O LIVRO DOS
MÉDIUNS
(Guia dos
Médiuns e dos Doutrinadores)
Por
ALLAN KARDEC
ALLAN KARDEC
Contém o
ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de
manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento
da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática
do Espiritismo.
SEGUNDA PARTE
DAS
MANIFESTAÇÕES ESPIRITAS
CAPITULO XIV
OS MÉDIUNS
MÉDIUNS ESCREVENTES OU PSICÓGRAFOS
Estudo 61-Itens 178 e 179
Iniciamos o capítulo XV ressaltando que Allan
Kardec o elaborou visando estudar os médiuns escreventes ou psicógrafos em
momento em que essa expressão mediúnica abria as portas de comunicação entre os
planos espiritual e o material, caracterizando-se como o meio que nos
apresentava o mundo extra-físico. Através de suas observações, análises e
conclusões, em parceria com os Instrutores Espirituais, nasceu a Codificação
Espírita. Atualmente, muito maior é o número de médiuns psicofônicos, cujos processos,
do ponto de vista da lucidez do médium durante o fenômeno da comunicação,
enquadram-se perfeitamente nas explicações apresentadas pelo Codificador para a
psicografia.
Médiuns Escreventes ou psicógrafos
De todos os meios de comunicação, a escrita
manual é o mais simples, mais cômodo e, sobretudo, mais completo. Para ele
devem tender todos os esforços, porquanto permite se estabeleçam, com os
Espíritos, relações tão continuadas e regulares, como as que existem entre nós.
Com tanto mais afinco deve ser empregado, quanto é por ele que os Espíritos
revelam melhor sua natureza e o grau do seu aperfeiçoamento ou da sua
inferioridade. Pela facilidade que encontram em exprimir-se por esse meio, eles
nos revelam seus mais íntimos pensamentos e nos facultam julgá-los e
apreciar-lhes o valor. Para o médium, a faculdade de escrever é, além disso, a
mais suscetível de desenvolver-se pelo exercício.
Médiuns Mecânicos
Aqueles cuja mão recebe um impulso
involuntário e que nenhuma consciência têm do que escrevem. Muito raros.
Quem examinar certos efeitos que se produzem
nos movimentos da mesa, da cesta, ou da prancheta que escreve não poderá
duvidar de uma ação diretamente exercida pelo Espírito sobre esses objetos. A
cesta se agita por vezes com tanta violência, que escapa das mãos do médium e
não raro se dirige a certas pessoas da assistência para nelas bater. Outras
vezes, seus movimentos dão mostra de um sentimento afetuoso.
O mesmo ocorre quando o lápis está colocado
na mão do médium; frequentemente é atirado longe com força, ou, então, a mão,
bem como a cesta, se agita convulsivamente e bate na mesa de modo colérico,
ainda quando o médium está possuído da maior calma e se admira de não ser
senhor de si. Digamos, de passagem, que tais efeitos demonstram sempre a
presença de Espíritos imperfeitos; os Espíritos superiores são constantemente
calmos, dignos e benévolos; se não são escutados convenientemente, retiram-se e
outros lhes tomam o lugar. Pode, pois, o Espírito exprimir diretamente suas ideias,
quer movimentando um objeto a que a mão do médium serve de simples ponto de
apoio, quer acionando a própria mão.
Quando atua diretamente sobre a mão, o Espírito
lhe dá uma impulsão de todo independente da vontade deste último. Ela se move
sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa
que dizer, e pára, assim ele acaba. Nesta circunstância, o que caracteriza o
fenômeno é que o médium não tem a menor consciência do que escreve. Quando se
dá, no caso, a inconsciência absoluta; têm-se os médiuns chamados passivos ou
mecânicos.
É preciosa esta faculdade, por não permitir
dúvida alguma sobre a independência do pensamento daquele que escreve.
Concluindo, em nosso próximo estudo veremos
os médiuns intuitivos.
Recomendamos acessar o site:
Bibliografia:
KARDEC, Allan - O Livro dos Médiuns: 2.ed.
São Paulo: FEESP, 1989 - Cap XV - 2ª Parte
Tereza Cristina D'Alessandro
Setembro / 2006
Centro Espírita Batuíra
cebatuira@cebatuira.org.br
Ribeirão Preto - SP
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