Em memorável
palestra na cidade de Londrina (PR), o incansável médium Divaldo Pereira Franco
tratou da existência de Deus, da magnífica obra da criação e os diversos
momentos da história em que se pretendeu excluir Deus de nossa vida. O ponto
alto da palestra, porém, foi a explanação sobre as idéias do cientista A.
Cressy Morrison, ex-presidente da Academia de Ciências de Nova York, o qual arrolou,
em estudo famoso, sete razões pelas quais um cientista como ele acredita em
Deus.
Primeira:Por inabalável e
matemática lei, podemos provar que nosso Universo foi concebido e executado por
uma grande inteligência. Suponha que você coloque dez moedas de um centavo,
marcadas de um a dez, em seu bolso e lhes dê uma boa agitada. Agora tente
pegá-las na ordem de um a dez, pegando uma moeda a cada vez que você agita o bolso.
Matematicamente sabemos que a chance de pegar a moeda número um é de uma em
dez; de pegar a um e a dois em seqüência é de uma em 100; de pegar a um, a dois
e a três em seqüência é de uma em 1.000 e assim por diante; por fi m, a chance
de pegar todas as moedas, em sequência, seria de uma em dez bilhões.
Pelo mesmo
raciocínio, são necessárias as mesmas condições para que a vida na Terra haja acontecido
por acaso. Os dados seguintes mostram o porquê: A Terra gira em seu eixo 1.000
milhas por hora no equador; se ela girasse 100 milhas por hora, nossos dias e
noites seriam dez vezes mais longos e o Sol provavelmente queimaria nossa
vegetação de dia enquanto a noite longa gelaria qualquer broto que
sobrevivesse.
O Sol, fonte de
nossa vida, tem uma temperatura de superfície de 10.000 graus Fahrenheit e a
Terra está distante bastante para que essa vida eterna nos esquente só o suficiente!
Se o Sol emitisse somente metade de sua radiação atual, nós ficaríamos
congelados, e se emitisse muito mais, nos assaria.
A inclinação da
Terra a um ângulo de 23 graus nos dá as diferentes estações; se a Terra não
tivesse sido inclinada assim, vapores do oceano mover-se-iam de norte a sul,
transformando-nos em continentes de gelo. Se a crosta da Terra fosse só dez pés
mais espessa, não haveria oxigênio para a vida. Se o oceano fosse só dez pés
mais fundo, o gás carbônico e o oxigênio seriam absorvidos e a vida vegetal não
poderia existir. É evidente a partir desses e de uma série de outros exemplos
que não existe uma chance em um bilhão de que a vida em nosso planeta seja um
acidente.
Segunda: A engenhosidade da
vida, que revela em si mesma a manifestação de uma inteligência surpreendente,
que dá gosto às frutas e às especiarias, perfume às flores, que transforma a
água e o gás carbônico em açúcar e madeira e, ao fazê-lo, libera o oxigênio que
permite que os animais vivam.
“Deus é amor”, afirmou João em seu
evangelho.
Terceira: A sabedoria
instintiva dos animais, que a transmitem aos seus descendentes. O jovem salmão
gasta anos no mar, e depois volta para o seu próprio rio, percorrendo a própria
margem do rio que corre para o afluente onde nasceu. O que o traz de volta tão precisamente?
Se você o transferir para outro afluente ele saberá que está fora do seu curso
e irá lutar para chegar com precisão ao seu destino.
Quarta: O poder da razão,
presente no homem e que, como todos sabemos, supera o instinto animal.
Quinta: A existência dos
genes, que são a chave que nos permite decifrar os seres humanos, os animais,
os vegetais e todas as suas características.
Sexta: O equilíbrio
ecológico, que faz com que as espécies se nutram umas das outras e, ao cumprir
seu papel, mantenham o equilíbrio da vida no planeta.
Sétima: A faculdade da
imaginação, que permite que existam os poetas, os músicos, os artistas em geral
e que nos dá a capacidade de conceber a idéia de Deus e especular sobre a
origem de tudo.
Na parte final da
palestra, depois de lembrar o conceito espírita de Deus e tecer considerações
sobre as provas de sua existência segundo a Doutrina Espírita, Divaldo lembrou
a célebre lição de João:
“Deus é amor”, asseverando que é
o amor que assegura a harmonia de nossas vidas, pensamento que ele ilustrou
contando a comovente história de Leland Stanford, o menino que, ao desencarnar
ainda jovem, transformou a vida de sua mãe e a levou a fundar em 1891 a Universidade
de Stanford, em Palo Alto, na Califórnia.
FONTE:
O IMORTAL, N.º 650.
“INFORMAÇÃO”:
REVISTA
ESPÍRITA MENSAL
ANO XXXIII N° 387
DEZEMBRO
2008
Publicada pelo Grupo Espírita “Casa do Caminho” -
Correspondência:
Cx. Postal: 45.307 - Ag. Vl. Mariana/São Paulo (SP)
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