terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Estudando as obras de André Luiz


JOSÉ ANTÔNIO V. DE PAULA

De Cambé


No livro “Missionários da Luz”, o autor abre um capitulo com o título: Passes, de onde vamos tirar algumas lições para nosso aprendizado.
André pergunta a Alexandre quem, dos encarnados, poderia colaborar nas atividades do auxílio magnético. O instrutor amigo responde: “Todos, com maior ou menor intensidade, poderão prestar concurso fraterno, nesse sentido.” E acrescenta: “Revelada a disposição fiel de cooperar a serviço do próximo, as autoridades de nosso meio designam entidades sábias e benevolentes que orientam, indiretamente, o neófito, utilizando-lhe a boa vontade e enriquecendo-lhe o próprio valor.”
André não se conformando com a explicação, insiste, questionando sobre a possibilidade de o indivíduo ser dotado de valores muito reduzidos para a tarefa. Alexandre responde dizendo: “Desde que o interesse dele nas aquisições sagradas do bem seja mantido acima de qualquer preocupação transitória, deve esperar incessante progresso das faculdades radiantes, não só pelo próprio esforço, senão também pelo concurso de Mais Alto, de que se faz merecedor.”
E, mais adiante, a obra nos oferece uma lista de obstáculos ao bom desempenho do trabalhador nas tarefas de magnetismo. Ouçamos o que diz o sábio educador:
“Não é possível fornecer forças construtivas a alguém, ainda mesmo na condição de instrumento útil, se fazemos sistemático desperdício das irradiações vitais. É necessário equilibrar o campo das emoções.
Um sistema nervoso esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções havidas.
A mágoa excessiva, a paixão desvairada, a inquietude obsidente, constituem barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras.
O excesso de alimentação produz odores fétidos, através dos poros, bem como das saídas dos pulmões e do estômago, prejudicando as faculdades radiantes; o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares.”
Então André pergunta se não é necessário a pureza de quem aplica o passe. E Alexandre conclui:
“Se a prática do bem estivesse circunscrita aos Espíritos completamente bons, seria impossível a redenção humana. Qualquer cota de boa vontade e espírito de serviço recebe de nossa parte a melhor atenção.
Em todo lugar onde haja merecimento nos que sofrem e boa vontade nos que auxiliam, podemos ministrar o benefício espiritual com relativa eficiência.”

EMMANUEL
Recapitulações
“Porque amavam mais a glória dos homens
do que a glória de Deus.” – João, 12:43.

Os séculos parecem reviver com seus resplendores e decadências.
Fornece o mundo a impressão dum campo onde as cenas se repetem constantemente.
Tudo instável.
A força e o direito caminham com alternativas de domínio. Multidões esclarecidas regressam a novas alucinações. O espírito humano, a seu turno, considerado isoladamente, demonstra recapitular as más experiências, após alcançar o bom conhecimento.
Como esclarecer a anomalia?
A situação é estranhável porque, no fundo, todo homem tem sede de paz e fome de estabilidade. Importa reconhecer, porém, que, no curso dos milênios, as criaturas humanas, em múltiplas existências, têm amado mais a glória terrena que a glória de Deus.
Inúmeros homens se presumem redimidos com a meditação criteriosa do crepúsculo, mas... E o dia que já se foi? Na justiça misericordiosa de suas decisões, Jesus concede ao trabalhador hesitante uma oportunidade nova. O dia volta.
Refunde-se a existência. Todavia, que aproveita ao operário valer-se tão-somente dos bens eternos, no crepúsculo cheio de sombras?
Alguém lhe perguntará: que fizeste da manhã clara, do Sol ardente, dos instrumentos que te dei?
Apenas a essa altura reconhece a necessidade de gloriar-se no Todo-Poderoso. E homens e povos continuarão desfazendo a obra falsa para recomeçar o esforço outra vez.
  
EMMANUEL, que foi o mentor espiritual de Francisco Cândido Xavier e coordenador da obra mediúnica do saudoso médium mineiro, é autor, entre outros livros, de “Caminho, Verdade e Vida” (FEB, 1948), do qual foi extraído o texto acima.

O IMORTAL
JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Diretor Responsável: Hugo Gonçalves Ano 53 Nº 623 Janeiro de 2006

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