Colaboração de
Fernando Peron
“A mulher rica,
feliz, que não tem necessidade de empregar seu tempo com o trabalho de casa,
não pode dedicar algumas horas em benefício dos seus semelhantes? Compre, com
as sobras dos seus gastos desnecessários, algum agasalho para os que,
infelizes, não têm o que vestir; que confeccione, com as suas delicadas mãos, alguma
roupa que, embora simples, seja um aconchegante agasalho para quem precisa, e
ajude uma pobre mãe a vestir o filho que vai nascer e, ainda que o seu próprio
filho fique sem algum pequeno enfeite de renda, o pobre, agasalhado, não ficará
esquecido. Isto é trabalhar na seara do Senhor.
E tu, pobre
trabalhadora, que não tens sobras, mas que queres, por amor aos teus irmãos,
também dar do pouco do que possuis, dedica algumas horas de teu dia, de teu
tempo, que é o teu único tesouro. Faze alguns trabalhos delicados que chamam a
atenção dos mais afortunados.
Com o produto do teu
esforço poderás também proporcionar aos teus irmãos tua parte de consolo.
Terás, talvez,
algumas fitas a menos, mas darás sapatos àqueles que têm os pés descalços.
E vós, mulheres
devotas a Deus, trabalhai também em sua obra, mas que vossos trabalhos
delicados e dispendiosos não sejam feitos apenas para enfeitar vossas capelas, para
chamar atenção sobre vossa habilidade e paciência. Trabalhai, minhas filhas, e
que o produto do vosso trabalho seja destinado ao socorro dos vossos irmãos, os
pobres, que como vós são filhos bem-amados de Deus. Trabalhar por eles é
glorificá-Lo. Sede para eles a Providência que diz: Às aves do céu, Deus dá seu
alimento.
Que o ouro e a
prata, tecidos pelas vossas mãos, se transformem em roupas e em alimentos para
os necessitados.
Fazei isso e vosso
trabalho será abençoado.
E todos vós que
podeis produzir, dai. Dai vosso talento, vossas inspirações, vosso coração, que
Deus vos abençoará. Poetas, literatos, que sois lidos pelas pessoas da
sociedade, satisfazei o gosto deles, mas que o produto de alguma de vossas
obras seja consagrado ao consolo dos infelizes.
Pintores,
escultores, artistas de todos os gêneros, que vossa inteligência também venha
em ajuda dos vossos irmãos, não tereis por isso diminuído a vossa glória e
tereis aliviado o sofrimento de muitos.
Todos vós podeis
dar. Qualquer que seja a vossa condição, tendes alguma coisa que podeis
dividir. De tudo o que Deus vos tenha dado, disso deveis uma parte àquele que
não tem nem o necessário, pois, em vosso lugar, ficaríeis felizes se alguém dividisse
convosco. Vossos tesouros na Terra serão um pouco menores, mas vossos tesouros
no Céu serão maiores e lá colhereis, cem vezes mais, o que tiverdes semeado e
ajudado aqui na Terra.”
João - Bordeaux,
1861
livro
O Evangelho Segundo
O Espiritismo
Allan Kardec Petit
Editora
Leia, medite, estude a Doutrina
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Núcleo Espírita Assistencial "Paz e
Amor" - Filiado à Federação Espírita do Estado de São Paulo • N.º 108 - Dezembro 2006
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