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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

CAINDO EM SI


Corriqueiramente, caminhamos iludidos quanto à finalidade da vida na Terra.
Elucidando as palavras do Mestre no Evangelho de Lucas, o mentor Emmanuel esclarece tal propósito e alerta-nos que, encarnados tal como nos encontramos, podemos, ainda hoje, retomar o caminho da renovação espiritual.
 "Caindo, porém, em si..." - LUCAS, 15:17
 Este pequeno trecho da parábola do filho pródigo desperta valiosas considerações em torno da vida.
Judas sonhou com o domínio político do Evangelho, interessado na transformação compulsória das criaturas; contudo, quando caiu em si, era demasiado tarde, porque o Divino Amigo fora entregue a juízes cruéis.
Outras personagens da Boa Nova, porém, tornaram a si, a tempo de realizarem salvadora retificação. 
Maria de Magdala pusera a vida íntima nas mãos de gênios perversos, todavia, caindo em si, sob a influência do Cristo, observa o tempo perdido e conquista a mais elevada dignidade espiritual, por intermédio da humildade e da renunciação.
Pedro, intimidado ante as ameaças de perseguição e sofrimento, nega o Mestre Divino; entretanto, caindo em si, ao se lhe deparar o olhar compassivo de Jesus, chora amargamente e avança, resoluto, para a sua reabilitação no apostolado.
Paulo confia-se a desvairada paixão contra o Cristianismo e persegue, furioso, todas as manifestações do Evangelho nascente; no entanto, caindo em si, perante o chamado sublime do Senhor, penitencia-se dos seus erros e converte-se num dos mais brilhantes colaboradores do triunfo cristão.
Há grande massa de crentes de todos os matizes, nas mais diversas linhas da fé, todavia, reinam entre eles a perturbação e a dúvida, porque vivem mergulhados nas interpretações puramente verbalistas da revelação celeste, em gozos fantasistas, em mentiras da hora carnal ou imantados à casca da vida a que se prendem desavisados.
Para eles, a alegria é o interesse imediatista satisfeito e a paz é a sensação passageira de bem-estar do corpo de carne, sem dor alguma, a fim de que possam comer e beber sem impedimento.
Cai, contudo, em ti mesmo, sob a bênção de Jesus e, transferindo-te, então, da inércia para o trabalho incessante pela tua redenção, observarás, surpreendido, como a vida é diferente.

Fonte Viva – Emmanuel, psic. Francisco C. Xavier - lição 88
(Compilado por Sheila)

Correio da Fraternidade
ANO 21 – nº 250- Abril de 2010 Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

ÊXITOS E INSUCESSOS



“Sei viver em penúria e sei também viver em abundância.” – PAULO. (Filipenses, 4:12.)

Em cada comunidade social, existem pessoas numerosas, demasiadamente preocupadas quanto aos sucessos particularistas, afirmando-se ansiosas pelo ensejo de evidência. São justamente as que menos se fixam nas posições de destaque, quando convidadas aos postos mais altos do mundo, estragando, desastradamente, as oportunidades de elevação que a vida lhes confere.
Quase sempre, os que aprenderam a suportar a pobreza é que sabem administrar, com mais propriedade, os recursos materiais.
Por esta razão, um tesouro amontoado para quem não trabalhou em sua posse é, muitas vezes, causa de crime, separatividade e perturbação.
Pais trabalhadores e honestos formarão nos filhos a mentalidade do esforço próprio e da cooperação afetiva, ao passo que os progenitores egoístas e descuidados favorecerão nos descendentes a inutilidade e a preguiça.
Paulo de Tarso, na lição à igreja de Filipos, refere-se ao precioso imperativo do caminho no que se reporta ao equilíbrio, demonstrando a necessidade do discípulo, quanto à valorização da pobreza e da fortuna, da escassez e da abundância.
O êxito e o insucesso são duas taças guardando elementos diversos que, contudo, se adaptam às mesmas finalidades sublimes.
A ignorância humana, entretanto, encontra no primeiro o licor da embriaguez e no segundo identifica o fel para a desesperação. Nisto reside o erro profundo, porque o sábio extrairá da alegria e da dor, da fartura ou da escassez, o conteúdo divino.

