*2ª PARTE*
*CURSO PARA PRINCIPIANTES NA DOUTRINA ESPÍRITA*
Maria Cotroni Valenti
*2ª Parte*
*23ª AULA*
*AS BEM AVENTURANÇAS*
Cada tema Evangélico que analisamos nos encanta com a grandeza e a inteligência do nosso Mestre Jesus.
As Bem Aventuranças trazem um ensinamento completo. Se nós tivéssemos só isto, já teríamos matéria de aprendizado para mais
alguns séculos pela frente.
“Bem aventurados os pobres de Espírito, porque deles é o reino dos céus”.
Mas o que quer dizer “pobres de Espírito?”
Na época em que Jesus aqui esteve , a palavra e a posição “pobre” era igual a humilde. Humildade era confundida com pobreza.
Os pobres, que eram desprovidos de recursos financeiros, não tinham meios de se impor a nada. Eram desvalorizados e considerados insignificantes pelos ricos e poderosos.
Eles eram obrigados a se manter submissos – na posição de ralés.
Por isso Jesus elevou os que eram humildes de Espírito. Aqueles que se reconheciam pequenos, atrasados perante a Lei de Deus, não eram orgulhosos, não
se consideravam os donos do mundo.
Jesus disse que o Reino de Deus era daqueles que possuíam em si o espírito de humildade.
Esse conceito continua, porque todo aquele que é vaidoso, orgulhoso é ignorante, acredita que sabe de tudo, que é superior a tudo. No entanto desconhece
o porquê de sua própria existência – o orgulho o impede de se preocupar com isso.
Conclusão: Pobre de Espírito é aquele que conhece e ocupa o lugar de Caminheiro na estrada evolutiva.
*“Bem aventurados os que têm puro o coração, porque verão a Deus”.*
“Deixai vir a mim os pequeninos”. Aqueles que confiam em Deus, que não são prepotentes, maliciosos, que se reconhecem como Criação
Divina e se submetem às Leis de Deus.
São aqueles que sabem que tem tudo do que precisam. Que Deus não descuida de seus filhos e por isso nos dá tudo o que precisamos.
Aquilo que queremos e não temos está fora de nossa programação de vida. E se está fora é porque não nos faria bem no momento.
Seria um obstáculo à nossa evolução.
*“Bem aventurados os que são brandos e pacientes, porque possuirão a Terra”.*
Essa Terra será herdada e conquistada pela mansuetude, pela paciência e pela abnegação.
Sem obediência e resignação não chegaremos à regeneração. E sem nos colocarmos conscientes da necessidade de nos regenerar,
não poderemos habitar esse mundo prometido.
É com amor que subiremos esse degrau tão cobiçado nesta fase.
*“Bem aventurados os que são misericordiosos, porque eles próprios obterão a misericórdia”.*
Que é o perdão às ofensas, a reconciliação com os adversários, o sacrifício em favor do próximo. A indulgência
se resume em: “Amar o próximo como a ti mesmo”.
Assim obteremos a misericórdia de Deus.
*“Bem aventurados os aflitos, porque serão consolados”.*
Os que viviam aflitos com as barbaridades, com a humilhação a que os mais fracos eram submetidos.
*“Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”.*
Naquela época haviam aqueles cheios de poderes que mandavam e desmandavam, condenavam e castigavam, usurpavam.
Assim, os que tinham fome e sede de justiça eram as vítimas dessas irregularidades.
E era para esses injustiçados que Jesus prometia justiça.
Mais uma vez nós vemos que tudo isso se repete. Mas já pensamos quando tudo isso for compreendido e cumprido?
Para que tudo isso seja cumprido é preciso nos fazermos merecedores. E para tanto teremos de fazer nossa parte.
Para conquistarmos e garantirmos um lugar num mundo de regeneração teremos de nos regenerar.
E por isso está ai essa doutrina de amor e de responsabilidade – para nos ensinar e para nos alertar.
Precisamos caminhar firmes e confiantes com a cabeça erguida, mas conscientes de que nossos pés devem estar no chão.
Precisamos estar atentos para não tropeçarmos e para sabermos contornar os obstáculos à nossa frente.
*PARTE B*
*O CRISTO CONSOLADOR – O JUGO LEVE*
“Vinde a mim todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei.
Tomai o meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou brando e humilde de coração, assim encontrareis o repouso de vossas almas; porque meu jugo é
suave e meu fardo é leve”. 6
6 Mateus XI; 28, 29, 30.
O que nos sobrecarrega de angústias e nos faz sofrer?
É aquilo que nos tira a segurança. As decepções as dores físicas e emocionais.
E por que sofremos?
Porque ainda não aprendemos a aceitar os ensinamentos de Jesus. Quando aceitarmos plenamente a Jesus, nossas dores se aliviarão. Porque a fé, a convicção,
nos trará a esperança. Quem tem esperança sofre menos.
A Lei anunciada por Moisés é dura e rigorosa.
Quando ele recebeu e anunciou essas Leis, o povo também era insensível e duro de coração. Então tudo veio de maneira a se encaixar. E
o povo viveu 1.600 anos dentro dessa Lei.
Então vem Jesus e nos diz:
“- Não penseis que vim destruir a Lei – eu vim cumpri-la”.
Onde a Lei dizia “olho por olho, dente por dente”, Ele diz:
“- Pagará o mal com o bem – Perdoa o teu irmão – não revideis o mal.”
Vê-se que é uma orientação totalmente oposta. Isso porque o povo já possuía alguma sensibilidade – já estava em condições
de entender e até mesmo de aplicar parte dessa Lei suavizada por Jesus.
Ele não mudou a Lei de Deus. Ele suavizou aquilo que Moisés acrescentou para que os bons e os pacíficos não ficassem apenas sob o jugo dos maus.
Jesus foi consolador quando disse:
“- Bem aventurados os aflitos porque serão consolados, bem aventurados os mansos e os pacíficos porque herdarão a Terra, vinde a mim todos os que
sofreis. Meu fardo é leve e meu jugo suave – Eu vos aliviarei”.
Isso em si é um grande consolo. Só que Ele falou uma coisa que ninguém entendeu.
Ninguém adotou. Por isso ainda sofremos tanto.
Quando Ele diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chegará ao Pai senão por mim”.
Nós ainda pensamos que basta aceitá-lo como vítima das injustiças dos homens para estar com Ele.
Mas Jesus não veio para ser adorado, mas para ensinar o caminho do consolo, o caminho para chegarmos a Deus. E para irmos por Ele.
Temos de fazer o que Ele fazia – temos de vivenciar aquilo que Ele nos ensinou.
Como tudo isso exige de nós renúncia, perdão e sacrifício , geralmente afrouxamos e continuamos a sofrer.
Mas ele nos prometeu outro consolador que também não veio contradizê-lo, mas confirmar e reforçar aquele consolo: O Espiritismo, trazendo as Leis
da reencarnação, do progresso e da justiça. Hoje temos condições de entender e deixar de sofrer. Só depende de nós.
Fonte:- Evangelho Segundo o Espiritismo.
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