Perspectiva Espírita
“Uma das primeiras virtudes sociais é
a de tolerar no próximo o que
devemos proibir em nós mesmos.”
Geralmente as pessoas gostam de dar conselhos, mas nem sempre
são conselhos dignos de serem seguidos.
No entanto, com aquele jovem médico foi diferente.
Quase ao término da festa de sua formatura, um de seus
professores se aproximou, colocou a mão sobre seu ombro, e lhe disse: “Meu
filho, vou lhe dar um conselho.
Sempre que você for receitar um remédio para um paciente, pergunte-se
primeiro: ‘Eu tomaria esse remédio? Eu o daria para minha esposa, minha mãe,
meu pai? Receitaria para um filho ou um irmão?’ Se a resposta for sim, então
pode prescrever a medicação e guardar a consciência tranqüila.”
Aquele jovem recém-formado é hoje um grande médico e exerce a
medicina há muitos anos, mas jamais esqueceu aquele sábio conselho.
Mais de vinte anos se passaram e as palavras do seu professor
ficaram gravadas na sua mente, orientando suas ações no exercício da medicina.
Seus pacientes têm plena confiança em seus diagnósticos e em
suas orientações médicas.
Mas quando alguém lhe fala de como o admira por sua dignidade e
competência, ele atribui isso ao seu sábio mestre, dizendo: “Isso é mérito de
um professor que tive na universidade. Foi ele que me deu uma receita infalível
para me guiar nas decisões”.
Bom seria que cada formando, ao deixar a universidade, recebesse
um conselho desses e o seguisse na sua vida profissional.
Se engenheiros e arquitetos se perguntassem sempre, antes de
fazer um projeto, se morariam naquele edifício ou casa, se colocariam um ente
querido para morar no seu interior.
Se o fabricante deste ou daquele produto usasse o mesmo
critério, e jamais colocasse em circulação mercadorias que não deseja para si
nem para os seus, jamais teríamos reclamações de consumidores.
Se os políticos, advogados, magistrados, refletissem sobre suas
ações, perguntando-se se as aplicariam a si mesmos ou aos seus amores, teríamos
uma sociedade bem melhor e mais justa.
Se os professores, enfermeiros, farmacêuticos, fizessem o mesmo,
o mundo seria melhor.
Se os governantes, antes de fazer a guerra, se perguntassem se
iriam para a frente de batalha, se mandariam a sua mãe, seu filho, sua esposa,
seus mais diletos amigos, certamente optariam pela diplomacia.
Enfim,
se todos os indivíduos, em qualquer atividade que desempenhem agissem sempre
tendo por base fazer aos outros o que aceitariam de bom grado para si mesmos, não
haveria violência, injustiça, desamor...
Isso
tudo faz sentido para você? E sabe o que isso significaria?
Sim,
seria o cumprimento da regra áurea prescrita por Jesus, o mais sábio dos
Mestres.
Simples,
não?
A
solução de todos os problemas da humanidade num preceito tão simples e fácil de
entender...
No
entanto, poucos estão dispostos a lançar mão desse recurso. E sabe por quê?
Porque
precisaria derrotar os vilões mais poderosos que ainda habitam o coração do
homem: o orgulho e o egoísmo.
Mas
você, que deseja construir um mundo mais feliz e mais justo, pode fazer a sua
parte sem se preocupar com aqueles que ainda se comprazem na exploração dos semelhantes.
Mas,
será que vale a pena?
Sem
dúvida, pois você só responderá pelos próprios atos, perante sua própria consciência.
Uma
vez mais vamos encontrar na sabedoria de Jesus a afirmativa: “a cada um segundo
suas obras.”
Por
isso é que vale a pena agir com dignidade e honradez, pois somente uma
consciência reta lhe dará paz de espírito, neste mundo e no outro.
Pense
nisso, e faça a sua parte no exercício da sua profissão, seja ela qual for.
Texto
da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na história do Dr. Alan
Archetti.
Pergunta: Qual é a grande fonte da
insatisfação?
Resposta:
Acreditar que os recursos que buscamos estão fora de nós.
Departamento de Doutrina
U.S.E. Intermunicipal Bauru
Boletim
Informativo
Ano XXXIV, nº 405
Dezembro de 2006
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