Pão Nosso – Emmanuel, psic. Francisco C. Xavier – lição 56

(Compilado por Delcio)

Correio da Fraternidade
ANO 20 – nº 238- Abril de 2009 Distribuição Gratuita
Grupo Espírita “Irmão Vicente”
O Grupo Espírita “Irmão Vicente”, abreviadamente GEIV, foi fundado em 1º de janeiro de 1962, como Associação religiosa e filantrópica, de duração ilimitada e com fins não econômicos, com sede e foro na cidade de Campinas, estado de São Paulo.
http://www.annesullivan.com.br/mantenedora.html

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

“Por que é tão importante cuidar da evangelização de nossas crianças?”


De coração para coração

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO
De Londrina

Resposta a uma jovem mãe preocupada




O assunto aqui ventilado no mês passado suscitou da parte de uma jovem mãe a seguinte questão: “Por que é tão importante cuidar da evangelização de nossas crianças?”
É conhecida a posição de Kardec, o Codificador do Espiritismo, com relação ao ensino moral contido no Evangelho: “Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças, porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas”. (Cf. O Evangelho segundo o Espiritismo, Introdução, item I.)
Depois destas sábias palavras, Kardec asseverou: “Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura”. (Idem, ibidem.)
Aí está, pois, o ponto central da resposta à pergunta formulada.
Evangelizar uma pessoa é ensinar-lhe o caminho que leva à paz, à harmonia, à felicidade possível no mundo em que vivemos. E quando tal tarefa deve começar? A resposta a esta dúvida é também por demais conhecida: na infância, esse período da existência corpórea que Emmanuel assim conceituou:
“A juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para uma longa viagem. A velhice será a chegada ao porto. A infância é a preparação”.
Os Espíritos Superiores nos ensinam que, encarnando-se com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito durante a infância “é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo”.
As crianças são os seres “que Deus manda a novas existências”.
“Para que não lhes possam imputar excessiva seriedade, dá-lhes todos os aspectos da inocência.
Julgando os seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos mais minuciosos cuidados. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir. É na fase infantil que se lhes pode reformar o caráter e reprimir as suas más tendências. Esse é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual terão de responder.” (Cf. O Livro dos Espíritos, questões 383 e 385.)
Examinando o assunto, Emmanuel adverte: “O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos.
Até os sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência. Ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isto, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho. Passada a época infantil, atingida a maioridade, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das criaturas, porquanto a alma encarnada terá retomado o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a luz interior dos sagrados princípios educativos”. (Cf. O Consolador, pergunta 109.)-




O IMORTAL
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 53 Nº 624 Fevereiro de 2006
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TELEFONE: (043) 3254-3261 - CAMBÉ - PR

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A ansiedade


CLARINDO FARINA
De Curitiba

A ansiedade, quando intensiva e continuada, torna-se um canal para o desencadeamento de enfermidades.
Quando descontrolada, começa, em primeiro lugar, a desarmonizar o psiquismo, mas também pode chegar a ponto de afetar a saúde de um modo geral.
Vários são os fatores que dão início à ansiedade. Por exemplo: medo de perder o emprego, dificuldade econômica para sobreviver ou para quitar uma dívida, disputa de cargos ou funções, insegurança individual ou coletiva, ameaça de uma iminente guerra, prepotência exagerada de patrões e governos inescrupulosos, anúncios e estardalhaço sobre enfermidades e epidemias devastadoras, prenúncios de tragédias iminentes etc.
É claro que há circunstâncias em que a ansiedade, até certo ponto, pode ser considerada como normal, por exemplo: quando se aguarda a chegada demorada de alguém ou quando se espera uma notícia importante que demora a se confirmar, mas desde que essa ansiedade não se torne exagerada.
Os vícios, principalmente para com os tóxicos, podem ser uma das piores causas de ansiedades. Quando a ansiedade atinge níveis como distúrbios respiratórios, sudoreses exageradas sem motivos claros, perturbações das funções digestivas, insônia, nestes estados emocionais, a ansiedade se torna fator de perigosas patologias, ameaçando perigosamente a saúde física e mental.
É de suma importância o autodescobrimento, isto é, saber controlar as nossas necessidades, nossas emoções, nossas legítimas aspirações e reações, mediante certos estímulos!
É imprescindível saber compreender a importância dos verdadeiros valores para a vida. Equilíbrio em tudo sempre é a melhor opção.
A fé raciocinada, com confiança absoluta em Deus e confiança em si mesmo, constitui também importante antídoto às ansiedades. As idéias positivas e a busca incessante das verdades espirituais são seguranças contra as doentias ansiedades.
A certeza da imortalidade e da bondade de Deus é fundamental para a expulsão de ansiedade. Conversar com uma pessoa sensata e equilibrada ou valer-se da oração são outras tantas medidas que podem nos auxiliar a fim de amenizar as nossas inquietações emocionais.
Longo período de ansiedade descontrolada poderá dar origem, também, à enfermidade intitulada depressão.
Ensinou-nos Jesus a confiar e orar sempre ao Pai Celestial, que sabe o que é melhor para nós, nas horas difíceis e de indecisões.

