Orson Peter Carrara
O ciclo natural do corpo humano determina, com o tempo, a morte
biológica. Que também ocorre em acidentes fatais ou em decorrência de
enfermidades.
Morto o corpo, para onde vamos? Que vamos fazer
depois? O leitor tem pensado nessas questões? São perguntas que merecem ampla
análise e que podem trazer muitas respostas. Na verdade, a morte é apenas do
corpo. Não morremos. Antes, continuamos a viver normalmente, com nossas
conquistas morais e intelectuais, nossos desejos e foco de interesse, bem como,
é óbvio, com nossas carências, angústias e sentimentos.
E já que saímos do corpo, onde ficamos, com quem?
Para responder é necessário entender que possuímos também um corpo
espiritual que Allan Kardec denominou perispírito. É com ele que nos
apresentamos no mundo espiritual. É a nossa forma, nossa aparência que se
conserva (pelo menos nos primeiros momentos) com os traços da última existência
deixada na Terra. Ou seja, apresentamo-nos “lá” como somos aqui. Em sua
totalidade.
O local que vamos, com quem ficaremos , o que faremos , é determinado
pela sintonia de nossos interesses e desejos. Nossa liberdade ou prisão no
mundo espiritual é exclusivamente determinada pela conduta moral que adotamos
na vida mental.
Então, agora fica fácil entender. Se temos uma vida mental atribulada
pelos desejos de vingança, ódio, intolerância, materialismo, estamos desde já
sintonizados com ambientes carregados ou caracterizados por essas expressões.
Se nossa vida é uma vida de dedicação ao bem, às causas nobres em favor da
humanidade, estaremos sintonizados com outras criaturas que vibram ou pensam na
mesma frequência e para lá somos atraídos.
Indiferentes, egoístas, orgulhosos, apegados aos valores materiais
também seguem o mesmo critério. Assim como bondosos, altruístas, dedicados ao
bem, são atraídos e recebidos por criaturas também bondosas. Intelectuais,
pesquisadores, anônimos ou destacados líderes seguem o mesmo critério de
buscarem ambientes com os quais se sintonizam. É tudo, enfim uma questão de
sintonia.
NADA MAIS QUE MERO REFLEXO DAS PRÓPRIAS OBRAS; mérito ou conquista dos
próprios interesses. Isto é que determina o local para onde vamos, com quem
ficamos.
O assunto sugere, pois, pensarmos como estamos utilizando nossa sintonia
mental.
O ARAUTO
ANO
XV – Nº 87 – NOVEMBRO/DEZEMBRO – 2011
PUBLICAÇÃO BIMESTRAL
ÓRGÃO OFICIAL DA USE – INTERMUNICIPAL DE
PIRACICAB
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