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domingo, 24 de junho de 2012

O Que é Ansiedade?


Ana Cecília Rosa

A ansiedade e o transtorno do pânico, contrariamente ao que se acredita, não são um problema moderno. Na mitologia grega, encontra-se seu exemplo mais antigo: o Deus Pã (metade homem e metade carneiro), pertencente ao inconsciente coletivo daquele povo, fonte de sustos aos que se “aventuravam” por florestas e origem do termo pânico. Os sintomas da ansiedade, como palpitações, sudorese, náuseas e dor torácica, foram, durante séculos, relacionados aos distúrbios dos órgãos, sendo negligenciada a sua causa mental pela medicina. Porém, com o advento da Psicanálise, comprovou-se que certas debilidades  mentais (desordens  sexuais) mediavam essas manifestações.

    Segundo a teoria psicanalítica, a ansiedade é oriunda do conflito entre o Id e o Superego, o que leva à repressão de impulsos inaceitáveis pelo Ego, gerando desequilíbrio mental e os sintomas. O Espiritismo, por Joanna de Angelis, explica que o distúrbio “está enraizado no ser que desconsiderou as Soberanas Leis e se reencarna com predisposição fisiológica, imprimindo nos gens a necessidade da reparação dos delitos transatos”. Assim, estão na nossa programação reencarnatória, mais precisamente no nosso corpo somático, as condições necessárias para a eclosão da doença, desencadeadas por fatores sociais e psíquicos (estresse, traumas, perfeccionismo) geradores de conflitos e insegurança, principalmente na infância.
    A disfunção orgânica requer tratamento com ansiolíticos e antidepressivos, além da psicoterapia para o enfrentamento dos medos. Os cuidados emocionais, provenientes da lei da caridade, amor e justiça, e o reconhecimento do indivíduo como doente da alma são fundamentais para o restabelecimento da confiança em busca da cura, proporcionando condições de aprendizado e evolução.

    Ana Cecília Rosa é médica pediátrica, residente no Brasil. É membro do Instituto  de Divulgação Espírita  - Araras/SP.

Jornal de Estudos Psicológicos
Ano II   N° 4  Maio e Junho 2009
The Spiritist Psychological Society 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Em silêncio, carreguemos nossa cruz