Um minuto com Joanna de Ângelis

Os cristãos do passado, fiéis à Doutrina pura, experimentaram o opróbrio, a calúnia, a persistente angústia, o cárcere, o martírio... A história do vero Cristianismo é a saga de toda uma comunidade sacrificada através dos tempos.
Lentamente, porém, as conquistas humanas, culturais e sociais vêm banindo os métodos bárbaros de impedimentos dos ideais nobres da Humanidade. Apesar de ainda existirem presídios e ultrajes, processos vis para extorquir informações e atemorizar, os direitos humanos se vão incorporando e as liberdades de culto, de crença, de ação, de palavra e movimentos acenam dias felizes para o futuro.
Os cristãos gozam de cidadania e suas minorias fazem-se respeitadas e até mesmo amadas.
Como será possível a cada indivíduo, porém, demonstrar o vigor da fidelidade aos postulados de fé vivenciados?
As antigas arenas foram derrubadas e as feras estão esquecidas.
Apesar disso, outros fenômenos têm lugar, convidando os decididos lidadores ao heroísmo, à evolução.
A dor íntima, os conflitos gerados na ação abnegada, as incompreensões propositadas, o cerco da maledicência e da acusação indébita, os ferem e os angustiam, ensejando recuperação, crescimento para Deus, ao mesmo tempo constituindo-se testemunho à fé.
Sob os açoites da enfermidade ou excruciado pelas dores de qualquer natureza, recorda-te da fé cristã, e alegra-te. Este é o teu instrumento de flagício libertador, de que a Vida se utiliza para a tua felicidade futura.
*
Sob as chuvas de sarcasmo dos amigos de ontem, agora perseguidores cruéis, ou padecendo injúrias e acusações venenosas, vitaliza-te com a fé cristã e demonstra-a na resignação e na coragem com que suportarás todas as injunções, sofrendo as “feras” multiplicadas na “arena” ampliada do teu relacionamento social.
O testemunho à fé chega-te agora de maneira diversa daquela que assinalou os apóstolos e mártires primitivos, não menos dolorosa, porém. Não malbarates, pois, a concessão divina do sofrimento, nem percas essa bênção que te permite ascender. Cristão, sofrendo, é Espírito em depuração, rumando na direção do Cristo que nos aguarda, confiante.

JOANNA DE ÂNGELIS, mentora espiritual de Divaldo P. Franco, é autora, entre outros livros, de “Momentos de Esperança” (Editora LEAL, 1988), do qual foi extraído o texto acima.

O IMORTAL
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 53 Nº 623 Janeiro de 2006

