sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

CAROLINA E AGENOR

Olá Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações!

Desejamos a você e aos seus amores um ótimo final de semana com muita paz e saúde!!! Obrigado pela companhia!!! Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

CAROLINA E AGENOR

   Não posso mais! Estou resolvida!  Não diga isso. Fique mais calma. Somos espíritas e...  Não, Agenor! Não quero mais filhos. Nem esse e nem a possibilidade de outros. Estou decidida.  Se houvesse realmente necessidade... Mas você está forte, robusta... Isso é meiamorte. Pense bem. Olhe o deixai vir a mim os pequeninos!...  Não. É muita gente que faz isso, por que não posso fazer? Vou agora ao hospital tratar de meu caso... Estou resolvida. Assim falando, Carolina ralhou com os três filhos pequenos e deixou a casa, nervosa, acompanhada de Agenor.  II  Quero falar com o doutor. Ele está?  Minha senhora, ele está operando agora. Não deve demorar muito, nisso, um senhor ao lado pergunta:  Quem está ele operando? É uma senhora loura? E o porteiro, respeitoso, respondeu em voz baixa :  Não, meu senhor. É uma senhora que acaba de chegar perdendo muito sangue. É alguma coisa de aborto. Está passando muito mal. Agenor olhou significativamente para Carolina...  III  A senhora loura é sua parenta?  pergunta Carolina, ao vizinho da poltrona.  Sim. É minha tia.  De que se vai operar?  Ela, minha senhora, desde que perdeu o último filho, está perturbada. Vão fazer uma operação na cabeça dela, para ver se melhora o gênio. Agenor voltou a olhar expressivamente para Carolina...   IV Eis que passam dois homens em avental branco, e Carolina, atenta ao movimento em torno, na expectativa de falar ao facultativo, ouviu, de relance:  As cifras estatísticas de câncer uterino são avultadas  disse um. E aqui, na região, a incidência é grande": pergunta o outro. - Muitíssimo. Basta ver que a enfermaria feminina, sempre está com três a quatro casos... Agenor, ainda uma vez, olhou incisivamente para Carolina...  V Carolina levanta-se, resoluta. Agenor segue. Vão transpondo a porta principal da casa de saúde, quando o solicito porteiro inquire:  Não vai esperar, minha senhora?  Não, meu amigo. O doutor está demorando. Preciso cuidar das crianças. Obrigada. Até logo.  Então, Calu, em que ficamos?  pergunta Agenor, ao descer a rampa do hospital. E Carolina responde:  Não, Agenor, dos males o menor. Fico assim mesmo...

 
  pelo Espírito Hilário Silva - Do livro: Almas em Desfile, Médium: Francisco Cândido Xavier.

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