*Nos Domínios Da Mediunidade - Mediunidade Transviada*
*Questões propostas para estudo:*
1. - O que é mediunidade transviada?
R - Martins Peralva, em sua conhecida obra "Estudando a Mediunidade", define mediunidade transviada como "aquela que se exerce em função de interesses inferiores, à revelia, portanto, das salutares normas que o Espiritismo estabelece para o intercâmbio com os Espíritos".
Acrescenta, ainda, que a mediunidade transviada "se reveste, pois, das seguintes características:
a) - Consultas e exploração de Espíritos ainda ignorantes sobre assuntos materiais (casamentos, negócios, empregos, etc.);
b) - Consultas e exploração de Espíritos ainda ignorantes sobre assuntos espirituais inferiores (ação maléfica sobre a saúde e a vida do próximo).
2. - Por que a presença do guardião Cássio não era detectada pelos encarnados e nem pelos desencarnados?
R - Cássio encontrava-se naquele ambiente como um benfeitor espiritual, desejoso de orientar o grupo mediúnico a praticar a mediunidade em seu sentido mais nobre, a serviço de Jesus. O grupo, entretanto, tinha o pensamento voltado para interesses puramente materiais, tanto os médiuns que davam passividade como aqueles que buscavam os seus serviços e os espíritos que ali se manifestavam. A diferença de sintonia vibratória entre estes e o benfeitor os impedia de perceber a sua presença e de acolher pelo pensamento as suas orientações.
3. - Baseando-se nas solicitações feitas pela credora, pelo desempregado e pela mãe, o que podemos concluir dos serviços que estavam sendo realizados através da mediunidade de psicofonia? Eram esses serviços de moral?
R - Praticava-se a mediunidade completamente desvirtuada de seus nobres objetivos, que são os de ordem superior, espirituais.
Grupos mediúnicos que exploram os espíritos comunicantes com fins de resolverem os problemas inerentes da vida terrena estão se desviando dos mais nobres objetivos da prática mediúnica. A mediunidade é um dom de Deus para nos ajudar a alcançar os mais elevados valores espirituais, através da orientação dos espíritos superiores e não para ser utilizada com fins obter facilidades materiais. O Espiritismo traça as diretrizes que devem nortear o seu exercício, sempre obedecendo à moral cristã. Qualquer prática que se desvie dessas normas não pode ser considerada espírita nem instrumento de nossa evolução moral.
4. - Como se explica "pessoas sadias e lúcidas", médiuns, reunidas ali em nome de Deus, mas "a interpretarem o intercâmbio com o mundo espiritual como um sistema de criminosa exploração, com alicerces no menor esforço"?
R - Tanto os encarnados como os desencarnados ali presentes denotavam um nível de evolução ainda atrasado. Buscavam o benefício com o menor esforço, ignorando a Lei do Trabalho como uma das Leis Naturais que devem ser seguidas no nosso caminho evolutivo.
5. - O que é uma vampirização recíproca?
R - O fenômeno denominado vampirismo é uma das modalidades pelas quais pode se manifestar um processo obsessivo. Num processo de vampirização, o obsessor explora os maus hábitos do obsidiado, com quem se afiniza pelos sentimentos e pensamentos inferiores. No caso em estudo, como explicou Áulus, encarnados e desencarnados se beneficiam mutuamente de suas más inclinações. Os desencarnados, fascinando-se com a valorização de suas obras por parte dos encarnados que lhes buscam os serviços; os encarnados, julgando conseguir benefícios facilidades materiais através dos desencarnados.
6. - Por que estes espíritos se deixaram abater pela influência destes irmãos inferiores? Você concorda com o que Áulus acha sobre a escolha deles? O que é preciso para se prever destas companhias, como devemos agir para que apenas atraiamos espíritos superiores para trabalhar conosco?
R - Esses espíritos se deixam envolver porque comungam dos mesmos sentimentos inferiores, numa mesma sintonia vibratória. Para nos precaver de semelhantes companhias, devemos praticar os ensinamentos trazidos por Jesus, através da lei de justiça, de amor e de caridade. E quanto à mediunidade, somente deve ser praticada de conformidade com os preceitos espíritas, a serviço de Jesus e sem interesses outros que não os espirituais.
7. - De acordo com Áulus, Teotônio e Raimundo agem por pura ignorância bem-intencionada, o que acontecerá com eles ao desencarnarem?
R - Teotônio e Raimundo já se encontram desencarnados. Segundo Áulus, quando o dirigente do grupo e os médiuns que com ele exploram as entidades comunicantes desencarnarem, provavelmente, encontrar-se-ão para o devido reajuste no bem, através da reencarnação, com a constituição de um grupo familiar.
8. - Como encaixar a lei da ação e reação nesta ocasião?
R - A lei de ação e reação ou de causa e efeito é uma lei divina, cósmica, que é acionada automaticamente pelos atos e pensamentos que praticamos. No caso presente, sem dúvida nenhuma, ela também incidirá sobre todos os envolvidos na prática mediúnica desvirtuada de seus nobres objetivos. Como mencionou Áulus, "cada serviço nobre recebe o salário que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde".
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