O dia da caridade


LUIZ AUGUSTO BREINACK

De Piraquara-PR

A caridade é nossa lâmpada acesa. Aos seus raios tudo esclarece e tudo brilha, diz Emmanuel.
A lei no 5063, de 4 de julho de 1966, instituiu o “Dia da Caridade”, a ser comemorado anualmente em 19 de julho, com o objetivo primordial de difundir e incentivar, a todos, a prática da solidariedade entre os brasileiros e os demais povos aqui domiciliados.
Estabelece textualmente, a lei:
“Art. 2o – A organização do plano para as comemorações ficará a cargo dos Ministérios da Saúde, Educação e Cultura, constando obrigatoriamente, sem prejuízo de outras iniciativas, de visitas a hospitais, casas de misericórdia, asilos, orfanatos, creches, presídios e a todos os demais lugares onde a pobreza e a dor mais se façam sentir”.
Segundo a boa doutrina, a função precípua do Estado é a prestação de serviços públicos. E num Estado em que o critério de ordem pública seja amplo e multiforme, em que se entenda que a paz, a ordem, a harmonia e o progresso, na ordem nacional, exigem que nenhum aspecto da vida econômica, social, cultural ou espiritual do povo escape à ação disciplinadora do Estado, o conceito de serviço público deverá ser igualmente compreensivo e desdobrado nas mais diversas e variadas aplicações.
Daí poderemos concluir que os poderes estatais não exorbitam de suas prerrogativas se, para a consecução de seus elevados fins, procuram empregar meios fortuitos, quando dignificantes, como, no caso em questão, o estímulo e a prática da caridade.
A caridade é a lei divina, natural.
Lógico, pois, que também constitua preceito na legislação humana.
Fundado na caridade, na benemerência, no altruísmo, o assistencialismo consiste nos cuidados, na proteção e no auxílio que indivíduos, famílias ou grupos prestam aos mais necessitados.
Entre alguns povos, igualmente, evidenciou-se certa preocupação com pessoas portadoras de deficiência física, idosos, miseráveis e outros carentes de amparo.
Consta que havia normas assistenciais, por exemplo, no Código de Manu (Índia), no Código de Hamurabi (Babilônia), e assim por diante. No mesmo sentido, e tão só para ilustração, aponta-se a famosa Lei dos Pobres (Poor Law), editada em 1601, na Inglaterra. Ela impunha às paróquias a obrigação de socorrer os infortunados de sua jurisdição, arrecadando, para tanto, taxas dos respectivos membros.
Das chamadas virtudes teologais tão bem detalhadas pela Igreja Católica Apostólica Romana, a fé tem o poder de “remover montanhas”.
A esperança é o bálsamo dos aflitos. Mas a Caridade a tudo sobrepuja, porque é ela o farol que indica o porto seguro da felicidade.
Por isso que, em boa hora, a casa mater do Espiritismo no Brasil, a Federação Espírita Brasileira, instituiu por lema: Deus, Cristo e Caridade.
Na primeira Epístola aos Coríntios, o grande apóstolo dos gentios, Paulo, dá-nos o precioso ensinamento: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos Anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como um címbalo que tine. E, ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e tivesse toda a fé, até a ponto de transportar montes, se não tiver caridade, não sou nada. E, ainda que distribuísse todos os meus bens no sustento dos pobres, e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, nada disto me aproveita”. Porque, no entendimento de Paulo, a Caridade é paciente e benigna, não é invejosa nem temerária, não se ensoberbece nem é ambiciosa, não se irrita nem folga com a injustiça, tudo desculpa, tudo espera e tudo sofre.
É bem verdade que a Caridade não se tornará, num passe de mágica, uma instituição nacional só porque o Governo Federal estabeleceu mais um “dia” no rol das datas comemorativas do país. Percebe-se como a humanidade não se tornou mais fraterna por ter sido designado o dia 1o de janeiro como consagrado à Confraternização Universal.
Mas o dia 19 de julho representa o reconhecimento oficial da sublimidade contida nos ensinamentos de Jesus e bem pode se constituir no marco de uma nova era de entendimento entre todas as pessoas de boa vontade.
Oxalá, acostumemo-nos todos os brasileiros e outros povos aqui domiciliados a dedicar integralmente os 365 dias do ano ao incentivo e à prática da Caridade e não só um simbólico 19 de julho esporádico.
Isso é perfeitamente possível, por certo. Todavia, pouco provável por enquanto... Que o novo Governo do Brasil, que instituiu o Fome Zero, reacenda e incentive a todos nós a pôr em prática o conteúdo da lei no 5063, de 05.07.66.
Como diz a letra de uma belíssima música: “A Caridade é a mais santa das virtudes, deve ser a atitude de todo o bom cristão”.
Sabemos todos que a Caridade apaga uma multidão de pecados e que, além disso, “Fora da Caridade não há salvação”. Fazemos nossas as palavras do beato Dom Orione: “A Caridade salvará o mundo”, e, concluindo, repetimos a frase célebre do beato Luís Guanella: “Caridade em tudo e com todos”.

