Temas
foram abordados durante palestras proferidas por Alexandra
Torres,
jornalista e líder no movimento espírita de Pernambuco
FERNANDA BORGES
De Londrina
A convivência com os amigos, o bom
relacionamento familiar e tudo o que pode ser feito para a compreensão dos
desafios que as pessoas enfrentam ao longo da existência na Terra. Receitas como
essas, de saúde e de equilíbrio, foram proferidas durante as palestras “Amor
e Tolerância” e “Perdão”, realizadas nos dias 14 e 15 de janeiro,
pela jornalista Alexandra Torres (foto), no Centro Espírita Nosso Lar e
no Centro Espírita Meimei, em Londrina.
As incompreensões, segundo Alexandra,
que também atua na Associação dos Divulgadores do Espiritismo de Pernambuco (ADE-PE),
surgem quando as pessoas passam a questionar os problemas vivenciados em seus grupos
familiares ou sociais.
“Existe uma necessidade de reencarnarmos
naquela família ou naquele grupo de amigos. Nossa dificuldade em compreender a
atitude de um ou de outro é nosso primeiro grande desafio. Por isso a
importância desse núcleo familiar. Por isso recebemos essa família corporal”,
disse.
A programação reencarnatória prepara
o indivíduo para receber a família e o grupo social ao qual ele estará
submetido a conviver durante sua existência.
Por isso mesmo, segundo a
jornalista, o plano espiritual disponibiliza boas condições para que a criatura
possa conviver naquele núcleo.
“Durante toda a nossa vida na
Terra, vamos nos deparar com um amigo que parece um irmão, uma mãe de que a
gente tanto necessita ou um pai de que a gente tanto precisa. As diferenças de cada
um deles servirão para lapidar as nossas imperfeições e identificar o nosso
próprio egoísmo”, ressaltou Alexandra.
As divergências e a troca de experiências
que cada indivíduo consegue por meio dos mais variados tipos de relacionamentos
servem como uma descoberta do próprio “eu”. Segundo Alexandra, quando se tenta
fugir dos problemas, evitando a convivência com as pessoas ou deixando de se
relacionar, perde-se uma grande oportunidade de aprendizado.
A jornalista disse que é de extrema
importância o momento em que cada indivíduo se questiona quanto ao seu
verdadeiro papel no contexto de todos os relacionamentos, sejam eles amorosos,
familiares ou sociais. “Não estamos aqui simplesmente para passar férias, mas
sim porque cada um de nós tem uma realidade de vida diferente. Normalmente temos
necessidades afetivas a serem sanadas, mas não temos o costume de olhar para dentro
de nós e enxergar que o que pode estar me impedindo de conseguir esse afeto pode
ser eu mesmo”, salientou.
Nos relacionamentos pautados no “juntar
de idéias”, não há separação ou divergências causadas pelo tempo. Segundo Alexandra,
quando as pessoas tomam consciência da importância de não se deixarem levar pelas
“camuflagens”, como a dependência, a carência, o ciúme, a possessividade e o
medo, tudo ocorre de maneira natural e pacífica.
“Existem casais que não se conhecem.
Pessoas que não conseguem abrir-se para os filhos, ou maridos e esposas. É
maravilhoso quando você pode falar do que o incomoda para alguém que você sabe
que vai compreendê-lo.
Ainda segundo a jornalista, na palestra
sobre “Perdão”, os dias atuais tendem a fazer com que as pessoas, por meio de
brigas ou desentendimentos, acabem rompendo laços com amigos ou familiares.
O perdão, na opinião dela, ou melhor,
a falta de perdão faz com que as pessoas acreditem estarem construindo uma
personalidade forte, sendo que na verdade elas tendem a ficar cada vez mais
violentas. “Essa falta de perdão tem-nos trazido inúmeros problemas durante
nossas reencarnações.
Tornamo-nos desgostosos com a vida
e passamos a não compreender os ensinamentos de Jesus”, salientou a
palestrante.
O orgulho supervalorizado, a
felicidade do outro deixando o indivíduo mal, ou a falta de reconhecimento da
sua própria fragilidade – esses são para Alexandra alguns dos problemas sérios
que devem ser evitados para que o orgulho não tome conta da vida da pessoa. “Quando
entramos nesse vício de achar que somos o melhor que o outro, não conseguimos
entender quanto somos frágeis, não aceitamos as críticas e não sabemos perdoar”,
ressaltou.
Uma pessoa que passa a se questionar
quanto às suas reais atitudes, passa a se compreender, e isso é um passo
importante, que a jornalista destacou, para que essa pessoa possa descobrir suas
limitações. “A compreensão dispensa o perdão.
Quem compreende não se ofende. Por
isso, o melhor mesmo é não ter que perdoar, mas sim compreender. Essa é a
fórmula”, finalizou a palestrante.
O
IMORTAL
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Diretor Responsável: Hugo
Gonçalves Ano 53 Nº 624 Fevereiro de 2006
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