reuniões familiares no transcurso do Natal
mas, sim, sugerir a retirada excessiva da materialidade que permeia essas
reuniões e realçar para que não esqueçam do aniversariante que se chama Jesus.
U.S.E. Intermunicipal Bauru
Boletim
Informativo
Ano XXXIV, nº 405
Dezembro de 2006
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