Versos à mocidade
Sebastião Lasneau


Nós espíritas velhos e cansados,
Embora tendo nalma a fé cristã
Já não podemos ser os bons soldados
Que os moços podem ser
hoje e amanhã.

Em breve hão de parar nossos arados,
E é para vós, ó mocidade irmã,
Que os nossos olhos hoje
estão voltados,
Pretendendo tornar-vos nobre e sã.

Jovens irmãos, buscai o Cristianismo
Pela estrada real do Espiritismo
Em cujo fim esplende o Redentor!
Quando um dia chegardes a ser velhos
Tereis na mente a luz dos Evangelhos
E tereis nalma a paz do Seu amor!


O IMORTAL
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 53 Nº 623 Janeiro de 2006

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Perseverança


“A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, é uma prova
de fraqueza e de dúvida de si mesmo.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 3.)


JANE MARTINS VILELA
De Cambé

O homem está constantemente buscando satisfazer suas necessidades, que se tornam crescentes na medida em que o desejo se volta para a busca do supérfluo e não a do necessário.
Estamos vendo a toda hora as dificuldades do ser humano no planeta Terra, com a violência explodindo em toda parte expressando a ignorância do amor, a fraqueza do ser que não consegue vencer sua animosidade, sendo, ao contrário, dominado por ela Temos lido e ouvido há tempos que o Brasil é o coração do mundo e a pátria do Evangelho, mas o coração, como órgão do corpo físico, pode sofrer infarto se não devidamente cuidado.
Sentimos, portanto, que o coração brasileiro está em sofrimento.
É difícil ligar um telejornal ou ler notícias sem que nos deparemos com algo que fere a moral, a honestidade, os bons costumes.
“É um momento de mudanças”, dizemos para manter a esperança acesa nas almas. “É um momento de transição para que tudo melhore”, pensamos.
É verdade. É fato. No entanto, necessária e imperiosa a manutenção da vigilância, da brandura, da misericórdia, dos pensamentos nobilitantes, da perseverança.
É preciso colocar na retina a figura luminosa do Cristo, e no coração a lembrança de seus feitos e de suas palavras, para seguir à frente.

Necessário o trabalho no bem, a oração, a fé viva e ardente e, para o espírita, sobretudo racional, embasada em fatos, inabalável, a casa sobre a rocha.
No trabalho anônimo do bem, perseverança.
No cotidiano, correção.
Nas atitudes, amor.
Não se deixar avassalar pela torrente das informações negativas.
Exemplificar o bem.
Um homem que se levanta e permanece no trabalho edificante, enaltecendo as virtudes com sua atitude, é alguém que junto a si congrega outros que se levantam com ele.
Amigos, companheiros espíritas, levantemo-nos, pois, na fé que abraçamos, todos os dias, servindo anonimamente, mas servindo sempre, amando e sendo humildes, exemplificando a paz que desejaríamos ver, mantendo a calma nas horas amargas e a dignidade no sofrimento, sabendo ser artífices humílimos do Cristo na preparação para a hora da renovação que sabemos há de chegar. Até lá, esforços nos são pedidos.
Colaboremos, pois, exemplificando sempre, mantendo a união fraterna e a paz onde estivermos.
Paz para todos! Fraternidade entre todos! Perseverança!



O amor é tudo
José Soares Cardoso

Há vibrações de amor cruzando os ares
Nas paisagens azuis do firmamento,
No seio luminoso dos altares,
No rumo das cascatas e do vento.

Exulta em tudo a voz do sentimento,
Indo e vindo através dos sete mares,
Em notas de ternura e encantamento
Que vão da Terra aos planos estelares.

O amor é a voz de Deus
cantando a vida!
Voz que precisa no mundo ser ouvida
Para o bem das humanas gerações.
Somente o amor possui a força imensa
De unir os homens, sem ver
raça ou crença,
Trazendo Deus aos nossos corações!


O IMORTAL
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 53 Nº 623 Janeiro de 2006