Geraldo Ribeiro da Silva (Grupo Espírita “Batuíra” - SP)
Em geral , queremos desempenhar nossas tarefas de maneira suave, sem dor nem sacrifícios. Entretanto, observando a vida dos grandes missionários, percebemos que eles enfrentaram muitos desafios e dificuldades, para alcançarem os objetivos de servir ao próximo.
Todo aquele que recebe do Plano Maior, a missão de trabalhar pelo bem comum, em geral o faz com espírito de renúncia e dedicação.
Jesus, em seu Evangelho, nos oferece o seguinte ensinamento, que reforça esta nossa tese: “... Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
– Porquanto, aquele que quiser salvar a si mesmo, perder-se-á; e aquele que se perder por amor de mim e do Evangelho, se salvará – (Marcos, cap. 8, vv. 34 e 35.)
O que significa tomar sua cruz?
Sinaliza-nos que devemos ter a consciência de que, durante o desempenho de uma tarefa, que vise a amenizar ou suprimir a dor dos que sofrem, muitos desafios teremos de superar.
Jesus, que nada tinha a ser testado, deu-nos o exemplo de que desempenhar uma missão equivale a carregar um grande fardo. Em sua missão gloriosa na Terra, suportou agressões, assimilou as provocações dos fariseus, escribas e outros, sem lhes guardar mágoa, ódio ou ressentimento.
Agiu com elevação espiritual, quando no Calvário, rogou a Deus: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem!”
Bezerra de Menezes, espírito bom e sábio, passou por grandes provações. Durante anos, conviveu com um problema gástrico que o incomodou bastante, sem encontrar a cura na Medicina convencional. Só mais tarde, se libertou desse mal, com a ajuda do médium de curas João Gonçalves do Nascimento. No final de sua existência, Bezerra, que foi chamado o ‘Médico dos Pobres’, paradoxalmente experimentou a grande prova da pobreza. Soube, entretanto, superá-la com resignação e humildade.
Chico Xavier, médium de dons espirituais notáveis, que psicografou centenas de obras espíritas, também não ficou imune à dor. Desde jovem, conviveu com limitações visuais, ficando praticamente cego, na velhice.
Passou por grandes privações, porém nunca reclamou da Justiça Divina. Ao contrário, agradecia sempre a Deus as provações a que era submetido.
Spartaco Ghilardi, homem de várias faculdades mediúnicas, que orientou milhares de pessoas em condições aflitivas, apontando-lhes o caminho do bem, também teve uma vida marcada por dificuldades.
Sofreu várias doenças, ao longo de sua existência, sem se queixar.
Quando era indagado sobre seu estado de saúde, respondia resignado: “Levo a vida que pedi a Deus.”
Exemplos como estes são comuns na vida dos missionários, espíritos que, a rigor, nada teriam de provar ou expiar. Diante disso, o que dizer de nós?!
Ao aportar neste planeta, com a tarefa de amparar e iluminar almas menos esclarecidas que nós, sabemos dos desafios que nos esperam. O Divino Pastor de nossas almas não nos prometeu uma vida tranquila, calma e sem atribulações.
Ao contrário, disse: “Aquele que deseja me seguir carregue sua cruz”.
Na prática da mediunidade, com Jesus, as dificuldades não são poucas, como pudemos perceber nos exemplos citados. O médium passa por inúmeras provações: provações na família, decepções no trabalho, dores do abandono, da perda de entes queridos, acidentes por vezes inevitáveis e tantos outros flagelos individuais ou coletivos, aos quais todos nós que habitamos este mundo estamos sujeitos.
Portanto o médium não deve imaginar que terá pela frente um caminho fácil, sem obstáculos. Não, isso parece não se confirmar na vida dos obreiros do bem! Sua mensagem em geral, inovadora, traz um conteúdo moral muito forte: de desprendimento dos bens terrenos, de combate ao egoísmo, ao orgulho e de tantos outros vícios morais. Por conta disso, sofrem injúrias, difamações, calúnias, etc., porém jamais devem recuar, ante a tarefa que lhes foi confiada.
Assim, o trabalhador da seara do Bem deve carregar sua cruz com sabedoria, prudência, resignado e confiante na Divina Providência, que nunca abandona o bom samaritano.

JORNAL DA MEDIUNIDADE
LIVRARIA ESPÍRITA EDIÇÕES “PEDRO E PAULO”
UBERABA-MG – INFORMATIVO MAIO/JUNHO – ANO 2009 – N.º 17
Jornalista Responsável: Juvan de Souza Neto
Endereço p/ correspondência:
Av. Elias Cruvinel, 1200 - B. Boa Vista -
38070-100 - Uberaba-MG
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A ansiedade


