O consumismo
atual responde por muitos problemas. As indústrias do supérfluo apresentam no
mercado da vacuidade um sem-número de produtos desnecessários, que aturdem os indivíduos.
Estimulados pela propaganda bem elaborada, desejam comprar, mesmo sem poder, o
que veem, o que lhes é apresentado, numa volúpia crescente.
Objetos e
máquinas que são o último modelo, em pouco tempo passam para o penúltimo lugar, até ficarem esquecidos em armários ou
depósitos de coisas sem valor. No entanto, se não fossem adquiridos, naquela
ocasião, a vida perderia o sentido para quem os não comprasse.
Consumismo é
fantasia, transferência do necessário para o secundário.
O consumidor que
não reflete antes de adquirir, termina consumido pelas dívidas que o
atormentam. Muita gente faz compras, por mecanismos de evasão. Insatisfeitas
consigo mesmas, fogem adquirindo coisas mortas, e mais se perturbando. Enquanto
grande número de indivíduos se afogam no oceano do supérfluo, multidões inteiras
não possuem o indispensável para uma vida digna. Abarrotados, uns, com coisas
nenhumas, e outros vitimados por terrível escassez.
São os paradoxos
do século e do comportamento materialista e utilitarista da atualidade.
Confere a
necessidade legítima, antes de te permitires o consumismo.
Coisas de fora
não equacionam estados íntimos. Distraem a tensão por um momento, sem que
operem real modificação interior. Quando o excesso te visite, reparte-o com a
escassez ao teu lado. Controla e dirige a tua vontade, a fim de não seres uma
vítima a mais do tormento consumista..
JOANNA DE
ÂNGELIS, mentora espiritual de Divaldo P. Franco, é autora, entre outros
livros, de Episódios Diários, do qual foi extraído o texto acima.
O IMORTAL
JORNAL DE DIVULGAÇÃO
ESPÍRITA
Diretor
Responsável: Hugo Gonçalves - Ano 57 - Nº 674 - Abril de 2010 - PÁGINA
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