CLARINDO FARINA
De Curitiba

A ansiedade, quando intensiva e continuada, torna-se um canal para o desencadeamento de enfermidades.
Quando descontrolada, começa, em primeiro lugar, a desarmonizar o psiquismo, mas também pode chegar a ponto de afetar a saúde de um modo geral.
Vários são os fatores que dão início à ansiedade. Por exemplo: medo de perder o emprego, dificuldade econômica para sobreviver ou para quitar uma dívida, disputa de cargos ou funções, insegurança individual ou coletiva, ameaça de uma iminente guerra, prepotência exagerada de patrões e governos inescrupulosos, anúncios e estardalhaço sobre enfermidades e epidemias devastadoras, prenúncios de tragédias iminentes etc.
É claro que há circunstâncias em que a ansiedade, até certo ponto, pode ser considerada como normal, por exemplo: quando se aguarda a chegada demorada de alguém ou quando se espera uma notícia importante que demora a se confirmar, mas desde que essa ansiedade não se torne exagerada.
Os vícios, principalmente para com os tóxicos, podem ser uma das piores causas de ansiedades. Quando a ansiedade atinge níveis como distúrbios respiratórios, sudoreses exageradas sem motivos claros, perturbações das funções digestivas, insônia, nestes estados emocionais, a ansiedade se torna fator de perigosas patologias, ameaçando perigosamente a saúde física e mental.
É de suma importância o autodescobrimento, isto é, saber controlar as nossas necessidades, nossas emoções, nossas legítimas aspirações e reações, mediante certos estímulos!
É imprescindível saber compreender a importância dos verdadeiros valores para a vida. Equilíbrio em tudo sempre é a melhor opção.
A fé raciocinada, com confiança absoluta em Deus e confiança em si mesmo, constitui também importante antídoto às ansiedades. As idéias positivas e a busca incessante das verdades espirituais são seguranças contra as doentias ansiedades.
A certeza da imortalidade e da bondade de Deus é fundamental para a expulsão de ansiedade. Conversar com uma pessoa sensata e equilibrada ou valer-se da oração são outras tantas medidas que podem nos auxiliar a fim de amenizar as nossas inquietações emocionais.
Longo período de ansiedade descontrolada poderá dar origem, também, à enfermidade intitulada depressão.
Ensinou-nos Jesus a confiar e orar sempre ao Pai Celestial, que sabe o que é melhor para nós, nas horas difíceis e de indecisões.

Um minuto com Joanna de Ângelis

Os cristãos do passado, fiéis à Doutrina pura, experimentaram o opróbrio, a calúnia, a persistente angústia, o cárcere, o martírio... A história do vero Cristianismo é a saga de toda uma comunidade sacrificada através dos tempos.
Lentamente, porém, as conquistas humanas, culturais e sociais vêm banindo os métodos bárbaros de impedimentos dos ideais nobres da Humanidade. Apesar de ainda existirem presídios e ultrajes, processos vis para extorquir informações e atemorizar, os direitos humanos se vão incorporando e as liberdades de culto, de crença, de ação, de palavra e movimentos acenam dias felizes para o futuro.
Os cristãos gozam de cidadania e suas minorias fazem-se respeitadas e até mesmo amadas.
Como será possível a cada indivíduo, porém, demonstrar o vigor da fidelidade aos postulados de fé vivenciados?
As antigas arenas foram derrubadas e as feras estão esquecidas.
Apesar disso, outros fenômenos têm lugar, convidando os decididos lidadores ao heroísmo, à evolução.
A dor íntima, os conflitos gerados na ação abnegada, as incompreensões propositadas, o cerco da maledicência e da acusação indébita, os ferem e os angustiam, ensejando recuperação, crescimento para Deus, ao mesmo tempo constituindo-se testemunho à fé.
Sob os açoites da enfermidade ou excruciado pelas dores de qualquer natureza, recorda-te da fé cristã, e alegra-te. Este é o teu instrumento de flagício libertador, de que a Vida se utiliza para a tua felicidade futura.
*
Sob as chuvas de sarcasmo dos amigos de ontem, agora perseguidores cruéis, ou padecendo injúrias e acusações venenosas, vitaliza-te com a fé cristã e demonstra-a na resignação e na coragem com que suportarás todas as injunções, sofrendo as “feras” multiplicadas na “arena” ampliada do teu relacionamento social.
O testemunho à fé chega-te agora de maneira diversa daquela que assinalou os apóstolos e mártires primitivos, não menos dolorosa, porém. Não malbarates, pois, a concessão divina do sofrimento, nem percas essa bênção que te permite ascender. Cristão, sofrendo, é Espírito em depuração, rumando na direção do Cristo que nos aguarda, confiante.

JOANNA DE ÂNGELIS, mentora espiritual de Divaldo P. Franco, é autora, entre outros livros, de “Momentos de Esperança” (Editora LEAL, 1988), do qual foi extraído o texto acima.

O IMORTAL
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 53 Nº 623 Janeiro de 2006